Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 24| 07 de dezembro de 2021
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado abre a semana com poucos negócios; arroba registra estabilidade na maior parte das praças
O mercado brasileiro do boi gordo abriu a semana com fluxo praticamente nulo de negócios, efeito da ausência massiva de grande parte dos frigoríficos na segunda-feira (6/12)
“Com escalas de abate preenchidas até o final desta semana, muitas indústrias optaram por manter-se fora das compras no dia, visando avaliar as vendas de carne bovina no último final de semana”, diz a Scot. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, na segunda-feira, os preços dos animais prontos para abater ficaram estáveis nas praças paulistas. O boi gordo é negociado a R$ 320/@, enquanto a vaca e a novilha são vendidas a R$ 299/@ e R$ 309/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). De acordo com os analistas do setor, algumas indústrias buscam, ainda sem grande sucesso, forçar ajustes negativos na arroba. A ausência da China e a queda nos preços das carnes concorrentes preocupam os frigoríficos brasileiros, que temem maior dificuldade para o escoamento dos cortes no atacado/varejo. “Algumas indústrias já ajustaram para baixo os seus valores de balcão, embora não haja relatos de ocorrência em volumes expressivos de negócios nestes patamares”, observa a IHS. Nas praças do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, os preços ficaram estáveis nesta segunda-feira, com o registro de leves baixas em algumas das regiões do Centro-Oeste, informa a IHS. “Há indústria que conseguiu escalas de abate para até 10 dias e estão totalmente fora das compras de gado”, relata a consultoria, referindo ao comportamento do mercado nas praças do MS e MT. Em Goiás, registrou-se recuo na região sul do Estado, onde a grande maioria dos frigoríficos também seguem afastados das compras de gado. Entre as praças da região Norte do Brasil, a trajetória de alta da arroba foi neutralizada diante da saída dos compradores dos negócios, aponta a IHS. Do lado de dentro das porteiras, boa parte dos produtores aproveitaram as altas acumuladas na arroba nas últimas semanas para entregar os seus últimos lotes remanescentes de confinamentos, focando, assim, as suas atenções no gado de pasto. No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos iniciaram a semana estáveis, informa a IHS. Embora o fluxo de venda ainda seja lento, a oferta enxuta permitiu suporte aos preços dos cortes. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 296/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca R$ 302/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 292/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 293/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 327/@ (à vista) vaca a R$ 306/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo).
PORTAL DBO
Embarques de carne bovina dentro da expectativa de queda no início de dezembro/21
O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 15,8 mil toneladas nos primeiros três dias úteis de dezembro/21, sendo que o total exportado ficou em 142,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia informou, a média diária exportada ficou em 5,2 mil toneladas os primeiros três dias úteis de dezembro, na qual teve um recuo de 18,38% frente à média exportada no mês de dezembro do ano passado, com 6,4 mil toneladas. Para o analista de mercado da Agrifatto, Yago Travagini, as exportações vieram dentro das expectativas. “Com 3 dias, os embarques ficarem ao redor de 5,28 mil por tonelada de média diária é um sinal que está dentro do que era esperado. Caso a China não volte às compras, a tendência é que o volume exportado tenha uma redução nas próximas semanas”, informou. Os preços médios ficaram próximos de US$ 4.812,9 mil por tonelada, alta de 6,81% frente aos dados divulgados em dezembro de 2020, com preços médios de US$ 4.506,1 mil por tonelada. O analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, disse que os preços médios estão apresentando bons patamares e que devem seguir dentro dessa média ao longo de dezembro. “O fator cambial deve favorecer já que a tendência é que o real deve se manter desvalorizado no curto prazo”, comentou. A média diária ficou em US$ 25,4 milhões, queda de 12,83%, frente ao observado no mês de dezembro do ano passado, com US$ 29.192 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
Brasil será responsável por 29% da carne bovina no mundo em 2030
O Brasil será responsável por 29% das exportações mundiais de carne bovina em 2030, conforme aponta o relatório do Departamento de Agriculta dos Estados Unidos (USDA). Nos próximos nove anos, as exportações terão um aumento de 41,8% no volume
O país seguirá como o principal exportador do produto no mundo e os Estados Unidos aparecerão logo em seguida, com uma fatia de 11,4% do mercado. As informações são da CNN Brasil. De acordo com o relatório, a alta acontece por conta da maior demanda por carne bovina e pela estagnação de outros países na exportação do produto. Com relação à carne suína, o Brasil deve pular de quarto maior exportador para terceiro, ultrapassando o Canadá. O primeiro lugar segue ocupado pela União Europeia e o segundo pelos Estados Unidos. Além do aumento na quantidade de carne destinada a outros países, o Brasil também ampliará sua atual capacidade de produção de 10 milhões de toneladas anuais para 12,4 milhões em 2030. Entretanto, apesar de ser o país que mais exporta, não é o que mais produz, já que perde para os 13,3 milhões de toneladas dos Estados Unidos. O motivo estaria relacionado ao fato de que o mercado interno norte-americano consome mais carne bovina do que o brasileiro. A explicação para isso tem a ver, inclusive, com o quanto cada população consegue gastar no alimento. “O mercado doméstico dos Estados Unidos tem uma preferência para esse tipo de proteína. É um hábito cultural deles, assim como dos brasileiros, de comer muita carne. No entanto, o poder aquisitivo é que define qual proteína animal será mais consumida dentro do nosso país”, disse Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), à CNN. Ela ainda chama a atenção para o último trimestre deste ano, em que a população brasileira consumiu mais carne de frango e ovo por serem proteínas mais baratas.
CNN BRASIL
EUA não vão parar de importar carne do Brasil
Os Estados Unidos não vão suspender importações de carne bovina do Brasil, disse o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack
Em novembro, a Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA) pediu a proibição da entrada do produto brasileiro no mercado norte-americano, após registros de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como “doença da vaca louca”, no Brasil. A solicitação do embargo seguiu uma suspensão efetivada pela China, usando estes casos como "desculpa", o que fez as exportações brasileiras caírem praticamente pela metade em outubro e novembro, segundo dados da ABRAFRIGO. Com o embargo chinês, agora os EUA aparecem como os principais importadores de carne bovina do Brasil, tendo abocanhado fatia de 17,3% em novembro, de um total de 100 mil toneladas.
REUTERS
SUÍNOS
Suínos: mercado fechou segunda-feira com preços estáveis ou recuando
Segundo o Cepea/Esalq, mesmo diante do aquecimento nas vendas na segunda quinzena de novembro, os valores médios do animal vivo e da carne no mês ficaram abaixo dos registrados em outubro/21 e bem inferiores aos de novembro/20, em termos reais
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF caiu 3,65%/3,45%, valendo R$ 132,00/R$ 140,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 9,90/R$ 10,30 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (3), houve queda de 0,65% em São Paulo, chegando em R$ 7,63/kg, e de 0,15% no Paraná, atingindo R$ 6,52/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, custando R$ 7,47/kg, valor de R$ 6,36/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 6,74 fechando em Santa Catarina.
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína iniciam dezembro em queda com China mais afastada do mercado
"O Brasil vai ter que pensar em alternativas para sobreviver sem a China"
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na primeira semana de dezembro (três dias úteis) registraram recuo tanto no comparativo com a semana anterior quanto com o mês de dezembro de 2020. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, estes dados seguem como um reflexo da China se afastando do mercado, como já fez com outros grandes players. "Aquele boom de exportação que a gente viveu em 2019/20, parece estar perto do final. O Brasil vai ter que pensar em alternativas para sobreviver sem a China", disse. A receita obtida, US$ 21.065 milhões representou 12,07% do montante obtido em todo dezembro de 2020, que foi de US$ 174,4 milhões. No volume embarcado, as 9.167 toneladas são 12,7% do total exportado em dezembro do ano passado, com 72.248 toneladas. No faturamento por média diária, US$ 7.021 ele é 11,47% menor do que o de dezembro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 15,8%. Em toneladas por média diária, 3.055 toneladas, houve retração de 6,94% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, baixa de 17,3%. No preço pago por tonelada, US$ 2.297, ele é 4,86% inferior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor da semana anterior, representa alta de 1,8%.
AGÊNCIA SAFRAS
FRANGOS
Frango: segunda-feira com preços estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,35/kg
Na cotação do animal vivo, os valores não mudaram em Santa Catarina, com R$ 3,70/kg, nem no Paraná, com R$ 5,77/kg. São Paulo ficou sem referência de preço na segunda-feira.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (3), a ave congelada sofreu queda de 0,30%, atingindo R$ 6,75/kg, enquanto a resfriada caiu 0,29%, fechando em R$ 6,76/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de frango no início de dezembro tem bom ritmo
Casos de influenza aviária que estão se espalhando por países da Ásia e Europa devem representar novas oportunidades de exportação da proteína brasileira em 2022
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura na primeira semana de dezembro (três dias úteis), tem preço pela tonelada bem acima do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne de frango "seguem muito bem, e devem bater recorde este ano, superando 4,5 milhões de toneladas embarcadas". Para Iglesias, os casos de influenza aviária que vêm sendo registrados na Ásia e na Europa devem representar grandes oportunidades para a proteína brasileira em 2022. A receita obtida foi de US$ 70.317, o que representa 14,21% do montante obtido em dezembro de 2020, que foi de US$ 494,6 milhões. No volume embarcado, as 39.473 toneladas representam 11,25% do total exportado em dezembro do ano passado, com 350.857 toneladas. No faturamento por média diária nesta primeira semana do mês, US$ 23.439, ele foi 4,24% maior do que dezembro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve recuo de 18,6%. Nas toneladas por média diária, 13.157 toneladas, houve baixa de 17,49% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparada a semana anterior, queda de 18,2%. No preço pago por tonelada, US$ 1.781, ele é 26,34% superior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,4%.
AGÊNCIA SAFRAS
Novo surto de gripe aviária confirmado no norte da França, mais dois suspeitos
Autoridades locais no norte da França disseram na segunda-feira que um novo cluster de gripe aviária foi detectado no fim de semana na região, acrescentando que dois possíveis casos adicionais de gripe aviária em granjas estão atualmente sob investigação.
REUTERS
Suécia encontra gripe aviária em pequena granja enquanto o vírus se espalha
Um caso de gripe aviária foi detectado em uma pequena fazenda particular com patos e galinhas no sul da Suécia, disseram as autoridades, após vários surtos recentes em fazendas de aves em toda a Europa.
REUTERS
CARNES
Mercado tem carne para o fim de ano, mas falta o consumidor
Baixo poder de compra da população impacta projeções do setor
Pagamento da primeira parcela do 13 salário do mês, chegada das festas de final de ano. Tudo poderia levar o consumidor para o mercado de alimentos neste início de dezembro. Ele continua, no entanto, bastante retraído, principalmente na aquisição de carnes. A avaliação é de Heloísa Xavier, diretora da JOX Assessoria Agropecuária. "É um mercado inconsistente para este período do ano. Falta poder aquisitivo para a população, e o dinheiro que está entrando vai para pagar contas atrasadas e as que estão vencendo", afirma. No setor de carnes, a bovina ainda tem uma pequena sustentação nas vendas, devido às promoções da carne de segunda, mas a oferta de animais ainda é baixa. Já nos setores de frango e de suínos, os frigoríficos estão bem mais abastecidos. "O mercado tem carne, mas falta o consumidor." Esse cenário de incertezas no consumo se reflete no campo. Após um recuo de R$ 11 na sexta-feira (3), quando caiu para R$ 313, a arroba de boi gordo voltou a se recuperar nesta segunda-feira (6) no mercado paulista, subindo para R$ 322, uma elevação de R$ 9. A queda da semana passada foi um movimento brusco, mas pontual, segundo Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A dificuldade maior para o consumidor, em termos de preços, vai continuar com a carne bovina. Além da demanda maior neste período do ano, o que é natural, a oferta de gado vai continuar restrita. A ocorrência de chuvas na passagem de 2021 para 2022 está melhor do que foi a de 2020 para 2021, o que permite ao pecuarista controlar melhor suas vendas. Em julho, a arroba estava em R$ 322, recuou para R$ 254 no final de outubro e voltou para R$ 324 na semana passada. O pesquisador do Cepea diz que está havendo uma peneira na atividade, com muitos produtores indo para a soja ou arrendando suas terras. Apesar do cenário atual, ele prevê uma melhora na oferta, principalmente após o primeiro semestre. O pecuarista já faz confinamento para a entrega no ano todo, e há um aumento de produtividade. O cenário para o consumidor, porém, é delicado. A arroba de boi no pasto vale mais do que o equivalente a uma arroba da carcaça casada no atacado de São Paulo. Isso mostra uma pressão maior no campo do que os preços atuais da carne no atacado e no varejo. Segundo o Cepea, o quilo de carne da carcaça casada (carnes do traseiro, dianteiro e ponta de agulha) está em R$ 20,55 no mercado atacadista de São Paulo, o maior preço desde meados de junho.
FOLHA DE SP
Índice de preços global de carnes cai 0,9% em novembro
O índice global de preços de carnes medido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 0,9% em novembro, na comparação com outubro, a quarta queda consecutiva na comparação mensal, disse a FAO em comunicado na semana passada
O índice ainda ficou 17,6% acima do valor registrado em novembro do ano passado. As cotações internacionais de carne suína caíram pelo quinto mês consecutivo, impactadas pela redução nas compras pela China, principalmente da carne suína produzida na União Europeia. Os preços de ovinos também tiveram forte queda após o aumento na oferta, principalmente na Austrália. Já os preços de carne bovina continuaram estáveis. As cotações no Brasil foram em parte mitigadas pelo aumento nos valores das carnes exportadas pela Austrália. Os preços de carne de frango também ficaram estáveis, já que a oferta global ficou adequada para atender à demanda apesar das dificuldades no lado da oferta, principalmente relacionadas à baixa disponibilidade de contêineres e à gripe aviária na Europa e na Ásia. A cotação das carnes é um dos itens considerados no índice global de preços de alimentos da FAO divulgado mensalmente. O índice global de alimentos teve alta de 1,2% em novembro, ante outubro, influenciado por altas nas cotações de cereais, lácteos e açúcar.
CARNETEC
Abiec, ABPA, Abrafrigo e outras criam fórum aglutinador do setor de proteínas
Abiec, Abinpet, Abipesca, ABPA, Abra, Abrafrigo, Sindirações e Ubrabio se uniram para criar o fórum ProBrasil – Proteínas do Brasil, anunciaram as entidades na segunda-feira (06)
O objetivo é articular o setor de proteínas na busca conjunta de soluções para os problemas e gargalos das cadeias de sete setores econômicos: aves e suínos; biodiesel e bioquerosene; bovinos; animais de estimação (pet); pescado; rações e reciclagem animal. O "novo fórum do agronegócio representa meio trilhão de reais em receitas", divulgaram as associações no título de um comunicado de apresentação, que segue abaixo na íntegra: "Desde o fim do século 20, o Brasil vem se consolidando como um dos maiores produtores do mundo de proteínas animais graças à disponibilidade de terras, ao talento de seus produtores rurais e da tecnologia aqui desenvolvida e empregada na agropecuária. Esse conjunto de fatores permitiu que um grande número de empresas fosse criado e se associasse aos produtores para que a proteína animal chegasse primeiro aos brasileiros e, depois, a quase todas as outras partes do mundo que necessitam dos alimentos aqui produzidos. Essas empresas, entre as quais algumas se tornaram grandes players mundiais do setor, se reuniram em torno de associações específicas e hoje formam um parque que emprega diretamente 1,4 milhão de trabalhadores em 754 indústrias associadas que, juntas, produzem uma receita estimada em meio trilhão de reais. Essas associações representam sete setores econômicos: aves e suínos; biodiesel e bioquerosene; bovino; animais de estimação (pet); pescado; rações e reciclagem animal. Para enfrentar esse mundo novo e desafiador que, graças à velocidade da informação, cria, debate e coloca em prática os temas mais relevantes para o futuro do país e do planeta, essas associações resolveram se unir em seus propósitos mais comuns, criando um fórum capaz de atuar com sinergia de ações, pensamentos e valores: o ProBrasil – Proteínas do Brasil. Há muito que se fazer em prol da segurança alimentar, bem-estar social e desenvolvimento econômico do Brasil e, para isto, nasceu o ProBrasil – Proteínas do Brasil, que está sendo apresentado hoje (06) ao governo brasileiro e ao país. Somos o maior exportador de carne de aves e terceiro maior produtor mundial. Em suínos, ocupamos o quarto lugar na exportação e produção global. No biodiesel, representamos mais de 40% da produção nacional. Na pecuária de corte, somos o maior exportador do mundo e a produção é de 10 milhões de toneladas, a segunda maior do planeta; o pet food representa quase 80% do faturamento da indústria pet; em pescado, representamos 70% das marcas comercializadas no país e 85% das exportações; em rações, temos a terceira maior produção global de alimentos para animais. Em reciclagem animal, somos o segundo maior produtor de farinhas e gorduras de origem animal do mundo, com 13 milhões de toneladas de resíduos processados, o que contribui para a sustentabilidade ambiental da cadeia da carne. O que procuramos a partir de agora com o ProBrasil é a articulação do setor de proteínas, com sua logística e abastecimento, em busca conjunta de soluções para os problemas e gargalos da cadeia, dando continuidade ao processo de integração comercial entre governo e iniciativa privada."
CARNETEC
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Banco do agricultor paranaense ajudou 1.235 projetos do campo em seis meses
Em pouco mais de seis meses do lançamento, o Banco do Agricultor Paranaense soma mais de R$ 152 milhões de financiamentos já efetivados pelo setor bancário em 1.235 projetos (dados de 30 de novembro). O Governo do Estado, por sua vez, tem disponível R$ 52,8 milhões para garantir a taxa de juros menor aos produtores rurais ou, em alguns casos, zerar as alíquotas.
O programa conta com a participação do Banco do Brasil, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e de cooperativas de crédito, e tem como objetivo ajudar pequenos e médios agricultores a investir. É um instrumento criado pelo governo estadual com o objetivo de incentivar investimentos no setor rural. Para isso, o Estado assume o pagamento de parte ou do total da taxa de juros. A concessão de subvenção econômica é feita com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), gerido pela Fomento Paraná. O maior volume em financiamento é a linha de energia renovável, que alcançou, até o início de novembro, R$ 118.164.986,00. Foram acatados 708 projetos. A regional de Cascavel lidera os pedidos, com 145 projetos e R$ 27,9 milhões investidos. É seguido por Toledo, também na região Oeste, onde a produção de suínos, aves e peixes, que demandam bastante energia, tem forte presença. Ali foram investidos R$ 22,1 milhões em 143 projetos. A linha destinada à pecuária leiteira é a segunda em volume de financiamento, com R$ 21.802.136,00 em 341 projetos. Novamente, Cascavel aparece à frente com 44 projetos e R$ 2,8 milhões de aportes. Na segunda posição vem o núcleo de Laranjeiras do Sul, no Centro-Sul, com 39 projetos, cujo valor alcança de R$ 2,3 milhões. A terceira colocação em volume de recursos é de Dois Vizinhos, no Sudoeste, com R$ 1,7 milhão em 23 projetos. Na irrigação, o investimento é de R$ 5.719.274,00, contemplando 71 projetos. Nessa linha, a liderança por volume de recursos é da região de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, com R$ 1,56 milhão em nove projetos, seguido de perto por Paranavaí (Noroeste), com R$ 1,53 milhão em cinco projetos. O núcleo com mais projetos é Cascavel, onde 14 iniciativas receberam R$ 502,1 mil. É seguido por Francisco Beltrão, no Sudoeste, com 11 projetos e R$ 559,5 mil de investimento. A linha que apoia cadeias produtivas da seda, café, olericultura, floricultura, fruticultura e sistemas de produção orgânica e agroecológica já concedeu R$ 4.485.296,93 em financiamento de 95 projetos. Cascavel aparece na liderança, com R$ 774,5 mil em 18 empreendimentos. Logo atrás aparece Santo Antônio da Platina, onde 16 projetos recebem R$ 843,1 mil. A piscicultura, até 30 de novembro, estava com 12 projetos em que os empreendedores investiram R$ 1.266.772,00. O maior valor é da regional de Toledo, com R$ 677,8 mil em sete iniciativas. Já Cascavel desenvolve três projetos, com investimento de R$ 487,3 mil. Empreendimentos no setor de piscicultura também atraíram as atenções em duas plantas no núcleo de Irati (Centro-Sul), com recursos de R$ 101,5 mil. É em Cascavel que investidores de agroindústria buscaram R$ 315,4 mil para três projetos. Em Irati, três empreendimentos somam R$ 208,2 mil, enquanto em um de Ponta Grossa (nos Campos Gerais) foram aplicados R$ 47,7 mil e em outro, em Santo Antônio da Platina, R$ 43,8 mil. A linha de produção, captação e preservação de água, assim como as de produção de pinhão e erva-mate e a de cooperativas ainda não haviam registrado nenhum financiamento bancário até 30 de novembro.
Agência de Notícias do Paraná
Privatizada, Copel Telecom precisa adotar novo nome até fevereiro
A partir de 1º de fevereiro de 2022, a operadora de telecomunicações Copel Telecom deverá ter um novo nome. A troca faz parte do acordo de venda da companhia, concretizada há um ano, e o novo nome será escolhido, segundo a nova controladora, pelos clientes
Para isso, uma campanha de marketing será lançada no começo de janeiro. “Copel Telecom é uma marca muito reconhecida e é sinônimo de qualidade, mas precisamos mudar por questões contratuais. Por isso queremos que os próprios paranaenses ajudem a escolher”, destaca o Diretor-Presidente da companhia, Wendell Oliveira. Os detalhes ainda não estão todos definidos, mas provavelmente haverá uma seleção prévia de alguns nomes para as pessoas fazerem sua escolha. Também não se sabe ainda se apenas os atuais clientes da Copel Telecom poderão votar ou se será aberto a todos os paranaenses. A venda da Copel Telecom foi feita em novembro de 2020 em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), quando o Bordeaux Fundo de Investimento, de São Paulo, comprou a companhia por R$ 2,395 bilhões. A mudança do nome é uma exigência estabelecida no edital de leilão e foi justificada pelo fato de a marca Copel ser muito ligada ao governo do Paraná, o que poderia gerar confusão nos consumidores. O prazo máximo para a alteração é janeiro de 2022, já que a compradora só pode usar Copel Telecom por seis meses após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ocorreu em julho deste ano. Além do nome, a companhia terá outras mudanças, como a contratação de uma equipe totalmente nova, já que os colaboradores da antiga Copel Telecom não foram incluídos na negociação. Serão contratados cerca de 400 profissionais. A empresa permanecerá em Curitiba, onde serão gerados esses empregos. Há planos de expansão do atendimento para Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O foco da nova gestão é se manter como a número 1 em telecomunicações no Paraná. A empresa chegou a dominar 67% do mercado via fibra ótica no estado, onde atua com exclusividade, mas viu esse domínio cair para 21,9% em 2020, com o acirramento da disputa no ramo. A meta é quadruplicar o número de clientes no estado, atingindo 1 milhão de consumidores, ampliando também as áreas de atuação, para atender a fila de espera por internet em regiões em que a companhia não fornece atendimento.
GAZETA DO POVO
Com forte demanda mundial, cooperativas baterão meta de R$ 200 bi antes do previsto
Mesmo que as expectativas para a economia brasileira em 2022 venham sendo repetidamente revisadas para baixo, as cooperativas do Paraná estão olhando para os próximos anos com otimismo. Não é à toa: só este ano, elas devem faturar em torno de R$ 152 bilhões, valor quase 30% superior ao do ano passado
“Isso faz parte do nosso plano estratégico, não é um fato isolado. Mas, realmente, o crescimento foi bem significativo, porque a demanda por alimentos continua aquecida a nível internacional”, diz José Roberto Ricken, Presidente do Sistema Ocepar, entidade que reúne as cooperativas paranaenses. Considerado “acima da média” por Ricken, o crescimento não deve continuar no mesmo ritmo, mas, ainda impulsionado por uma alta demanda por alimentos, vai se manter em 2022 - quando as cooperativas do estado pretendem investir R$ 5 bilhões para expandir seus negócios - e nos próximos anos. Com isso, a expectativa das cooperativas é atingir a meta do Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200) até quatro anos antes do prazo, que é 2029, confirmando o cenário otimista para o setor. “Tínhamos imaginado chegar a R$ 200 bilhões em 2026 ou 2027, mas isso pode ser antecipado em um ano. Em 2022, vamos ter a demanda internacional, a safra foi bem implantada e, embora uma La Niña possa atrapalhar, ela vem com uma expectativa positiva. Os preços também não vão se reduzir, porque eles acompanham a demanda. A nossa dificuldade pode ser a indisponibilidade de crédito mais barato, que pode afetar a rentabilidade. Ainda assim, hoje nossa avaliação é positiva”, avalia. Ricken espera ainda que as cooperativas do estado comecem a colher os frutos pelo fato de o estado ser, desde o fim de 2019, uma área livre de febre aftosa sem vacinação. “A área de suínos deve aumentar. Tem mercados na Ásia e até aqui na América mesmo que não compravam de nós, mas hoje estão nos procurando”, diz.
GAZETA DO POVO
MEIO AMBIENTE
MyCarbon da Minerva Foods, conclui primeira Comercialização de créditos de carbono
Um dos maiores desafios da cadeia produtiva de carne bovina é a descarbonização
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, informou que sua subsidiária My Carbon, criada neste ano com foco no desenvolvimento e comercialização de crédito de carbono, fechou seu primeiro contrato para a redução certificada de emissões de gases de efeito estufa. “A My Carbon é parte dos esforços que temos realizado para implementar iniciativas que promovam uma pecuária mais sustentável e de baixo carbono. A conclusão da primeira comercialização de créditos de carbono pela empresa evidencia que esta é uma possibilidade real e que torna ainda mais tangível o conceito de produção sustentável”, afirma Fernando Queiroz, CEO da Minerva Foods e da My Carbon, em nota enviada ao Valor. A Minerva realça que, como mais uma vez ficou evidente nas discussões da COP26, em Glasgow, um dos maiores desafios da cadeia produtiva de carne bovina é a descarbonização. “Cada unidade de carbono corresponde a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na atmosfera, o que torna a comercialização de créditos de carbono uma forma efetiva de reduzir as emissões de gases de efeito estufa no planeta”, reforça a companhia. Os créditos são gerados a partir de projetos e ações que têm por objetivo evitar ou neutralizar as emissões de carbono, evitando assim o aumento dos impactos do efeito estufa. Na nota, a Minerva lembra ainda que, segundo relatório divulgado pela consultoria financeira Refinitiv, o mercado de créditos de carbono cresceu 20% no último ano no mundo e movimentou US$ 227 bilhões.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar renova máxima desde abril; fiscal segue no radar
O dólar subiu para uma nova máxima em quase oito meses frente ao real nesta segunda-feira, com apostas em aumentos antecipados de juros nos Estados Unidos ofuscando fortes expectativas de elevação da taxa Selic nesta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua última reunião de 2021
A divisa norte-americana à vista subiu 0,25%, a 5,6925 reais na venda, nova máxima para encerramento desde 13 de abril deste ano (5,7175). Na B3, às 17:21 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a 5,7175 reais. Várias autoridades do Fed sinalizaram recentemente que o banco central norte-americano está preparando o terreno para acelerar o ritmo de redução de seus estímulos e possivelmente antecipar aumentos de juros para 2022, uma vez que dados econômicos têm indicado persistência da inflação e aperto no mercado de trabalho --apesar de um relatório de empregos do governo referente a novembro ter vindo abaixo das expectativas do mercado. Investidores de todo o mundo seguem de olho no noticiário em torno da variante Ômicron do coronavírus, recém-detectada, uma vez que ainda não há clareza sobre qual será seu impacto sanitário e econômico. No Brasil, o cenário político-fiscal também segue no radar nesta reta final de 2021, antes de um 2022 provavelmente difícil para os mercados domésticos. Estrategistas do Citi disseram em relatório na segunda-feira que "as eleições presidenciais (do ano que vem) devem ter relevância cada vez maior nos preços dos ativos, dada sua relação próxima com os riscos fiscais". Nos últimos meses, a trajetória das contas públicas brasileiras tem sido motivo de forte preocupação, em meio à pressão do governo por mais gastos com auxílio à população em 2022, quando o Presidente Jair Bolsonaro deve tentar a reeleição.
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Ibovespa sobe pela 3ª sessão seguida diante de menor receio com Ômicron
O Ibovespa garantiu a terceira alta seguida nesta segunda-feira, para o maior nível de fechamento desde meados de novembro, com diminuição dos receios em relação à Ômicron e o andamento da PEC dos Precatórios sustentando o clima positivo na bolsa brasileira
Vale foi a maior contribuição positiva para o índice, enquanto Rumo ocupou a ponta oposta. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,94%, a 107.105,23 pontos, o maior fechamento desde 11 de novembro. O volume financeiro foi de 25,5 bilhões de reais.
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Poupança tem novembro de saque recorde com saída de R$12,4 bi, aponta BC
A caderneta de poupança registrou saída líquida de 12,4 bilhões de reais em novembro, maior resgate já registrado para o mês na série histórica iniciada em 1995, mostraram dados do Banco Central na segunda-feira
No mês passado, os saques superaram os depósitos em 9,3 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve retirada líquida de 3,1 bilhões de reais. Novembro foi o quarto mês consecutivo em que a poupança perdeu recursos, após resgates líquidos também expressivos em agosto (-5,468 bilhões de reais), setembro (-7,720 bilhões de reais) e outubro (7,430 bilhões de reais) --nos dois últimos casos, o saque também foi recorde para o mês. No acumulado de janeiro a novembro, a poupança teve saída de 43,2 bilhões de reais, ante entrada de 145,7 bilhões de reais em igual período do ano passado, quando a aplicação foi impulsionada pelo pagamento do auxílio emergencial e pelo nível baixo da taxa básica de juros, que aumenta a competitividade da poupança frente a outros investimentos. Desde março deste ano, o BC já elevou a Selic em 5,75 pontos percentuais, ao nível atual de 7,75% ao ano, em meio ao ciclo de aperto monetário conduzido para domar a inflação.
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Riscos fiscais da União sobem R$130 bi em 2021 e alcançam R$4,2 tri, diz Tesouro
A exposição da União aos chamados riscos fiscais específicos alcançou 4,2 trilhões de reais em 2021, uma elevação de 130 bilhões na comparação com o ano passado, informou o Tesouro Nacional na segunda-feira
Os chamados riscos específicos são aqueles relacionados a eventos com ocorrência irregular e com diferentes origens, normalmente associados a programas governamentais, ao balanço patrimonial do governo e a eventuais novos passivos que ainda dependem de confirmação. Entre esses riscos, está o estoque de ações judiciais contra a União, de 2,2 trilhões de reais, montante cerca de quatro vezes maior do que o observado em 2014. Uma fatia de 42% desse total, de 938 bilhões de reais, é considerada perda provável. A apresentação desse crescimento no volume dos riscos relacionados a possíveis sentenças judiciais ocorre enquanto o Congresso finaliza o trâmite para estabelecer um teto anual ao pagamento de precatórios –dívidas do governo reconhecidas pela Justiça e sem possibilidade de recurso. A medida faz parte da PEC dos Precatórios. Pela nova regra, que ainda depende de aprovação final do Congresso, os precatórios que excederem um limite anual de pagamento entrarão em uma espécie de fila. Em 2022, por exemplo, dos 89 bilhões de reais em precatórios inscritos pelo Judiciário, aproximadamente metade ficará acima do teto estipulado pela nova regra. Entre os mecanismos de quitação desses débitos, há a previsão de o governo poder pagar antecipadamente com um desconto sobre o valor total. Em relação à dívida ativa da União, o estoque total está em 2,6 trilhões de reais. Desse montante, é esperada uma recuperação de 501 bilhões de reais. Na análise de propostas legislativas que beneficiam Estados e municípios, o Tesouro estima que essas medidas poderão onerar a União em 644 bilhões de reais ao longo de dez anos. O órgão do Ministério da Economia ainda aponta que a mudança na estrutura etária brasileira, com aumento do número de idosos e redução da proporção de jovens, pode ampliar em 12,4 bilhões de reais a demanda sobre despesas de saúde e educação entre 2021 e 2030. Além dos riscos específicos, o Tesouro avalia riscos macroeconômicos, relacionados a mudanças cíclicas ou estruturais na economia que afetariam receitas e despesas do governo. Nessa categoria, o Ministério da Economia atualiza projeções para a relação entre a dívida bruta do governo geral e o PIB. Para o fim de 2021, o Tesouro projeta que a dívida bruta ficará em 80,6% do PIB, contra 88,8% no encerramento de 2020. “O crescimento da dívida bruta do governo geral, após os eventos de 2020, reduziu significativamente a capacidade do país em absorver novos choques que afetem as variáveis econômicas por meio de endividamento”, informou o Tesouro.
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