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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 205 DE 01 DE SETEMBRO DE 2022

  • prcarne
  • 1 de set. de 2022
  • 14 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 205 |01 de setembro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: novos recuos no valor da arroba

O último dia de agosto foi marcado por novos recuos nas cotações da arroba no mercado físico do boi gordo, informaram na quarta-feira (31/8) as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro


As quedas mais acentuadas foram observadas nas praças do interior de São Paulo, segundo os dados apurados pela Scot Consultoria. Na comparação com terça-feira (30/8), houve baixa de R$ 5/@ no preço do boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) negociado no mercado paulista, que agora está valendo R$ 288/@ (preço bruto e a prazo). A cotação da vaca gorda paulista registrou baixa diária de R$ 4/@, ficando em R$ 270/@, enquanto o preço da novilha teve recuo de R$ 3/@ neste 31 de agosto, chegando a R$ 270/@ (valores brutos, no prazo). Ao longo do mês, o macho terminado que atende o mercado interno acumulou queda de R$ 20/@ no Estado de São Paulo, ressaltou a Scot. Os bovinos com destino ao mercado da China encerraram agosto valendo em torno de R$ 305/@ em São Paulo, R$ 15/@ abaixo do preço registrado no início do mesmo mês, de R$ 305/@. A IHS Markit informou que, na quarta-feira, muitos frigoríficos brasileiros permaneceram fora das operações de compra de boiada gorda. Os poucos negócios concretizados envolveram animais terminados no cocho. “No fim de agosto, observou-se o ingresso ao mercado de animais provindos do segundo giro de confinamento”, relataram os analistas da IHS Markit. Na avaliação da consultoria, em regiões onde os lotes de animais terminados no cocho começam a ser ofertados, os preços da arroba devem renovar as pressões de baixa no curto prazo. As programações de abate das indústrias brasileiras rondam entre 7 e 9 dias e não devem sofrer alterações significativas, sobretudo durante a primeira quinzena de setembro, prevê a IHS. Na quarta-feira, a IHS Markit registrou recuo nos preços do boi gordo em três praças monitoradas pela consultoria, reflexo do desequilíbrio entre demanda das indústrias e a oferta de boiada gorda. Em Goiás, por exemplo, os preços do macho terminado negociados nas praças de Rio Verde e Goiânia recuaram de R$ 275/@ para R$ 260/@. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo);TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista);

MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).

PORTAL DBO


Carne bovina: preço da arroba em agosto tem recuo de 9,21% em Mato Grosso no comparativo anual

O mercado físico do boi registrou queda em agosto, mas a B3 apontou recuperação no mercado futuro a partir de setembro em MT


Em agosto, o mercado físico do boi gordo mostrou-se adverso ante ao mesmo período do ano passado, visto que na ocasião a arroba registrou incrementos e fechou na média de R$ 300,80. Já para este ano a negociação ficou em R$ 273,10/@ no mês, recuo de 9,21% no comparativo anual. Apesar disso, o mercado futuro aponta para valorizações no indicador e, contrário aos anos anteriores, em que o pico das cotações ocorrem em outubro, neste ano os contratos com vencimento para novembro e dezembro são os que apresentaram maiores incrementos, justificados pela expectativa de melhora no consumo da carne bovina no mercado interno devido às festividades anuais, copa do mundo e eleições brasileiras. Além disso, espera-se também um escoamento externo mais aquecido para a China e países no Oriente Médio, como sazonalmente ocorre neste período.

Imea


SUÍNOS


Queda para o preço do suíno vivo em São Paulo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (30), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,35/kg. Houve recuo de 4,63% no Paraná, atingindo R$ 6,18/kg, baixa de 3,07% em Minas Gerais, descendo para R$ 6,95/kg, retração de 2,50% em Santa Catarina, caindo para R$ 6,25/kg, e de 1,65% em São Paulo, fechando em R$ 7,15/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Mercado do frango com preços estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 7,20/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,45/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (30), tanto a ave congelada quanto a resfriada recuaram 0,13%, valendo R$ 7,95/kg e R$ 7,98/kg, respectivamente.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


Rui Mendonça assume cargo de CEO da Operação América do Sul da Marfrig

A Marfrig anunciou na terça-feira (30) a eleição de Rui Mendonça como novo CEO de sua Operação América do Sul, que compreende os mercados de Brasil, Argentina, Uruguai e Chile


Mendonça substitui Miguel Gularte, que após pouco mais de quatro anos à frente da operação assume, em 1º de outubro, a presidência executiva da BRF, empresa controlada pela Marfrig. Engenheiro-mecânico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pós-graduação em Gestão de Agronegócios, Mendonça tem uma carreira de mais de 40 anos no setor de carne bovina. Trabalhou no Brasil e no exterior em empresas multinacionais e, em 2007, passou a fazer parte dos quadros executivos da Marfrig. Nesse período, comandou a unidade de Hulha Negra (RS)/Pampeano e liderou as áreas industrial, de logística e frigoríficos da Marfrig Brasil. Em 2017, assumiu o cargo de diretor de industrializados da Marfrig América do Sul. Entre 2018 e 2022, a participação do negócio de industrializados na receita total da Marfrig América do Sul passou de 5% para 15%. A partir de agora, Mendonça tem a missão de dar continuidade ao trabalho desenvolvido, nos últimos quatro anos, por Miguel Gularte, com foco no aumento da produtividade e na excelência da operação. No segundo trimestre de 2022, a Operação América do Sul registrou uma receita líquida de R$ 7,1 bilhões, com crescimento anual de 41,6% – foi o maior avanço da história desta operação em um trimestre. A margem Ebitda foi de 9,5%, aumento de 594 bps em relação à alcançada no mesmo período de 2021. A Marfrig é hoje a empresa com o maior número de plantas habilitadas para a exportação ao mercado chinês: 13, no total. “O avanço da Marfrig é uma conquista compartilhada com cada colaborador, em cada uma das nossas unidades de produção”, disse Mendonça em nota. “Assim como foi feito até agora, vou trabalhar muito próximo às unidades e às suas comunidades para que, juntos, façamos da Marfrig uma empresa cada vez mais eficiente, respeitada e admirada por todos aqueles com os quais nos relacionamos.”

Rui Mendonça é gaúcho e tem 63 anos.

CARNETEC


MEIO AMBIENTE


Varejo terá protocolo unificado para identificar origem de carne da Amazônia

Imaflora e Abras trabalharam em parceria para definir lista de ações


Varejistas poderão a partir de agora seguir um protocolo padronizado, de adesão voluntária, para verificar se a carne que compram dos frigoríficos oriunda da Amazônia está relacionada a irregularidades, como desmatamento e trabalho escravo. O Protocolo de Monitoramento dos Fornecedores de Carne do Varejo foi construído pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O documento foi elaborado para padronizar as ações das empresas varejistas, que até então tinham protocolos próprios distintos um do outro. Segundo Lisandro Inakake de Souza, Coordenador de Cadeias Agropecuárias do Imaflora, a falta de unificação dos processos entre as empresas era um dos maiores desafios para a compreensão da cadeia, pois impedia uma análise comparativa de desempenho e gerava uma “confusão de informações”. O protocolo propõe às varejistas três níveis de exigência com relação aos seus fornecedores de carne, do essencial ao mais exigente. No nível essencial, a empresa do varejo deve apenas solicitar ao frigorífico a apresentação periódica de informações de rastreabilidade das propriedades rurais que compõem os lotes de carne. Em um nível intermediário, o varejista recebe informações a partir de cada nota fiscal emitida pelo frigorífico e faz um monitoramento próprio das informações de rastreabilidade do lote de carne, seguindo os critérios do Protocolo de Monitoramento dos Fornecedores de Gado da Amazônia (PMFGA). Em um nível mais exigente, o varejista realiza uma auditoria de segunda parte, própria ou contratada, para confirmar se o sistema de monitoramento está sendo efetivo na identificação das irregularidades. O protocolo foi elaborado após dois anos de discussões com os varejistas Assaí, BIG, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar e com os frigoríficos JBS, Marfrig e Minerva, além de consultas às organizações WWF-Brasil e National Wildlife Federation (NWF). O plano é que o protocolo seja adotado por todo o setor varejista, com apoio da Abras a empresas pequenas e médias. O Imaflora já elaborou protocolos de conduta voltados aos frigoríficos, como o de monitoramento dos fornecedores da Amazônia e o protocolo de Auditoria dos Compromissos da Pecuária na Amazônia. A Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH), o Carrefour Brasil e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também elaboraram recentemente um Protocolo de Produção Sustentável de Bezerro para rastrear animais desde o nascimento. Faltava uma iniciativa que oferecesse orientações aos varejistas. Em abril, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Instituto O Mundo Que Queremos lançaram o Radar Verde, com objetivo de alcançar o consumidor final. O radar vai compilar anualmente informações tanto sobre frigoríficos como sobre varejistas a respeito dos esforços para que a carne não seja oriunda de desmatamento da Amazônia.

VALOR ECONÔMICO


INTERNACIONAL


Argentina aumentará exportações de carne bovina para 34,5 mil toneladas mensais

O governo argentino comunicará em breve que o país poderá exportar cerca de 34.500 toneladas por mês a partir de 1o de setembro, contra a média de 30.000 toneladas autorizadas desde o início do ano


Segundo informações do Ministério da Agricultura, os técnicos da Mesa de Enlace conseguiram aumentar a quota de exportação de carne bovina em 15%, após reunião com os seus pares do Ministério, na semana passada. De acordo com a Bolsa de Valores de Rosário (BCR), as exportações de carne bovina fecharam o primeiro semestre com volume recorde e receita cambial, que saltou 39,4%, para US$ 1,750 bilhão.

Agência CMA Latam


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Senado aprova empréstimo de US$ 130 milhões do BIRD ao Paraná

Paraná recebeu aval para contrair empréstimo do BIRD


O plenário do Senado aprovou, na noite da última terça-feira (30) autorização para que o Governo do Paraná contrate empréstimo de US$ 130 milhões (R$ 676 milhões na atual cotação) junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), para o financiamento do Programa Paraná Eficiente. O projeto Paraná Eficiente prevê a transformação digital com a meta de melhorar a eficiência e eficácia de serviços de saúde, gestão ambiental e administração pública. Uma das estratégias para o uso dos recursos é aumentar a oferta de serviços digitais para a população, com integrações e melhorias dos sistemas. A análise técnica comprovou a boa situação financeira do Estado do Paraná e as garantias concedidas, que comportam a contratação da operação de crédito de US$ 130 milhões com o BIRD. O Estado do Paraná não possui pendências com a União relativamente aos financiamentos e refinanciamentos dela recebidos e a operação a ser realizada encontra-se de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com as resoluções do Senado Federal.

GAZETA DO POVO


Governo atualiza redução estimada na conta de luz com base em novo cálculo do ICMS

O Ministério de Minas e Energia (MME) atualizou na quarta-feira (31) a estimativa de redução esperada na conta de luz com base no novo cálculo do ICMS. A Lei Complementar nº 194/2022 reduziu as alíquotas do ICMS sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicações e transportes. Segundo a pasta, a redução da conta de luz tem sido, em média, de 6,8%


“E pode diminuir mais 6,5%, em média, quando os estados regulamentarem a base de cálculo do ICMS”, disse o ministério, em nota. “Espírito Santo e Minas Gerais, por exemplo, já tomaram medidas para dar eficácia à nova base de cálculo do ICMS, reforçando o objetivo almejado pela lei federal. Nesses estados, a redução adicional da conta de luz pode chegar, em média, em 6,5%”, completou o MME. Apesar disso, alguns estados ainda mantêm a cobrança do ICMS sobre a base que contém os serviços de transmissão, de distribuição e de encargos setoriais nas operações com energia elétrica. “A cada mês que passa, os consumidores desses estados estão deixando de perceber os benefícios da totalidade das medidas tributárias”, disse o ministério. O MME divulgou a nova tabela com a estimativa de redução da conta de luz com a nova base de cálculo, seguindo a LCP 194/2022.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar salta acima de R$5,20 e fecha agosto em alta com exterior arisco e aumento de volatilidade

O dólar tornou a mostrar forte alta pela segunda sessão consecutiva na quarta-feira, encerrando agosto acima de 5,20 reais e mais do que apagando a queda acumulada no mês até a véspera, em meio a nova debacle nos preços das commodities


O real sofreu adicionalmente com percepção de saída de recursos relacionada ao pagamento de dividendos da Vale e da Petrobras a investidores de posse de ADRs, com bancos contratados remetendo os valores a clientes externos. A volatilidade ganhou ainda mais estímulo pela formação da Ptax de fim de mês. No fechamento das operações no mercado à vista, o dólar saltou 1,74%, a 5,2007 reais na venda. O ganho percentual é o mais intenso desde 2 de agosto (1,93%) e o patamar de encerramento é o mais alto desde o último dia 4 (5,2228 reais). Em dois dias, o dólar subiu 3,33%, maior alta percentual para esse intervalo desde 13 de junho (3,97%). Com a forte valorização, a divisa não apenas apagou a perda de 1,17% vista no acumulado do mês até a véspera como concluiu agosto em alta de 0,54%. No ano, reduziu a queda para 6,69%. O minério de ferro --um dos principais produtos exportados pelo Brasil-- negociado em Dalian (China) voltou a cair na quarta-feira e marcou sua terceira queda mensal consecutiva. E o petróleo fechou o pregão com baixas entre 2,3% e 2,4%. "No curto prazo (até fim do ano), talvez o cenário seja mais negativo para o câmbio (dólar para cima)", disse Dan Kawa, sócio e responsável pela área de gestão da TAG Investimentos. "Estamos vendo um ciclo de queda das commodities, é ruim para o Brasil. Temos eleição à frente, a visibilidade é baixa, a eleição tende a ser acirrada. E o mundo está em situação de bastante fragilidade", afirmou o profissional. Daniel Tatsumi, gestor de moedas da ACE Capital, disse estar comprado em dólar (vendo alta da moeda) contra real e outras divisas, citando a política monetária dos EUA, inflação global, instabilidade nos preços das matérias-primas e problemas econômicos na China --principal destino das exportações brasileiras. "O real está à deriva. Os movimentos lá fora estão mais fortes", disse, apontando que os temas externos por ora devem continuar se sobressaindo. Setembro será o mês anterior às aguardadas eleições presidenciais no Brasil. O dólar teve desempenho misto nesse mês nos últimos anos eleitorais: 2018 (-0,87%), 2014 (+9,33%), 2010 (-3,89%), 2006 (+1,21%) e 2002 (+24,75%).

REUTERS


Ibovespa fecha em baixa com bancos, mas avançou em agosto

O Ibovespa fechou em baixa na quarta-feira, com a queda de papéis de bancos ofuscando o desempenho das ações da Petrobras


A sessão também foi marcada por realização de lucros conforme agosto terminou com o segundo maior ganho mensal do ano. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,46%, a 109.922,47 pontos, de acordo com dados preliminares. No mês, subiu 6,55%.

REUTERS


Setor público consolidado tem superávit de R$20,440 bi em julho

O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 20,440 bilhões de reais em julho, informou o Banco Central na quarta-feira. A dívida bruta do país ficou em 77,6% do PIB em julho, ao passo que a dívida líquida foi a 57,3%.

REUTERS


Desemprego no Brasil cai a 9,1% no tri até julho; renda sobe e informalidade é recorde

O Brasil registrou recorde no número de pessoas ocupadas e a taxa de desemprego caiu no trimestre encerrado em julho para o menor patamar desde o final de 2015, de 9,1%, ao mesmo tempo que a informalidade e a renda real dos trabalhadores voltou a subir


A leitura foi divulgada na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos três meses imediatamente anteriores, até abril, o desemprego no Brasil estava em 10,5%, e encerrou o segundo trimestre em 9,3%. No trimestre até julho de 2021 ela era de 13,7%. A taxa de desemprego brasileira voltou a ficar em apenas um dígito depois de ter chegado perto de 15% com as medidas de restrição contra a Covid-19. O mercado de trabalho vem se recuperando, mas ainda é marcado por uma informalidade recorde. "É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, disse a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy. Nos três meses até julho, eram 98,666 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Houve aumento de 2,2% em relação ao trimestre até abril e de 8,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Já o número de desempregados teve forte queda de 12,9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a 9,882 milhões de pessoas. Sobre o trimestre até julho de 2021 houve queda de 31,4%. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiram um total de 35,801 milhões, enquanto os que não tinham carteira eram 13,075 milhões nos três meses até julho, também recorde para a série histórica. Segundo o IBGE, duas atividades influenciaram mais a queda do desemprego em julho, embora nenhum grupo tenha apresentado perda de ocupação. Em “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho em comparação com o trimestre anterior, enquanto o setor de “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, registrou aumento de 648 mil pessoas. No período, a renda média real habitual dos trabalhadores subiu a 2.693 reais, de 2,618 reais no trimestre até abril, mas ainda abaixo dos 2,773 reais vistos no mesmo período de 2021, em meio à alta da inflação. “A última vez que houve crescimento significativo (da renda) foi há exatos 2 anos, no trimestre encerrado em julho de 2020”, disse Beringuy.

REUTERS


BNDES suspende nove linhas de crédito do Plano Safra 2022/23

Decisão inclui novos empréstimos de programas como Pronamp e Moderfrota


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu os protocolos de pedidos de novos financiamentos de operações de crédito rural em nove linhas do Plano Safra 2022/23, entre elas o Moderfrota, o PCA e o Pronamp. Segundo aviso enviado às instituições financeiras credenciadas na terça-feira, a suspensão é motivada pelo "nível de comprometimento dos recursos disponíveis" nesses programas. Foram suspensos o Programa de Crédito Agropecuário Empresarial de Investimento, a linha de investimento da Faixa I do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com juros pré-fixados de 5% ao ano e a linha de financiamento do Pronaf destinada à aquisição isolada de matrizes, reprodutores, animais de serviço, sêmen, óvulos e embriões. Também estão fechadas as linhas de custeio e de investimento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), diversas modalidades do Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+), o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Diferentemente de outros anos, o BNDES não é o único operador dos recursos equalizados nas linhas de investimentos da safra 2022/23. Mesmo com protocolo fechado no banco de fomento, ainda pode haver recursos com subvenção para esses programas em outras instituições financeiras. Caixa e Banco do Brasil, por exemplo, também receberam limites equalizáveis para operar nas linhas do PCA, suspensas agora no BNDES. No Investimento Empresarial, Sicoob e Sicredi também foram contemplados com saldos pelo Tesouro Nacional em julho. A Caixa também recebeu limite no início do Plano Safra, mas os recursos foram zerados para remanejamento a outros programas neste mês. A linha para aquisição de matrizes do Pronaf pode ser acessada no BB, Caixa e Sicredi. O Banco do Brasil também opera as linhas de ABC+, Inovagro, Pronamp e Moderfrota - esta última é operada ainda por Banrisul, Cresol e Sicredi. Em julho, o BNDES já havia suspendido pedidos de financiamentos em seis linhas, como investimento empresarial, ABC+, PCA (na linha com juros de 8,5% ao ano), Proirriga, Prodecoop e Procap-Agro Giro. Depois do remanejamento de recursos feito em 15 de agosto, os programas foram reabertos.

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