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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 241 DE 25 DE OUTUBRO DE 2022

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 241 |25 de outubro de 2022




NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: semana começa com o mercado sinalizando novos recuos na arroba

Na segunda-feira, 24, o valor do macho terminado sofreu recuo de R$ 3/@ nas praças do interior de São Paulo, caindo para R$ 277/@, no prazo, segundo a Scot Consultoria. A última semana de outubro começou indicando que a pressão de baixa nas cotações da arroba ainda deve seguir presente no mercado físico do boi gordo


Pela manhã a IHS Markit captou o registro de novos negócios a valores reajustados para baixo. “Os volumes negociados envolveram pequenos carregamentos de animais terminados”, relatou a consultoria acrescentando que “o fator fundamental para os novos ajustes negativos ainda é a menor necessidade de compra por parte das unidades de abate, que ainda possuem escalas suficientes longas para atender os seus compromissos de curto prazo”. Segundo apuração da Scot Consultoria, na segunda-feira (24/10), o preço do gordo sofreu recuo de R$ 3/@ nas praças do interior de São Paulo, caindo para R$ 277/@, no prazo, valor bruto. Por sua vez, a vaca e novilha gordas seguem cotadas em R$ 265/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), no mercado paulista. O boi-China, é negociado por R$ 285/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescentou a Scot. Em São Paulo, diz a IHS, as operações de abate seguem com programação em torno de uma semana, porém o apetite comprador por parte da indústria paulista no mercado spot é reduzido, pressionando os preços ao produtor local. Na avaliação da IHS, muitas unidades frigoríficas exportadoras ligaram o sinal de alerta depois que a China, principal importador da carne bovina brasileira, sinalizou pagamento mais baixos para proteína bovina. “O mercado do boi gordo seria ainda mais impactado diante de uma queda repentina nos envios ao mercado chinês”, afirmaram os analistas da IHS. No mercado atacadista da carne bovina, a última semana do mês segue com volumes de vendas dentro da esperado, marcado pelo enfraquecimento sazonal de demanda. Segundo a Scot Consultoria, com o mês terminando e a típica retração no consumo interno para o período, o mercado com osso negociou com preços menores na semana. O preço da carcaça de bovinos castrados no atacado paulista caiu 2,4% no comparativo semanal, negociada a R$ 18,15/kg, enquanto a carcaça de bovinos inteiros teve queda de 2,5%, na mesma comparação, precificada em R$ 17,69/kg, puxada principalmente pelo seu dianteiro, que recuou 3,8%. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 252/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 242/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 256/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 254/@ (à vista) vaca a R$ 245/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca R$ 248/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 2561/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 243/@ (à vista) vaca a R$ 233/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Segunda-feira com cotações estáveis para suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 141,00/R$ 145,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,40/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (21), não houve alteração nos preços nas principais praças acompanhadas, com preços de R$ 7,55/kg em Minas Gerais, R$ 6,94/kg no Paraná, R$ 6,66/kg no Rio Grande do Sul, R$ 6,57/kg em Santa Catarina e R$ 7,58/kg em São Paulo.

Cepea/Esalq


Receita das exportações de carne suína in natura chega a 90,7% do total de outubro do ano passado

Movimento de alta nos preços da carne suína produzida na China já mostra reflexos nos números do Brasil


De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na terceira semana de outubro (14 dias úteis) atingiu 90,7% da receita obtida em todo o mês de outubro de 2021. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "é excelente para o setor porque ele depende disso para recuperar margens que estão extremamente deterioradas". "Esse fluxo de escoamento de produto dá mais condições para que o setor produtivo consiga respirar. A China, apesar de ter tido uma recuperação, vê novamente os preços em alta da carne suína produzida localmente, e esse fator já se mostra de certa maneira nestes dados de exportação da proteína brasileira". A receita, US$ 184,3 milhões, representa 90,7% do montante obtido em outubro de 2021, com US$ 203,2 milhões. No volume movimentado, as 74.326 toneladas são 83,8% do total registrado em outubro do ano passado, com 88.668 toneladas. A receita por média diária US$ 13,1 milhões, é 29,6% maior do que outubro de 2021. No comparativo com a semana anterior, baixa de 7,5%. Em toneladas por média diária, 5.309 toneladas, crescimento de 19,7% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação a semana anterior, recuo de 6,66%. No preço pago por tonelada, US$ 2.480, ele é 8,2% superior ao praticado em outubro passado. Frente ao valor da semana anterior, leve queda de 0,9%.

AGÊNCIA SAFRAS


Crescimento da produção de suínos no 3º trimestre da China desacelera à medida que agricultores reduzem rebanhos reprodutores

A produção de carne suína da China no terceiro trimestre atingiu 12,11 milhões de toneladas, um aumento de menos de 1% em relação ao ano anterior, mostraram dados oficiais na segunda-feira (24), destacando o impacto na produção depois que os agricultores registraram grandes perdas no início do ano


A taxa de crescimento da produção de carne suína da China desacelerou recentemente desde que aumentou a cada trimestre ano a ano nos últimos dois anos, já que alguns agricultores reduziram seus rebanhos reprodutores no final de 2021 e no início deste ano, após meses de baixos preços de suínos e altos custos de alimentação, que comprometeram os lucros. Ainda assim, a produção de carne suína no terceiro trimestre foi ligeiramente superior às 12,02 milhões de toneladas produzidas no mesmo período do ano passado, mostraram cálculos da Reuters de dados do National Bureau of Statistics. A produção de carne suína no terceiro trimestre do ano é tipicamente superior a 12 milhões de toneladas. A produção de carne suína da China atingiu 41,5 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 5,9% em relação ao período correspondente do ano anterior, mostraram os dados do departamento de estatísticas. Desde meados de junho, os preços do suíno subiram mais de 60%, elevando a inflação ao consumidor e provocando repetidas intervenções no mercado por parte das autoridades em Pequim. Alguns analistas dizem que o rápido aumento no preço se deve à oferta mais apertada de suínos. Mas o poderoso planejador estatal da China disse que o rali é resultado de fazendeiros que impedem o abate de porcos enquanto esperam por preços mais altos, enquanto outros buscam lucrar criando porcos com pesos maiores. O rebanho total de suínos cresceu para 443,94 milhões de cabeças no final de setembro, ante 430,57 milhões no final de junho, também mostraram os dados.

REUTERS


FRANGOS


Frango: ave congelada e resfriada têm baixa na segunda-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,68%, valendo em R$ 7,35/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado, valendo R$ 4,20/kg, assim como no Paraná, com valor de R$ 5,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (21), houve recuo de 0,50% para a ave congelada, atingindo R$ 8,00/kg, e baixa de 0,37% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,00/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne de frango segue acelerada a 92% do total de outubro/21

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de outubro (14 dias úteis) alcançaram receita equivalente a 92,1% do total obtido em outubro de 2021


O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, disse que esta é mais uma semana de bom desempenho e o Brasil está caminhando para atingir um novo recorde de exportação este ano. "O país está tendo vantagem na lacuna deixada pelas mortes de aves por influenza aviária no hemisfério Norte. Devemos chegar a 4,8 milhões de toneladas embarcadas. Essas variações semanais são do jogo, o importante é olhar para os dados do ano anterior", disse. A receita obtida com as exportações de carne de frango, US$ 590,2 milhões, equivale a 92,1% do montante obtido em outubro de 2021, que foi de US$ 640,8 milhões. No volume, as 287.533 toneladas são 79,4% do total registrado em outubro do ano passado, com 361.912 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 42,1 milhões, valor 31,6% maior que o registrado outubro de 2021. No comparativo com a semana anterior, retração de 7,9%. Em

toneladas por média diária, 20.538 toneladas, alta de 13,5% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, baixa de 8,3%. No preço pago por tonelada, US$ 2.052 até a terceira semana do mês, ele é 15,9% superior ao praticado em outubro do ano passado. Comparado a semana anterior, leve alta de 0,48%.

AGÊNCIA SAFRAS


INTERNACIONAL


BOI: Taxação de metano gera conflito entre agricultores e governo da Nova Zelândia

Para combater as mudanças climáticas, o país planeja tributar a emissão de gases de efeito estufa oriunda da criação de animais. A medida espera que as emissões de gases de efeito estufa derivadas de bovinos diminua em 10% até 2030


Agricultores de mais de 50 vilas e cidades pela Nova Zelândia saíram às ruas em seus tratores na última quinta-feira (20/10) para protestar contra os planos do governo de taxar os gases de efeito estufa gerado por animais ruminantes de criação. A política faz parte de um plano para combater as mudanças climáticas. Segundo a apuração da rede estadunidense Associated Press (AP), a adesão à manifestação foi menor do que aquela esperada pelos organizadores. No protesto em Wellington, capital do país, o agricultor Dave McCurdy disse à AP que estava desapontado com a baixa participação, mas justificou que os produtores estavam aproveitando o bom tempo para trabalhar em suas fazendas. Ele também indica que os produtores, para além de explorar a terra, também cuidam dela, plantando, inclusive, árvores que ajudam a reter o carbono e compensar as emissões. O projeto de tributação foi apresentado na semana passada pela primeira-ministra Jacinda Arden em uma coletiva de imprensa. A Rádio New Zealand (RNZ), veículo local, noticiou que, no evento, ela apontou que “é um passo importante na transição da Nova Zelândia para um futuro de baixas emissões”. Ainda no pronunciamento, Arden apresentou o objetivo de precificar as emissões a partir de 2025. Os preços a serem cobrados não foram apresentados pela chefe de Estado, mas ela afirmou que todo o dinheiro arrecadado será devolvido à indústria agrícola para financiar novas tecnologias, pesquisas e pagamentos de incentivos para os agricultores. O plano do governo neozelandês é tornar o país neutro em carbono até 2050. Parte desse processo inclui reduzir as emissões de metano de bovinos e outros animais de criação em 10% até 2030 e em 47% até 2050. Em concordância à primeira-ministra, Damien O'Connor, ministro da Agricultura, descreve a mudança como uma oportunidade emocionante: “Os agricultores já estão experimentando o impacto das mudanças climáticas com secas e inundações mais regulares”. “Assumir a liderança nas emissões agrícolas é bom para o meio ambiente e nossa economia”, disse. A AP apurou que a Nova Zelândia, como grande exportadora de gado e carne, tem uma população de bovinos estimada em 10 milhões, além de 26 milhões de ovelhas. Existem apenas 5 milhões de pessoas no país, o que faz com que a agricultura responda por metade das emissões totais. Segundo o jornal britânico BBC, a Federated Farmers, principal grupo de lobby do setor, disse que o projeto "arrancaria as entranhas das pequenas cidades da Nova Zelândia". O presidente da Federated Farmers, Andrew Hoggard, acrescentou que, se viabilizada, a medida vai causar um êxodo da atividade agrícola. Para ele, muitos agricultores vão vender suas terras e partir para novas atividades, enfraquecendo o agronegócio neozelandês.

REUTERS


EMPRESAS


BRF anuncia joint venture com empresa saudita para avançar no mercado halal

Investimentos iniciais previstos na nova empresa chegam a US$ 500 milhões


A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do país, informou que sua subsidiária BRF GmbH criou uma joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), braço do Public Investment Fund (PIF), fundo de investimento público da Arábia Saudita. A nova empresa receberá um investimento total de US$ 500 milhões, sendo US$ 120 milhões aplicados pelas parceiras na constituição da sociedade. O restante será investido conforme um plano de negócios não detalhado. O acordo prevê a criação de uma sociedade na Arábia Saudita com participação de até 70% da BRF e de até 30% da HPDC. O objetivo da nova empresa é desenvolver a indústria Halal na Arábia Saudita, disse a BRF em comunicado. O acordo também prevê a criação de uma sede para negócios Halal, um Centro de Inovação de Alimentos Halal e um Centro de Excelência. A transação ainda está sujeita às aprovações de autoridades reguladoras. A nova empresa atuará na cadeia de produção de frangos na Arábia Saudita e promoverá a venda de produtos frescos, congelados e processados.

VALOR ECONÔMICO


MEIO AMBIENTE


Dados sobre Cadastro Ambiental Rural são "trágicos", diz Capobianco, do IDS

Para vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade, lento avanço da análise dos números do CAR mostra que “o setor público fracassou”


Os dados que apontam que o governo pouco avançou nas análises dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) são “trágicos”, avalia João Paulo Capobianco, Vice-Presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), que participou na segunda-feira da 22ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo. Para ele, os números mostram que “o setor público fracassou”. Até 1º de setembro, o Ministério da Agricultura havia analisado apenas 0,49% dos 6,7 milhões de imóveis registrados no CAR. “Nós desafiamos o produtor a se cadastrar, e o produtor respondeu a esse desafio de forma extremamente positiva. O produtor incluiu seus dados no CAR, mas nosso sistema público fracassou e não foi capaz, em dez anos, de reconhecer e validar mais do que 0,49% dos imóveis registrados”, criticou. Capobianco ressaltou que a validação e a análise dos registros é um “desafio inadiável”. É só com esse trabalho, diz ele, que o Brasil poderá aproveitar as oportunidades que vão surgir no mercado de carbono e de valorização da preservação ambiental. “Precisamos colocar o Código Florestal para funcionar. Ele é uma porta de entrada fundamental não apenas para que o setor separe o joio do trigo, mas também para trazer recursos para as ações de promoção da agricultura de baixo carbono”, defendeu. Segundo Capobianco, as medidas “irresponsáveis” de alguns “podem nos colocar em uma situação dramática de perda de mercado internacional, de redução de capacidade de vendas e de perda de vantagens comparativas”. Ele diz que, para o Brasil receber recursos internacionais que estão em busca de projetos de captura de carbono e recuperação ambiental, o país “precisa fazer a lição de casa”.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Equipe especializada vai trabalhar com o conceito "ESG" entre produtores no Paraná

Sistema Faep/Senar quer promover práticas sustentáveis nas propriedades para valorizar os negócios do campo


O termo ESG, que significa Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), está cada vez mais intrínseco nos setores produtivos, inclusive no agronegócio. Neste caminho, o Sistema Faep/Senar-PR, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, anunciou a criação de uma “Diretoria de ESG”, que será responsável por levar práticas sociais e ambientalmente responsáveis para produtores rurais reproduzirem em suas propriedades e negócios. A nova equipe será comandada por Fabiana Campos Romanelli. A profissional tem experiência na área da sustentabilidade e acumula passagens por órgãos com esse viés, como a Associação Brasileira de Biogás, CS Bioenergia e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest). Por ser um assunto relativamente recente, Fabiana acredita que o primeiro passo é mapear as atividades que já são feitas pelo Sistema Faep e, então, propor os ajustes iniciais. “Quando tivermos o mapeamento das ações que a entidade tem incorporadas na sua rotina, poderemos direcionar para otimizar e potencializar as boas práticas de ESG. O grande desafio é, futuramente, subsidiar o produtor rural a produzir de forma ainda mais sustentável”, diz. O ponto fundamental é auxiliar o produtor rural a saber fazer a diferença através do seu próprio negócio, observa Fabiana, que exemplifica: “Precisamos orientar os produtores rurais sobre como usar os recursos hídricos, ou seja, produzir minimizando os impactos da crise hídrica que estamos enfrentando nos últimos anos”. Nesta linha, outro objetivo é agregar valor à produção dos agricultores. O produtor rural auxiliado vai ter um certificado de que a produção dele está de acordo com o que o mercado externo procura, explica. “No curto prazo, o produtor vai receber mais pelo produto dele. No médio prazo, novos mercados vão se abrir para o agricultor e o pecuarista que adotarem o ESG. Por outro lado, os mercados vão fechar as portas para quem não atender”. Por fim, Fabiana destaca também a segurança alimentar. Para ela, é preciso aumentar a oferta do que é produzido no campo para abastecer a mesa de quem consome, e evidenciar que o agronegócio não é o “vilão” dos processos produtivos.

GLOBO RURAL


Portos paranaenses registram aumento no transporte ferroviário em 2022

Considerando os nove primeiros meses do ano, foram 9.022.935 toneladas de produtos que chegaram ou saíram em vagões. No mesmo período do ano passado, 8.752.258 toneladas.


A participação do modal ferroviário no transporte de cargas pelos portos do Paraná subiu de 19,6%, em 2021, para 20,2% em 2022, quase um ponto percentual. Enquanto subiu o uso da ferrovia, o volume de carga pelo modal rodoviário registrou pequena diminuição, de 77,9% de janeiro a setembro de 2021 para 77,1% neste ano. Foram 34.383.334 toneladas movimentadas em caminhões em 2022; no ano passado, foram 34.641.812 toneladas. Na especificação de carga, houve crescimento no volume do granel líquido movimentado pelo Porto de Paranaguá. Em 2021, nos nove meses, 1.091.957 toneladas (31%) chegaram por esta via. Neste ano, 1.186.501 toneladas (33,15%). Entre eles, apenas os derivados de petróleo também utilizam a ferrovia. Das 3.579.189 toneladas totais movimentadas dos produtos neste ano, 420.852 toneladas (11,76%) chegaram ou saíram em vagões. As outras 1.971.836 toneladas foram por rodovias (55,09%). A participação do modal ferroviário aumentou significativamente no transporte dos derivados de petróleo. Em 2021, apenas 7% das 3.475.986 toneladas foram movimentadas em vagões, ou seja, 231.582 toneladas. O restante, 62%, pelo modal rodoviário: 2.152.447 toneladas. Os produtos que mais utilizam a ferrovia para chegarem ou saírem dos portos paranaenses foram açúcar (80,4% em vagões); milho (35,39%); soja (20,86%); farelo de soja (20,09%); contêineres (14,03%); e os derivados de petróleo (11,76%).

AGENCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem maior alta em 6 meses e fecha acima de R$5,30

O dólar foi acima de 5,30 reais na segunda-feira, com o aumento das tensões políticas no Brasil na reta final da corrida eleitoral presidencial e exacerbando movimento externo de busca pela moeda norte-americana em meio a preocupações com a saúde econômica da China


A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 2,94%, a 5,3012 reais, maior valorização diária desde 22 de abril passado (+4,07%) e patamar de encerramento mais alto desde segunda-feira passada (5,3014 reais). O real teve, de longe, o pior desempenho entre uma cesta das principais divisas globais nesta sessão. Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 2,67%, a 5,3085 reais. Aumentando as tensões políticas antes da eleição de 30 de outubro, o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi detido no domingo após receber com tiros e granadas agentes da Polícia Federal que cumpriam ordem de prisão dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Jefferson, aliado do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado nesta segunda-feira pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio. "Parte do mercado entende que eventos envolvendo Roberto Jefferson podem trazer impactos significativos para as eleições, com a possível pausa do crescimento de Bolsonaro nas pesquisas e potencial impacto sobre os indecisos", disse Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital. "Neste contexto, Lula estaria mais próximo de levar o pleito”. Já Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, notou claro impacto do noticiário político no mercado brasileiro nesta segunda-feira, mas afirmou que esperaria um ambiente de negócios cauteloso e volátil "de qualquer forma", mesmo sem os acontecimentos envolvendo Jefferson. "É mais porque finalmente chegou à semana" final de campanha eleitoral, afirmou o especialista, alertando para manutenção de ambiente instável ao longo dos próximos dias. Embora tenha sido amplificada no Brasil pelas tensões locais, a alta do dólar não foi isolada, com um índice que compara a divisa norte-americana a seis pares fortes ganhando 0,14% nesta tarde. Ao mesmo tempo, várias moedas emergentes ou sensíveis às commodities apresentaram forte queda no dia, com peso chileno, rand sul-africano, dólar australiano e iuan chinês perdendo de 1% a 1,7%. Investidores mostraram na segunda-feira alguma preocupação com a economia da China, que, embora tenha se recuperado mais do que o esperado no terceiro trimestre, ainda enfrenta desafios em várias frentes, como uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global. Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho, disse que também pesou a perspectiva de manutenção da política rígida de combate à Covid-19 na China, que foi reafirmada no fim de semana durante o Congresso do Partido Comunista do país.

REUTERS


Ibovespa tem maior queda diária em 11 meses com efeito Jefferson; Petrobras e BB desabam

A bolsa paulista teve um dia de forte correção na segunda-feira, a poucos dias do desfecho da corrida presidencial, com o Ibovespa caindo mais de 3% e as ações de estatais como Petrobras e Banco do Brasil desabando entre 9% e 10%


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 3,27%, a 116.012,7 pontos, maior queda percentual diária desde 26 de novembro de 2021. O volume financeiro na sessão somou 30,7 bilhões de reais. Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 7%. O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), apoiador de Bolsonaro, disparou tiros de fuzil e lançou granadas contra policiais federais que cumpriam mandado de prisão determinado pela Justiça contra ele. Bolsonaro procurou, já no domingo, distanciar-se do ex-deputado, mas o estrago estava feito. Ao mesmo tempo que sua campanha agora precisa dividir o foco com ações para conter danos, a oposição tem um novo assunto a ser explorado. "O cheiro que as pessoas tinham que Bolsonaro iria ganhar meio que sumiu", disse Carlos Belchior, estrategista-chefe da G5, acrescentando que o "pau a pau (na disputa presidencial) ficou mais do que certo". Na visão de Belchior, o que ocorreu no domingo traz desconforto, em particular para as pessoas mais moderadas, eleitores de centro e indecisos, que se questionam sobre se a institucionalidade do país está em jogo. Ele disse que espera um mercado mais volátil do que na defensiva nesta semana, com pesquisas principalmente determinando o humor, mas também as bolsas nos Estados Unidos, que terão uma semana com resultados corporativos relevantes. Na segunda-feira, o norte-americano S&P 500 avançou mais de 1% em meio a expectativas de que talvez o Federal Reserve não será tão agressivo em sua política monetária. A semana também começou com noticiário relevante na China, onde Xi Jinping assegurou um terceiro mandato. As bolsas na China reagiram com quedas relevantes, ajudando a pressionar o Ibovespa, dado que ambos são mercados emergentes. Uma bateria de dados econômicos chineses também esteve no radar, incluindo PIB acima do esperado no terceiro trimestre.

REUTERS


Déficit em conta corrente do Brasil acelera, mas investimento direto no país tem alta

O rombo nas transações correntes do Brasil segue em trajetória de ampliação, impactado por um aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior, mas o investimento direto no país tem apresentado consistente alta, batendo em setembro o valor que era previsto para todo o ano, mostram dados do Banco Central


Conforme divulgado na segunda-feira, houve um avanço nos investimentos diretos no país em setembro, alcançando 9,185 bilhões de dólares, o dobro dos 4,600 bilhões de dólares observados no mesmo mês de 2021. Os dados melhores na comparação com o ano anterior foram observados em todos os meses de 2022. Com o movimento, o investimento direto no Brasil acumulado de janeiro a setembro somou 70,666 bilhões de dólares, ante 43,296 bilhões de dólares nos mesmos meses de 2021. O dado é o melhor para o período desde 2011, quando ficou em 77,8 bilhões de dólares. No fim de setembro, o BC ampliou sua projeção para essa conta no ano completo de 2022, de 55 bilhões de dólares para 70 bilhões de dólares. De acordo com a autoridade monetária, o Brasil registrou em setembro um déficit em conta corrente de 5,678 bilhões de dólares, com o rombo acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB) --o saldo negativo vem crescendo desde abril deste ano. Dentro dessa conta, o superávit da balança comercial no mês passado foi de 2,356 bilhões de dólares, ligeiramente inferior ao saldo positivo de 2,551 bilhões de dólares em setembro de 2021. O movimento foi explicado por um crescimento de 24,5% nas exportações, enquanto as importações tiveram alta de 28,2% no período. O dado do mês mostrou déficit na conta de renda primária, de 6,534 bilhões de dólares, ante rombo de 3,391 bilhões de dólares em setembro de 2021. Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 5,326 bilhões de dólares, ante 2,508 bilhões de dólares em mês equivalente do ano passado. A despesa líquida com juros, por sua vez, somou 1,225 bilhão de dólares no mês, contra 899 milhões de dólares em setembro de 2021. Já o rombo na conta de serviços ficou em 1,887 bilhão de dólares, contra 1,352 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado. Os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a 491 milhões de dólares, de 237 milhões de dólares um ano antes. Em dado parcial captado até o dia 19 deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em 2,406 bilhões de dólares, disse ainda o BC.

REUTERS


Analistas melhoram expectativas para inflação e economia em 2022 e 2023 no Focus

Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a melhorar as expectativas para a inflação e a economia neste ano e no próximo, mas a conta para a alta dos preços em 2024 voltou a subir, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo BC na segunda-feira


A expectativa agora para a alta do IPCA é de 5,60% e 4,94% respectivamente em 2022 e 2023, de 5,62% e 4,97% previstos no levantamento anterior. Ambas as projeções seguem acima do teto da meta oficial. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Por outro lado, a estimativa para a inflação em 2024 subiu em 0,07 ponto percentual, alcançando 3,50%, mas dentro da faixa do objetivo --3,0% também com margem de 1,5 ponto. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) melhoraram a 2,76% este ano e 0,63% no próximo, de 2,71% e 0,59% respectivamente na semana anterior. Para 2024 a projeção agora é de expansão de 1,80%, contra 1,70% antes. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudanças no cenário para a taxa de juros, com a Selic calculada em 13,75% ao final deste ano e 11,25% em 2023.

REUTERS


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