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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 214 DE 15 DE SETEMBRO DE 2022

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 214 |15 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: escalas alongadas e oferta acima da demanda pressionam as cotações que caem no centro-oeste


O mercado brasileiro do boi gordo fechou a quarta-feira (15/9) com uma nova rodada de baixa nos preços da arroba, sobretudo nas praças do Centro-Oeste do País, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “As escalas alongadas das indústrias frigoríficas e a oferta de boiada gorda acima da demanda renovam a pressão de baixa no mercado físico”, relatam os analistas da IHS Markit. Segundo a consultoria, a chegada dos primeiros lotes oriundos do segundo giro de confinamento trouxe um certo desequilíbrio no quadro de oferta e demanda de animais para abate principalmente no Mato Grosso, responsável pelo maior rebanho de corte do País, e uma das regiões brasileiras com grandes estruturas voltadas à engorda dos animais em cocho. O problema é que, apesar do ritmo forte das exportações brasileiras de carne bovina nestas duas primeiras semanas de setembro, a demanda doméstica continua apática, refletindo o menor poder de compra da população brasileira. A IHS apontou quedas nos preços do boi gordo na maioria das regiões do Mato Grosso. Nas praças de Cáceres, Tangará da Serra e Barra do Garças, os preços recuaram de R$ 267/@ para R$ 265/@. Em Cuiabá, o macho terminado saiu de R$ 266/@ para R$ 263/@. Nas praças de Goiânia e Rio Verde/Sul, ambas em Goiás, o boi gordo recuou de R$ 270/@ para R$ 265/@, informa a IHS, acrescentando que alguns frigoríficos locais prologaram as suas escalas de abate para a primeira semana de outubro. Nas praças paulistas, as indústrias também operam com programações de abate confortáveis – em sua maioria, com setembro praticamente fechado, informa a Scot Consultoria. O boi gordo paulista segue cotado em R$ 290/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 270/@ e R$ 282/@ (preços brutos e a prazo), segundo os dados da Scot. Bovinos destinados ao mercado da China estão cotados em R$ 300/@ (base SP, preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 252/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: aumento de 0,79% para o animal vivo no Paraná

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,50/R$ 10,00 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (13), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,29%, chegando a R$ 6,94/kg. Foi registrado aumento de 0,79% no Paraná, alcançando R$ 6,36/kg, e de 0,16% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 6,37/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,96/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,31/kg).

Cepea/Esalq


China vai liberar 15.000 toneladas de carne suína das reservas em 17 de setembro

A China liberará 15.000 toneladas de carne suína congelada das reservas estatais em 17 de setembro, de acordo com um aviso divulgado na quarta-feira pelo centro de gerenciamento de reservas

O planejador estatal disse nesta semana que liberaria algumas reservas de carne suína para manter os preços estáveis ​​antes dos próximos feriados, quando a demanda pela carne básica do país normalmente aumenta.

REUTERS


FRANGOS


Frango: ave congelada ou resfriada em SP com alta de 0,25%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,26%, fechando em R$ 7,80/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,82/kg, da mesma maneira que no Paraná, que terminou o dia com R$ 5,36/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (13), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram alta de 0,25%, custando, respectivamente, R$ 8,12/kg e R$ 8,06/kg.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


Minerva Foods exporta lote de carne certificada Carbono Neutro aos Emirados Árabes Unidos

A partir de suas operações no Uruguai, Companhia realiza a segunda comercialização de produto com selo CO2 Neutral e certificado por auditorias independentes


A Minerva Foods anunciou novo embarque de produto certificado Carbono Neutro a partir de suas operações no Uruguai, com destino aos Emirados Árabes Unidos. Os cortes exportados são da marca Ana Paula Black Angus, uma linha premium certificada Angus. Para receber o selo CO2 Neutral, a produção passou pela mensuração de emissões com a compensação do excedente por meio de créditos de carbono, intermediada pela MyCarbon, subsidiária da Minerva Foods que atua no mercado de carbono. A contabilização incluiu as etapas da criação do produto, desde a produção na fazenda, até o transporte ao destino -- etapas correspondentes aos escopos 1 e 3 da Minerva Foods, já que a empresa é carbono neutro no escopo 2 desde 2020. A chancela foi concedida por organização independente com sistemas de certificação em mais de 100 países. Este é o segundo embarque de produto certificado Carbono Neutro realizado pela Companhia neste ano, reflexo de um plano de redução de emissões em suas unidades produtivas e fazendas parceiras. Os esforços são contínuos para que a empresa diminua cada vez mais o volume de gases de efeito estufa gerado durante o processo produtivo e que precisam ser compensados. Para isso, a Minerva Foods desenvolveu, em 2021, o Programa Renove, que além de engajar a cadeia na adoção de melhores práticas produtivas, apoia os produtores com orientações, visitas em campo e consultoria técnica para uma pecuária de baixas emissões. Por meio dele, a Minerva Foods coletou informações de fazendas fornecedoras no Uruguai, contabilizando dados sobre ocupação da área, atividades e sistemas de produção, raça de rebanho, taxa de estocagem, sistema de manejo, manutenção de pastagens, número médio de animais por idade, sexo e sistema de produção, consumo de combustível e eletricidade, uso de fertilizantes, entre outras informações relevantes para emissões e remoções de gases de efeito estufa na cadeia produtiva.

MINERVA FOODS


MEIO AMBIENTE


Restrições ambientais podem atingir 80% das exportações agrícolas do Brasil para Europa

Brasil exportou US$ 36,5 bilhões no total para a UE no ano passado, dos quais US$ 17,9 bilhões foram de produtos agropecuários

A proposta do Parlamento Europeu para proibir acesso ao seu mercado por commodities produzidas em zonas desmatadas corresponde a 80% das exportações do agronegócio brasileiro ou 40% do total das exportações para a União Europeia (UE), somando US$ 14,5 bilhões de vendas em 2021 para o bloco, segundo diferentes cálculos aos quais o Valor teve acesso. Por sua vez, o embaixador do Brasil junto à UE, Pedro Miguel da Costa e Silva, evitou citar cifras, mas destacou que a futura regulamentação europeia poderá ter impacto numa parte significativa das exportações agropecuárias brasileiras. Para ele, com seu plano, a UE pratica unilateralismo e viola as regras da OMC. Em sua proposta original, a Comissão Europeia tinha proposto proibir a entrada de carne bovina, café, soja, cacau, óleo de palma e madeira, incluindo produtos que contém ou foram fabricados a partir desses produtos, como couro, chocolate e móveis, se não tiverem o selo de “livres de desmatamento”. Nesta semana, o Parlamento Europeu dobrou a lista, propondo o embargo também para carnes de frango, suína, ovinos e caprinos, milho e borracha, além de carvão vegetal e produtos de papel impresso. Pela posição dos parlamentares, as commodities não devem ter sido produzidas em terras desmatadas após 31 de dezembro de 2019 — um ano antes do que a Comissão Europeia tinha proposto originalmente. O impacto sobre o Brasil dependerá de qual percentual será considerado ligado ao desmatamento, e “pode ser pouco, pode ser muito”, conforme uma fonte. Ou seja, não é que todos os produtos exportados pelo Brasil vão ser afetados automaticamente. Mas há um potencial de medidas restritivas ao comércio, com impacto sobre os embarques do país para o bloco europeu. Independentemente disso, a futura legislação europeia vai gerar novos custos e mais burocracia para os operadores do comércio bilateral. Será necessário provar que não houve desmatamento na cadeia produtiva. O Brasil exportou US$ 36,5 bilhões no total para a UE no ano passado, dos quais US$ 17,9 bilhões foram de produtos agropecuários. Conforme dados do Agrostat, do Ministério da Agricultura, somente as exportações de soja, uma das commodities mais visadas pelos ambientalistas, alcançaram US$ 7,84 bilhões para a EU, segundo maior mercado dessas vendas brasileiras, atrás da China. O total de café exportado no mesmo período foi de US$ 2,838 bilhões para a EU, o principal comprador (44,5% do total exportado). O bloco é o quinto mercado para as vendas brasileiras de carnes bovina e de frango. O texto aprovado no Parlamento Europeu, na segunda-feira, representa a posição dos deputados para evitar o desmatamento importado. Agora, haverá negociação entre o Parlamento, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu (reunindo os líderes dos 27 países membros) para alcançar o texto final. “O Brasil já deixou claro para a UE sua preocupação com essa proposta de legislação”, disse o embaixador Pedro Miguel. “A nossa preocupação é de que, dependendo de como aplicar os critérios e metodologia, a UE pode criar barreiras ao comércio e embargos a importações de determinados países.” A inquietação abrange quais os dados que a EU vai usar, a maneira como vai fiscalizar se há desmate ou não na cadeia produtiva, como vai levar em consideração manifestações de exportadores e importadores.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Agronegócio: produtores rurais e empresas do setor poderão participar de cadastro para buscar investimentos estrangeiros

Projetos de produtores rurais e de empresas do setor agropecuário nacional interessados em receber investimentos estrangeiros poderão, a partir de agora, cadastrarem-se no Portfólio de Investimentos no Agronegócio Brasileiro, no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)


A partir do cadastramento, os projetos ficarão disponíveis para consulta direta por potenciais investidores interessados no setor agropecuário brasileiro, consolidando joint ventures, fusões, aquisições, parcerias tecnológicas, investimentos em participação, dentre outras modalidades. O Ministério da Agricultura promoverá a divulgação do portfólio em países com potencial de investimento estrangeiro direto e reportará aos produtores e empresas sobre eventual interesse de investidores no projeto apresentado. A ideia da iniciativa é dar condições às empresas nacionais de ampliar a capacidade produtiva, modernizar instalações ou ainda implantar projetos de interesse do setor agropecuário a partir de investimentos externos, permitindo que as empresas/propriedades beneficiadas tenham aumento da capacidade de produção e competitividade e promoção do desenvolvimento regional local.

Como benefício indireto, a medida possibilita que a empresa acesse mercados no exterior e amplie a participação do país no comércio internacional de produtos agropecuários, seja do ponto de vista da produção, processamento ou comercialização. Os projetos cadastrados serão divulgados para as embaixadas e consulados, nos diversos eventos de promoção comercial em que o Mapa participa, tais como feiras agropecuárias internacionais, reuniões e seminários voltados para a atração de investimentos, e servirá ainda como importante ferramenta para a atuação dos adidos agrícolas brasileiros na identificação de potenciais investidores na cadeia do agronegócio. Ao cadastrar os projetos, os produtores e representantes deverão preencher dados básicos como: a área de atuação da empresa, a natureza do investimento pretendido e informar o interlocutor da empresa para contato. Os cadastrados poderão receber notificações sobre as missões internacionais, rodadas de investimentos e outros eventos organizados pelo Ministério da Agricultura.

OCEPAR/MAPA


Estados sulinos apontam novo aumento no custo de criação em agosto

Custo de produção do suíno vivo no decorrer de agosto mostraram novo aumento nos três Estados sulinos


Os dados divulgados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves em relação ao custo de produção do suíno vivo no decorrer de agosto mostraram novo aumento nos três estados sulinos. No Rio Grande do Sul o custo atingiu R$7,80, apresentando leve aumento de 0,5% no mês, enquanto o aumento atingiu 9,2% em doze meses. Nos primeiros oito meses do ano, o custo alcançou R$7,71, equivalendo a aumento de 11,5% sobre o mesmo período do ano passado. No Paraná o custo subiu para R$7,39, significando alta de 1,7% sobre julho último e de 2,8% em doze meses. No acumulado do ano, o custo médio atingiu R$7,33, apontando aumento de 6,1% sobre o mesmo período de 2021. Em Santa Catarina o custo ascendeu para R$7,64, equivalendo a alta de 1,2% no mês e de 7,3% em doze meses. No acumulado de janeiro a agosto o valor médio atingiu R$7,55, significando incremento de 8,3% sobre o mesmo período do ano passado.

AGROLINK


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 0,22%, a R$ 5,1787 na venda

O dólar fechou em leve queda frente ao real na quarta-feira, com investidores encontrando alento em dados de inflação ao produtor dos Estados Unidos em linha com o esperado, mas o movimento não chegou nem perto de compensar disparada vista na véspera em meio a temores sobre o atual ciclo de aperto monetário do banco central norte-americano


A moeda norte-americana à vista caiu 0,22%, a 5,1787 reais. Na B3, às 17:01 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a 5,2010 reais. Investidores encontraram algum alívio nesta quarta-feira em dados mostrando que o índice de preços ao produtor para a demanda final dos EUA caiu 0,1% no mês passado, em linha com as expectativas. Na véspera, uma leitura da inflação ao consumidor havia surpreendido para cima, desencadeando fuga internacional para ativos considerados seguros. Embora os números desta quarta-feira tenham poupado os operadores de outro susto com a inflação norte-americana, a queda do dólar nesta sessão mal faz frente à alta de 1,80% registrada na terça, a maior valorização percentual diária desde 2 de agosto (1,93%), a 5,1902 reais. "Indo para a reunião do Fed na semana que vem, será muito difícil para o mercado moderar (a percepção de) risco de uma aceleração (do ritmo de aperto monetário) do Fed", disse o Citi em relatório da quarta-feira. Os mercados passaram a dar como praticamente certo um aumento de juro de, pelo menos, 0,75 ponto percentual no encontro do Fed deste mês, nos dias 20 e 21, e embutindo pequenas chances de ajuste ainda mais agressivo, de 1 ponto percentual completo. O banco central dos EUA já subiu sua taxa básica em 2,25 pontos percentuais desde março deste ano. Quanto mais altos os juros em determinado país, mais atraente tende a ficar seu mercado de renda fixa, o que chama capital estrangeiro e beneficia a moeda local. O Brasil tem rendimentos atraentes, com a taxa Selic atualmente em 13,75%, mas os Estados Unidos, apesar de terem custos de empréstimo mais baixos, têm a vantagem de serem considerados destino muito seguro para investimentos. Até agora em setembro, o dólar acumula leve queda de 0,4% contra o real. Em 2022, a moeda norte-americana perde 7%, mas está mais de 12% acima da mínima para encerramento deste ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda pressionado por Vale

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, pressionado pelo declínio de Vale, além de um ambiente externo ainda fragilizado por preocupações sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos, que continuou minando Wall Street


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,39%, a 110.358,19 pontos, segundo dados preliminares, após trocar de sinal algumas vezes durante o pregão.

O volume financeiro somava 20,5 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre ações.

REUTERS


Fluxo cambial no Brasil ficou negativo em US$2,68 bi na semana passada, diz BC

O Brasil voltou a registrar saída líquida de moeda estrangeira pelo câmbio contratado na semana passada, que foi encurtada pelo feriado de 7 de setembro, com rombos tanto na conta comercial quanto nas operações financeiras, mostraram dados do Banco Central na quarta-feira


O fluxo cambial ficou deficitário em 2,68 bilhões de dólares entre 5 e 9 de agosto, após registrar entrada de 1,65 bilhão na semana anterior. Houve saída líquida de 955 milhões de dólares da conta comercial e rombo de 1,73 bilhão na conta financeira no período. No acumulado do mês de setembro até o dia 9, o fluxo cambial estava negativo em 2,259 bilhões de dólares, informou o banco central. No mesmo período de 2021, a conta estava positiva em 1,75 bilhão de dólares. No acumulado de 2022, o fluxo cambial ainda está positivo em 18,93 bilhões de dólares.

REUTERS


Vendas no varejo frustram expectativas e têm maior queda para julho em 4 anos

As vendas no varejo brasileiro recuaram em julho, na terceira queda seguida do comércio sobre o mês anterior, contrariando expectativa de crescimento com retração em sete das oito atividades pesquisadas, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira


As vendas caíram 0,8% sobre junho, em dado com ajuste sazonal, maior declínio para o mês desde 2018 (-0,9%). Na comparação com julho do ano passado, o varejo encolheu 5,2%. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,30% na comparação mensal e de queda de 3,50% sobre um ano antes. As quedas nas vendas na comparação com junho foram disseminadas, com destaque para tecidos, vestuários e calçados (-17,1%), móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e livros, jornais e papelaria (-2,0%). Apenas a atividade de combustíveis e lubrificantes (12,2%) mostrou crescimento, acompanhando a queda recente de preços nesse setor, que determinaram a deflação registrada em julho, refletindo a retração das cotações internacionais e a política de desoneração implementada pelo governo no ano eleitoral. Apesar da deflação de julho, o IPCA ainda acumulava no período alta de 10,07% em 12 meses, comprimindo o poder de compra das famílias, que têm enfrentado níveis recordes de endividamento mesmo com medidas adotadas pelo governo, como a antecipação do 13º salário e a liberação de saques do FGTS. Nos três meses até julho, as vendas no varejo acumularam queda de 2,7%. No ano, o volume de vendas tem alta de 0,4% e está atualmente apenas 0,5% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. O comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve queda de 0,7% no volume de vendas frente a junho e de 6,8% sobre julho do ano passado. O desempenho do varejo em julho contrasta com o de serviços, que avançou 1,1% no mês, bem mais do que o esperado por analistas, impulsionado pela demanda das empresas. "O que pode estar havendo é que alguns serviços deixaram de ser consumidos por conta da pandemia e agora, com a normalização, as pessoas podem estar consumindo mais serviços e menos bens", disse o gerente da pesquisa do varejo, Cristiano Santos. O Banco Central divulgará nesta semana seu índice de atividade para julho (IBC-Br), que dará uma visão mais abrangente do estado da economia naquele mês.

REUTERS


Retomada das agroindústrias ganha força

Em julho, índice calculado pelo FGV Agro subiu 0,3% em relação ao mês anterior e 1,6% em comparação com julho de 2021


O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) voltou a subir em julho, consolidando uma tendência de recuperação que deverá ser o tom ao longo de todo este segundo semestre. Na comparação com junho, o avanço foi de 0,3%, e na comparação com julho do ano passado, chegou a 1,6%. Com isso, realçaram os analistas do FGV Agro, no acumulado do ano, pela primeira vez, o indicador não foi menor que o de igual período de 2021. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Em relação a julho de 2021, a alta foi garantida pelo aumento de 5,7% no grupo de produtos alimentícios e bebidas, puxado pelas bebidas (12,7%). No segmento de produtos não-alimentícios, houve queda de 2,9%, com destaque para as retrações nas áreas de insumos (15,5%), borracha (7%) e têxteis (2,1%). No caso dos insumos, disse o FGV Agro, pesou a antecipação de produção e compras em virtude das preocupações geradas sobretudo pela guerra na Ucrânia; no dos têxteis, o impacto do aumento de custos e da redução de estoques nos meses anteriores, além de gargalos logísticos, influenciaram o resultado. “O resultado de julho abre espaço para que a agroindústria possa ampliar sua base de produção nos meses restantes de 2022, dinâmica que garantiria uma produção superior à observada ao longo de todo ano de 2021”, projetou o centro da FGV. Para isso, avaliaram os analistas, o setor deverá contar com a sustentação oferecida pelo Auxílio Brasil e com a redução de preços de itens importantes nos gastos dos domicílios, como combustíveis e energia elétrica. “Com os dados de julho e a perspectiva de melhora econômica no restante do ano, o FGV Agro mantém sua projeção de crescimento de 1,9% para a agroindústria em 2022 - 2,2% para produtos alimentícios e bebidas e 1,6% para produtos não-alimentícios”, concluíram.

VALOR ECONÔMICO


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