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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 226 DE 03 DE OUTUBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 226 |03 de outubro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: Setembro terminou com forte pressão de baixa na arroba

Mercado segue de olho no comportamento da demanda pela carne bovina nos próximos meses, período marcado pela Copa do Mundo e tradicionais comemorações de fim de ano


A última semana do mês de setembro foi marcada por novos movimentos de baixa nos preços da arroba no mercado físico do boi gordo. Rumores de que a demanda chinesa pela carne bovina brasileira deve perder intensidade na etapa final de 2022 também acederam um sinal de alerta entre os frigoríficos exportadores. Paralelamente, boa parte das unidades de abate espalhadas pelo Brasil dispõe de escalas de abate longas e confortáveis, operando com ofertas oriundas de contratos de boi a termo, informa a mesma consultoria. Nesse contexto, a pressão baixista nos preços do boi gordo ganhou fôlego ao longo da semana passada. Na sexta-feira, o último dia de setembro, o mercado brasileiro do boi gordo permaneceu contido e com baixos apontamentos de preços. Neste momento, no mercado atacadista da proteína bovina, o fluxo de comercialização continua aquém das expectativas do setor, mas os preços dos principais cortes bovinos se mantiveram inalterados. Segundo a Scot Consultoria, após as quedas nas cotações ocorridas na quinta-feira (29/9) nas praças pecuárias paulistas, os preços ficaram estáveis na sexta-feira. A cotação do boi gordo seguiu valendo R$ 280/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas, respectivamente, por R$ 267/@ e R$ 278/@ (preços brutos e a prazo). O boi-China, abatido mais jovem, com até 30 meses, foi cotado em R$ 290/@ (preço bruto e a prazo). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 245/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 255/@ (prazo) vaca a R$ 245/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 253/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 267/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 257/@ (prazo) vaca a R$ 247/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 235/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


Pecuarista vai pagar sozinho pelo boi sustentável

O consumidor não vai pagar nada a mais pela carne do boi "sustentável"


Esse foi o recado de Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, à plateia do Agroforum 2022, segundo o Money Times. Quando se lê consumidor, também pode ser ler "frigoríficos". Ou seja: o custo de todas as exigências de sustentabilidade, atuais e futuras, feitas pela indústria para lustrar a própria imagem no Brasil e no exterior serão pagos pelos pecuaristas. E só por eles. Para o dirigente, atender tais exigências é obrigação do pecuarista e cada vez mais os frigoríficos se recusarão comprar de produtores que não só atendam essas exigências, mas comprovem o atendimento, monitorados pela indústria. A JBS diz que pretende zerar a emissão de carbono em alguns anos.

Money Times


SUÍNOS


Suínos: cotações estáveis. Leve alta de 0,30% para o vivo em MG

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (29), houve leve alta de 0,31% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,39/kg, e queda de 0,32% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,23/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,15/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,37/kg), e São Paulo (R$ 6,69/kg).

CEPEA/ESALQ


Estabilidade no preço do quilo do suíno no Rio Grande do Sul

A Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou estabilidade no preço pago ao suinocultor independente pelo quilo do suíno vivo; a cotação é de R$6,66 nesta sexta-feira (30). O levantamento é realizado pela Associação de Criadores de Suínos do RS – ACSURS


O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 91,00. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.803,33 e da casquinha de soja é de R$ 1.450,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,22. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,40 (base suíno gordo) e R$ 5,50 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 17/08; Cooperativa Languiru R$ 5,40, vigente desde 26/08; Cooperativa Majestade R$ 5,40, vigente desde 17/08; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,40, vigente desde 1º/09; Alibem R$ 4,20 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,50 (leitão), vigentes desde 22/08; BRF R$ 5,20, vigente desde 10/08; Estrela Alimentos R$ 4,40 (base creche e terminação) e R$ 5,45 (leitão), vigentes desde 19/08; JBS R$ 5,10, vigente desde 23/05; e Pamplona R$ 5,40 (base terminação) e R$ 5,50 (base suíno leitão), vigentes desde 17/08.

ACSURS


FRANGOS


Frango vivo fechou setembro estável; ave viva caiu 2,93% no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado ficou estável em R$ 7,30/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,23/kg; já no Paraná, houve queda de 2,93%, valendo R$ 5,31/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (29), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,10/kg e R$ 8,05/kg.

CEPEA/ESALQ


CARNES


Frango/Cepea: Carne de frango perde competitividade frente às proteínas bovina e suína

Os valores médios mensais do frango inteiro resfriado e das carnes concorrentes suína e bovina – todas comercializadas no atacado da Grande São Paulo – vêm registrando baixa em comparação a agosto


Pesquisadores do Cepea indicam, no entanto, que o movimento de queda nos preços da proteína avícola está menos intenso, cenário que resulta em perda de competitividade desta frente às demais. Ressalta-se que os valores da carne de frango estavam em recuperação em meados deste mês, mas os baixos patamares praticados no início e agora no encerramento de setembro fizeram com que a média mensal ficasse abaixo da registrada em agosto.

CEPEA


Por que a carne de frango irá superar a bovina e a suína até 2030

O custo mais baixo da carne de aves está tornando-a a fonte de proteína número um do mundo


Durante séculos, um delicioso churrasco ou lombo de porco tem sido o prato preferido dos seres humanos à medida que as sociedades enriqueciam e suas dietas melhoravam. Isso mudou. Até 2022, o consumo de frango deve chegar a 98 milhões de toneladas, o dobro do crescimento de 1999. Isso é mais que o triplo do crescimento da carne suína e 10 vezes maior do que a carne bovina, segundo dados do governo dos EUA. O consumo global de frango está a caminho de responder por 41% de todo o consumo de carne até 2030. E em menos de uma década, para o bem ou para o mal, os humanos consumirão pela primeira vez muito mais frango do que qualquer outro tipo de proteína. Graças à genética e outras inovações, o custo da criação de galinhas caiu repetidamente ao longo dos anos. As aves modernas estão prontas para produção apenas seis semanas após a eclosão. Durante esse tempo, eles convertem prodigiosamente seus alimentos em proteínas como nenhum outro animal consegue. A mudança para aves nas principais economias, do Brasil à China, está se acelerando à medida que a inflação torna a carne vermelha muito cara para mais pessoas em todo o mundo. O caos nas cadeias de abastecimento alimentar causado pela pandemia e pela guerra na Ucrânia só reforçou essa tendência. Há um lado ainda mais sombrio na ascensão do frango como produto. As aves agora podem ganhar peso tão rapidamente que seus órgãos e músculos não conseguem acompanhar, dificultando a permanência em pé. Surtos de gripe aviária, como os que afetaram recentemente o Centro-Oeste e a Costa Leste dos Estados Unidos, são maiores e mais graves devido ao aumento do uso de métodos de produção industrial. O custo de produção em relação à produção total de aves provavelmente caiu para um terço do que era há 30 anos, diz Tai Lin, sócio-gerente da Proterra Asia, uma empresa de private equity que investe na indústria de alimentos. Os agricultores ainda não descobriram como fazer o mesmo com outros animais. "Tornou-se a carne mais barata", diz Lin. A demanda está aumentando tão rapidamente que os produtores não conseguem acompanhar, causando escassez. Os restaurantes da América estão presos em uma competição brutal por suprimentos. A rede de frangos Wingstop Inc. diz que quer comprar uma planta de processamento, o que a tornaria a primeira grande operadora de restaurantes dos EUA a se aventurar tão profundamente na cadeia de suprimentos. Na Ásia, o frango está substituindo a carne de porco - a carne tradicional das celebrações, culinária diária e jantar fora - à medida que os consumidores mais jovens adotam a visão ocidental de que a carne branca é mais saudável. Os brasileiros também estão devorando frango este ano, já que a inflação coloca a carne bovina fora do alcance de milhões de pessoas. O país, maior exportador de aves do mundo, está aumentando a produção em 4,5%, atingindo novos recordes. As empresas estão agregando linhas de produção, turnos e melhorias de processos, diz Ricardo Santin, chefe do grupo de exportação ABPA. "Não conheço nenhum país no mundo que não tenha galinhas", diz Brett Stuart, cofundador da Global AgriTrends, uma empresa de consultoria.

SUINOCULTURA INDUSTRIAL


EMPRESAS


China soma três variáveis aos frigoríficos brasileiros que nenhum outro país trará

O CEO do Frigol, quarto maior grupo frigorífico de bovinos, não tem dúvida de que a China ainda representa desafios e que o sucesso das empresas brasileiras nesse mercado serve de apoio para a missão que muitos destinam ao Brasil, o de “alimentar o mundo”


Na sua vez de falar no seminário AgroForum 2022, José Eduardo Miron, lembrou que o país asiático abarca, no comércio de carnes, três variáveis que nenhum outro do mundo oferece: volume, preços e capacidade de utilização de todos os cortes do boi. Isto posto, possibilita aos fornecedores trabalhar todas as frentes de negócios e, com diferentes apelos, determinarão o atendimento dos outros destinos da carne brasileira, atuais e os mercados que restam abrir. Com esse tríplice peso determinado, fornecer à China implica em “approach” constante em seguir todas as exigências impostas. “São mais de 100 itens que procuramos seguir à risca”, pontou Miron. O executivo também se disse surpreso com o amadurecimento da China como consumidora da carne bovina, posto que os grandes volumes que passaram a adquirir levantaram suspeita de que não seriam sustentáveis passado o impacto da peste suína africana sobre o plantel de suínos, a proteína preferida. “Passamos essa fase”, completou. O representante do Frigol no evento do BTG Pactual, nesta quinta (29), levantou também que a importância do Brasil está espalhada nas mesas do mundo, mas seguirá sendo a Ásia, como um todo, a determinar o ritmo das exportações brasileiras. Disse ele, por exemplo, que os Estados Unidos, que hoje despontam nas vendas brasileiras, nunca chegarão a ser determinantes em termos de valor porque deverão seguir comprando carne como matéria-prima.

MONEY TIMES


INTERNACIONAL


USDA estima recorde na produção de carne de frango brasileira em 2023

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera que a produção brasileira de carne de frango aumente 3% em 2023 para um novo recorde de 14,85 milhões de toneladas, segundo relatório divulgado pelo adido do USDA em Brasília (DF) na semana passada


A forte demanda externa e a melhora no consumo doméstico da proteína deverão impulsionar a produção no país. “O mercado brasileiro estima que seus produtores continuarão a beneficiar-se da robusta demanda global, reforçada pela diminuição da oferta global devido à disseminação da gripe aviária em vários importantes produtores ao redor do mundo, ao atual conflito na Ucrânia e ao aumento de preços da ração animal”, disse o USDA.

Essas condições de mercado e as consequências do conflito na Ucrânia na cadeia de suprimentos global deverão continuar em 2023. O Brasil deve continuar a ser o maior exportador de carne de frango do mundo, com alta de 6% nos embarques em 2023, a 5 milhões de toneladas. “As exportações deverão responder por 34% da produção total, com a China como principal destino na carne de aves brasileira”, disse o USDA. O consumo doméstico de carne de frango no Brasil é estimado em 9,85 milhões de toneladas em 2023, 2% acima do esperado para 2022.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Abertura de novas vagas na indústria paranaense fica estável em agosto

No ano, o setor é o segundo que mais gerou empregos, superado apenas pelo setor de serviços. Agro fechou 164 vagas.


O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia (Novo Caged) divulgou os dados gerais sobre o mercado de trabalho em todo o Brasil. A indústria do Paraná abriu 2.963 novos postos formais de trabalho em agosto, de acordo com o levantamento. No total, o estado empregou 15.118 profissionais em todos os ramos de atividade, sendo o segmento de serviços o que liderou o ranking, com 8.022 contratações. Comércio ficou em segundo lugar (3.568), seguido pela indústria e a construção civil (729). Setor agropecuário fechou 164 postos no mês. Mesmo com saldo positivo, o índice de admissões ficou praticamente estável na comparação com o resultado do mês anterior, 0,2%, quando foram abertas 2.957 vagas. Pelo levantamento mensal, 725 mil pessoas estão trabalhando atualmente na indústria paranaense (estoque), um aumento de 0,41% na avaliação contra julho. Das 24 atividades avaliadas pelo Novo Caged, 19 criaram oportunidades aos trabalhadores. A que mais contratou foi a de alimentos (1.342), seguida por confecções e artigos do vestuário (316), máquinas e equipamentos (286), fabricação de produtos de metal (243) e produtos químicos (226). Cinco áreas ficaram negativas, mais demitiram do que admitiram pessoas. Foi o caso do segmento madeireiro (-479), de móveis (-84), fumo (-41), petróleo (-17) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5). Iporã, no Noroeste do Paraná, foi o município que mais contratou trabalhadores em agosto (602). As oportunidades foram ofertadas por uma indústria alimentícia. A cidade é seguida por Curitiba (378), Rolândia (208), Londrina (188) e Pato Branco (187). De janeiro a agosto, o setor industrial foi o segundo que mais abriu oportunidades de trabalho no Paraná, chegando a 23.675 novas admissões. Mesmo com saldo positivo, desacelerou 17% em relação ao verificado no mesmo período de 2021, quando empregou 28.433 novos profissionais. O ritmo de contratações também é 47% menor agora, se comparado ao que foi registrado em agosto do ano passado. Na época 5.555 pessoas foram admitidas na indústria paranaense. Neste ano, apenas três atividades, das 24 avaliadas, fecharam mais postos do que abriram. Setor moveleiro registra o pior saldo (-572), seguido por fumo (-35) e fabricação de outros equipamentos de transporte (-20). Alimentos novamente lidera o ranking das contratações deste ano no segmento industrial, com 5.060 vagas abertas. Na sequência vêm confecções e artigos do vestuário (2.809), máquinas e equipamentos (2.108), automotivo (2.088) e fabricação de produtos de metal (1.956). Dos 23.675 trabalhadores admitidos pelas indústrias paranaenses em 2022, 56% são homens e 44% mulheres. Mais de 60% têm entre 18 e 24 anos e 73% concluíram o Ensino Médio. Curitiba foi o município do estado que mais abriu vagas (1.824). A capital é seguida por São José dos Pinhais (1.652) e Iporã (1.049).

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha semana, mês e trimestre em alta

O dólar fechou perto da estabilidade na sexta-feira, com um mercado bastante sensível a notícias sobre o futuro da política fiscal do novo governo na última sessão antes do primeiro turno das eleições no Brasil


O dólar à vista mostrou variação positiva de 0,01%, a 5,3941 reais. Operadores começaram a vender dólares em repercussão a notícias de que o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seria nomeado nas próximas semanas, independentemente do resultado do primeiro turno eleitoral, como chefe da economia num eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme site da revista Veja. Mas fontes próximas ao petista contradisseram à Reuters a informação, com um dos interlocutores afirmando que Lula tem dado sinais claros de que sua escolha para o comando da Fazenda "está na direção contrária". O próprio Meirelles negou, em entrevista nesta tarde à TC Rádio, do Traders Club, uma plataforma de investidores, ter recebido convite direto para participar do governo Lula. "O mercado tem aquela dinâmica de ser meio exagerado também. Eu já achava que com a eleição chegando os preços deveriam estar melhores, porque de toda forma de quem vencer não se espera uma guinada no fiscal", disse Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital. "(Meirelles) daria para o Lula a credibilidade de que ele precisa para gastar mais ano que vem", disse um gestor de uma grande asset em São Paulo. O rumo da política fiscal no próximo ano é um dos pontos que mais centralizam os debates entre investidores, cuja confiança já foi abalada por sucessivas flexibilizações do teto de gastos --instrumento tido como âncora fiscal e de autoria do próprio Meirelles durante o governo Temer--, pelo aumento de despesas sociais e, sobretudo, pela perspectiva de que esses gastos adicionais, previstos para serem temporários, se tornem permanentes. "O fiscal vai piorar independentemente de quem vencer, mas não drasticamente", disseram profissionais do Morgan Stanley em relatório de estratégia para Brasil no pós-eleição. Os estrategistas dizem gostar da compra de títulos do Brasil em dólar para 2050 contra o papel com vencimento em 2031, além de posição vendida em DI janeiro 2025 e exposição comprada em real versus o rand sul-africano. No acumulado de uma semana iniciada sob forte aversão a risco nas praças internacionais, o dólar avançou 2,78%, maior alta desde meados de junho. Em setembro, a divisa saltou 3,72%, maior elevação também desde junho. No trimestre, apreciou 3,12%, reduzindo o declínio em 2022 para 3,22%.

REUTERS


Ibovespa salta mais de 2% com impulso de Vale e eleições em foco

O Ibovespa disparou mais de 2% na sexta-feira, último pregão antes do primeiro turno das eleições, impulsionado por uma alta forte de Vale e em meio à expectativa de investidores pelo pleito de domingo. Em Wall Street, a sessão fechou no vermelho


O Ibovespa subiu 2,22%, a 110.036,79 pontos. O volume financeiro foi de 32,9 bilhões de reais. O índice fechou a semana com queda de 1,5%, setembro com avanço de 0,5% e o trimestre em alta de 11,7%. O Ibovespa acelerou ganhos à tarde, junto com o real ante o dólar, após a revista Veja publicar nota afirmando que importantes membros da campanha de Lula dão como certa a nomeação de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, como ministro da Fazenda em caso de êxito petista no pleito. No entanto, fontes próximas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negaram à Reuters que Meirelles tenha sido definido como nome para comandar o Ministério da Fazenda no caso da vitória do petista das eleições deste mês. Em entrevista nesta tarde à TC Rádio, do Traders Club, Meirelles negou ter recebido convite direto para participar do governo Lula. Nos Estados Unidos, o S&P 500 caiu 1,5%, após subir mais cedo, ainda pressionado pelos temores de recessão econômica diante das altas de juros no país e em outras regiões do globo.

REUTERS


Setor público consolidado tem déficit de R$30,279 bi em agosto

O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de 30,279 bilhões de reais em agosto, informou o Banco Central na sexta-feira, mas a dívida bruta do governo seguiu em trajetória de baixa


O saldo do mês veio pior que as projeções de analistas. Em pesquisa Reuters, a expectativa era de déficit primário de 28,750 bilhões de reais no mês. O resultado foi o mais baixo para o mês desde agosto de 2020, quando o saldo ficou negativo em 87,594 bilhões de reais em meio à ampliação de gastos do governo para enfrentar a pandemia de Covid-19. Em agosto, a dívida bruta do país ficou em 77,5% do PIB, ante 78,2% em julho e 82,2% no mesmo mês do ano passado. O patamar registrado agora é o mais baixo desde março de 2020, quando o governo iniciou uma série de despesas para o combate à crise sanitária. A dívida líquida, por sua vez, foi a 58,2% em agosto, contra 57,8% no mês anterior. O resultado primário acumulado em 12 meses alcançou um superávit de 183,546 bilhões de reais em agosto, o que corresponde a 1,97% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, o saldo acumulado estava em 2,50% do PIB. Os dados englobam as contas de governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros. O resultado primário de agosto foi influenciado pelo resultado negativo do governo federal, enquanto o dado ficou no azul para os governos regionais e as estatais. O governo central apresentou um déficit de 49,773 bilhões de reais no mês. Governos regionais tiveram superávit de 18,524 bilhão de reais --resultado de superávit de 22,929 bilhões de reais nos municípios e déficit de 4,404 bilhões de reais nos Estados. As estatais foram superavitárias em 970 milhões de reais. No mês, o gasto com juros somou 35,628 bilhões de reais, contra 42,939 bilhões de reais no mês anterior e 46,467 bilhões de reais em agosto de 2021. Com isso, o resultado nominal do setor público ficou em déficit de 65,907 bilhões de reais --estava negativo em 22,498 bilhões de reais em julho e 29,739 bilhões de reais em agosto de 2021.

país e em outras regiões do globo.

REUTERS


Desemprego cai para 8,9% no trimestre móvel até agosto

País tinha 9,7 milhões de desempregados no período, retração de 8,8% frente ao trimestre anterior, ou menos 937 mil pessoas. Renda média do trabalhador recua 0,6% no trimestre até agosto ante 2021, mostra IBGE


A taxa de desemprego no país ficou em 8,9% no trimestre encerrado em agosto de 2022. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em maio, de 9,8%) e também abaixo do resultado de agosto de 2021 (13,1%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua (Pnad Contínua), divulgada na sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em julho, a taxa estava em 9,1%. O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas de 29 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava exatamente para uma taxa de 8,9% no trimestre encerrado em agosto. O intervalo das projeções ia de 8,8% a 9,1%. No trimestre até agosto, o país tinha 9,7 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. É o menor nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015. O número aponta retração de 8,8% frente ao trimestre anterior (menos 937 mil pessoas) e queda de 30,1% frente a igual período de 2021 (menos 4,2 milhões de pessoas). Entre junho e agosto, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 99 milhões de pessoas. Isso representa um avanço de 1,5% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em maio (1,5 milhão de pessoas ocupadas a mais). Frente a igual trimestre de 2021, subiu 7,9% (7,3 milhões de pessoas). O contingente é recorde na série histórica da pesquisa. Renda média do trabalhador recua 0,6% no trimestre até agosto ante 2021, mostra IBGE. População desocupada: 9,7 milhões de pessoas. Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,7 milhões no trimestre até agosto de 2022, 0,5% a mais do que no trimestre imediatamente anterior (mais 560 mil pessoas), e 2,9% acima de igual período do ano passado (mais 3,1 milhões de pessoas).

VALOR ECONÔMICO


População ocupada informal atinge novo recorde, de 39,307 milhões de pessoas

Segundo o IBGE, número do trimestre móvel encerrado em agosto representou crescimento de 0,5% frente ao trimestre móvel anterior


A população ocupada informal cresceu 0,5% no trimestre móvel encerrado em agosto, frente ao trimestre imediatamente anterior, e atingiu 39,307 milhões, novo recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os dados divulgados na sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, na comparação com igual período de 2021, houve um aumento de 5,6%, ou 2,101 milhões a mais de pessoas. Ao mesmo tempo, a população ocupada total também atingiu novo recorde, de 99,013 milhões de pessoas, 8% a mais que em igual período do ano passado. E o emprego com carteira cresceu 9,4%, para 36 milhões de pessoas. “É o maior [contingente de informais] de toda a série, que está associado também a uma grande massa de trabalhadores. A leitura que a gente pode fazer é que, embora haja indicativos de crescimento da carteira de trabalho, a população informal continua com participação extremamente relevante do crescimento da ocupação”, afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. Ela explica que a recuperação do mercado de trabalho se deu baseada principalmente pela informalidade desde o fim de 2020 e até meados de 2021. O setor formal só começou a se recuperar mais para o fim do ano passado. “O fato de ter crescimento do emprego com carteira não significa que a informalidade parou de crescer. Lá no fim de 2020 a recuperação vinha integralmente da informalidade. A informalidade permanece crescendo, a ritmo menor, mas mantem a trajetória de expansão”, diz. Parte do crescimento com carteira de trabalho que se observa agora, completa Beringuy, vem do setor público – especialmente segmentos de saúde e educação -, que ainda estava com funcionamento limitado por causa da pandemia no ano passado. “A gente tem participação maior da atividade do setor público, que contribui para ter um pouco mais de formalidade dentro da ocupação, muito embora a informalidade permaneça em patamares elevadores”, afirma.

VALOR ECONÔMICO


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