Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 206 |02 de setembro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Setembro inicia com queda no preço do “boi-China” em São Paulo
Animais destinados ao mercado chinês – abatidos mais jovens, com até 30 meses de idade – tiveram queda de R$ 5/@ no mercado paulista, chegando a R$ 300/@; boi gordo "comum" segue valendo R$ 288/@ na mesma praça
No dia 1º de setembro, os bovinos destinados ao mercado chinês – abatidos mais jovens, com até 30 meses de idade – tiveram queda de R$ 5/@ no mercado de São Paulo, na comparação com os preços verificados em 31 de agosto, destacou o boletim diário da Scot Consultoria. O valor do chamado boi-China caiu para R$ 300/@, preço bruto, no prazo. No fechamento do dia anterior, a cotação do boi gordo “comum”, sem prêmio-exportação e direcionado ao mercado interno, havia recuado os mesmos R$ 5/@, chegando a R$ 288/@ (valor bruto e prazo), conforme os dados da Scot. Na quinta-feira, tanto o valor do animal macho “comum”, como as cotações da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis, considerando a variação diária, negociados a R$ R$ 288/@, R$ 270/@ e R$ 282/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Na avaliação da IHS Markit, durante os últimos dias, o mercado brasileiro do boi gordo operou com baixa liquidez, refletindo um panorama de forte queda de braço entre compradores e vendedores de gado gordo. “Tal conjuntura deve se perpetuar durante os primeiros dias de setembro, já que as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros ainda se encontram minimamente confortáveis”, prevê a IHS Markit. No entanto, pondera a IHS, o esperado movimento de alta nas cotações do boi gordo pode ser limitado, já que, a partir da próxima virada de mês (setembro/outubro), começa a chegar ao mercado uma maior quantidade de lotes de animais terminados durante segundo giro de confinamento. O problema maior para os pecuaristas, observa a IHS, é que a oferta ao mercado de novos lotes de animais terminados no cocho poderá ocorrer justamente num período de escalas ainda minimamente confortáveis para os frigoríficos, fator que pode ocasionar uma nova pressão de baixa nos preços da arroba – repetindo um movimento parecido ao observado em agosto/22. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).
PORTAL DBO
Em agosto volume exportado de carne bovina in natura é recorde com 203,2 mil toneladas
A receita com as exportações foi a maior da série histórica com 1,246 bilhão de dólares
Segundo a Secretária Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, o embarque de carne bovina in natura no mês de agosto registrou recorde com 203,2 mil toneladas em 23 dias úteis. No comparativo anual, o volume exportado teve um crescimento de 11,89% com relação a agosto/21, com 181,6 mil toneladas em 22 dias úteis. No comparativo mensal, o crescimento foi de 21,53%, já que o mês de julho encerrou com volume exportado de 167,2 mil toneladas. A média diária movimentada ficou em 8,8 mil toneladas, elevação de 7%, frente a agosto do ano anterior, com 8,2 mil toneladas. Para o analista de mercado da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, o maior volume exportado da série histórica se deve à China. “Geralmente, os compradores chineses costumam comprar mais volumes durante esse período do ano para formar estoques para o feriado do Ano Novo Lunar”, comentou. Além dos chineses, outros países têm comprado em boas quantidades a carne brasileira, como é o caso dos Estados Unidos e Egito. “Atualmente, o Brasil é o país que tem o produto mais competitivo no cenário externo em função do câmbio”, informou. Os preços médios ficaram em US$ 6,132 mil por tonelada, alta de 8% frente a agosto de 2021, com US$ 5,679 mil por tonelada. O analista de mercado da consultoria Agrifatto, Yago Travagini, informou que a receita foi impactada pelo volume embarcado, mas que os preços médios estão registrando quedas consecutivas por dois meses. "O que observamos é que de junho até o momento, os preços médios tiveram um recuo de 10% e devemos isso ao câmbio já que a moeda chinesa está no menor patamar desde agosto de 2020. Com isso, os chineses têm buscado negociar mais os preços para a tonelada da carne bovina", explicou. O valor das exportações em agosto ficou em US$ 1,246 bilhão, contra US$ 1,031 bilhão em agosto do ano passado. A média diária ficou em US$ 54,1 milhões com alta de 15,6%, frente a agosto de 2021, com US$ 46,8 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Suínos: poucas alterações nos preços
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (31), houve leve alta de 0,14% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,96/kg, e ligeira queda de 0,14% em São Paulo, atingindo R$ 7,14/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,18/kg), no Rio Grande do Sul (R$ 6,35/kg), e em Santa Catarina (R$ 6,25/kg). Na quinta-feira (1º de setembro), as bolsas de suínos para comercializar os animais no mercado independente mostraram diferenças entre as principais praças, entre queda, estabilidade ou até falta de acordo entre produtores e frigoríficos.
Cepea/Esalq
Exportação de carne suína supera agosto/21 e julho/22
Expansão de vendas para outros países asiáticos, ainda que a China represente a maior fatia do mercado, tem feito a diferença
Conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura em agosto (23 dias úteis) mostraram uma verdadeira virada na comparação com os resultados obtidos no início de 2022, em agosto do ano passado e em julho deste ano. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, ainda que a China seja o principal comprador da proteína brasileira, há uma melhor inserção em países como Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã, que estão comprando volumes interessantes. "Temos um mercado em que o Brasil está conseguindo se recuperar, começamos com um resultado desafiador no começo do ano, e está sendo uma virada boa para o setor. Com o excesso de oferta aqui, há essa necessidade de expandir o mercado", disse. A receita de agosto, US$ 253, 8 milhões cresceu 29,7% sobre o montante obtido em agosto de 2021, com US$ 195,6 milhões. No volume embarcado, 106.373 toneladas ele é 30,6% maior do que o registrado em agosto do ano passado, 81.417 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 11 milhões valor 24,1% maior do que agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve avanço de 13,4%. Em toneladas por média diária, 4.624 toneladas, houve crescimento de 25% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, alta de 11,8%. No preço pago por tonelada, US$ 2.386, ele é 0,7% inferior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 1,4%.
AGÊNCIA SAFRAS
Suinocultura independente: início de setembro com preços com possibilidade de melhora
Na próxima semana ocorre a entrada da massa salarial, mas diferença entre preço do animal e custos de produção ainda preocupam
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 25/08/2022 a 31/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apresentou queda 5,60%, fechando a semana em R$6,32/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,27/kg vivo", informou o Lapesui. O preço em São Paulo ficou estável R$ 7,46/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, na semana passada havia acordo de R$ 7,00/kg, mas nesta semana a Bolsa de Suínos ficou em aberto, com valor sugerido de 7,30/kg vivo, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo recuou, saindo de R$ 6,94/kg vivo para R$ 6,72/kg vivo. "Se a gente analisar, estamos andando em círculos. No dia 4 de agosto saímos de R$ 6,76/kg vivo, dia 11 de agosto R$ 6,94/kg vivo, manteve no dia 18, no dia 25 baixou para R$ 6,72/kg vivo e agora R$ 6,65/kg vivo”, explicou Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS.
AGROLINK
FRANGOS
Preço do frango resfriado cai 1,13% no mercado de São Paulo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, enquanto o frango no atacado teve leve alta de 0,69%, custando R$ 7,25/kg.
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,45/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (31), a ave congelada cedeu 0,50%, chegando em R$ 7,91/kg, enquanto a resfriada baixou 1,13%, fechando em R$ 1,13/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de Carne de frango in natura e processada em agosto podem chegar a 420 mil toneladas, 2º maior embarque da história
Pelos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até o final de agosto (23 dias úteis) podem chegar ao nível de segundo melhor resultado da história, se somar o volume de carne de frango industrializada
O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, disse que as exportações de carne de frango têm sido "fenomenais", e que "nunca se vendeu tanto como em 2022". Ele cita a combinação dos casos de influenza aviária no hemisfério norte e a guerra entre Rússia e Ucrânia como pontos de vantagem para o Brasil, e ressalta que, se somar o resultado obtido com as vendas externas da proteína in natura com a industrializada, deve-se chegar a 420 mil toneladas, podendo ser o segundo maior embarque da história brasileira. Segundo a Secex, a receita de US$ 830,7 milhões cresceu 34,7% sobre o montante obtido em agosto de 2021, que foi de US$ 616,7 milhões. No volume embarcado, as 398.599 toneladas, ele é 13,6% maior do que registrado em agosto do ano passado, com 350.839 toneladas. Em comparação ao mês anterior, os 830.765,977 arrecadados com as exportações de carne de frango são 0,9% abaixo do que o registrado em julho, US$ 838.416,179. Sobre o volume, as 398.599,197 toneladas embarcadas em agosto tiveram alta de 5,7% em vista do que o que foi computado em julho, montante de 377.103,328. A receita por média diária até o final do mês foi de US$ 36,1 milhões, valor 28,9% maior que o registrado agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, ligeiro avanço de 1,6%. As toneladas embarcadas por média diária, 17.330 toneladas, houve crescimento de 8,7% no comparativo com o mesmo mês de 2021. No preço pago por tonelada, US$ 2.084, ele é 18,6% superior ao praticado em agosto do ano passado.
AGÊNCIA SAFRAS
CARNES
Estudo do BC aponta perspectivas favoráveis para a pecuária brasileira
Exportação e recuperação do mercado doméstico tendem a estimular o segmento
As perspectivas para a produção pecuária nacional seguem positivas, segundo avaliação do Banco Central (BC) publicada em estudo na quinta-feira. De acordo com a autoridade monetária, o desempenho do segmento nos próximos meses deve ser puxado pelo comportamento esperado nas exportações e pela retomada gradual do mercado doméstico, "beneficiado por atividade econômica mais robusta". o A pesquisa apresentou resultados da pecuária de corte em 2021 e no primeiro semestre de 2022, a partir da evolução de abates, vendas externas, custos dos principais insumos e preços. O documento lembrou que as exportações de carne bovina no primeiro semestre de 2022 cresceram 56,9% em valor e 23,7% em quantidade, na comparação com igual período de 2021, após recuo de 4,3% em volume no ano anterior. Em relação aos cortes suínos, o valor dos embarques diminuiu 17,7% e o volume, 9,7%, respectivamente, na mesma base de comparação, "repercutindo o recuo das compras chinesas, após altas significativas em 2020 e 2021". Já as vendas externas de frango cresceram 35,4% em valor e 7,5% em quantidade, em relação ao mesmo período de 2021. "Na pecuária bovina, houve aumento dos abates no segundo trimestre, período de deterioração das pastagens, resultando em diminuição de preços, que ainda se mantiveram em patamar elevado. No restante do ano, a permanência de valores elevados no mercado futuro para o boi gordo e o comportamento dos preços dos animais de reposição tendem a manter a rentabilidade dos produtores", destacou o BC. Sobre a carne suína, a alta dos estoques pressionou os preços. "A rentabilidade dos produtores também foi negativamente impactada pelo aumento nos preços dos insumos, especialmente milho e farelo de soja, agravado pela baixa disponibilidade interna e alta procura", ressaltou. A autoridade monetária frisou que a competitividade da carne suína subiu no mercado doméstico em virtude do seu preço, que permanece abaixo das demais carnes desde janeiro de 2021. "No segundo trimestre, os preços médios do suíno apresentaram leve recuperação, paralelamente à menor oferta de animais gordos e algum aquecimento na demanda pela proteína", afirmou o BC. "Após queda no final do ano passado e em janeiro deste ano, os preços da carne de frango avançaram entre fevereiro e março, impulsionados pelo ajuste na oferta e pelo aumento na demanda externa – casos de gripe aviária em importantes produtores, como EUA e países da Europa –, o que permitiu algum repasse da elevação dos custos de produção", completou.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
COPACOL: Diretoria apresenta resultados e novos desafios
Desenvolver o campo vai muito além de uma estratégia financeira: envolve a participação de todos em decisões importantes dos negócios, levando em conta sempre o progresso das atividades e a qualidade de vida das famílias. Para este ano, o faturamento estimado é de R$ 9 bilhões
“É um momento muito importante para mostrarmos para qual caminho estamos seguindo. Estamos sempre em busca do que é melhor ao nosso cooperado e esse encontro possibilita maior entendimento de todos das decisões. E o mais importante: realizamos tudo isso dando segurança ao nosso cooperado”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol. Foram 16 encontros em comunidades do oeste e do sudoeste paranaense, demonstrando como a cooperativa vai crescer e qual a importância de cada um neste processo de fortalecimento do agronegócio: a expressiva participação dos cooperados e cooperadas comprova o comprometimento das famílias em buscar melhores resultados e por consequência gerar qualidade de vida no campo e na cidade. Para este ano, o faturamento estimado é de R$ 9 bilhões: recurso que impacta de maneira direta na economia paranaense. A meta é crescimento contínuo em cada uma das atividades, expandindo os benefícios no campo e os empregos nas cidades. Ano passado o volume de impostos ultrapassou os R$ 291 milhões – recurso que chega ao poder público para investimento em infraestrutura, saneamento e educação. Nos últimos anos, a Copacol realizou ações de grande impacto que preparam a empresa para chegar mais longe. Passo importante foi a construção do Centro de Distribuição, com capacidade de armazenagem de 15,5 mil toneladas: movimentação diária de 70 carretas, 1,9 mil toneladas – investimento de R$ 140 milhões. Além dos atuais negócios em constante inovação, como o Copacol Supermercados, Lojas Agro, a Bovimais e a Ruminix, a Cooperativa trouxe ao mercado a Impacta Sementes: eficiência a campo, com qualidade certificada. Trabalho que começa no CPA, Centro de Pesquisa Agrícola, palco de grandes eventos, como o Copacol Agro, que dissemina o conhecimento e aproxima a tecnologia do produtor. O mais recente investimento é a expansão de unidades no Sudoeste, com aplicação de R$ 100 milhões – as obras já estão em andamento. Na agricultura, a meta é chegar a 30 milhões de sacas até 2026. Em Avicultura, o processamento diário tende a atingir 740 mil aves/dia nas duas Unidades Industriais no mesmo período. Na Piscicultura, as Unidades Industriais de Toledo e Nova Aurora chegará à capacidade máxima: processamento de 230 mil tilápias/dia. Com relação a suinocultura, para atender a Frimesa, até 2026 a Copacol terá uma produção de 65 mil cabeças/mês. Em leite, a produtividade alcançada deve chegar a 31 litros de leite por vaca/dia.
Imprensa Copacol
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em alta e supera R$ 5,25 na maior cotação da sessão
O dólar engatou a terceira alta consecutiva nesta quinta-feira, chegando a superar 5,25 reais durante o pregão, nos maiores níveis em um mês, impulsionado pela escalada da moeda no exterior a novos picos em 20 anos, movimento que não deu chance a um breve alívio mais cedo patrocinado pelo PIB brasileiro mais forte
O dólar à vista fechou em alta de 0,73%, a 5,2386 reais na venda, maior valor desde 3 de agosto (5,2781 reais). Em três dias, a cotação acumulou ganho de 4,09%, o mais forte para o período desde 14 de junho (4,42%). Lá fora, os ganhos do dólar eram generalizados. O índice da moeda frente a uma cesta de rivais de países ricos saltava 0,75% no fim da tarde, para os maiores níveis em 20 anos. O dólar também subia de forma ampla diante de divisas emergentes. Novos lockdowns na China e mais dados nos EUA sugerindo espaço para o banco central norte-americano seguir elevando os juros deram o argumento de que operadores precisavam para correrem para o dólar. "Caso os dados de atividade e emprego (nos EUA) continuem surpreendendo de maneira positiva, provavelmente o mercado precificará um nível de juros mais elevado, o que continuará impulsionando o dólar. Neste contexto, o dado de emprego a ser divulgado amanhã ganha mais importância para a trajetória do dólar no curto e médio prazo", disse Gabriel Cunha, especialista de mercados internacionais do C6 Bank. O governo dos EUA divulga números gerais de emprego na sexta-feira. A expectativa é de criação líquida de 300 mil vagas, abaixo dos 528 mil postos abertos em julho. O rali do dólar do meio da manhã até o fechamento veio depois de um curto momento de queda da moeda, logo após a divulgação de dados melhores da economia brasileira no segundo trimestre, com instituições financeiras já revisando para cima suas projeções para o PIB.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com apoio de Petrobras
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, após dados mostrando que a economia brasileira cresceu no segundo trimestre, e também com apoio da Petrobras apesar da queda do petróleo no exterior
Índice de referência da bolsa brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 110.405,3 pontos, encerrando na máxima da sessão. O volume financeiro da sessão alcançou 28,4 bilhões de reais. No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 1,2% na comparação sequencial, após avanço de 1,1% entre janeiro e março, no quarto trimestre seguido de taxas positivas. Após os dados, várias instituições financeiras melhoraram suas estimativas para o PIB em 2022, entre elas o Bank of America, que agora projeta crescimento de 3,25%. "A melhora das condições econômicas do Brasil estabelecidas pelo cenário de recuo da inflação, atividade econômica aquecida e valuation atrativo favorece os ativos de risco", acrescentou. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,3%, mas distante do pior momento. Na mínima, o Ibovespa chegou a cair 1,19%. No exterior, preocupações com o ritmo da atividade econômica global continuaram minando o sentimento de agentes financeiros, principalmente após dados divergentes sobre a atividade fabril de Estados Unidos, China e Europa. O foco agora está voltado para dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira, que tendem a mexer com as apostas para as próximas decisões de juros do Federal Reserve. A B3 também divulgou pela manhã a última prévia do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira, mantendo a inclusão das ações de Arezzo, Raízen e São Martinho e saída dos papéis de JHSF.
REUTERS
IPC-S desacelera queda para 0,57% em agosto, diz FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a queda a 0,57% em agosto, depois de cair 1,19% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira.
Com isso, o índice passou a acumular avanço de 6,62% nos 12 meses até agosto, de uma alta de 8% em julho. Os dados da FGV mostram que, no mês, o grupo Educação, Leitura e Recreação passo a subir 0,46%, deixando para trás a queda acentuada de 4,06% vista em julho. Nessa classe de despesa, o item de destaque foi a passagem aérea, que subiu 2,07% em agosto. O grupo Transportes registrou desaceleração da baixa a 3,56% no mês passado, de 4,81% antes. De forma semelhante, os preços de Habitação moderaram sua queda para 0,09% em agosto, contra recuo de 0,70% em julho. A FGV destacou arrefecimento dos recuos dos itens gasolina e tarifa de eletricidade residencial no período. Por outro lado, houve alívio no grupo Alimentação em agosto, uma vez que desacelerou sua alta para 0,07%, de 1,34% no mês anterior.
REUTERS
PIB cresce 1,2% no segundo trimestre, acima da expectativa do mercado
Aumento do consumo puxou tanto os serviços, que representa cerca de 70% da economia, como a indústria; analistas esperavam alta de 0,9%
Com a onda de contágios por causa da variante Ômicron do novo coronavírus, em janeiro, ainda mais para trás, os brasileiros puderam voltar a frequentar cada vez mais bares e restaurantes, hotéis, cinemas e salões de beleza, impulsionando o crescimento econômico do segundo trimestre. Puxado pelo setor de serviços, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todo o valor gerado na economia) avançou 1,2% na comparação com o primeiro trimestre, informou na quinta-feira, 1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento veio acima do 0,9% estimado por analistas em pesquisa do Estadão/Broadcast e foi generalizado: o setor de serviços apresentou alta de 1,3%; a indústria, de 2,2%; e agropecuária, de 0,5%, voltando a crescer após a queda verificada no início do ano, por causa da quebra da safra de soja. A força da “normalização” das atividades do setor de serviços, que já havia puxado a economia nos três primeiros meses do ano, garantiu um desempenho melhor do que o esperado na primeira metade de 2022. Antes mesmo da divulgação dos dados do PIB do segundo trimestre, economistas já esperavam um crescimento econômico em torno de 2% neste ano fechado, bem acima das projeções de variação perto de zero, consenso em janeiro. “A demanda reprimida da pandemia e a geração maior de empregos foram os principais fatores para o crescimento (no segundo trimestre). Ele está mais associado a uma melhora estrutural da economia do que a uma melhora cíclica por impulsos do governo”, afirma a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitoria. A demanda ficou “reprimida” porque as famílias passaram dois anos sem poder frequentar normalmente bares e restaurantes e demais serviços que dependem de contato pessoal. Neste ano, os consumidores retomaram esses gastos com força. Com isso, pela ótica da demanda do PIB, o consumo das famílias – cerca de metade dele é direcionado para os serviços – avançou 2,6% ante o primeiro trimestre, enquanto a formação bruta de capital fixo (FBCF, a conta dos investimentos no PIB) avançou 4,8%. Com o crescimento, o consumo das famílias atingiu no segundo trimestre o maior nível da série histórica do PIB, iniciada em 1996, mostram os dados do IBGE. Embora seja positivo, o recorde, que anteriormente fora registrado no quarto trimestre de 2014, aponta para uma economia estagnada num período de oito anos. O PIB agregado ainda está 0,3% abaixo do nível máximo, registrado no primeiro trimestre de 2014. Para Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e coordenadora do Boletim Macro Ibre, a alta do consumo pode ser classificada como um “mini-boom”. A economista lembrou que, desde meados do ano passado, analistas vinham ressaltando que o fim da pandemia poderia provocar tal impulso, pois as famílias, especialmente as de maior renda, seriam liberadas para gastar parte relevante de seus rendimentos em serviços, como sempre costumavam fazer. Os três fatores – a normalização das atividades, a geração de empregos e as medidas do governo – venceram dois obstáculos ao crescimento da demanda doméstica, a inflação elevada e a elevação dos juros para esfriar o ritmo da economia e, dessa forma, combater a pressão de preços. O IBGE ressaltou ainda que o crédito cresceu, apesar das taxas mais altas. O saldo das operações para pessoas físicas saltou 25,6%, em termos nominais, na comparação com o segundo trimestre de 2021, informou o IBGE. Segundo Matos, do Ibre/FGV, não é que a forte alta na taxa básica de juros empreendida pelo Banco Central (BC) – a Selic passou de 3,5% ao ano, no segundo trimestre de 2021, para 12,75% ao ano, em igual período deste ano – não tenha surtido efeito. Só que os três fatores falaram mais alto do que os juros elevados na dinâmica da demanda doméstica, pelo menos até o segundo trimestre. “Isso prejudica o consumo das famílias, baixando a renda, aumentando o preço dos produtos e com juros mais altos nos empréstimos, mas, além da melhora no mercado de trabalho e do aumento do crédito, também temos recursos que foram liberados pelo governo a partir de abril”, afirma Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Para a segunda metade do ano, economistas seguem esperando que esses obstáculos ganhem protagonismo, levando a uma desaceleração no ritmo do crescimento. A dúvida é sobre a intensidade da freada. “A avaliação geral ainda é de desaceleração, depois de um primeiro semestre muito robusto. A discussão tem a ver com o grau dessa desaceleração. No nosso cenário, existe esse arrefecimento gradual”, diz Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos.
O Estado de São Paulo
PIB per capita deve crescer 1,3% e voltar aos níveis de 2019
Indicador ainda está abaixo de 2013, antes da recessão, e voltará a cair no ano que vem, estima FGV Ibre
O crescimento maior da economia no segundo trimestre deve ajudar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita a recuperar o patamar pré-pandemia ainda no fim de 2022, estima a pesquisadora sênior da Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e coordenadora do Boletim Macro Ibre, Silvia Matos. O alívio, no entanto, deve ter fôlego curto, já que o ano de 2023 será de queda do PIB, o que significará que o ano encerrará com PIB per capita novamente abaixo de 2019. Pelas contas de Silvia, o PIB per capita deve fechar 2022 com crescimento de 1,3% em relação a 2021, a R$ 41.210, considerando preços de 2021. Com isso, ficará 0,3% acima do patamar que estava em 2019. O cálculo considera alta de 2% do PIB este ano e crescimento de 0,7% da população. Para 2023, ela estima recuo de 0,4% do PIB brasileiro, o que significa que o PIB per capita voltará a ficar abaixo de 2019 (-0,8%). Para além da dificuldade recente, os números mostram que o PIB per capita ainda está distante do observado em 2013, antes da queda no triênio 2014/2015/2016 provocada pela recessão da economia brasileira naquele momento. E, pelas projeções até 2024, ainda não terá recuperado este patamar. Confirmado o cenário do FGV Ibre, encerraria 2024 ainda 6% abaixo de 2013. Ao fim de 2022, o PIB per capita ficará 6,5% abaixo de 2013. “O que se vê é um vaivém de PIB, acelera e depois perde. O crescimento do PIB per capita acaba não se sustentando no ano que vem”, afirma. A expansão de 1,2% do PIB no segundo trimestre motivou a revisão da projeção do indicador, que é a base para a projeção do PIB per capita, de 1,7% para 2% em 2022. A estimativa é que o PIB per capita tenha crescido 1,02% no segundo trimestre de 2022, segundo ela. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não calcula o PIB per capita trimestral, só anual. O PIB per capita é calculado a partir da divisão de uma economia pelo tamanho da sua população. A ideia seria relacionar o crescimento de um país com a riqueza de seus habitantes e servir como referência para padrão de vida da população, só que tem limitações, especialmente em países com desigualdade elevada, como o Brasil. Isso porque o número representa uma média e não contempla os extremos de renda de um país. Assim, o indicador acaba funcionando principalmente para comparações entre países. Uma das preocupações da economista em relação ao PIB e, por consequência, ao PIB per capita é o fato de que o crescimento do trimestre foi puxado pela retomada dos serviços presenciais e acompanhado por alta da inflação. “A retomada dos serviços presenciais não é um fenômeno recorrente. Esse efeito não continua. E o crescimento do PIB no segundo trimestre veio acompanhado por inflação. Apesar das notícias de deflação no curto prazo, a batalha inflacionária ainda é grande e vai continuar”, diz. “O PIB tem surpresas positivas, mas com conta salgada junto. No momento, o endividamento das famílias chama atenção, as empresas de varejo aumentando provisões... Há muitos sinais de que teremos consequências. Uma parte da população aproveita o momento do fim da pandemia, mas outra sente o custo mais alto. A renda não cresce, a inflação corrói o custo de vida, especialmente de alimentos. A inflação é mais devastadora para os mais pobres”, diz a economista. Ela defende que o “PIB bom” do segundo trimestre esconde uma situação “dramática” de desigualdade entre as famílias brasileiras. Enquanto umas aproveitam o alívio do momento de uma situação mais tranquila da pandemia, com retomada dos serviços presenciais, outras enfrentam as dificuldades do emprego e do peso da inflação, argumenta.
VALOR ECONÔMICO
Balança comercial registra saldo positivo de US$ 4,2 bilhões em agosto
Saldo acumulado no ano é de US$ 44,054 bilhões, queda de 15,2% na comparação anual. Em relação a agosto de 2021, a queda foi de 48%
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial (ou seja, as exportações superaram as importações) de US$ 4,165 bilhões em agosto de 2022. De acordo com dados divulgados na quinta-feira, 1, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 30,84 bilhões e importações de US$ 26,675 bilhões. O resultado divulgado na quinta-feira representa queda do saldo na comparação com o mês de julho, quando o superávit foi de US$ 5,4 bilhões. Além disso, o saldo de agosto de 2022 representa queda de 45% na comparação nominal com o mesmo mês de 2021, quando o superávit da balança foi de US$ 7,7 bilhões. A média diária das exportações em agosto registrou aumento de 8,4%, com alta de 38,4% em agropecuária, crescimento de 24,8% em Indústria da transformação e queda de 30,2% em produtos da indústria extrativa. Já as importações subiram 30,5%, com alta de 30% em agropecuária, crescimento de 45,4% em indústria extrativa e expansão de 29,9% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária. No ano, o saldo é positivo em US$ 44,054 bilhões, queda de 15,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit somou US$ 52 bilhões. Pela média diária, a queda foi de 15,8%. Segundo o Ministério da Economia, nos oito primeiros meses deste ano, as exportações somaram US$ 225,1 bilhões, e as importações totalizaram US$ 181 bilhões. O governo estima que a balança comercial vai fechar o ano com um saldo positivo de US$ 81,5 bilhões.
O Estado de São Paulo
PIB da Agropecuária cai 2,5% no 2º trimestre e 5,5% em 12 meses
De acordo com o IBGE, perdas em safras importantes como soja e arroz influenciaram o resultado. Em comparação com o primeiro trimestre do ano, setor registrou crescimento de 0,5%
O PIB da Agropecuária brasileira teve uma retração de 2,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, na quinta-feira (1/9) o relatório do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao período de abril a junho. Nesta comparação, o agro foi o único setor que teve queda no 2º trimestre. Segundo o IBGE, o resultado é explicado pelo desempenho negativo de culturas importantes no período. Soja e arroz, por exemplo, tiveram redução nas estimativas de produtividade e colheita. Milho, café e pecuária bovina tiveram resultado positivo, mas não evitaram a queda no desempenho geral. "Se olharmos o semestre, a agropecuária está com uma queda de mais de 5% no valor adicionado, muito por conta da queda estimada de produção de 12% da soja, nossa principal cultura, que sofreu com problemas climáticos no centro-sul na época do desenvolvimento da cultura, explica Rebeca Palis, Coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a agropecuária seguiu a tendência dos demais setores da economia e teve resultado positivo, embora o crescimento, de apenas 0,5%, tenha sido menor que indústria e serviços. No acumulado de 12 meses encerrados em junho, a agropecuária caiu 5,5% em comparação com o período imediatamente anterior. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, a retração da agropecuária não impediu um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto do Brasil. O destaque foi a expansão do setor de serviços, de 4,5%, seguido pela indústria, com expansão de 1,9%.
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