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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 202 DE 29 DE AGOSTO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 201 |29 de agosto de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: semana terminou com ritmo fraco nas negociações

No mercado físico do boi gordo, a semana foi de novas quedas nos preços da arroba em algumas das principais praças pecuárias do Brasil


Na avaliação da IHS Markit, a retomada do movimento de alta nos preços do boi gordo depende sobretudo de uma recuperação na demanda doméstica pela carne bovina. “A despeito do desempenho positivo das exportações brasileiras, o atual consumo interno de carne bovina não possui fôlego suficiente para absorver a produção excedente de carne bovina”, observa a IHS Markit. “Importante ressaltar que o atual cenário de escalas de abate confortáveis, movimento atípico para o período, foi resultado de parcerias envolvendo animais provenientes de sistemas de confinamento”, diz a zootecnista Thayná Drugowick, analista da Scot Consultoria. Na sexta-feira, 26 de agosto, a Scot Consultoria detectou queda de R$ 3/@ na cotação da novilha gorda nas praças de São Paulo, para R$ 285/@ (preços brutos e a prazo). Nas mesmas regiões paulistas, o boi gordo fechou a semana com preço estável, a R$ 293/@, o mesmo comportamento registrado para a cotação da vaca gorda, mantida em R$ 274/@ (valores brutos, no prazo), de acordo com a Scot. O boi-China está sendo negociado por R$ 305/@ no Estado de São Paulo. Especificamente na sexta-feira, a IHS registrou novos recuos no preço do boi gordo na Bahia, saindo de R$ 275/@ para R$ 270/@. Segundo apuração realizada pela Scot Consultoria, ao longo de agosto (até 26/8), considerando a média das 32 praças pecuárias monitoradas pela empresa, o preço médio do boi gordo “comum” (sem premiação, direcionado ao mercado interno) recuou 3% ou R$ 8/@. Nas praças do interior de São Paulo, o tombo na cotação do macho terminado foi maior: queda de R$ 15/@ no acumulado de agosto, atingindo 293/@, valor bruto, no prazo, informa a Scot. Ainda nesta sexta-feira, foi reportado que indústrias no Paraná já apontam primeiros sinais de dificuldade em originar animais no mercado aberto. “As liquidações realizadas ao longo do mês já enxugaram parte do rebanho paranaense, e este movimento pode ser constatado pelo comportamento das escalas de abate das indústrias locais, que não avançam significativamente nas duas últimas semanas”, relatam os analistas. De toda forma, os preços nas praças de SP, MS, GO, MG e MT seguem pressionados com a manutenção do ambiente contracionista, seguindo condicionado ao consumo doméstico. Por outro lado, diz a IHS, as indústrias continuam com oferta garantida, já que ainda há entregas de boi a termo, provindos por meio de parcerias com grandes boitéis e também a partir dos confinamentos próprios. No mercado atacadista da carne bovina, a demanda por reposição nos estoques de entrepostos termina a semana nos moldes que se iniciou, com procura fraca e irregular. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo)vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder:

boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo) TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).

PORTAL DBO


Escalas de abate continuam confortáveis para os frigoríficos

De acordo com a consultoria Agrifatto, a média nacional das programações se encontra em 12 dias úteis


A pressão de baixa das indústrias frigoríficas seguiu firme no mercado físico do boi gordo, resultando em poucos negócios durante a semana. Porém, apesar da menor liquidez, as escalas de abate continuaram confortáveis para os frigoríficos nesta última semana, informa a consultoria Agrifatto. “A média nacional das escalas de abate se encontra em 12 dias úteis, sem alteração em relação ao quadro registrado na semana anterior”, relata a consultoria, que aponta abaixo o posicionamento das programações desta sexta-feira nas unidades industriais espalhadas pelas regiões pecuárias. São Paulo – Os frigoríficos fecharam a sexta-feira com 16 dias úteis programados, mantendo a estabilidade no comparativo entre as semanas. Pará – As indústrias locais encerraram a semana com a média de 19 dias úteis programados, 8 dias de alta ante a sexta-feira passada. Minas Gerais – As indústrias mineiras recuaram as suas escalas em 6 dias e a média das programações se encontram completas para 14 dias úteis. Goiás – Os frigoríficos goianos avançaram as suas escalas em 1 dia e a média do Estado se encontra em 13 dias úteis. Mato Grosso do Sul e Rondônia – As programações de abate se encontram na casa de 12 dias úteis em ambos os Estados. Os frigoríficos sul matogrossenses mantiveram as escalas estáveis, enquanto os rondonienses avançaram 2 dias, no comparativo semanal. Tocantins – Os frigoríficos locais fecharam a semana com as programações de abate na média de 11 dias úteis, avanço semanal de 2 dias. Mato Grosso – As escalas de abate se encontram na média de 6 dias úteis, 2 dias de queda ante a sexta-feira passada.

AGRIFATTO


SUÍNOS


Suínos: cotações da arroba e da carcaça em São Paulo sofrem baixa

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 1,46%/2,10%, custando R$ 135,00/R$ 140,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,01%/0,97%, valendo R$ 9,80/R$ 10,20 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (25), o preço ficou estável no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,53/kg, e no Paraná, com valor de R$ 6,70/kg, e foi registrada alta apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,15%, chegando em R$ 6,62/kg. Houve queda de 0,90% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,68/kg, e em São Paulo, fechando em R$ 7,56/kg. Cepea/Esalq


FRANGOS


Preço do frango na granja em SP cede 1,67%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja cedeu 1,67%, chegando a R$ 5,90/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,68%, atingindo R$ 7,25/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg; no Paraná foi registrada baixa de 0,73%, valendo R$ 5,45/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (25), tanto a ave congelada quanto a resfriada não sofreram alteração nas cotações, fechando, respectivamente, em R$ 7,96/kg e R$ 8,00/kg.

Cepea/Esalq


Preço da carne de frango passa a cair com redução na demanda doméstica

Os preços de carne de frango passaram a cair no final de agosto em regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) com o enfraquecimento da demanda doméstica


A redução no ritmo de exportação de carne de frango brasileira em julho também elevou a disponibilidade doméstica do produto, pressionando preços. "Diante disso, agentes vêm adotando como estratégia redução dos preços, visando crescimento na liquidez e diminuição nos estoques", disse o Cepea em nota na semana passada. Até sexta-feira (26), o preço do frango congelado medido pelo Cepea/Esalq na Grande São Paulo acumulava queda de 0,25% em agosto, a R$ 7,96/kg. A queda no preço começou a partir de terça-feira (23). Até então, o preço acumulava alta no mês. O preço do frango resfriado fechou sexta-feira (26) a R$7,99/kg, queda de 0,12% no acumulado de agosto.

CARNETEC


Produtor de frango e ovos mantém oferta no Brasil mesmo com custo alto, diz ABPA

A avicultura brasileira vem superando dificuldades, principalmente, nos últimos dois anos para garantir a oferta de frango e ovos para atender o mercado brasileiro e a demanda demais de 150 países para os quais o setor exporta. E, mesmo diante da alta dos custos, a expectativa é de produção maior em 2022 e recorde de exportações, ressalta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).


“As dificuldades foram grandes, mas produtores e indústrias mantiveram a resiliência e garantiram a oferta de produtos, que encontrou fluxo em um mercado que está em recuperação econômica”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em mensagem divulgada pela entidade, em alusão ao Dia do Avicultor, comemorado no domingo (28/8). De acordo com a ABPA, a expectativa é de manutenção da oferta interna, com uma disponibilidade 0,5% maior em 2022: 9,78 milhões de toneladas. Isso será possível, com um aumento de produção de 1% neste ano, com o volume total de carne de frango chegando a 14,5 milhões de toneladas. Já as exportações de carne de frango devem encerrar 2022 com um novo recorde, de 4,9 milhões de toneladas, nas projeções da Associação. O volume é 6% maior que o registrado em 2021. No comunicado, a ABPA lembra que o Brasil se tornou o maior exportador mundial de carne de frango em 2004, e, atualmente, de cada três quilos do produto exportado no mundo, um é do Brasil. Apenas neste ano, diz a ABPA, as exportações de carne de frango trouxeram para o país US$ 5,620 bilhões, resultado que é 33,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 4,216 bilhões. A alta ilustra a forte demanda internacional pelo produto brasileiro. “Os elevados cuidados sanitários estabelecidos pelos produtores brasileiros nas granjas foram determinantes para o Brasil expandir sua presença global, especialmente neste ano em que vemos uma forte crise sanitária alcançar quase todos os grandes produtores avícolas na Europa, Ásia, África e América do Norte”, diz Santin, ressaltando que o país nunca registrou casos de gripe aviária.

GLOBO RURAL


EMPRESAS


Copacol anuncia ampliação no sudoeste do Paraná

Consolidada como uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), com sede em Cafelândia, anuncia a ampliação da área de atuação no sudoeste do Paraná


Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, novas Unidades de Recebimento de Grãos e Insumos serão implantadas em Ampére, Realeza, Marcianópolis (Santo Antônio do Sudoeste), Nova Esperança, Nova Prata do Iguaçu e Flor da Serra (Realeza). A decisão de abrir estruturas em novos municípios busca gerar comodidade no atendimento aos produtores rurais e segurança tanto na entrega de grãos, quanto na comercialização de insumos para os próximos plantios. “Nosso propósito tem como base o desenvolvimento do agronegócio, gerando oportunidades no campo. Já são praticamente seis décadas de trabalho com excelentes resultados, graças a confiança dos nossos produtores que atuam de maneira participativa da nossa Cooperativa, que agora amplia a atuação no sudoeste paranaense. Com nosso conhecimento esperamos cooperar com o avanço tecnológico das propriedades rurais da região”, afirma o Diretor-Presidente, Valter Pitol. No sudoeste do estado, a Cooperativa já está presente em Capanema, Conciolândia (Pérola do Oeste), Pranchita, Planalto, Alto Faraday (Capanema) e Pérola do Oeste. A região conta com instalações que atendem as necessidades dos cooperados na área de atuação. Além disso, a Copacol desenvolve projetos sociais na comunidade, como o Apoio Cultural, com doações de materiais esportivos, e o Busão da Imaginação, que incentiva a leitura na infância: ações que geram o desenvolvimento educacional das novas gerações, demonstrando o comprometimento da Cooperativa com a comunidade. Eleita a Melhor Empresa do Agronegócio pelo LIDE Paraná, a Copacol pretende superar os R$ 9 bilhões de faturamento neste ano. São 7 mil cooperados que compartilham dos bons resultados gerados pelas atividades relacionadas a Agricultura, Avicultura, Suinocultura, Bovinocultura de Leite e Piscicultura. A Cooperativa se destaca pela geração de emprego e renda: são mais de 16 mil colaboradores em todas as estruturas. Com as novas instalações na região sudoeste, a Cooperativa passa a contar com 27 Unidades de Grãos, Insumos e Sementes.

Imprensa Copacol


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Otimismo da indústria paranaense foi oscilante nos últimos 12 meses

O otimismo da indústria paranaense vem oscilando nos 12 últimos meses, aponta pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em parceria com a Confederação Nacional da indústria (CNI).


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou agosto em 59,4 pontos, alta de 3,6 pontos em relação a julho. O resultado é considerado otimista, já que está acima dos 100 pontos no estudo mensal. Porém, há um ano o Icei no Paraná era de 66,4 pontos. Mesmo com agosto registrando a melhor marca até aqui em 2022, a queda de sete pontos no período de 12 meses confirma a queda do otimismo dos industriais no estado. Desde setembro do ano passado, o otimismo apresentou seis alterações na curva de tendências. “O setor ainda sente os reflexos da pandemia, a escassez e os altos preços dos insumos importados para produção, o agravamento da crise mundial com a guerra na Ucrânia e as consequências de ordem macroeconômica que desestimularam o consumo no Brasil”, justifica o economista da Fiep, Marcelo Alves em nota da entidade. “Este conjunto de fatores gera uma cautela maior do empresário, que revê suas estratégias, aguardando um período mais propício para retomar seus planos e investimentos”, avalia. Alves enfatiza ainda que há um ano o otimismo da indústria era maior pelo avanço na vacinação da Covid-19, quando as empresas estavam retomando a produção. “Havia uma perspectiva maior de retorno da normalidade, o que não se confirmou ao longo do último ano, pelo menos não no ritmo que o mercado gostaria”, justifica. Apesar da oscilação, o cenário apresenta avanços nos últimos meses com medidas do governo federal. Segundo o economista da Fiep, a redução do Imposto Cobrado sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) deram um fôlego ao consumidor. "Somado a isso, a alta nos juros ajudou a controlar a inflação. Essas medidas tornaram a produção industrial mais competitiva", avalia o economista. Entre os setores produtivos, a construção civil foi o que puxou o crescimento no otimismo da indústria em agosto. O Icei do setor foi de 50,9 pontos em julho para 68,9 em agosto.

GAZETA DO POVO


Paraná deve ganhar até 21 pequenas centrais hidrelétricas em 5 anos

Pequenas centrais hidrelétricas cobram mais espaço na geração de energia do país


O Paraná deve ganhar mais do que a metade do número de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) existentes em seu território em apenas cinco anos, somando 21 empreendimentos a mais deste tipo ao grupo de 39 existentes até o ano de 2027. Os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que nove empreendimentos que englobam 19 obras, são atualmente considerados em andamento. Outros 12, que envolvem 29 obras, ainda não foram iniciados. As PCHs são como usinas capazes de gerar potência entre 5 megawatts (MW) e 30 MW, maior do que a produzida pelas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), que geram até 5 MW. Somadas, as potências produzidas por esses dois tipos de empreendimentos no Paraná geram apenas 3% do montante total no estado. Porém, juntas, PCHs e CGHs representam 98% de toda a potência produzida entre as formas menos dispendiosas de se obter energia no Paraná (532 MW), um universo que conta ainda com usinas eólicas e fotovoltaicas. O grosso da produção ainda é feito pelas grandes hidrelétricas e termelétricas, quase 17 mil MW. Dos empreendimentos que estão em andamento no Paraná, a São Luís, cujo proprietário é a Tito Produtora de Energia Elétrica, apresenta três obras de 10 MW cada, perfazendo 30 MW de potência, e está prevista para entrar em operação em maio de 2025, nos municípios de Clevelândia e Honório Serpa. Em segundo lugar, as duas PCHs da Confluência Energia S/A, localizadas em Prudentópolis e no Turvo, gerarão juntas mais de 27 MW, tendo prevista operação para julho de 2023. Os nove empreendimentos de PCHs com construção em andamento e que envolvem 19 obras associadas, devem adicionar 117 MW ao sistema. Quando todas as estruturas previstas para 2027 estiverem em operação, serão mais 280 MW. De julho do ano passado até este momento, sete novas PCHs incrementaram o sistema, sendo quatro delas liberadas para operar neste ano: Foz do Estrela, Dois Saltos, Taguá e Invernadinha. No Paraná, hoje há, em operação, 39 PCHs e 72 CGHs, que somam 547 MW outorgados, termo que diz respeito ao potencial de geração de energia permitido pelo órgão ambiental ao empreendimento no ato do licenciamento. As PCHs em operação têm potência de 454 MW outorgada e 439 MW fiscalizada, enquanto as CGHs têm 92,5 MW outorgada e fiscalizada. Segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH) a partir de informações da Aneel, o Paraná teria potencial para a construção de 162 PCHs ou CGHs, com cerca de 1,7 mil MW de energia inexplorada ainda no estado, que poderiam significar R$ 12 bilhões em investimentos e 100 mil empregos diretos gerados.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em queda com juro alto e China, apesar de Fed

O dólar fechou no menor valor em duas semanas ante o real na sexta-feira, firmando baixa logo depois das primeiras declarações do chefe do banco central norte-americano em aguardado discurso


O dólar no mercado à vista caiu 0,62%, a 5,0793 reais --menor taxa desde 12 de agosto (5,0742 reais). Na semana, perdeu 1,73%, levando a queda em agosto para 1,81%. Em 2022, a cotação recua 8,87%. A taxa de juros embutida em contratos a termo de reais para um ano está em torno de 13,1% ao ano, contra 11,5% para o peso mexicano, um dos maiores concorrentes do real. No entanto, segundo cálculos do Goldman Sachs para um de seus modelos, a moeda brasileira está 16% abaixo do sugerido pelos fundamentos (considerando desalinhamento contra o dólar), enquanto a mexicana estaria com 1% de sobrevalorização. "O real se beneficia desse 'trade' de juros ainda, o Brasil vai ficar com juro alto por mais tempo. E nos EUA as curvas de juros ainda mostram um comportamento indeciso: uma hora tira prêmio, outra hora bota prêmio", disse o profissional de um banco estrangeiro em São Paulo. A sessão da sexta, de toda forma, foi volátil. Em sua aguardada fala no tradicional simpósio anual de Jackson Hole, Powell disse que a economia dos Estados Unidos precisará de uma política monetária apertada "por algum tempo" antes que a inflação fique sob controle, alertando sobre crescimento mais lento, mercado de trabalho mais fraco e "alguma dor" para famílias e empresas. O índice do dólar frente a uma cesta de divisas, depois de muito oscilar, subia 0,3% no fim da tarde, ao passo que as bolsas de valores em Nova York tiveram forte queda, com o índice Nasdaq tombando quase 4%.

REUTERS


Ibovespa cai com Fed disposto a sacrificar crescimento para domar inflação

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, pressionado pela perspectiva de que o banco central norte-americano está disposto a sacrificar o crescimento da economia para controlar a inflação nos Estados Unidos


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,09%, a 112.298,86 pontos. Na semana, porém, acumulou alta de 0,72%. O volume financeiro somou 21,8 bilhões de reais. Jerome Powell, chair do Federal Reserve, afirmou em um simpósio na cidade de Jackson Hole na sexta-feira que os EUA precisarão de uma política monetária apertada "por algum tempo" antes que a inflação fique sob controle. Ele acrescentou que os custos "infelizes" para se reduzir a inflação incluem crescimento mais lento, mercado de trabalho mais fraco e "alguma dor" para famílias e empresas, mas alertou que "o histórico adverte fortemente contra o afrouxamento prematuro da política monetária." Na visão da estrategista institucional de ações para Brasil do Santander, Aline Cardoso, Powell sinalizou que, se for necessário escolher entre recessão e ancorar a inflação, o Fed irá ancorar a inflação, mesmo que leve a uma recessão da economia norte-americana. "Powell falou com todas as letras que pode ser necessária uma política monetária mais restritiva por mais tempo para controlar a inflação", disse Cardoso, enxergando uma chance maior de mais uma alta de 0,75 ponto percentual em setembro, mas ponderando que é preciso acompanhar os próximos dados. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 3,37%, enquanto o Nasdaq caiu 3,94%, uma vez que um cenário de taxas de juros mais altas é negativo para papéis de tecnologia. O Dow Jones recuou 3,03%. Tal cenário pesou na bolsa paulista dada a correlação entre os dois mercados, mas a pressão vendedora acabou sendo amenizada, em parte, pois, diferente do processo de aperto monetário nos EUA, o ciclo de alta da taxa de juros acabou ou está praticamente encerrado no Brasil. Ainda assim, papéis que mostraram forte valorização no começo da semana, principalmente de empresas relacionadas à economia doméstica, tiveram quedas relevantes. Para o estrategista de multimercados da Trópico Investimentos, Fernando Maluf, a dinâmica global vem prevalecendo sobre a narrativa eleitoral no Brasil, e nesse sentido vale ficar atento ao mercado de juros norte-americano, que pode continuar afetando o prêmio dos ativos locais.

REUTERS


Brasil teve déficit em conta corrente de US$3,5 bi em maio, diz BC

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 3,506 bilhões de dólares em maio, frente a um superávit de 2,501 bilhões de dólares registrado no mesmo mês do ano passado, mostraram números do Banco Central na sexta-feira


A piora do saldo no período reflete uma redução do superávit da balança comercial, com as importações crescendo mais do que as exportações, o aumento gradual das despesas com a contratação de serviços internacionais e uma elevação das remessas de lucros e dividendos feitas pelas empresas. Os investimentos diretos no país, por outro lado, seguiram em alta consistente no mês, somando 4,483 bilhões de dólares, ante 2,233 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. Já os investimentos em carteira sofreram saída líquida de 3,9 bilhões de dólares em maio, com saldo negativo tanto em ações e fundos de investimento como em títulos da dívida. A apresentação dos dados de maio das contas externas originalmente ocorreria no fim de junho, mas parte das divulgações do BC segue atrasada mesmo após o fim da greve de servidores do órgão. Em 12 meses até maio, o país acumulou um déficit em transações correntes equivalente a 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB).

REUTERS


Preços ao produtor no Brasil aceleram alta a 1,21% em julho por alimentos e refino

Os preços ao produtor no Brasil aceleraram a alta a 1,21% em julho sob o peso de alimentos e refino de petróleo, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira.


Em junho, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 1,01%, depois de salto de 1,81% em maio. O resultado levou o índice a acumular alta de 18,04% nos 12 meses até julho, de 18,78% em junho. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que as maiores influências positivas no resultado de julho vieram de alimentos --impacto de 0,69 ponto percentual, após alta de 2,97%-- e refino de petróleo e biocombustíveis --impacto de 0,46 ponto e aumento de 3,45%. “Os destaques no mês foram os grupos de alimentos e de refino de petróleo e biocombustíveis. Os dois juntos responderam por 1,15 ponto percentual da variação ocorrida no mês de julho”, disse o Gerente do IPP, Manuel Campos. Segundo ele, entre os alimentos os produtos que mais influenciaram o resultado foram leite e derivados, açúcar, derivados de soja e carnes. No refino de petróleo, o destaque ficou para óleo diesel e gasolina. Já as maiores variações mensais ficaram por conta de fabricação de produtos do fumo (7,01%), metalurgia (-4,03%), refino de petróleo e biocombustíveis (3,45%) e alimentos (2,97%). Entre as grandes categorias econômicas em julho, os custos de bens de capital subiram 2,14%, enquanto os bens intermediários tiveram alta de 1,08% e os bens de consumo avançaram 1,28%. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

REUTERS


Arrecadação federal cresce 7,5% em julho e tem recorde para o mês

A arrecadação do governo federal voltou a bater recorde em julho, com alta real de 7,47% sobre o mesmo mês do ano passado, ainda beneficiada pelo maior recolhimento das empresas ligadas à exploração de commodities, em particular petróleo, mostraram números divulgados pela Receita Federal na sexta-feira


A arrecadação somou 202,588 bilhões de reais no mês passado, maior resultado para o mês da série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995. De janeiro a julho, o crescimento real foi de 10,44%, somando 1,292 trilhão de reais, também com o desempenho mais forte para o período da série. O crescimento da arrecadação se deu a despeito de desonerações promovidas pelo governo no IPI e o PIS-Cofins sobre combustíveis, que somadas tiveram impacto negativo de 3,9 bilhões de reais sobre as receitas do mês, segundo o fisco. As receitas administradas pela Receita cresceram 5,2% em termos reais em julho, para 181,3 bilhões de reais, enquanto aquelas administradas por outros órgãos, com peso grande do recolhimento de royalties sobre a exploração de petróleo, subiram 31,4%, a 21,3 bilhões de reais. No geral, os setores da economia em que a arrecadação mais cresceu no mês foram combustíveis, com alta de 88% sobre julho do ano passado, para 10 bilhões de reais, e extração de petróleo e gás (+197,6%, a 1,243 bilhão de reais) --cujos preços internacionais têm se mantido elevados em meio à guerra da Ucrânia. A Receita também destacou a alta de 52,5% do recolhimento do imposto de renda sobre rendimentos de capital, que somou 6,376 bilhões de reais, impulsionado principalmente pela arrecadação dos investimentos em renda fixa, cuja rentabilidade tem aumentado em meio à elevação da taxa básica de juros. A arrecadação bateu recordes em todos os meses deste ano. O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, afirmou que a expectativa é de desaceleração da alta nos meses à frente, uma vez que a base de comparação do segundo semestre de 2021, quando as receitas já tinham ganho tração após o baque maior da pandemia, é mais elevada. A expectativa do governo é que as receitas administradas fechem o ano com crescimento de 4% a 5%, com a alta total podendo ficar acima disso com o impulso da taxação do petróleo.

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