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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 208 DE 06 DE SETEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 208 |06 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: mercado abre a semana em ritmo de feriado e arroba estável

Segundo a IHS Markit, boa parte dos frigoríficos nacionais já possuem escalas de abate para até sexta-feira próxima (9/9). “Há relatos de indústrias com programações que avançam até o final da próxima semana”, observa a consultoria


Como é de praxe, as indústrias frigoríficas brasileiras permaneceram fora das compras de boiada gorda na segunda-feira (5/9), avaliando melhor os resultados das vendas de carne bovina durante o final de semana, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo apurou a Scot Consultoria, os preços do boi gordo ficaram estáveis nas praças do interior de São Paulo. “Com a semana mais curta, em função do feriado nacional de 7 de setembro, e as escalas de abate alongadas, a ponta compradora esteve fora das compras na manhã da segunda-feira”, informou a Scot. O preço do boi gordo paulista direcionado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) segue valendo R$ 288/@, enquanto a vaca e a novilha gorda são negociadas, respectivamente, por R$ 270/@ e R$ 282/@ (valores brutos e a prazo). O boi-China está cotado em R$ 300/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. No mercado atacadista da carne bovina, a sazonalidade do período – pagamento dos salários aos trabalhadores – deve indicar uma melhora na procura para reposição de cortes bovinos no curtíssimo prazo, prevê a IHS Markit. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Preços estáveis no mercado de suínos; animal vivo subiu 0,14% em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (2), houve recuo de 0,32% no Rio Grande do Sul, chegando em R$ 6,31/kg, e leve aumento de 0,14% em São Paulo, atingindo R$ 7,13/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,96/kg), Paraná (R$ 6,20/kg), e em Santa Catarina (R$ 6,21/kg).

Cepea/Esalq


Fiscais apreendem produtos de carne suína em voo que chegou da Rússia

País tem focos ativos de peste suína africana; itens estavam na bagagem de um passageiro que desembarcou no Rio de Janeiro

Fiscais agropecuários apreenderam no último fim de semana 5,6 quilos de salames, linguiças e outros derivados de carne suína que estavam na bagagem de um passageiro que desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em voo que partiu da Rússia. O país que tem focos ativos de peste suína africana. O Ministério da Agricultura reforçou a vigilância nos portos e aeroportos para impedir que a doença, erradicada na década de 1970, volte a entrar no país. A ocorrência de peste suína africana no Brasil pode gerar um prejuízo de US$ 5,5 bilhões à suinocultura local já no primeiro ano, segundo cálculos da Embrapa.

VALOR ECONÔMICO


FRANGOS


Frango congelado ou resfriado em SP sobem 0,13%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 7,30/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, da mesma forma que no Paraná, fixado em R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira), tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram leve alta de 0,13%, custando, respectivamente, em R$ 7,92/kg e R$ 7,90/kg.

Cepea/Esalq


ABPA: Exportações de carne de frango crescem 15,3% em agosto

Média anual de exportações supera 400 mil toneladas


Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram em agosto 437,8 mil toneladas, volume que supera em 15,3% o total exportado no mesmo mês de 2021, com 379,8 mil toneladas. A receita obtida pelas exportações no oitavo mês de 2022 alcançou US$ 922,1 milhões, número que é recorde histórico nas exportações do setor e que supera em 36,1% o total realizado em 2021, com US$ 677,3 milhões. No acumulado do ano (janeiro a agosto), as exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 3,266 milhões de toneladas, volume 7,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 3,048milhões de toneladas. Em receita, a alta das exportações chega a 33,7%, com US$ 6,542 bilhões em 2022, contra US$ 4,893 bilhões nos oito primeiros meses de 2021. “O quadro global está altamente demandante por proteínas do Brasil, com especial efeito nas exportações de carne de frango, o que tem pressionado os preços internacionais dos produtos em todo o mundo. Neste contexto, com quadro sanitário sensível em diversos mercados, o Brasil tem colhido frutos por se manter livre de Influenza Aviária, prevendo embarques recordes em 2022, próximo de 5 milhões de toneladas nos doze meses do ano. Isto, sem deixar de suprir o mercado brasileiro”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA. Entre os principais destinos das exportações de carne de frango entre janeiro e agosto, destaque para os Emirados Árabes Unidos, com 319 mil toneladas (+45%), Japão, com 277,6 mil toneladas (+2%), Filipinas, com 165 mil toneladas (+47%), União Europeia, com 163,2 mil toneladas (+29%) e Coreia do Sul, com 124,3 mil toneladas (+63%). "Os mercados asiáticos vêm incrementando sua participação nas exportações de carne de frango brasileira. Países como Filipinas e Coreia do Sul, por exemplo, ampliaram suas importações em volumes significativamente superiores às médias históricas, juntando-se a outros importantes e históricos parceiros comerciais do Brasil na região como o Japão e a China na lista dos principais importadores", analisa o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua

ABPA


EMPRESAS


Rotulagem de alimentos: novas regras entram em vigor nas próximas semanas

A partir de outubro de 2022 o consumidor brasileiro irá se deparar com uma nova rotulagem na parte frontal das embalagens de alimentos. É quando entram em vigor a RDC 429/2020 e a IN 75/2020, ambas publicadas em 2020, mas que somente neste ano começam a valer em todo o país


De acordo com a Visanco, consultoria técnica em assuntos regulatórios, as novas normas de rotulagem vão exigir das empresas um planejamento estratégico para lidar com as diferentes mudanças dentro do prazo estabelecido para a adequação. "Esse é o momento de avaliar as fórmulas, verificar se a rotulagem nutricional frontal é aplicável e definir o posicionamento em relação à necessidade ou não de reformulação de produtos", informou a empresa em nota divulgada na sexta-feira (02). Uma das mudanças previstas nas legislações é o novo modelo de rotulagem nutricional frontal aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece a inserção de selo frontal com um símbolo de lupa informando sobre o alto teor de açúcares adicionados (maior ou igual a 15 g), sódio (maior ou igual a 600 mg) e gorduras saturadas (maior ou igual a 6g) – valores de referência por nutriente (a cada 100 g). Mesmo depois de outubro, ainda vai ser possível encontrar no mercado produtos sem a nova rotulagem nutricional. Isso porque alimentos que já se encontram no mercado têm mais 12 meses para se adequarem. Além disso, produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade. O Brasil não estabelece obrigatoriedade de declaração de alto teor de calorias, nem das gorduras trans na parte frontal das embalagens, como em outros países. Mas, por outro lado, é o único país da América Latina que atrelou as informações do rótulo frontal com as normas de rotulagem nutricional. Alguns países como Uruguai, Chile, Colômbia, Peru, México e, recentemente, Argentina, também adotaram a rotulagem frontal.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Nova lei regulamenta teletrabalho e altera regras do auxílio alimentação

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a Lei 14.442/22, que regulamenta o teletrabalho e altera regras do auxílio-alimentação. Publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (05/09), a norma decorre da Medida Provisória (MP) 1108/22, aprovada pelo Congresso nacional com alterações


Na Câmara, a MP foi relatada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). A nova norma define teletrabalho (ou trabalho remoto) como a prestação de serviços fora das dependências da firma, de maneira preponderante ou híbrida, que não pode ser caracterizada como trabalho externo. A prestação de serviços nessa modalidade deverá constar expressamente do contrato de trabalho. Em relação ao auxílio-alimentação (conhecido também como vale-refeição), a lei determina que seja destinado exclusivamente aos pagamentos em restaurantes e similares ou de gêneros alimentícios comprados no comércio. O empregador está agora proibido de receber descontos na contratação do fornecedor dos tíquetes. Bolsonaro vetou a possibilidade de restituição, em dinheiro, do saldo do auxílio-alimentação que não tenha sido utilizado pelo trabalhador ao final de 60 dias. Segundo o despacho presidencial, a medida contraria o interesse público, já que afronta as regras vigentes no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Foi vetado ainda outro trecho da proposta aprovada pela Câmara dos Deputados e mantida pelo Senado, que tornava obrigatório o repasse às centrais sindicais de eventuais saldos residuais das contribuições sindicais. O Ministério da Economia alegou que isso contraria leis fiscais e representa potencial despesa para a União. Os dois vetos ainda serão analisados pelo Congresso, em data a definir. Para que um veto seja derrubado, é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), computados separadamente.

OCEPAR


Paraná lança prêmio para queijos produzidos no Estado

Promovido e realizado entidades do setor, iniciativa é voltada ao desenvolvimento, valorização e divulgação da qualidade dos lácteos paranaenses


Segundo maior produtor brasileiro de leite, o Paraná terá a maior premiação de derivados lácteos do Brasil: o Prêmio Queijos do Paraná. Lançado na quarta-feira (31), no Mercado Municipal de Curitiba, em um evento de degustação a autoridades e convidados, o concurso tem o objetivo de divulgar a qualidade e valorizar os derivados produzidos no Estado. Idealizado e promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sindileite-PR e Sistema FAEP/SENAR-PR, o prêmio é voltado tanto a queijeiros artesanais quanto à indústria. Outras 28 entidades apoiam a iniciativa. Além de avaliar e condecorar os queijos, o prêmio também contempla uma série de ações voltadas ao desenvolvimento do setor, como a qualificação de produtores de leite, de produtores artesanais de queijo e de indústrias lácteas. A iniciativa também vai contar com eventos promocionais, oficinas e minicursos direcionados ao público consumidor e a empórios e lojas especializadas em queijos. O prêmio faz jus à importância do setor leiteiro estadual: há produção de leite em todos os 399 municípios do Paraná. O Estado é o segundo maior produtor de leite do país, com 12 milhões de litros/dia, dos quais 5 milhões de litros são destinados à fabricação de queijos. É um derivado que, além de ter valor nutricional, permite agregar valor à matéria prima, fortalecendo o setor e gerando empregos e renda. O Prêmio Queijos do Paraná será realizado em 19 categorias: 12 voltadas a variedades produzidas a partir de leite de vaca; duas, de leite de cabra; duas de leite de ovelha; duas, de leite de búfala; e uma categoria para criações (como queijos aromatizados ou condimentados). Um dos pré-requisitos é que os queijos participantes – tanto os artesanais, quanto os industriais – tenham sido produzidos no Paraná. O diferencial do prêmio é que os queijos não concorrem diretamente uns com os outros. Eles serão avaliados por uma banca especializada e receberão pontos de 0 a 20, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Os produtos que obtiveram 18 pontos ou mais serão condecorados com a medalha de ouro. Para receber medalha de prata, é preciso fazer pelo menos 16 pontos. Quem fizer 14 pontos, fica com o bronze.

FAEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 0,64%, a R$5,1533 na venda

O dólar fechou em queda frente ao real pelo segundo pregão consecutivo na segunda-feira, refletindo alta no preço de commodities importantes e alguma trégua no mercado de câmbio internacional, em dia de liquidez reduzida por feriado nos Estados Unidos


A moeda norte-americana à vista recuou 0,64%, a 5,1533 reais na venda, menor patamar para encerramento desde terça-feira da semana passada (5,1120 reais). Na B3, às 17:01 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,30%, a 5,1890 reais.

Reuters


Ibovespa sobe e recupera 112 mil pontos com apoio de Vale

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, em sessão de volume de negócios reduzido por causa do feriado nos Estados Unidos, com Vale entre os principais suportes na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na Ásia


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,21%, a 112.203,35 pontos, de acordo com dados preliminares. No melhor momento do dia, chegou a 112.671,39 pontos. O volume financeiro somou 19,2 bilhões de reais, de uma média diária de 31,19 bilhões de reais em setembro e de 28,97 bilhões de reais em 2022. "O Ibovespa hoje se descolou do cenário internacional de cautela e subiu, influenciado principalmente pela forte alta da Vale", disse o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos. Nos EUA, o Dia do Trabalho manteve as bolsas fechadas. Nos pregões europeus, a queda prevaleceu por causa de preocupações com a crise energética, depois que a Rússia parou de fornecer gás ao continente através do gasoduto Nord Stream 1. Análise gráfica da equipe da Ágora Investimentos sugere que, além dos 112.500 pontos, o Ibovespa precisaria também vencer a linha dos 114.300 pontos para retomar o viés positivo no curto prazo, conforme relatório a clientes. A partir desta sessão, o Ibovespa passou a ter nova composição, com a entrada das ações de Arezzo, Raízen e São Martinho e saída dos papéis de JHSF, totalizando 92 ativos de 89 empresas.

Reuters


Crescimento de serviços do Brasil tem moderação em agosto

O crescimento da atividade de serviços no Brasil mostrou moderação em agosto, mas ainda assim as expectativas dos negócios atingiram máxima em quase nove anos, de acordo com pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), apontando ainda arrefecimento das pressões inflacionárias


A S&P Global informou na segunda-feira que seu PMI de serviços do Brasil caiu a 53,9 em agosto, de 55,8 em julho, 15º mês seguido acima da marca de 50 que separa expansão de contração. No entanto, a taxa foi a mais fraca desde o início de 2022. Uma demanda mais contida por uma série de serviços levou à desaceleração, embora o setor ainda tenha registrado em agosto aumento de vendas, produção e contratação. "Algumas empresas (observaram) uma demanda mais fraca dos clientes por seus serviços, em parte causada pela incerteza diante das eleições", explicou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence. O aumento dos novos negócios foi o mais fraco desde janeiro. Enquanto algumas empresas relataram resiliência da demanda, marketing eficaz e melhoria das condições em outros setores econômicos, outras citaram queda na demanda dos consumidores em meio à incerteza diante das eleições. Os participantes da pesquisa voltaram a relatar custos mais elevados de alimentos, insumos, mão de obra e serviços públicos, mas a redução dos impostos sobre combustíveis restringiu a inflação de insumos, que recuou para os níveis mais baixos em 22 meses. Isso favoreceu a oferta de descontos, e o índice de preços de bens finais subiu ao ritmo mais lento em seis meses, segundo a S&P Global. Por sua vez, as expectativas melhoraram consideravelmente ao longo do mês, atingindo o nível mais alto em quase nove anos. Investimentos, campanhas comerciais e prognósticos de condições econômicas mais estáveis sustentaram previsões otimistas. Além disso, "prognósticos de que as preocupações políticas irão diminuir após a eleição presidencial de outubro levaram as empresas de serviços a avaliar essa desaceleração como temporária", completou De Lima.

No entanto, com agosto também marcado pela perda de força na indústria, o PMI Composto do Brasil caiu a 53,2 de 55,3 em julho, mostrando que a atividade empresarial registrou o ritmo de alta mais lento desde o início do ano.

Reuters


Analistas veem Selic mais alta em 2023, mostra Focus

Analistas econômicos elevaram ligeiramente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e no próximo, de acordo com a primeira pesquisa Focus do Banco Central divulgada após números do IBGE terem mostrado que a economia brasileira cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre do ano


A sondagem, feita pelo BC com cerca de 100 instituições, também revelou um aumento da expectativa para o patamar da Selic no ano que vem, ao mesmo tempo que as estimativas para a inflação sofreram pequeno recuo. Os analistas esperam que o PIB cresça 2,26% este ano e 0,47% em 2023, um aumento ante a mediana das projeções da semana anterior, de 2,10% e 0,37%, respectivamente. No segundo trimestre, o PIB teve alta de 1,2% na comparação com os três meses anteriores, após crescimento de 1,1% entre janeiro e março. O resultado, divulgado na última quinta-feira, ficou acima da expectativa em pesquisa de Reuters de um ganho de 0,9% e mostrou aceleração do crescimento desde o recuo de 0,3% visto no segundo trimestre de 2021. A nova pesquisa Focus apontou uma redução da mediana das projeções para o IPCA de 2022 para 6,61%, de 6,70% antes. Para o ano que vem, a expectativa para a inflação ao consumidor recuou para 5,27%, de 5,30%. A Petrobras anunciou na quinta-feira mais uma redução nos preços da gasolina vendida a distribuidoras, de 7%, no quarto corte consecutivo desde meados de julho, confirmando indicação dada pelo presidente Jair Bolsonaro na véspera, há um mês das eleições, sobre "boa notícia" aos consumidores. A projeção para a taxa básica de juros no final deste ano foi mantida em 13,75%, que é o patamar em vigor hoje, mas para 2022 a mediana das expectativas passou para 11,25%, de 11% antes.

Reuters


Número de famílias endividadas no Brasil atinge nível recorde de 79%, em meio à inflação e alta dos juros

Taxas de juros aumentaram e, em agosto, 29,6% das famílias brasileiras tinham contas com pagamento em atraso, também recorde na pesquisa, iniciada em 2010


O número de brasileiros endividados atingiu novo recorde em agosto, subindo a 79% do total de famílias do País, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na segunda-feira, 5. Na retomada da crise econômica causada pela covid-19, o aumento do endividamento ajudou a impulsionar o consumo das famílias. Mas, em meio à inflação elevada, as finanças saíram do controle. As taxas de juros aumentaram e, em agosto, 29,6% das famílias brasileiras tinham contas com pagamento em atraso, também recorde na pesquisa, iniciada em 2010. “Principalmente depois dos dados do último PIB, sabemos que o crédito tem sido uma via relevante pra dar suporte ao consumo, tanto que o endividamento vem crescendo desde o ano passado”, disse Ízis Janote Ferreira, economista da CNC. Mas ela lembra que, como as famílias já estão com nível de endividamento alto, isso pode comprometer a capacidade de consumo, principalmente, no ano que vem. “Chega uma hora que esgota.” Isso porque o aumento do endividamento, em si, não é um problema. Num ciclo virtuoso de emprego e renda, o crescimento poderia significar mais consumo, especialmente dos bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, cujas vendas são, tradicionalmente, parceladas pelos consumidores. O preocupante, no cenário atual, é que o mercado de trabalho tem até gerado empregos, mas com salários menores, especialmente quando descontada a inflação elevada, e as vendas de bens duráveis não têm crescido. Segundo Ferreira, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) tem dado sinais, nos últimos meses, de que o aumento do endividamento tem sido utilizado para despesas correntes do dia a dia. Um desses sinais é a redução dos prazos. Em agosto de 2021, os consumidores entrevistados na Peic apontaram um prazo médio do comprometimento com endividamento de 7,3 meses. No mês passado, essa média ficou em 6,8 meses. Segundo Ferreira, a comparação dos dados do Banco Central (BC) sobre concessões de crédito no sistema bancário mostra crescimento maior nas modalidades de curto prazo do que nas de longo. “Não é crédito pessoal ou para comprar bem. É crédito de prazo curto, no cartão e no carnê de loja, para suportar o consumo de itens mais básicos, não duráveis, do orçamento do dia a dia. Não é para trocar de carro nem para comprar eletrodoméstico”, afirmou Ferreira. Além disso, parte do aumento do endividamento, segundo a economista da CNC, tem a ver com a normalização do consumo dos serviços após o pior da pandemia ter ficado, de vez, para trás. Isso ocorreu apenas nos orçamentos das famílias mais ricas, que, geralmente, gastam mais com serviços, como bares, restaurantes e turismo. Depois de dois anos sem poder consumir normalmente esses serviços, as famílias mais ricas retomaram com força esses gastos no segundo trimestre - e ao pagar as contas no cartão de crédito, aumentaram o endividamento, pela ótica da pesquisa da CNC. Daqui para a frente, o impulso ao consumo de curto prazo dado pelo crédito tenderá a perder força. Até agora, “os juros mais altos não parecem estar limitando esse endividamento”, disse Ferreira, mas as próximas dívidas ficarão mais caras.

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