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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 225 DE 30 DE SETEMBRO DE 2022

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 225 |30 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: arroba recua em importantes praças brasileiras

Cotações do macho gordo e da vaca gorda recuam sobretudo em SP e nos três Estados do Centro-Oeste (MT, MS e GO); no mercado paulista, animal terminado está cada vez mais distante dos R$ 300/@


Segundo apurou a Scot Consultoria, nas praças do interior paulista houve queda de R$ 3/@ no preço do macho terminado “comum”, direcionado ao mercado doméstico, agora valendo R$ 280/@ (valor bruto e a prazo). A vaca gorda também registrou baixa diária de R$ 3/@ em São Paulo, chegando a R$ 267/@, enquanto a novilha gorda teve retração de R$ 2/@, atingindo R$ 278/@ (preços brutos e a prazo), aponta a Scot. O boi-China, segue cotado em R$ 290/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). De acordo com a IHS Markit, houve pressão de baixa nos preços da arroba, que recuaram sobretudo em São Paulo e nos três Estados do Centro-Oeste (MT, MS e GO). “A maior parte das indústrias frigoríficas dispõe de escalas de abate longas, devido à cobertura de lotes oriundos de negociações de boi a termo”, relata a IHS. Na avaliação da IHS, a inconsistência das vendas de carne bovina, sobretudo no atacado, reforça a cautela entre os frigoríficos no mercado do boi gordo. Na quinta-feira, a IHS Markit registrou recuos nos preços dos animais terminados em SP, MG, MS, MT, GO, PR, RJ e PA. Em SP e MG, a disparidade entre o boi-China e preço balcão para o animal destinado ao mercado interno supera os R$ 10/@, informou a IHS. No Centro-Oeste, as escalas de abate das indústrias avançam sem grandes dificuldades, embora haja certa resistência por parte dos pecuaristas em entregar os seus lotes terminados. Entre as praças da região Norte, a morosidade nos negócios persiste e tem permitido tímidos ajustes negativos nas cotações da arroba. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo também registraram quedas, alinhados à fragilidade dos preços praticados no mercado físico. As posições futuras referentes ao ano de 2023 também tiveram ajustes negativos nas últimas sessões. “O setor ainda enxerga uma consistente demanda pela carne bovina em 2023, puxada pela recuperação da economia brasileira, mas teme a recessão que assola importantes economias globais”, relata a IHS Markit. Os preços dos principais cortes bovinos negociados no mercado atacadista não sofreram variações na quinta-feira, mesmo diante da morosidade de negócios. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 245/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 255/@ (prazo) vaca a R$ 245/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 253/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 267/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 257/@ (prazo) vaca a R$ 247/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 235/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


Boi/Cepea: Movimento de desvalorização da carne se intensificou na 2ª quinzena

Nesta segunda quinzena de setembro, os preços da carne bovina (carcaça casada) estão em queda no mercado atacadista da Grande São Paulo


Segundo pesquisadores do Cepea, o já enfraquecido consumo da proteína no mercado interno foi reforçado pelo período de segunda quinzena de mês (quando o poder de compra da população diminui) e também pelos preços mais atrativos das carnes concorrentes, como suínos e frango. Diante disso, nem mesmo as exportações brasileiras ainda registrando bom desempenho conseguem segurar os valores internos da proteína bovina.

CEPEA


SUÍNOS


Suínos: mercado estável

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (28), houve leve aumento de 0,16% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,37/kg, e recuo de 0,32%, atingindo R$ 6,15/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 6,37/kg), em Santa Catarina (R$ 6,25/kg), e em São Paulo (R$ 6,69/kg). Na quinta-feira (29) as principais praças que comercializam suínos no mercado independente registraram movimentações distintas nas cotações, com destaque para Minas Gerais que obteve alta de R$ 0,20 centavos.

CEPEA/ESALQ


Suinocultura independente: queda de preço no Paraná, alta em MG

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 22/09/2022 a 28/09/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 2,15%, fechando a semana em R$ 6,23/kg vivo.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,29/kg vivo", disse o Lapesui. O preço em São Paulo ficou estável R$ 7,46/kg vivo, valor praticado pela sexta semana consecutiva, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal ficou estável em R$ 6,58/kg vivo. Para Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS, “lamentavelmente manteve o mesmo preço, e isso não paga a conta, com um custo médio de produção por quilo de animal de R$ 7,44/kg. É uma tragédia para os produtores independentes que praticamente não estão conseguindo se manter na atividade". No mercado mineiro, o preço subiu de R$ 6,40/kg para R$ 6,80/kg, com acordo entre os frigoríficos e suinocultores, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). "O mercado da semana passada apresentou grande liquidez. Minas vendeu muito bem, inclusive destravando alguma retenção presente em granjas. Isso permitiu o reajuste em acordo com os frigoríficos, o que esperamos estimular a recomposição de preços nível Brasil", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Preços do suíno vivo recuam em todas as regiões

Os valores do suíno vivo têm registrado quedas no mercado independente de todas as praças acompanhadas pelo Cepea


Pesquisadores do Cepea indicam que, como geralmente ocorre em período de fim de mês, a procura pela carne no atacado se desaqueceu, tendo em vista a retração do poder de compra do consumidor final neste período. Com isso, frigoríficos limitam a demanda por novos lotes de animais para abate, reforçando o cenário de baixa liquidez no mercado doméstico. Ressalta-se que, nas praças do Rio Grande do Sul, o movimento de baixa foi mais leve em comparação com as demais. Segundo agentes consultados pelo Cepea, as consecutivas desvalorizações do animal vivo ao longo dos últimos anos e os preços dos principais insumos da cadeia produtiva (milho e farelo de soja) em patamares elevados resultaram em abandono da atividade por parte de alguns suinocultores que atuavam no mercado independente. Com isso, a oferta e a demanda ficaram mais ajustadas na região.

CEPEA


FRANGOS


Frango na granja em São Paulo tem baixa de 1,79%. Preços estáveis no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve recuo de 1,79%, atingindo R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado ficou estável em R$ 7,30/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,23/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (28), houve baixa de 0,74% para a ave congelada, chegando em R$ 8,10/kg, e o frango resfriado recuou 0,62%, fechando em R$ 8,05/kg.

CEPEA/ESALQ


EMPRESAS


Parceria entre Cargill e Coopavel reduz em até 23% a emissão de amônia na suinocultura

Aditivo fitoterápico melhorou a eficiência do aproveitamento dos alimentos e diminuiu a liberação do gás


Uma parceria entre a Cargill Nutrição Animal e a Coopavel conseguiu reduzir 23% das emissões de amônia ao longo de um ano. Os resultados foram obtidos na criação de suínos em uma das UPLs (Unidades de Produção de Leitões) da cooperativa, em Cascavel, no Oeste do Paraná, entre agosto de 2021 e de 2022. Os testes fazem parte de uma parceria de longa data entre a Coopavel e a empresa. Nesses estudos, foi utilizada uma dieta para os animais com o aditivo eubiótico Aromex®, da Delacon, comercializado no Brasil pela Cargill. A composição fitoterápica do produto consegue reduzir a amônia em suínos em diferentes fases de crescimento, além de melhorar a eficiência do aproveitamento dos alimentos. A amônia é um dos gases mais presentes na criação de suínos no Brasil. As reduções obtidas com o uso da tecnologia equivalem a 119 toneladas de gás carbônico, e isso corresponde à queima de 50 mil litros de gasolina com benefícios para o meio ambiente, bem-estar animal e melhores condições para os colaboradores. Do lado da Cargill, a inovação tem sido usada para apoiar os produtores em índices que vão dos econômicos ao sustentáveis, e o Aromex® reforça essa visão. “Temos uma proposta baseada em solução e isso inclui apoiar o suinocultor em novos desafios como a redução de gases na granja e alinhamento com as novas exigências de mercado”, comenta o Coordenador Técnico da Cargill Nutrição Animal, Laodinei Mossmann. Nessa fase do projeto realizado em parceria com a Cargill, foram disponibilizados 3% dos animais criados na Unidade de Produção de Leitões.

VALOR ECONÔMICO


Fricasa, da Pif Paf em SC, é habilitada a exportar para o Canadá

A Pif Paf informou na terça-feira (27) que foi habilitada em agosto a exportar carne suína para o Canadá, por meio de sua unidade em Canoinhas (SC), a Fricasa


A empresa também recebeu autorizações neste ano para embarcar o produto para Cingapura, Japão e África do Sul. Cingapura autorizou as compras em janeiro. Para o Japão, a habilitação saiu em junho. A autorização para embarcar produtos para a África do Sul foi emitida em setembro. A empresa já era habilitada a exportar carne suína para a Argentina e o Chile desde 2021. A união entre a Pif Paf e a Fricasa, desde 2020, colaborou para a expansão dos negócios no exterior. “Essa base sólida tem sido fundamental para diversificarmos os nossos negócios, conquistarmos novos mercados, reforçando a qualidade dos nossos produtos, garantindo o crescimento sustentável da companhia e reforçando a nossa marca do mercado mundial”, disse o CEO da Pif Paf Alimentos, Rodrigo Coelho, em comunicado divulgado pela empresa. “Essas habilitações para exportação de carne suína são fruto de uma integração estratégica que preservou a marca Fricasa e seu capital humano, somou potencialidades e know-how das duas marcas, gerando novos negócios, crescimento e consolidação das exportações.” Os principais destinos das exportações da empresa atualmente são China, Hong Kong, Cingapura, Japão, Chile, África do Sul, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná mantém previsão de safra de soja 22/23; reduz milho 21/22

A safra de soja 2022/23 do Paraná foi estimada na quinta-feira em um recorde de 21,5 milhões de toneladas, praticamente estável ante previsão de agosto, de acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral)


O Estado deverá plantar sua maior área de soja em 2022/23, com crescimento de 1% ante a safra passada, para 5,73 milhões de hectares, estimou Deral. E começou com as atividades aceleradas pela boa umidade, antes de o plantio ficar mais lento por precipitações volumosas. Mas a expectativa é de uma retomada do ritmo, à medida que as chuvas diminuam. “O plantio está bastante adiantado no Estado (9%), a média história é próxima a 3% para o fechamento de setembro. A expectativa é que nos próximos dias teremos a volta ao normal do plantio”, disse o especialista do Deral Edmar Gervásio. O órgão do governo paranaense ainda estimou a segunda safra de milho do Paraná 2021/22, com colheita já encerrada, em 13,3 milhões de toneladas, ante 13,8 milhões na previsão de agosto. “Com a conclusão da colheita da segunda safra de milho 21/22, o número da produção passa por um ajuste fino, buscando representar mais fielmente o que aconteceu no campo”, disse Gervásio. Segundo ele, a redução na estimativa ocorreu principalmente em decorrência de problemas com pragas, como a cigarrinha, e climáticos, como estiagem pontual e temporais na região oeste. Ainda assim, a segunda safra do Estado cresceu 133% ante a temporada passada, severamente afetada por seca e geadas. Com relação ao trigo, que está sendo colhido no Estado, a safra foi estimada em 3,79 milhões de toneladas, ante 3,89 mi t na previsão de agosto, com ajuste principalmente por seca e geadas em agosto. Se confirmada, a safra do cereal deve crescer 18% ante a temporada passada.

REUTERS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar vai a máxima em 2 meses com cena externa

O dólar terminou em alta e no maior patamar de encerramento em dois meses na quinta-feira, mais do que devolvendo a queda da véspera, com as negociações domésticas novamente contaminadas pelo clima arisco no exterior ainda por temores de recessão em meio ao aperto global da política monetária


A três dias do primeiro turno das eleições no Brasil, o dólar no mercado interbancário fechou em alta de 0,83%, a 5,3937 reais, maior valor desde 22 de julho (5,4976 reais). O real operou em sintonia com outras moedas emergentes, que também perderam terreno em dia de liquidação em Wall Street, onde o índice de tecnologia Nasdaq chegou a cair mais de 3% durante a sessão, com investidores ainda nervosos com o discurso duro de bancos centrais apesar de crescentes riscos de recessão nas principais economias globais. A economista especialista em mercado de capitais Ariane Benedito, no entanto, diz que o real tem a seu favor uma série de elementos, entre eles os juros altos da economia brasileira, um cenário eleitoral sem expectativas de disrupções na política macroeconômica e os sinais fortes vindos da atividade. "O modelo considerando riscos eleitorais, por exemplo, indicaria lá atrás 5,80 reais, que de fato não é a taxa que temos hoje", disse a economista. "A eleição no Brasil não é o principal fator agora --tem os EUA e não tem o que fazer com juros americanos a 3% e com expectativa de irem a 4%--, mas aqui, no pós-eleição, podemos ver muita volatilidade, porque o mercado vai ficar bastante sensível à comunicação do próximo governo, com atenção ao fiscal e aos pagamentos dos auxílios." Os candidatos à Presidência tiveram a última chance de pedir votos na propaganda de rádio e TV na quinta-feira, dia que também será marcado pela divulgação de uma nova pesquisa Datafolha e pelo debate na TV Globo, que terá as presenças de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, e do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou que o real tem tido picos de volatilidade, mas, em geral, tem apresentado performance melhor do que a média de seus pares. Excluindo o rublo russo, que está sob forte ingerência de Moscou, o real é a divisa com melhor desempenho global no ano, em alta de 3,33% ante o dólar. Além disso, é uma das únicas três moedas, num universo de 32, a mostrar ganhos no período.

REUTERS


Ibovespa recua com pressão externa

O Ibovespa reduziu perdas no final do pregão da quinta-feira, com melhora especialmente nas ações de bancos, enquanto os principais índices em Wall Street e na Europa marcaram forte queda diária diante dos temores de recessão econômica


Na cena local, investidores seguiram atentos à reta final da campanha eleitoral. O Ibovespa caiu 0,73% a 107.664,35 pontos. O volume financeiro somou 28,2 bilhões de reais. "Hoje o efeito (no Ibovespa) é muito mais do exterior, até mesmo porque os ativos de crescimento estão caindo muito mais", disse Rodrigo Crespi, analista de ações da Guide Investimentos. Ele citou preocupações com relação aos juros nos Estados Unidos e Europa e quanto à guerra na Ucrânia. Em Wall Street, o Nasdaq e o S&P 500, índices que têm mais ações de crescimento, como de empresas de tecnologia, caíram 2,8% e 2,1%, respectivamente, enquanto o Dow Jones recuou 1,5%. O pan-europeu STOXX 600 reduziu 1,7%. No Brasil, houve o debate entre os candidatos à Presidência promovido pela TV Globo à noite. Antes, a divulgação de nova pesquisa Datafolha, trouxe mais pistas sobre as chances de Lula encerrar a disputa no domingo, após levantamentos de outros institutos no início da semana apontarem essa possibilidade. A pressão no Ibovespa foi acompanhada da desvalorização do real ante o dólar, mas ocorreu apesar da queda na grande parte dos contratos de juros futuros locais, em meio a declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e alguns dados positivos, como uma deflação no IGP-M maior que a esperada em setembro e um saldo de criação de vagas de trabalho formais em agosto acima da projetada por economistas.

REUTERS


IGP-M acelera queda para 0,95% em setembro com novo alívio de combustíveis e commodities, diz FGV

Os preços de commodities e combustíveis continuaram caindo e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a queda a 0,95% em setembro, depois de recuar 0,70% no mês anterior


A expectativa em pesquisa da Reuters para o dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira era de queda de 0,86%, e com isso o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 8,25%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,27% no mês, ante baixa de 0,71% em agosto. "As quedas registradas nos preços de commodities e combustíveis seguem influenciando o resultado do IPA", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. "O preço do minério de ferro caiu 4,81%, ante queda de 5,76% na última apuração. Já os preços do diesel (de -2,97% para -4,82%) e da gasolina (de -8,23% para -9,18%) recuaram ainda mais em setembro", explicou o coordenador. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a queda a 0,08% em setembro, depois de recuar 1,18% no mês anterior. "O setor de serviços contribuiu para tal movimento, com destaque para passagem aérea (27,61%), aluguel residencial (1,42%) e plano e seguro de saúde (1,15%)", afirmou Braz. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,10% no período, de 0,33% antes.

REUTERS


BC piora projeção das transações correntes em 2022 para déficit de US$47 bi

O Banco Central piorou nesta quinta-feira sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um déficit de 47 bilhões de dólares, ante saldo positivo de 4 bilhões de dólares projetado em junho, enxergando para 2023 déficit de 36 bilhões de dólares


Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC passou a ver Investimentos Diretos no País (IDP) de 70 bilhões de dólares em 2022, sobre 55 bilhões de dólares antes. Na visão da autoridade monetária, o patamar deve subir para 75 bilhões de dólares em 2023. Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de 42 bilhões de dólares neste ano, contra estimativa anterior de 86 bilhões de dólares, ao passo que no ano que vem as trocas comerciais ficariam positivas em 54 bilhões de dólares.

REUTERS


Brasil abre 278.639 vagas formais de trabalho em agosto, mostra Caged

O Brasil abriu 278.639 vagas formais de trabalho em agosto, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência


O resultado do mês passado, é fruto de 2,052 milhões de admissões e 1,773 milhão de desligamentos. O saldo de agosto ficou abaixo dos 388.267 postos abertos no mesmo mês de 2021, de acordo com a série ajustada. Com o resultado, o estoque de empregos formais no país atingiu 42,5 milhões, o maior resultado para agosto da série com ajustes iniciada em 2010. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o saldo de empregos formais no Brasil está positivo em 1,853 milhão de vagas. No mesmo período de 2021, o superávit era de 2,174 milhões de postos de trabalho, segundo a série com ajustes. Houve saldo positivo de vagas em todos os setores no mês passado, com destaque para serviços, com abertura de 141.113 postos. Houve criação de 52.760 empregos formais na indústria, 41.886 no comércio, 35.156 no setor de construção e 7.724 na agropecuária.

REUTERS


Confiança de serviços no Brasil em setembro vai a pico desde 2013, diz FGV

A confiança de serviços do Brasil registrou em setembro seu maior patamar em mais de nove anos, diante de melhora na percepção tanto sobre o momento atual do setor quanto sobre os próximos meses, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).


O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,0 ponto, para 101,7 pontos, máxima desde março de 2013 (102,0), retomando tendência de alta vista nos últimos meses depois de em agosto ficar praticamente estável. O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, ganhou 1,7 ponto, a 101,8 pontos, maior nível desde novembro de 2012 (102,0), segundo a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,4 ponto, para 101,7 pontos, pico desde outubro de 2021 (103,6), no sétimo mês seguido de ganhos. "O resultado mostra que o setor ainda mantém a trajetória positiva de recuperação após os efeitos mais negativos da pandemia", avaliou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. No entanto, "a continuidade desse ritmo de retomada depende da melhora no ambiente macroeconômico, que ainda se mostra desafiador", completou ele. Dados divulgados pelo IBGE mais cedo neste mês mostraram que o volume de serviços do Brasil cresceu bem acima do esperado por analistas em julho, no terceiro mês seguido de avanço sobre o mês anterior, que levou o setor a patamar 8,9% acima do nível pré-pandemia. O setor foi grande impulsionador do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2022.

REUTERS


Crédito deve crescer 14,2% neste ano, prevê Banco Central

Crédito livre deve apresentar expansão de 17,2%


O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 14,2% este ano, contra previsão anterior de 11,9%, divulgada em junho. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (29). O crédito livre deve apresentar expansão de 17,2%. A projeção anterior era 15,2%. O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito. Em relação às pessoas físicas (PF), o aumento esperado este ano para o estoque do crédito com recursos livres avançou de 17% para 19%. “Essa revisão incorpora a surpresa com o crescimento observado no segundo trimestre, impactado, entre outros fatores, pelo nível de atividade acima do esperado e pela queda na taxa de desocupação”, diz o relatório. O BC também destacou a "maior expansão das linhas de crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), refletindo o efeito do aumento da margem consignável, o que ampliou a capacidade de endividamento desse público". "As operações de crédito pessoal renegociado e de cartão de crédito rotativo, mais associadas à dificuldade das famílias de quitar os compromissos financeiros, também registraram expansão considerável", acrescentou. O crédito livre para as empresas deve crescer 15%, ante a previsão anterior de 13%. A projeção para o crédito direcionado é de crescimento de 9,7%, contra a projeção anterior de 7%. A projeção para pessoas físicas é 13% e jurídicas, 4%. A primeira previsão para 2023 é de crescimento do volume de crédito de 8,2%. O crédito livre deve apresentar expansão de 9,6%, com crescimento de 10% para pessoas físicas e 9%, para jurídicas. O crédito direcionado deve apresentar expansão de 6%, com aumento de 7% para as famílias e 4% para as empresas.

AGÊNCIA BRASIL


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