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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 222 DE 27 DE SETEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 222 |27 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Segunda-feira morna no mercado brasileiro do boi gordo

Em SP o preço do macho destinado ao mercado interno recuou R$ 2/@ e bateu em R$ 283/@; na mesma praça, o boi-China registrou retração de R$ 5/@ e chegou a R$ 290/@, diz a Scot Consultoria


Os preços da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis em São Paulo, a R$ 270/@ e R$ 280/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo os dados da Scot. A IHS Markit captou ajustes negativos nos preços do boi gordo na região Norte do País, um reflexo do baixo apetite de compra por parte dos frigoríficos locais. Em Paragominas (PA), o preço da arroba do boi gordo recuou de R$ 275 para R$ 270. Em relação às demais regiões pecuárias, a segunda-feira foi de estabilidade nas cotações da arroba, de acordo com o levantamento diário da equipe da IHS Markit. No entanto, neste fim de mês, o escoamento da carne bovina segue bastante devagar no atacado/varejo. Segundo a Scot, nesta segunda-feira, a carcaça casada de bovinos castrados registrou recuo 1,5%, para R$ 18,22/kg, em relação ao preço da semana anterior. A carcaça do bovino inteiro está precificada em R$ 17,64/kg, retração de 2,3% sobre o preço da semana anterior. “Os preços da carne bovina devem continuar pressionados ao longo desta semana”, acredita a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 267/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 252/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 235/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Arroba suína cai em São Paulo, entre R$ 124,00 a R$ 130,00

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 3,13%/1,52%, custando R$ 124,00/R$ 130,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (23), houve retração de 1,87% em São Paulo, atingindo R$ 6,83/kg, e de 1,66% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,51/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,36/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,37/kg), e Santa Catarina (R$ 6,31/kg).

CEPEA/ESALQ


Valor da Exportação de carne suína até a quarta semana de setembro chega a quase 80% de 2021

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a quarta semana de setembro (16 dias úteis) seguem com resultados positivos na comparação com setembro/21

Para o analista da Safraas & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne suína estão no caminho da recuperação. "Temos um bom desempenho neste segundo semestre, com a China comprando bons volumes, mas outros destinos se saindo bem também nas compras", disse. A receita deste mês, US$ 192.6 milhões, já representa 79,6% do montante obtido em setembro de 2021, que foi de US$ 242 milhões. No volume embarcado, as 78.394 toneladas são 77% do total registrado em setembro do ano passado, com 101.792 toneladas. A receita por média diária de US$ 12 milhões é 4,5% maior do que a de setembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 6,5%. Em toneladas por média diária, as 4.899 toneladas tiveram alta de 1,1% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, recuo de 6,2%. No preço pago por tonelada, US$ 2.457, ele é 3,3% superior ao praticado em setembro passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,36%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Ave congelada e resfriada cederam 0,12% em SP. Preço estável no Paraná

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,70/kg, assim como o frango no atacado, valendo em R$ 7,40/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,23/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (23), tanto a ave congelada quanto a resfriada caíram 0,12%, cotadas, respectivamente, R$ 8,17/kg e R$ 8,11/kg.

CEPEA/ESALQ


Carne de frango exportada segue com boa receita

O preço pago por tonelada, US$ 2.079 até a quarta semana do mês, é 20,5% superior ao praticado em setembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa ligeiro aumento de 0,8%


Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até a quarta semana de setembro (16 dias úteis) seguem com valores elevados pagos por tonelada. O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, afirmou que mesmo com uma ligeira queda no volume embarcado em relação ao ano passado, "ainda assim o desempenho segue muito satisfatório". "Nessa parte de arrecadação está indo muito bem. A influenza aviária tem gerado uma grande mortandade de aves no hemisfério norte e o conflito entre Rússia e Ucrânia (grande produtor de carne de frango na Europa) sem perspectiva de acabar que vem gerando oportunidades para o Brasil", completou. A receita obtida, US$ 612,9 milhões, representa 91,3% do montante obtido em setembro de 2021, que foi de US$ 670,6 milhões. No volume embarcado, as 294.708 toneladas são 75,8% do total registrado em setembro do ano passado, com 388.534 toneladas. A receita por média diária, US$ 38,3 milhões, é 19,9% maior que a registrada em setembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 7,08%. Em toneladas por média diária, 18.419 toneladas, houve recuo de 0,4% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, queda de 7,86%.

AGÊNCIA SAFRAS


MEIO AMBIENTE


Focos de incêndios na Amazônia disparam em setembro e registram pior mês desde 2010

Os focos de incêndios na floresta amazônica brasileira registraram um forte aumento em setembro, já tornando-o o pior mês em mais de uma década, mostraram dados do governo na segunda-feira, após um salto no desmatamento durante o ano eleitoral


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 36.850 alertas de incêndio na região até agora este mês, um aumento de 120% em relação ao mês completo do ano passado e o pior já registrado em qualquer mês desde setembro de 2010, quando o Inpe teve 43.933 alertas. Com isso, o total de alertas de incêndio até agora este ano subiu para 82.872, superando os 75.090 registrados em todo o ano de 2021. Os focos de incêndios na Amazônia tendem a atingir o pico em agosto e setembro, período de queimadas na região, quando as chuvas diminuem e permitem que pecuaristas e fazendeiros muitas vezes coloquem fogo em áreas desmatadas. Este mês, porém, já foi ultrapassada a média de 32.110 focos de incêndio para setembro, segundo dados de satélite do Inpe desde 1998. A destruição da floresta tropical do Brasil usualmente aumenta em anos de eleições, quando a fiscalização geralmente diminui e os desmatadores aceleram planos antes de uma possível mudança na política de conservação. "As queimadas não são um fenômeno natural para a floresta amazônica... Essas queimadas estão ligadas a atividades humanas, muitas vezes atividades ilegais, e também ao nível de degradação da floresta, que faz com que ela seja muito mais suscetível ao fogo", disse Mariana Napolitano, Gerente de Ciências do WWF-Brasil. Na eleição do próximo domingo os eleitores votarão se dão um segundo mandato ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que reverteu proteções ambientais, vendo o desmatamento na Amazônia aumentar para o patamar mais alto em 15 anos. "O Brasil já foi referência mundial de monitoramento das florestas nacionais, infelizmente os órgãos responsáveis vêm sofrendo um desmonte pelo governo", disse no Twitter o ex-diretor do Inpe Ricardo Galvão, candidato a deputado federal pela Rede. Em agosto, os focos de incêndios já tinham sido os mais altos para o mês desde 2010. Os dados também mostraram que 1.661 quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia no mês passado, um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2021. Em discurso na Assembleia-Geral da ONU na semana passada, Bolsonaro elogiou os esforços de energia renovável do Brasil e disse que a maior parte da Amazônia permanece intocada, criticando a mídia por suas reportagens sobre o desmatamento.

REUTERS


Marfrig investe em projeto em Mato Grosso para reduzir emissão de metano

A Marfrig deu mais um passo para reduzir a emissão de metano pelos bovinos em sua cadeia produtiva e, assim, tornar a pecuária mais sustentável: a fazenda de confinamento da MFG Agropecuária em Tangará da Serra (MT), fornecedora da Marfrig, iniciou em julho um projeto em escala comercial com o produto SilvAir® na dieta dos animais


Com isso, "a Marfrig reafirma seu compromisso com a redução de gases do efeito estufa (GEEs) em sua cadeia produtiva", informou a companhia na segunda-feira (26). O SilvAir® é um produto da Cargill e está sendo utilizado na dieta durante a fase de confinamento. O produto, além de reduzir as emissões de metano pelos bovinos, também é fonte de nutrientes, permitindo a otimização da formulação da dieta. O SilvAir® estimula um processo natural no rúmen, produzindo amônia em vez de metano. Esse efeito está demonstrado por mais de 25 artigos publicados com ruminantes. Nesta primeira etapa do projeto, o produto está sendo utilizado na dieta de 350 animais. “O objetivo da utilização do SilvAir® é otimizar a produtividade dos animais, aliada a práticas sustentáveis”, afirmou em nota o gerente técnico da MFG Agropecuária, André Campanini. “O SilvAir® é um produto com efeitos científicos comprovados, que diminui a emissão de metano, principal gás de efeito estufa na pecuária em função da fermentação entérica dos animais. Essa redução é uma das prioridades atuais da Marfrig e reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade”, disse o Diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, Paulo Pianez, na mesma nota. De acordo com o Diretor-Geral da Cargill Nutrição Animal, Celso Mello, “a Nutron | Cargill está determinada a encontrar caminhos para reduzir as emissões de metano na pecuária, contribuindo para a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. Acreditamos que parcerias estratégicas aliadas a inovação são os principais fatores de sucesso para criarmos impactos significativos”.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Indústria do Paraná fecha setembro otimista com cenário econômico

A indústria do Paraná está fechando o mês de setembro mais otimista com o cenário econômico


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) avançou três pontos em relação a agosto, com 62,4 pontos. É o maior patamar desde agosto do ano passado, quando o Icei ficou em 66,4 pontos. Com escala até 100 pontos, acima de 50 o cenário é considerado de otimismo e abaixo desse valor é considerado pessimista. Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que elabora a pesquisa mensal junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o avanço no índice se deve pela percepção positiva do industrial na economia nos próximos meses. "Esse aumento demonstra otimismo disseminado da indústria para os próximos seis meses, atrelado a fatores como a estabilidade da inflação e possibilidade de queda até o final do ano, desonerações em itens como energia e combustíveis, melhora no nível de emprego e a retomada de programas de auxílio e renda, que resulta em aumento do consumo”, avalia em nota o economista da Fiep Marcelo Alves. O indicador de condições, um dos índices que formam o Icei e que se refere à perspectiva nos próximos seis meses, subiu pelo segundo mês seguido. O aumento foi de 4,9 pontos, alcançando 59,6 pontos em setembro. "Pode-se dizer que os empresários fizeram uma transição de uma percepção de piora para uma de melhora em relação à economia brasileira na passagem de julho para agosto. E, em setembro, a situação ficou ainda mais positiva", avalia Alves. Isso porque, segundo o economista, a taxa de juros e a inflação vinham em sequência de alta, além da carga tributária, cujo conjunto trazem mais custos para a produção. “A melhora na economia é um alívio ao bolso dos empresários, o que acaba influenciando na confiança deles”, argumenta o representante da Fiep.

GAZETA DO POVO


Comércio do Paraná registra aumento na intenção de consumo em setembro

O paranaense esteve mais propenso a consumir neste mês de setembro. O estado fechou o mês acima de 100 no índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o que indica satisfação de quem compra.


O ICF do mês fechou em 100,8 pontos, 4,1% maior do que em agosto. Desde maio o índice não ficava acima dos 100 pontos. O levantamento é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR). A maior variação em setembro foi nas famílias de renda mais alta, acima de dez salários mínimos. Nessa faixa, o ICF ficou em 110,1 pontos, 4,4% acima de agosto. Famílias com essa renda estão inclinadas a consumir sobretudo bens duráveis. Nas famílias de menor renda, o indicador cresceu 4,1%, mas ficou abaixo de 100 pontos. Com 98,8 pontos, o ICF dessa faixa de renda é considerado insatisfatório.

GAZETA DO POVO


Conjuntura agropecuária: plantio da soja avança no Paraná, indica boletim do Deral

Na semana passada, teve início o plantio de soja no Paraná, que está ganhando ritmo no Estado, de acordo com o boletim semanal de conjuntura agropecuária divulgado na quinta-feira (22/09) pelos técnicos do Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Deral/Seab)


“Até o momento, foram plantados aproximadamente 344 mil hectares, 6% da área total estimada para esta safra, que é de 5,7 milhões de hectares. Na safra anterior, neste mesmo período, o plantio tinha atingido 186 mil hectares - ou 3% da área plantada”, diz o informativo. Ainda segundo o Deral, o plantio está concentrado atualmente na região oeste paranaense, onde já foram plantados mais de 245 mil hectares ou 71% do total até agora. “As condições de clima, de modo geral, são favoráveis no momento para a cultura. Já no cenário de exportações, o complexo da soja do Paraná totalizou 7 milhões de toneladas exportadas entre janeiro e agosto de 2022. Este volume é 35% menor que o mesmo período de 2021. Já o montante financeiro foi apenas 7% menor, atingindo 4,4 bilhões de dólares”, explicam os técnicos. Sobre o trigo, o levantamento aponta que a colheita do cereal evoluiu 9 pontos percentuais na semana - apesar do tempo instável que predomina no Paraná -, e chegou a 28% da área semeada. “O produto colhido está aquém da qualidade esperada, devido à alta pluviometria acumulada. Porém, a possibilidade de colher nos curtos períodos sem chuva tem consolado os produtores. A previsão indica possibilidade de geadas neste fim de semana no Centro-Sul do Paraná, porém, devem ser fracas e de pequena abrangência. A expectativa é que não haja danos como os ocasionados pelas geadas de agosto, apesar de metade das lavouras não colhidas estarem em fases suscetíveis a perdas por congelamento.” Nesta semana, a estimativa de produção de trigo será atualizada, trazendo os reflexos da estiagem de julho e das geadas de agosto. Ainda segundo os técnicos do Deral o plantio da safra de verão do milho atingiu 47% da área estimada na semana passada. Já foram plantados mais de 190 mil hectares do cereal. “Este número de plantio é muito próximo a safra anterior no mesmo período. No campo, 98% das lavouras já plantadas têm condição boa, enquanto apenas 2% apresentam condições medianas,” afirmam.

SEAB-PR


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar estende disparada e vai a pico em 2 meses com solavanco global

O dólar deu sequência a seu rali na segunda-feira, com investidores do mundo inteiro correndo para a segurança da divisa norte-americana em meio a temores crescentes de que juros mais altos nas principais economias levem a uma recessão global


A moeda norte-americana fechou em alta de 2,50%, a 5,3793 reais, maior patamar para encerramento desde 22 de julho (5,4976 reais). Este pregão foi o segundo consecutivo de disparada do dólar, período em que acumulou alta de 5,15%, maior salto em duas sessões desde o ganho de 5,59% somado entre 22 e 25 de abril. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 2,38%, a 5,3940 reais. A alta da divisa dos Estados Unidos foi generalizada, e seu índice contra uma cesta de seis pares fortes saltava 0,8% nesta tarde, renovando seus maiores patamares em duas décadas e mostrando alta contra todas moedas relevantes do mundo. "O principal fator que vem fazendo o dólar se apreciar frente às demais moedas é o cenário global bem turbulento, essa corrida de aperto monetário (dos bancos centrais) para conseguir segurar a inflação", disse Renan Mazzo, chefe de câmbio da SVN Investimentos. Na semana passada, o Federal Reserve, banco central dos EUA, subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva do que o inicialmente esperado pelos mercados. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra também têm se mostrado determinados a elevar os custos dos empréstimos de forma a conter a alta dos preços, mesmo que isso ameace levar suas respectivas economias à recessão. No âmbito doméstico, colaborou para o nervosismo de investidores a aproximação da eleição presidencial de domingo, disse o especialista. O dólar acumula baixa de 3,48% contra o real até agora em 2022, embora esteja 16,75% acima da mínima de fechamento do ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

REUTERS


Ibovespa cede mais de 2% com NY e queda de ações do setor financeiro

O Ibovespa recuou mais de 2% na segunda-feira, influenciado pela influência externa negativa, uma vez que preocupações com inflação e recessão econômica pesaram novamente


Os negócios também foram afetados por uma liquidação nas ações do setor financeiro local e certa cautela antes das eleições no Brasil no domingo. O Ibovespa caiu 2,33%, a 109.114,16 pontos, segundo tombo consecutivo maior que 2%. O volume financeiro da sessão somou 26,6 bilhões de reais. B3, Vale, Banco do Brasil e Itaú Unibanco foram as principais influências negativas. Para Adriano Yamamoto, chefe comercial da corretora do C6 Bank, prevaleceram preocupações com inflação e recessão em todo o mundo. Para conter a alta dos preços, bancos centrais --o mercado olha especialmente para o Federal Reserve (Fed)-- vêm elevando os juros. "Alguns dirigentes do Fed tiveram falas um pouco mais hawkish...confirmando o que vimos na semana passada", disse ele, em referência à alta de 0,75 ponto percentual no juro anunciada na última quarta-feira nos Estados Unidos. Autoridades do banco central norte-americano disseram na segunda-feira que a prioridade continua a ser o controle da inflação nos EUA e minimizaram a crescente volatilidade dos mercados globais. Em Nova York, o S&P 500 cedeu 1%. Yamamoto afirmou que as eleições presidenciais no Brasil também tiveram impacto, ainda que em menor magnitude, dado que não há, na visão dele, um consenso no mercado sobre o resultado. As principais pesquisas de intenção de voto mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

REUTERS


OCDE reduz previsão de crescimento do PIB do Brasil para 0,8% em 2023

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômica (OCDE) projeta que o crescimento da economia brasileira poderá baixar de 2,5% neste ano para apenas 0,8% no ano que vem, em meio à deterioração generalizada da economia mundial.


“O crescimento anual em 2023 de Argentina, Brasil, México e África do Sul, países relativamente expostos ao ciclo econômico global e à demanda nas economias avançadas, está projetado para diminuir entre 0,5 e 1,5 ponto percentual”, diz a entidade em relatório interino sobre as perspectivas econômicas, divulgado ontem em Paris. Significa que, no primeiro ano do próximo mandato presidencial no Brasil, a situação será especialmente delicada com as perspectivas globalmente no lado negativo, podendo mesmo piorar, dependendo da evolução da guerra na Ucrânia. Em suas novas projeções, a OCDE calcula agora que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderá crescer 2,5% neste ano, numa melhora de 1,9 ponto percentual em relação à estimativa publicada em junho. No entanto, para o ano que vem, a baixa é significativa. Em junho, sua projeção era de 1,2% de crescimento econômico no Brasil, mas a revisou agora para 0,8%. Para a Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a projeção é de desaceleração do PIB de 3,6% neste ano para 0,4% no ano que vem. No México, de 2,1% para 1,5%. Na África do Sul, de 1,7% para 1,1%. A economia mundial cresce apenas 2,2%, ante 3% neste ano. Mas nota que as projeções estão rodeadas de uma incerteza significativa. Exemplifica que uma escassez mais severa de combustível, especialmente para o gás, poderia reduzir o crescimento na Europa em mais 1,2 ponto percentual em 2023, com o crescimento global reduzido em 0,5 ponto percentual. Já a inflação tende a moderar. “Nas maiores economias da América Latina, Brasil e México, os bancos centrais já elevaram as taxas de juros fortemente e, combinado com um abrandamento da inflação do preço da energia, espera-se que isto traga a inflação principal para baixo substancialmente em 2023”, diz a entidade. A projeção é de queda da inflação no Brasil de 10,8% neste ano (1,1 ponto percentual a mais do que na estimativa de junho) para 6,6% no ano que vem (,13 ponto percentual a mais que a projeção anterior).

VALOR ECONÔMICO


Brasil registra déficit em conta corrente de US$4,136 bi em julho, diz BC

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 4,136 bilhões de dólares em julho, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central na segunda-feira


No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 7,723 bilhões de dólares. Pesquisa Reuters com analistas de mercado apontava para uma expectativa de superávit de 0,5 bilhão de dólares nas transações correntes, enquanto a projeção para os investimentos diretos no país estava em 3,096 bilhões de dólares. A apresentação dos dados de julho originalmente ocorreria no fim de agosto, mas parte das divulgações do BC segue atrasada mesmo após o fim da greve de servidores do órgão no início de julho.

REUTERS


Mercado eleva projeção do PIB para 2,67% em 2022 e 1,75% em 2024, aponta Focus

Para o IPCA, a mediana das projeções dos economistas e analistas recuou de 6,00% para 5,88% em 2022 e de 5,01% para 5,00% em 2023


A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, agora de 2,65% para 2,67%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (26) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2023, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se em 0,50%. Para 2024, subiu de 1,70% para 1,75%. A economia brasileira teve crescimento expressivo no segundo trimestre, de 1,2% em relação ao trimestre anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de setembro. O resultado supera o 0,9% do consenso dos economistas ouvidos pelo Valor e reflete o forte impacto da retomada das atividades presenciais, com o fim das restrições adotadas na pandemia, e das medidas de estímulo do governo, como a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas. O PIB do terceiro trimestre será divulgado no dia 1º de dezembro. A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira de 2022 caiu de 6,00% para 5,88%, segundo o Focus. Para 2023, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também recuou, de 5,01% para 5,00%. Para 2024, permaneceu em 3,50%. Para a taxa básica de juros (Selic), a mediana das estimativas manteve-se em 13,75% no fim deste ano, 11,25% em 2023 e 8,00% no de 2024. Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC interrompeu o maior ciclo de alta de juros do país desde 1999 ao manter a taxa Selic em 13,75% anuais, mas disse que “não hesitará” em retomar as elevações caso a inflação não ceda como esperado. No comunicado da decisão, o colegiado reforçou sua estratégia de deixar a Selic neste patamar por período “suficientemente” longo, na tentativa de conter as apostas do mercado em cortes na taxa no próximo ano, e reiterou que se manterá “vigilante”. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,20, segundo o Focus. Para 2023, a mediana das estimativas para a moeda americana também ficou parada em R$ 5,20 entre uma semana e outra. Para 2024, recuou de R$ 5,11 para R$ 5,10.

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