Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 217 |20 de setembro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo abre a semana com preços estáveis na maioria das praças
Indústrias frigoríficas optam pela cautela nas negociações; em SP, macho terminado para o mercado interno segue a R$ 290/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão valendo R$ 270/@ e R$ 282/@, informa a Scot
A semana inicia com estabilidade nos preços do boi gordo na maioria das praças brasileiras, informam nesta segunda-feira, 19 de setembro, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo apurou a Scot Consultoria, nas regiões pecuárias do interior de São Paulo, os frigoríficos ainda trabalham com escalas alongadas, principalmente as indústrias exportadoras, o que resulta em certo conforto nas negociações de boiadas gordas por parte da ponta compradora. O boi gordo para mercado interno (sem prêmio-exportação) segue cotado a R$ 290/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão valendo R$ 270/@ e R$282/@ (preços brutos e a prazo). De acordo com levantamento realizado pela IHS Markit, em boa parte do País, os preços permanecem estáveis em função da ausência de fundamentos que possam delinear alguma variação nas cotações. Pelos dados da IHS, na segunda-feira, o valor referência para o boi gordo paulista registrou queda abaixo do piso de R$ 300/@, cotado agora em R$ 295/@. Na avaliação dos analistas, de maneira geral, o mercado do boi gordo ainda segue em ambiente baixista, apesar do período de entressafra de animais terminados a pasto. Segundo a IHS, as vendas de carne bovina no mercado atacado ao longo do final de semana foram fracas, condizentes com a sazonalidade do período (recuo do poder de compra da população, devido ao maior distanciamento do pagamento dos salários, no início de cada mês). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 267/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 252/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista); vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).
PORTAL DBO
Embarques de carne bovina avançam na terceira semana de setembro
Volume exportado alcançou 114 mil toneladas em 11 dias úteis
A Secretária Secretaria de Comércio Exterior (Secex)m do Ministério da Economia informou que os embarques de carne bovina in natura na terceira semana de setembro atingiram 114 mil toneladas em 11 dias úteis. No ano passado, o mês de setembro bateu recorde com 186,9 mil toneladas embarcadas. A média diária exportada ficou em 10,3 mil toneladas alta de 16,50%, frente ao observado no mês de setembro do ano anterior, com 8,9 mil toneladas. As exportações de carne bovina podem estar aceleradas diante do feriado prolongado na China, a Golden Week ou Semana Dourada, quando acontecem comemorações durante os dias 1º e 7 de outubro, para celebrar a fundação da República Popular da China. Para o analista de mercado da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, “está se desenhando mais um mês muito bom e isso vai ajudar a reduzir os estoques de carne bovina no mercado interno. Porém, temos que ficar atentos que no próximo mês o volume exportado pode desacelerar com o feriado na China”, explicou. Os preços médios ficaram em US$ 5.988,6 mil por tonelada, alta de 3,5% frente a setembro de 2021, com valor médio de US$ 5.788 por tonelada. A média diária ficou em US$ 62 milhões aumento de 20,5%, frente a setembro do ano passado, que ficou em US$ 51,5 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Carcaça suína no mercado paulista tem queda, a R$ 9,30/R$ 9,70 o quilo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,06%/0,99%, valendo R$ 9,30/R$ 9,70 o quilo.
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (16), houve recuo de 0,43% em São Paulo, chegando a R$ 6,91/kg, e de 0,16% no Paraná, atingindo R$ 6,36/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,37/kg), e em Santa Catarina (R$ 6,29/kg).
Cepea/Esalq
Aumento no preço médio da carne suína exportada
China tem elevado as compras da proteína
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de setembro (11 dias úteis) atingiu mais de 58% da receita total obtida em setembro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "é muito importante essa recuperação porque o setor precisa dessa receita, e deu um aumento no preço médio". “O ideal é sempre buscar mais mercados para ser cada vez menos dependente da China, como está sendo feito com Cingapura, Vietnã, países da América do Sul. A China expandiu o ritmo de importação nas últimas semanas, mas é um movimento transitório devido aos feriadões no gigante asiático que estão por vir", disse. A receita, US$ 141,7 milhões, representa 58,54% do montante obtido em setembro de 2021, que foi de US$ 242 milhões. No volume embarcado, as 57.459 toneladas, ele é 56,5% do total registrado em setembro do ano passado, com 101.792 toneladas. A receita por média diária de US$ 12.8 milhões é 11,8% maior do que a de setembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, alta de 0,6%. Em toneladas por média diária, 5.223 toneladas, alta de 7,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, aumento de 0,7%. No preço pago por tonelada, US$ 2.466, ele é 3,7% superior ao praticado em setembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 0,15%.
AGÊNCIA SAFRAS
FRANGOS
Cotações estáveis no mercado do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, assim como o frango no atacado, fechando em R$ 7,72/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,82/kg, da mesma maneira que no Paraná, que terminou o dia com R$ 5,36/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (16), a ave congelada ficou estável em R$ 8,16/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,12%, fechando em R$ 8,15/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de frango podem bater recorde, chegando a 4,7 milhões de toneladas em 2022
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de setembro (11 dias úteis) alcançou 67% da receita em todo o mês de setembro de 2021
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Brasil vai bater 4,7 milhões de toneladas em 2022, recorde de exportação este ano. "Não temos foco de influenza aviária. Além disso tem a Copa do Mundo no Catar, e sabemos que o oriente médio é um grande importador do frango halal brasileiro. Há também o conflito armado entre Rússia e Ucrânia, que também favorece o Brasil nas exportações de frango", disse. A receita com as exportações até a terceira semana deste mês, US$ 453,5 milhões, representa 67,6% do valor obtido em setembro de 2021, com US$ 670,6 milhões. No volume embarcado, as 219.898 toneladas são 56,5% do total registrado em setembro do ano passado, com 388.534,438 toneladas. A receita média diária foi de US$ 41,2 milhões, valor 29,1% maior que o registrado em setembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, queda de 7,1%. Em toneladas por média diária, 19.990, avanço de 8,0% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, queda de 9,04%. No preço pago por tonelada, US$ 2.062, ele é 19,5% superior ao praticado em setembro do ano passado. Frente ao valor atingido na semana anterior, avanço de 2,08%.
AGÊNCIA SAFRAS
EMPRESAS
Capal: cooperativa completa 62 anos batendo recorde de faturamento
A receita bruta da cooperativa no primeiro semestre de 2022 é de R$ 2,192 bilhões, com resultado em mais de R$ 87 milhões e investimentos que alcançam R$ 109,1 milhões
O crescimento da cooperativa se deve, entre outros motivos, pela produção de grãos, que totalizou no primeiro semestre deste ano quantidade superior a 615 mil toneladas de recepção bruta oriundas de uma área assistida que ultrapassa 163 mil hectares. Soma-se a este resultado a produção de leite, que totalizou mais de 64 milhões de litros comercializados. Essa produção é refletida em investimentos nas unidades da cooperativa. Na matriz em Arapoti, por exemplo, estão sendo construídos novos silos para armazenamento de grãos e matéria-prima para ração, além de montagem final de novo secador de grãos. Outras unidades com obras concluídas ou em andamento incluem Wenceslau Braz/PR (Unidade Operacional e Unidade de Beneficiamento de Sementes), Curiúva/PR e Santana do Itararé/PR. Além dos investimentos próprios, a Capal integra o sistema de intercooperação Unium. A cooperativa tem como investimentos consolidados a Unidade Industrial de Carnes (que produz a marca Alegra), a Unidade de Beneficiamento de Leite (que produz, por exemplo, a marca Colônia Holandesa) e o Moinho (que produz a farinha de trigo Herança Holandesa). A Capal também é sócia em duas futuras unidades: Queijaria e Maltaria. Em 2021, a cooperativa apresentou aumento de 58% em seu faturamento no comparativo com o ano anterior, com R$ 3,26 bilhões ante a R$ 2,06 bilhões. Esse foi o maior índice conquistado pela cooperativa nas mais de seis décadas. Fundada em 1960, a Capal conta atualmente com mais de 3,4 mil associados, distribuídos em 21 unidades de negócios, nos estados do Paraná e São Paulo. A cadeia agrícola responde por cerca de 65% das operações da cooperativa, produzindo mais de 862 mil toneladas de grãos por ano, com destaque para soja, trigo, milho e café. A área agrícola assistida ultrapassa os 161 mil hectares. O volume de leite negociado mensalmente é de 12 milhões de litros, proveniente de 320 produtores. Além disso, a cooperativa comercializa 31 mil toneladas de suínos vivos ao ano.
Imprensa Capal
MEIO AMBIENTE
Queimadas na Amazônia legal neste ano já superam as registradas em 2021
Desde janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação à década anterior
Os focos de queimadas registradas na Amazônia legal neste ano já superam as detectadas no ano passado inteiro, segundo dados oficiais. Até este domingo (18), foram contabilizados 75.592 focos de queimadas, frente aos 75.090 de 2021, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Setembro já se anunciava um mês crítico na questão das queimadas, ao registrar 18.374 focos em apenas uma semana, quase 10% a mais que em setembro inteiro de 2021. A ONG ambientalista Greenpeace afirmou em nota que o aumento das queimadas é uma "tragédia anunciada" e está "associado com desmatamento e grilagem de terras". O desmatamento e os incêndios florestais dispararam durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, que tentará a reeleição em outubro. Desde que ele assumiu a Presidência, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira cresceu 75% em comparação à década anterior. "Após quase quatro anos de uma clara e objetiva política antiambiental por parte do governo federal, vemos que na iminência do encerramento deste mandato (...), grileiros e todos aqueles que têm operado na ilegalidade viram um cenário perfeito para avançar sobre a floresta", disse no comunicado o porta-voz do Greenpeace Brasil para a Amazônia, André Freitas. O presidente rechaça as críticas, argumentando que a extensão da Amazônia dificulta a fiscalização e que o Brasil preserva suas florestas muito melhor do que a Europa, enquanto critica as ONGs e os grupos ambientalistas.
AFP/FOLHA DE SP
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Balança comercial do Paraná sobe em agosto, mas segue em oscilação
A balança comercial do Paraná fechou com saldo positivo de quase US$ 190 milhões em agosto, mas segue oscilando ao longo do ano
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o mês passado fechou com US$ 2,27 bilhões negociados para o exterior. O volume é 12% maior em relação a julho e 35% maior no comparativo anual com agosto de 2021. Já as importações fecharam agosto em US$ 2,08 bilhões. A aquisição de produtos do exterior também teve aumento: 2% acima de julho e 44% na comparação com agosto do ano passado. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial de janeiro a agosto é 96% menor do que no mesmo período de 2021. Mês a mês o resultado vem oscilando e em apenas três o saldo foi positivo. Na avaliação da Fiep, a oscilação é explicada pelas dificuldades macroeconômicas causadas pela pandemia e a guerra na Ucrânia. “O valor das importações aumentou muito porque os preços de insumos e matérias-primas da produção ficaram mais caros no mercado internacional. Mesmo as exportações tendo crescido, o percentual de alta das importações é bem maior, o que explica o saldo da balança comercial paranaense bem menor em 2022 na comparação com o ano passado”, explica o economista da Fiep Evânio Felippe. Em agosto, a taxa média do dólar ficou em R$ 5,1433, redução de 4,2% em relação a julho e de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. A indústria de transformação foi a que mais exportou no Paraná em agosto, com 78% de todas as negociações. Nas importações, o setor tem fatia ainda maior, com 93% das negociações. As commodities seguem no topo das exportações paranaenses. Em agosto, 27% dos produtos enviados a outros países eram soja. Na sequência vieram carnes (17%), material de transporte (8%), açúcar (7%) e madeira (6%). Nas importações, os produtos químicos continuaram à frente em agosto, com 35% das negociações. Na sequência vieram petróleo (13%), material de transporte (12%), produtos mecânicos (8%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%). A China segue como principal destino das exportações e da origem das importações paranaenses. O país asiático comprou 16% de tudo o que foi negociado pelo Paraná para 167 países em agosto. A Argentina vem na segunda colocação com a metade do volume vendido para China: 8%. Na sequência fechando o top 5 das exportações de agosto vem Estados Unidos (7%), Irã (65) e Holanda (45). Nas importações, a China enviou 31% de tudo o que foi comprado de 131 países mês passado. Em seguida aparecem Estados Unidos (16%), Argentina (6%), Paraguai (4%) e Alemanha (3,5%).
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem maior queda desde fim de julho
O dólar caiu ao ritmo mais acentuado desde o fim de julho, penalizado por combinação de ajuste de posições e alívio de temores sobre descontrole fiscal em eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A moeda norte-americana à vista caiu 1,79%, a 5,1667 reais, sua maior desvalorização percentual diária desde 27 de julho (-1,915%) e menor nível para encerramento desde o último dia 12 (5,0983 reais). Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,75%, a 5,1795 reais. Alguns especialistas também citaram a declaração de apoio de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda do governo de Michel Temer, à candidatura de Lula à Presidência da República como impulso para os ativos domésticos nesta segunda-feira. O Ibovespa fechou em alta de mais de 2%. Larissa Brito, planejadora financeira da Planejar, disse que eventual participação de Meirelles, um liberal, na pasta econômica do governo Lula aliviaria temores sobre uma administração fiscalmente danosa ao longo dos próximos anos caso o petista vença as eleições. O cenário externo também representa desafios para o mercado de câmbio local, conforme investidores se preparam para a reunião de política monetária desta semana do banco central norte-americano, que começará na terça e se encerrará na quarta. O Federal Reserve deve subir sua taxa de juros em, pelo menos, 0,75 ponto percentual, com algumas chances de ajuste ainda mais agressivo, de 1 ponto completo. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz reunião nos próximos dois dias, assim como o Fed, e a maior parte dos mercados financeiros espera que a taxa Selic seja mantida no patamar atual de 13,75%. No entanto, há quem espere aumento residual dos juros a 14%, caso do banco suíço.
REUTERS
À espera do Fed, Ibovespa avança mais de 2% com Meirelles no radar
O Ibovespa fechou em forte alta na segunda-feira, com ações de educação capitaneando os ganhos, enquanto agentes financeiros se preparam para uma série de reuniões de política monetária no mundo nesta semana, incluindo decisões nos Estados Unidos e Brasil
Investidores também repercutiram o apoio do ex-ministro Henrique Meirelles e outros ex-candidatos à Presidência a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida presidencial contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,33%, a 111.823,89 pontos. Para o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, a bolsa reagiu em parte a expectativas de uma política pró-mercado de Lula, uma vez que Meirelles "foi peça importante no governo Lula, um dos principais responsáveis pela política econômica que propiciou crescimento num cenário favorável ao país". Meirelles, também ex-presidente do BC nos dois mandatos de Lula, disse na segunda-feira não ter sido sondado para voltar ao governo em caso de vitória do petista nas eleições, mas deixou a porta aberta ao ressaltar terem excelentes relações. Chinchila também destacou como fator positivo as novas revisões nas projeções de crescimento do PIB brasileiro para 2022, "alavancando os setores cíclicos da bolsa". "Parece que o mercado está olhando o copo um pouco mais cheio", acrescentou Felipe Castro, especialista em renda variável da Blue3, ponderando que indicadores econômicos e a agenda político-econômica podem trazer um pouco mais de volatilidade aos preços do mercado. Um dos temas da semana é a decisão de juros do Federal Reserve, na quarta-feira. A expectativa majoritária é de uma alta de 0,75 ponto percentual, mas há apostas de um aperto mais forte. Além da decisão em si, agentes buscarão sinais sobre os próximos passos do BC norte-americano. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,69%. Também no dia 21, o Banco Central brasileiro decide sobre e a Selic, com a maioria dos economistas em pesquisa Reuters esperando manutenção dos atuais 13,75% ao ano.
REUTERS
Instituições voltam a reduzir projeção para inflação e preveem PIB um pouco maior em 2022, mostra Focus
Analistas de mercado reduziram mais uma vez as projeções para a inflação neste ano e no próximo e elevaram a estimativa para o PIB em 2022, mostrou a mais recente pesquisa semanal do Banco Central com cerca de 100 instituições financeiras divulgada na segunda-feira
As estimativas apontam agora para alta de 6% do IPCA este ano, ante 6,40% há uma semana. O movimento reflete uma redução da projeção dos preços administrados no ano --para -4,16%, de -2,94%-- e vem após na semana passada a Petrobras ter anunciado mais uma redução de preços, desta vez do gás de cozinha (-4,73%). Para o ano que vem, os analistas veem um IPCA de 5,01%, abaixo dos 5,17% estimados há uma semana. Os prognósticos para 2022 e 2023 seguem acima do centro da meta para os dois anos --3,50% e 3,25%--, mas estão em redução constante há semanas, em meio à retração recente dos preços dos combustíveis no mercado internacional e após medidas de desoneração adotadas pelo governo no ano eleitoral. A estimativa para a alta do PIB deste ano passou a 2,65%, de 2,39% antes, enquanto a projeção para o ano que vem foi mantida em 0,50%. O número para 2022 está em linha com o previsto pela equipe econômica do governo, de 2,7%. Para 2023, no entanto, o Ministério da Economia está bem mais otimista, vendo um crescimento de 2,5%. O mercado também elevou a projeção para o déficit em transações correntes este ano e no próximo, ao prever um superávit comercial menor em 2022.
REUTERS
Monitor do PIB aponta alta de 0,6% em julho ante junho, diz FGV
Na comparação com julho de 2021, a atividade econômica teve expansão de 3,1%
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 0,6% em julho ante junho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com julho de 2021, a atividade econômica teve expansão de 3,1%. O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. “O crescimento do PIB em julho refletiu o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços. Nos serviços, as sete atividades contempladas pelo Monitor do PIB-FGV cresceram na comparação com junho. Pela ótica da demanda, à exceção da formação bruta de capital fixo, o desempenho também foi positivo nos seus demais componentes”, afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5% em julho ante junho. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma retração de 0,8% no período. A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 1,6% em julho ante junho, enquanto a importação avançou 3,4%. “Esses dados indicam que o desempenho da economia em julho foi explicado principalmente pelo consumo; padrão que tem sido observado ao longo do ano. Após cinco trimestres de crescimento, a formação bruta de capital fixo, que sinaliza a ampliação da capacidade produtiva da economia, retraiu-se em julho. A análise de um mês isolado não é suficiente para indicar tendência de desaceleração deste componente. No entanto, pode ser um alerta de enfraquecimento quando se considera que os juros estão em patamares elevados e isso tende a impactar negativamente a ampliação da capacidade produtiva da economia”, completou Trece. Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 5,483 trilhões de janeiro a julho de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 18,6% em julho de 2022.
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