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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 223 DE 28 DE SETEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 223 |28 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: mercado segue fraco, com poucas operações de compra e venda

Na terça-feira, 27 de setembro, o fluxo de comercialização de animais terminados seguiu esparso no mercado físico do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário


Nesse contexto, o mercado de boiada gorda segue sem grandes variações de preços em função do baixo registro de negócios. Outro ponto em questão, relata a consultoria, é que há frigoríficos ausentes dos negócios à espera da chegada mais massiva de lotes oriundos do segundo giro de confinamento. Desta forma, o mercado físico do boi gordo vai se arrastando”, diz a IHS. Entre as principais praças pecuárias acompanhadas pela IHS, foram observados ajustes negativos nos preços do boi gordo no Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e Rio de Janeiro. No mercado gaúcho, o período de preparo das lavouras vem forçando a saída de animais dos pastos de inverno e pressionando os preços locais. Nas praças do PA e MA, informa IHS, os frigoríficos locais estão com escalas de abate preenchidas para além do dia 10 de outubro, o que forçou a saída das compras de boiadas gordas. No Rio de Janeiro, a lentidão das vendas internas justificou ajustes nos preços da arroba. Segundo apurou a Scot Consultoria, na terça-feira, nas praças do interior de São Paulo, muitos frigoríficos ficaram fora das compras, pois apresentam escalas confortáveis, principalmente para animais destinados à exportação. Com isso, os preços dos animais terminados ficaram estáveis em São Paulo, com o boi gordo cotado em R$ 283/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 270/@ e R$ 280/@ (preços brutos e a prazo). O boi-China, abatido com até 30 meses, segue cotado em R$ 290/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo), segundo a Scot. Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo vêm operando lateralizados, à espera de alguma novidade em relação ao fluxo de escoamento da produção de carne bovina. No atacado, os preços dos principais cortes bovinos se mantiveram inalterados nesta terça-feira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo) MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 267/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 252/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 235/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: Arroba fecha em queda em São Paulo, a R$ 120,00/R$ 125,00

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 3,23%/3,85%, custando R$ 120,00/R$ 125,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (26), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,37/kg. Houve recuo de 2,36% no Paraná, atingindo R$ 6,21/kg, baixa de 1,46% em São Paulo, alcançando R$ 6,73/kg, retração de 1,23% em Minas Gerais, baixando para R$ 6,73/kg, e de 0,16% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,30/kg.

CEPEA/ESALQ


China liberará quarto lote de reservas de carne suína esta semana para esfriar preços

A estatal de planejamento da China disse na terça-feira que vai liberar seu quarto lote de reservas de carne suína para o mês nesta semana, já que os preços médios da carne suína no varejo na semana passada foram 30% maiores do que há um ano


As vendas estaduais acontecem antes do feriado do Dia Nacional da China, que dura uma semana, começando em 1º de outubro, normalmente um período de alto consumo de carne suína.

REUTERS


FRANGOS


Frango na granja em São Paulo cai 1,75%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve recuo de 1,75%, cotada em R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,41%, valendo R$ 7,37/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,23/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (26), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, cotadas, respectivamente, R$ 8,17/kg e R$ 8,11/kg.

CEPEA/ESALQ


RABOBANK: Brasil continua forte no mercado global de carne de frango no 2º semestre

O Brasil, os Estados Unidos e a China foram os principais exportadores de carne de frango no primeiro semestre e deverão continuar sendo beneficiados por forte demanda na segunda metade do ano, disse o Rabobank em relatório nesta semana


As exportações globais tendem a aumentar na segunda metade do ano, com aperto na oferta em vários países devido aos preços inflacionados, incertezas econômicas e Influenza Aviária. “Com a expectativa de que preços de alimentos continuem altos e o aumento nas preocupações dos governos em relação a inflação dos preços, podemos esperar uma alta nas importações (globais) acima da forte demanda sazonal”, disse o Rabobank em relatório. Nesse cenário, Brasil, Estados Unidos e China deverão ser os principais beneficiados. “Os preços do frango vivo no mercado doméstico (brasileiro) caíram desde maio e ainda estão em declínio em setembro. Isso melhora a competitividade do frango brasileiro no comércio exterior, que deverá manter os mesmos níveis no curto prazo, especialmente diante das crescentes preocupações sobre inflação de alimentos e segurança alimentar”, disse o Rabobank. A Tailândia, que perdeu mercado para a China e o Brasil no último ano, poderá recuperar parte de sua fatia, segundo o banco. A Ucrânia deverá recuperar gradualmente a sua posição no mercado, impulsionada pelas compras da União Europeia, que abriu completamente o seu mercado para a carne de frango ucraniana. O Rabobank ainda estima que a Turquia seja beneficiada entre os mercados exportadores pela fraqueza de sua moeda. Já a Rússia deverá enfrentar dificuldades relacionadas às sanções e forte rublo (moeda local).

CARNETEC


INTERNACIONAL


Sem grandes mudanças no complexo pecuário argentino até 2023

O rebanho de gado argentino, o abate, a produção de carne, o consumo e os volumes de exportação devem permanecer praticamente inalterados em 2023, de acordo com as projeções do escritório do USDA em Buenos Aires


Espera-se que a China continue como o principal destino de exportação, respondendo por mais de 70% das exportações projetadas de 770.000 toneladas equivalentes de peso-carcaça (CWE). Apesar da forte demanda global por carne bovina e dos bons preços, espera-se que as restrições de exportação impostas pelo atual governo impeçam a Argentina de enviar volumes maiores. Essas restrições estão programadas para durar até o final de 2023, embora existam algumas negociações entre o governo e a indústria para aliviar algumas restrições de exportação, diz o escritório do USDA. Os altos preços mundiais da carne bovina em 2022 colocaram a Argentina no caminho certo para atingir exportações recordes em termos de valor, mas não em termos de volume. As exportações argentinas de carne bovina em 2023 estão previstas em 770.000 toneladas CWE, inalteradas em relação ao ano anterior, como resultado da produção e consumo doméstico também estáveis. Os exportadores dizem que as políticas governamentais destinadas a garantir um mercado interno bem abastecido impedirão o aumento das exportações. No entanto, há alguma discussão de que a política atual poderia ter alguma flexibilidade para aumentar as exportações. A política atual, que deve durar até o final de 2023, limita as exportações a uma cota geral mensal de 29.000-30.000 toneladas (peso do produto). As exportações sob a Cota Hilton e a Cota de Carne de Alta Qualidade (481) para a UE, a cota anual para os EUA e uma pequena cota para a Colômbia não são restritas nem são contabilizadas na cota geral. As exportações de carne de vaca de baixa qualidade pode ser movimentada livremente, especialmente para a China, pois não há forte demanda doméstica. Por sua vez, as exportações de sete cortes populares de carne bovina são proibidas e devem ser comercializadas no país. Em reconhecimento à queda dos preços locais da carne bovina e à necessidade do país de gerar mais divisas por meio das exportações, o governo e o setor frigorífico estão atualmente em negociações para aumentar a cota mensal geral em 10%. Por sua vez, continua em vigor um imposto de 9% sobre as exportações de carne bovina.

EL PAÍS DIGITAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


MILHO 1ª SAFRA: avanço se concentra na região Sul

O desenvolvimento inicial das lavouras está sendo prejudicado devido às baixas temperaturas e pouca radiação solar


Progresso: 38.8% Emergência; 61.2% Desenvolvimento Vegetativo. Semana Anterior: 53.4% Emergência; 46.6% Desenvolvimento Vegetativo. No Rio Grande do Sul, o plantio evolui rapidamente, com a germinação ocorrendo de forma satisfatória. O desenvolvimento inicial das lavouras está sendo prejudicado devido às baixas temperaturas e pouca radiação solar. O controle de cigarrinha está sendo realizado. No Paraná, o plantio foi realizado em 47% da área e a maioria delas apresenta bom desenvolvimento inicial. Em Santa Catarina, a semeadura alcança 48% da área prevista. As lavouras estão em emergência e desenvolvimento inicial, e apresentam boas condições.

AGROLINK


Calçados lideram varejo no PR: os setores que mais venderam e os que tiveram queda

As vendas no varejo do Paraná tiveram alta de 1,66% no acumulado de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2021. O segmento de calçados foi o que mais teve crescimento de vendas nesses sete meses


Entre as regiões do estado, Curitiba/ Região Metropolitana teve o melhor resultado no acumulado, com crescimento de 4,16%. Em seguida veio Maringá com 4,03%, Ponta Grossa com 1,25% e a Região Oeste com 0,75%. A regiões Sudoeste e de Londrina tiveram as maiores perdas no período, com -3,52% e -3,16%, respectivamente. Julho, último mês com as vendas medidas pela Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), também teve alta. As vendas foram 3,92% acima de junho. Na comparação com julho de 2021, porém, a receita foi menor: queda de 1,35%. Segmentos que mais cresceram no acumulado de janeiro e julho no PR: 1º - Calçados: 23,95%; 2º - Óticas/cine/foto/som: 23,76%; 3º - livraria/papelaria: 22,12%; 4º - Combustíveis: 18,59%; 5º - Vestuário e tecidos: 8,45%; 6º - Autopeças: 7,20%; 7º - Supermercados: 1,41%; 8º - Concessionárias de veículos: 1,40%; Segmentos com queda nas vendas no acumulado de janeiro e julho no PR; 1º - Materiais de construção: - 9,26%; 2º - Móveis/decoração/utilidades domésticas: - 4,26%; 3º - Lojas de departamento: - 3,37%; 4º - Farmácias: - 0,40%.Em Curitiba, apenas dois segmentos tiveram quedas de vendas no acumulado de janeiro a julho entre os 12 setores avaliados: materiais de construção e Móveis/decoração/utilidades domésticas. No geral, a capital e cidades vizinhas tiveram alta de 4,16% nas vendas do varejo no período.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar se estabiliza após rali, com manutenção de cautela global

O dólar teve pouca alteração frente ao real nesta terça-feira, pausando um rali recente com algum alívio externo e dados de inflação domésticos melhores do que o esperado. A moeda norte-americana à vista fechou com variação negativa de 0,04%, a 5,3772 reais, parando para respirar depois de disparar 5,15% no acumulado dos dois últimos pregões


Na B3, às 17:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,31%, a 5,3820 reais. Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, avaliou que, no Brasil, também beneficiou o humor de investidores a leitura mais baixa do que o esperado do IPCA-15, que caiu 0,37% em setembro, acumulando alta de 7,96% em 12 meses. A opinião predominante nos mercados foi de que os dados jogam a favor da visão de que o Banco Central já encerrou seu ciclo de aperto monetário e que o momento atual, de juros a 13,75% ao ano, pode ser um bom ponto de entrada em ativos brasileiros por parte de investidores internacionais. Mas uma piora nos mercados externos --com o índice do dólar frente a uma cesta de pares fortes acelerando seus ganhos na parte da tarde e as principais bolsas do mundo devolvendo altas iniciais-- levou a uma recuperação do dólar em relação aos menores níveis do dia, explicou Moretti. Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, disse que "os fundamentos de um ambiente de negócios pessimista permanecem largamente inalterados, favorecendo a manutenção de um dólar bastante fortalecido". "A perspectiva de uma recessão econômica global, a postura agressiva do Federal Reserve em sua política monetária e mesmo um apetite reduzido para risco dos investidores favorecem a busca pelo dólar." O Fed, banco central dos EUA, elevou sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira reunião consecutiva, e divulgou projeções econômicas que apontaram um ambiente de política monetária bem mais agressivo do que o inicialmente projetado pelos mercados, o que tem tornado a perspectiva de recessão norte-americana cada vez mais provável. O primeiro turno das eleições presidenciais acontecerá no dia 2 de outubro, e investidores devem ficar atentos a uma série de divulgações de pesquisas de intenção de voto até lá, conforme avaliam as chances de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer já no próximo domingo. O dólar tem salto de 3,39% frente ao real até agora em setembro, reduzindo a queda no ano para 3,52%.

REUTERS


Ibovespa cai ao menor nível em quase 2 meses com temor por desaceleração econômica

A BRF ON ganhou 0,6%, a 13,54 reais, após o JPMorgan elevar a recomendação da ação a "neutra", citando melhora de preços dos produtos, redução de custos com milho e avaliação mais razoável do papel


O Ibovespa caiu 0,68%, a 108.376,35 pontos, o menor nível de fechamento desde 5 de agosto e terceira queda diária seguido. Na mínima da sessão, foi a 108.120,26 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 27 bilhões de reais. O índice abriu em alta, mas devolveu os ganhos no final da manhã, conforme Wall Street perdia tração após mais membros do Federal Reserve (Fed) sinalizarem apetite por altas de juros adicionais, mesmo sob o risco de uma recessão econômica. James Bullard, do Fed de St. Louis, disse achar que os planos do Fed de aumentar os juros para cerca de 4,5% até o final deste ano levarão a política monetária dos Estados Unidos a um " nível restritivo" que desacelerará a economia e aliviará a inflação, enquanto Charles Evans, do Fed de Chicago, falou em necessidade de uma elevação em mais 1 ponto percentual neste ano. Declarações de membros do Fed já haviam pesado nas bolsas nas últimas sessões. O S&P caiu 0,2%, para mínima de dois anos, após seis quedas consecutivas, enquanto o Nasdaq subiu 0,3%, interrompendo sequência negativa. Os índices das bolsas europeias caíram. "Os investidores estão olhando em cada vírgula de fala dos membros do Fed que têm direito a voto, disse Lucas Carvalho, analista chefe da Toro Investimentos. "Já está um tanto quanto contratada uma recessão nos EUA e na zona do euro, o que traz grande volatilidade e preocupação dos investidores". Localmente, uma deflação maior do que a esperada pelo mercado em setembro movimentou o mercado, assim como a ata da última reunião do Banco Central, no qual o órgão interrompeu o ciclo de alta de juros. Houve também certa cautela no mercado por causa das eleições presidenciais no Brasil no domingo, segundo agentes de mercado. "Ninguém quer assumir um risco maior antes de saber o resultado", disse Lucas Xavier, analista técnico da Warren, que vê o Ibovespa em uma zona de "marasmo" em termos gráficos.

REUTERS


Arrecadação federal bate novo recorde em agosto com alta real de 8,21%

A arrecadação federal bateu novo recorde em agosto, com uma alta real de 8,21% sobre o mesmo mês do ano passado, com maior recolhimento de tributos das instituições financeiras e empresas ligadas à exploração de petróleo, divulgou a Receita Federal na terça-feira


A arrecadação somou 172,314 bilhões de reais no mês passado, maior resultado para o mês na série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995. De janeiro a agosto, com oito meses consecutivos de arrecadação recorde, o crescimento real das receitas federais foi de 10,17%, somando 1,464 trilhão de reais, também com o desempenho mais forte para o período na série corrigida pela inflação. Os recolhimentos administrados pela Receita, que engloba a coleta de impostos de competência da União, cresceram 7,07% em termos reais em agosto, para 165,184 bilhões de reais. Já aqueles administrados por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, subiram 43,61%, a 7,130 bilhões de reais. Os setores da economia em que a arrecadação mais cresceu no mês foram entidades financeiras, com alta de 24,2% sobre agosto do ano passado, para 17,4 bilhões de reais, e extração de petróleo e gás (+302,7%, a 1,8 bilhão de reais) --cujos preços internacionais estão elevados diante da guerra da Ucrânia. A Receita também destacou a alta de 52,2% do recolhimento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital, que somou 6,2 bilhões de reais, impulsionado principalmente pela arrecadação dos investimentos em renda fixa e fundos, cuja rentabilidade tem aumentado em meio à elevação da taxa básica de juros. O fisco destacou o crescimento de 27,2% no recolhimento de Imposto de Renda da pessoa jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, indo a 35,5 bilhões de reais no mês --apesar de apontar uma arrecadação atípica de 5 bilhões de reais nessa conta. O crescimento da arrecadação se deu a despeito de desonerações promovidas pelo governo no IPI e o PIS-Cofins sobre combustíveis, que somadas tiveram impacto negativo de 5,7 bilhões de reais sobre as receitas do mês, segundo o fisco.

REUTERS


IPCA-15 recua 0,37% em setembro e é o menor para o mês desde 1998

No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,96% em setembro


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) recuou 0,37% em setembro, após queda de 0,73% um mês antes, informou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a menor para um mês de setembro desde 1998, quando tinha recuado 0,44%. Em setembro de 2021, o IPCA-15 subiu 1,14%. A gasolina foi a principal influência para o resultado do IPCA-15 em setembro, com queda de 9,78% e impacto de -0,52 ponto percentual. No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,96% em setembro, ante 9,60% em agosto. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas do Valor Data, que era de 8,12%, com intervalo entre 7,94% e 8,29%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) para 2022 é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica. Três das nove classes de despesa avaliadas pelo IBGE tiveram queda de preço na passagem entre agosto e setembro: alimentação e bebidas (de 1,12% para -0,47%), transportes (de -5,24% para -2,35%) e comunicação (-0,30% para -2,74%). Por outro lado, registraram alta habitação (de -0,37% em agosto para 0,47% em setembro), artigos de residência (de 0,08% para 0,24%), vestuário (de 0,76% para 1,66%), saúde e cuidados pessoais (de 0,81% para 0,94%), despesas pessoais (de 0,81% para 0,83%) e educação (de 0,61% para 0,12%). A gasolina foi mais uma vez determinante para a deflação do IPCA15. O item teve recuo de 9,78% no preço e impacto negativo de 0,52 ponto percentual no IPCA do mês. Na média, os preços de combustíveis caíram 9,47%. Além da gasolina, houve queda em etanol (-10,10%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%). Com isso, na análise entre as classes de despesas, o grupo transportes foi o que mais pesou. O preço caiu 2,35% e respondeu por -0,49 ponto percentual do índice. Entre as classes de despesa, a retração mais intensa de preços em setembro veio do grupo comunicação (-2,74%), influenciado pela redução nos planos de telefonia fixa (-6,58%) e de telefonia móvel (-1,36%) e também pelos pacotes de acesso à internet (-10,57%) e os combos de telefonia, internet e tv por assinatura (-2,72%). Houve queda ainda nos preços dos aparelhos telefônicos (-0,99%). O movimento reflete a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis, energia elétrica e comunicações.

VALOR ECONÔMICO


Contas externas têm saldo negativo de US$ 4,1 bilhões em julho

As contas externas tiveram saldo negativo de US$ 4,136 bilhões em julho, informou o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2021, o déficit havia sido de US$ 1,175 bilhão nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países


A diferença na comparação interanual se deve ao resultado do superávit comercial que reduziu US$ 2,1 bilhões, enquanto os déficits em serviços e renda primária (lucros e dividendos) aumentaram US$ 790 milhões e de US$ 179 milhões, respectivamente. Em 12 meses, encerrados em julho, o déficit em transações correntes é de US$ 36,585 bilhões, 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB), ante o saldo negativo de US$ 33,623 bilhões (1,92% do PIB) em junho de 2022 e déficit de US$ 20,880 bilhões (1,37% do PIB) no período equivalente terminado em julho de 2021. Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 18,411 bilhões, contra saldo negativo de US$ 9,752 bilhões de janeiro a julho de 2021. As exportações de bens totalizaram US$ 30,226 bilhões em julho, aumento de 17,4% em relação a igual mês de 2021. As importações somaram US$ 26,072 bilhões, incremento de 33,8% na comparação com julho do ano passado. Com esses resultados, a balança comercial fechou com superávit de US$ 4,154 bilhões no mês de julho, ante saldo positivo de US$ 6,262 bilhões em julho de 2021. O déficit na conta de serviços somou US$ 2,122 bilhões em julho, aumento de 59,2% ante os US$ 1,333 bilhão em igual mês de 2021. As despesas líquidas de transporte tiveram aumento expressivo de 166,3%, na comparação interanual, passando de US$ 273 milhões em julho de 2021 para US$ 726 milhões em julho deste ano. No caso das viagens internacionais, as receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil cresceram 74,4% na comparação interanual e chegaram a US$ 389 milhões, enquanto as despesas de brasileiros no exterior aumentaram 132,1% e ficaram em US$ 1,049 bilhão. Com isso, a conta de viagens fechou o mês com déficit de US$ 661 milhões, ante déficit de US$ 229 milhões em julho de 2021. Em julho de 2022, o déficit em renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) chegou a US$ 6,535 bilhões, ante os US$ 6,356 bilhões no mesmo mês de 2021. No caso dos lucros e dividendos associadas aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,576 bilhões no mês de julho deste ano, frente ao observado em julho de 2021, de US$ 2,866 bilhões. As despesas líquidas com juros passaram de US$ 3,499 bilhões para US$ 2,970 bilhões. A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 368 milhões, contra US$ 252 milhões em julho de 2021. Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 7,723 bilhões no mês de julho, ante US$ 6,646 bilhões em julho de 2021, disseminado em diversos setores da economia. Houve ingressos líquidos em participação no capital, US$ 5,582 bilhões, como compra de novas empresas e reinvestimentos de lucros. As operações intercompanhia (como os empréstimos da matriz no exterior para a filial no Brasil) tiveram superávit de US$ 2,140 bilhões. Nos 12 meses encerrados em julho de 2021, o IDP totalizou US$ 65,603 bilhões, correspondendo a 3,73% do PIB, em comparação a US$ 64,526 bilhões (3,69% do PIB) no mês anterior e US$ 44,933 bilhões (2,95% do PIB) em julho de 2021. O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 346,403 bilhões em julho de 2021, aumento de US$ 4,4 bilhões em comparação ao mês anterior.

Agência Brasil


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