Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 201 |26 de agosto de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Recuo no preço da arroba atinge sobretudo as praças pecuárias do Centro-Oeste brasileiro
O fraco apetite comprador das indústrias frigoríficas e a oferta acima da demanda derrubaram novamente os preços do boi gordo na quinta-feira (25/8) em algumas importantes praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diretamente o mercado pecuário
Na visão da IHS, a tendência de baixa nas cotações do boi gordo deve perdurar até pelo menos os últimos dias de agosto, que serão marcados pela continuidade da conjuntura atual. “O ritmo fraco nas vendas de carne bovina no mercado interno e o menor apetite comprador dos frigoríficos no mercado spot devem permanecer nas semanas vindouras, renovando os movimentos de recuo nas cotações nas principais praças brasileiras”, ressalta a consultoria. Na quinta-feira, a IHS Markit captou quedas no Mato Grosso, onde as praças de Cáceres, Tangará da Serra e Cuiabá registraram recuo de R$ 275/@ para R$ 270/@. Em Colíder/Sinop, a cotação caiu de R$ 270/@ para R$ 265/@. Em Mato Grosso do Sul, players de menor porte se beneficiam da ausência dos abates na JBS de Nova Andradina (ainda em férias coletivas), condicionando preços em ritmo decrescente. Em Dourados e Campo Grande, a IHS Markit registrou queda de R$ 280/@ para R$ 275/@ na arroba do boi gordo. Por outro lado, observa a IHS, a oferta de boi gordo mostra seus primeiros sinais de exaustão em Rondônia. “Indústrias locais já relatam que a fraca disponibilidade de animais e a dificuldade em originar gado terminado impulsionou os preços na região de R$ 260/@ para R$ 265/@”, informa. Segundo a consultoria, a relação entre oferta e demanda segue prejudicada pela fraca procura e, com isso, as indústrias do País permanecerão testando novos recuos nos preços, renovando a pressão de baixa. No mercado paulista, poucos negócios foram observados nesta quinta-feira, com parte dos frigoríficos permanecendo fora das compras de matéria-prima, relata a Scot Consultoria. “As escalas confortáveis na maioria dos frigoríficos têm permitido tal cenário em São Paulo”, justifica a Scot. O preço do boi gordo paulista segue estável, valendo R$ 293/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 274/@ e R$ 288/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos com até quatro dentes, direcionados ao mercado da China, estão cotados em R$ 305,00/@ no mercado paulista, informa a Scot. No mercado atacadista da carne bovina, o posicionamento fraco e irregular dos compradores na cadeia de distribuição e no varejo segue inalterado e assim deve permanecer até o final da próxima semana, prevê a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista) MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).
PORTAL DBO
Boi/Cepea: Poder de compra de pecuarista recua neste mês
Com o recuo no preço da arroba do boi gordo, o poder de compra de pecuaristas frente aos insumos de alimentação (milho e farelo de soja) registra queda frente ao mês anterior
Em agosto (até o dia 24), segundo dados do Cepea, a arroba do boi gordo registra média de R$ 313,25, recuo de 3,44% frente à do mês anterior. Agentes de frigoríficos indicam estar com as escalas um pouco mais alongadas, em muitos casos, em função da redução dos abates, por conta do fraco desempenho das vendas no mercado interno. Esse cenário tem pressionado os valores de negociação.
Cepea
SUÍNOS
Carcaça suína cai 1,9% em São Paulo
O mercado de suínos fechou a quinta-feira (25) com preços em queda ou estáveis. Os preços nas praças que comercializam suínos na modalidade independente registraram recuo, após um mês de agosto com pequenos aumentos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 137,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,98%/1,90%, valendo R$ 9,90/R$ 10,30 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (24), houve uma levíssima alta de 0,13% em Minas Gerais, chegando em R$ 7,75/kg. Os preços não mudaram no Rio Grande do Sul nem em Santa Catarina, fixados, respectivamente, em R$ 6,53/kg e R$ 6,61/kg. O Paraná registrou recuo de 0,15%, atingindo R$ 6,70/kg, e São Paulo baixou 0,13%, fechando em R$ 7,59/kg.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços caem nas principais praças produtoras
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 17/08/2022 a 24/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apresentou queda de 1,40%, fechando a semana em R$6,69/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,75/kg vivo", informou o Lapesui
O preço em São Paulo teve queda saindo de R$ 7,73/kg vivo para R$ 7,46/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço caiu de R$ 7,80/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo recuou, saindo de R$ 6,94/kg vivo para R$ 6,72/kg vivo.
AGROLINK
Suínos/Cepea: Vivo se valoriza, e poder de compra segue favorável a suinocultor
O poder de compra de suinocultores paulistas vem avançando nesta parcial de agosto, de acordo com pesquisas do Cepea
Esse cenário favorável ao suinocultor foi possível devido aos aumentos nos preços médios do animal vivo no mercado spot. Quanto aos insumos, por sua vez, o milho se valorizou, mas o preço do farelo de soja recuou. As cotações do suíno vivo estão em alta neste mês devido à melhora nas vendas da carne, verificada principalmente no início do mês, o que resultou em aumento na procura de animais para abate.
Cepea
FRANGOS
Frango congelado e resfriado em baixa no mercado paulista
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável R$ 6,00/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 7,30/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (24), o frango congelado teve recuo de 1,49%, atingindo R$ 7,96/kg, e a ave resfriada cedeu 1,23%, fechando em R$ 8,00/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Apesar da alta de custo, agropecuária terá rentabilidade em 2023
Nas carnes, a bovina tem melhor cenário, segundo a Conab
Mesmo com a aceleração dos custos dos insumos para a agropecuária neste ano, a margem líquida dos produtores, em relação ao custo operacional, deverá ser positiva em 2023. Nas carnes, a rentabilidade deve ser menor do que nos grãos. A avicultura, quando a Conab considera um comportamento neutro dos preços, mas custos baixos, pode atingir uma margem positiva de 2%. Em um cenário de preços neutros e custos elevados, porém, haverá uma margem negativa de 22%. Na suinocultura, a ocorrência de preços neutros e de custos baixos daria uma margem líquida de 7% ao setor. Nesse mesmo cenário de preços, mas com custos elevados, a perda seria de 18%. A bovinocultura deverá ter um cenário um pouco mais confortável, nos cálculos da Conab. Custos neutros e preços baixos gerariam uma margem líquida de 46%. No caso de preços neutros e custos altos, a margem seria positiva em 2%.
FOLHA DE SP
EMPRESAS
Castrolanda: agroleite 2022 atinge três dígitos em negócios e público
O Agroleite 2022, realizado entre os dias 16 e 20 de agosto, em Castro (PR), superou todas as expectativas da organização, uma edição histórica. O reencontro vivenciado pela cadeia produtiva do leite da América Latina atingiu a marca dos três dígitos em negócios e número de visitantes.
As 200 empresas expositoras efetivaram operações que totalizaram R$ 149 milhões. O gerente distrital da Sicoob Sul, Everton Carlos Zarpellon, relata que a agência protocolou mais de R$ 72 milhões em operações de crédito, o dobro da meta estipulada para ser concretizada durante o evento. Para o gerente comercial da franquia da Ilumisol de Castro, Rudnei Ceulei, o resultado do evento foi melhor do que os anos anteriores, a empresa vendeu R$ 2 milhões nessa edição. “O pessoal veio para a feira para fechar negócios”, ressalta. Ceulei explica que devido mudança na legislação quem investir em energia solar no ano que vem precisará pagar uma taxa, o que está impulsionando os produtores a adiantarem a compra. Romano Vinícius Vizinoni, consultor de vendas da MacPonta, concessionária John Deere, comenta que além das vendas concluídas, entre maquinários e consórcios da marca, a empresa sai do Agroleite com mais de R$ 7 milhões em intenções de venda e aguarda a disponibilidade dos produtos na fábrica. Os diversos atrativos da programação oficial trouxeram mais de 120 mil pessoas para a Cidade do Leite, recinto de exposições da Cooperativa Castrolanda. Foram registrados visitantes de vários estados brasileiros como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Goiás, e de países como Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai. O Agroleite é promovido anualmente pela Cooperativa Castrolanda e conta com vários painéis e fóruns para promoção do conhecimento. Seung Lee, diretor executivo, cita que as palestras trouxeram temas técnicos sobre a cadeia do leite e os outros segmentos em que a cooperativa está inserida, além de questões voltadas ao mercado. “O Agroleite oportuniza o debate de assuntos do interesse dos produtores e o contato com as empresas e as novas tecnologias”, afirma.
Imprensa Castrolanda
Marfrig aumenta aposta em vendas de hambúrgueres
Nova fábrica em Bataguassu (MS) ajudará a ampliar fatia de produtos de valor agregado na receita
Marcos Molina começou a construir a segunda maior empresa de proteína animal do Brasil em Bataguassu, no leste de Mato Grosso do Sul, no começo dos anos 2000. Ontem, a planta emblemática para a Marfrig ganhou uma vizinha. Do outro lado de um cerca simples está a nova e mais moderna fábrica de hambúrgueres da empresa. A unidade, que recebeu investimento de cerca de R$ 100 milhões, foi inaugurada com festa e deverá acrescentar 24 mil toneladas à capacidade total de produção de hambúrgueres da companhia, que passará a somar 244 mil toneladas por ano, ou cerca de 2,4 bilhões de unidades. Com a ampliação da aposta em hambúrgueres, a Marfrig espera que a participação dos produtos de valor agregado em sua receita na América do Sul - de R$ 7,1 bilhões apenas no segundo trimestre deste ano - passe dos atuais 15% para 20% nos próximos anos, disse a jornalistas o diretor-geral responsável pela área na região, Rui Mendonça, durante visita à unidade. Desde 2018, a fatia já triplicou. “O hambúrguer é o item cuja demanda mais cresceu no food service e no delivery nos últimos anos. Dados [do Ifood] mostram vendas de 45 milhões de hambúrgueres no primeiro trimestre deste ano. No varejo e no atacado, a procura cresceu 30% de 2019 para 2021”, afirmou o executivo. O aporte da Marfrig deu origem a uma unidade moderna, com pelo menos 80% do processo mecanizado. Com tecnologia americana e dinamarquesa, a planta tem como foco o ganho de eficiência e qualidade, que transforma lotes de carne em hambúrgueres em 40 minutos. A planta suprirá os principais nomes do food service no Brasil. Os 100 funcionários - que serão 150 quando a fábrica estiver a todo vapor - complementam o trabalho de moedores, esteiras, sensores e outros equipamentos automatizados. Uma parte dos novos colaboradores fez uma imersão na planta de Várzea Grande (MT), que produz 6 mil toneladas de hambúrgueres por ano. Os demais estão recebendo treinamento já na nova unidade. A empresa acredita que o novo empreendimento vai ajudar a gerar diversos outros empregos indiretos. A planta de hambúrgueres nasce como cliente da “irmã mais velha”. Aproximadamente 25% da carne produzida de um lado da cerca vai virar hambúrguer do outro, o que representará metade da demanda da nova fábrica. A ideia é atender apenas o food service, enquanto as outras plantas da Marfrig se dividirão entre esse segmento, o varejo e o atacado. Por enquanto, as vendas da produção da nova planta deverão ficar restritas ao mercado doméstico. Porém, ao originar a matéria-prima de sua própria indústria, a Marfrig facilita o caminho para exportar no futuro. “A unidade da qual compramos carne precisa estar habilitada a exportar para um possível destino”, explicou Eduardo Puzziello, diretor de relações com investidores. O frigorífico de Bataguassu está habilitado a exportar para 23 unidades. A diretoria acompanha com atenção o crescimento da demanda da China, que é o segundo maior mercado para hambúrgueres do mundo, mesmo que o consumo per capita ainda seja considerado baixo no país. “Olhando para essa possível demanda, de mais de 1 bilhão de pessoas, a gente já deveria falar em terceira ou quarta fábrica”, brincou Rui Mendonça. Questionados sobre se a estratégia de hambúrgueres pode ter sinergia com os negócios da BRF, empresa sob controle da Marfrig, os executivos dizem que nada muda. As empresas manterão a relação de cliente/fornecedor, com a companhia de Molina fornecendo carne bovina para hambúrgueres da Sadia e da Perdigão. É possível, no entanto, que as empresas colaborem em logística e distribuição caso seja vantajoso para ambas.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Safra de soja do Paraná pode saltar 78% em 22/23 após seca no ciclo passado
A safra de soja do Paraná poderá aumentar 78% em 2022/23, para um patamar recorde de 21,5 milhões de toneladas, com um ligeiro aumento da área plantada e uma forte recuperação nas produtividades após a colheita do ciclo anterior ter sido devastada pela seca em várias regiões, apontou o Departamento de Economia Rural (Deral) na quinta-feira
A projeção do órgão do governo paranaense, a primeira divulgada para a nova safra, com plantio começando no próximo mês, ilustra como a produção do Sul do Brasil poderá impulsionar a colheita nacional, se o clima colaborar. Em 2021/22, o Rio Grande do Sul também teve problemas pela estiagem. Na véspera, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra do Brasil, maior produtor e exportador de soja, em mais de 150 milhões de toneladas em 2022/23, com alta de 21%, enquanto a área plantada cresceria 3,54%. O Paraná, tradicionalmente um dos três maiores produtores de soja do Brasil, juntamente com Mato Grosso e Rio Grande do Sul, colheu 12 milhões de toneladas em 2021/22, por conta do mau tempo. O Estado deverá plantar uma área recorde de soja na temporada 2022/23, com crescimento de 1% ante a safra passada, para 5,73 milhões de hectares, estimou Deral. A produtividade média das lavouras, em condições climáticas normais, poderia aumentar de 2,14 toneladas por hectare para 3,75 toneladas/ha, segundo dados do Deral. De outro lado, o milho primeira safra, que concorre em área com a oleaginosa, deverá ter redução de 6% no plantio, para 406,4 mil hectares, disse o departamento. A opção pela soja em relação ao grão amarelo se deve a questões relacionadas ao preço das commodities e também pelo fato de a maioria dos produtores ter a alternativa de plantar milho na segunda safra, a maior do Estado para o cereal, disse o economista do Deral Marcelo Garrido. A segunda safra de milho do Paraná em 2021/22, já com colheita perto da fase final, foi estimada em 13,8 milhões de toneladas, nova redução na projeção mensal, que em julho era de 14,66 milhões de toneladas. A expectativa inicial para a "safrinha" era de mais de 16 milhões de toneladas. As reduções nas estimativas vêm sendo atribuídas ao ataque da cigarrinha e a problemas climáticos. Ainda assim, a produção pode mais que dobrar em relação ao ciclo anterior, quando o Estado colheu 5,72 milhões de toneladas de milho na segunda safra com lavouras atingidas por seca e geadas. Já a safra de trigo em 2022, que está começando a ser colhida, foi estimada em 3,89 milhões de toneladas, leve redução ante a previsão do mês anterior (3,9 milhões), apesar de geadas na semana passada. Segundo o economista do Deral, esse número ainda pode ter alguma correção em função do frio extremo, cujos prejuízos ficam mais claros após alguns dias. "Mas a princípio não deverá ser algo muito relevante. Mas não temos condição de avaliar ainda." Se a projeção de trigo for confirmada, seria um nível recorde para o Estado, com aumento de 21% ante o ciclo passado.
REUTERS
Quase 1 milhão de t de milho serão exportadas por Paranaguá entre julho e setembro
No mesmo período do ano passado, não houve embarques no período por causa da quebra de safra
Os operadores do Porto de Paranaguá, no Paraná, esperam que os carregamentos de milho somem 988,45 mil toneladas entre julho e o fim de setembro. O volume considera embarques já programados nos navios, à espera no porto ou já anunciados. No mesmo período do ano passado, não houve embarques devido à quebra da safra. Apenas ontem, dois navios estavam programados para carregar 63,5 mil toneladas em Paranaguá. Outras 13 embarcações (sendo nove já no lineup) aguardam e devem receber um total de quase 731 mil toneladas. Mais três navios já estão anunciados e devem chegar para carregar um total de 194 mil toneladas de milho. Além dessas embarcações, cujos porões serão destinados apenas ao milho, outras três já estão programadas para receber carga mista. Ou seja, alguns porões levarão milho; outros, farelo de soja. Depois de dois anos de quebra na segunda safra de milho - e, consequentemente, redução nos volumes destinados à exportação -, a chegada do cereal tem animado os operadores do porto paranaense, diz a administração. No mês de agosto até o dia 23, o volume de milho exportado por Paranaguá aumentou 52%, na comparação com o mês anterior, para 375,5 mil toneladas. Paranaguá é o segundo porto do Brasil que mais exporta milho, respondendo por quase 20% do total. Os três principais Estados de origem do cereal são Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já os principais países de destinos da carga são Egito, Irã, Espanha, Coreia do Sul e Portugal.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Mercado evita posições e deixa dólar estável antes de discurso de Powell
O dólar fechou praticamente estável nesta quinta-feira, evidência da falta de consenso do mercado sobre o que esperar do ansiado discurso do chefe do banco central norte-americano na sexta-feira
O dólar interbancário variou 0,01% para cima, a 5,1111 reais. Os mercados externos também mostraram algum vaivém, embora tenham tentado firmar melhora na sessão vespertina de olho em estímulos anunciados pela China. Ainda, contudo, operaram a dúvida sobre qual será a sinalização de Jerome Powell em sua fala no simpósio de Jackson Hole, a partir de 11h (de Brasília) de sexta. As declarações de Powell serão examinadas em busca de qualquer sinal de que uma desaceleração econômica possa alterar a estratégia do banco central e de que a autoridade monetária conseguirá alcançar um "pouso suave" para a economia. Dados mostraram mais cedo que os EUA viram retração econômica menor que a anteriormente estimada no segundo trimestre. "Acho que Powell vai sinalizar redução no ritmo de alta de juros, para 0,50 ponto percentual, mas também uma taxa terminal mais alta que o esperado pelo mercado", disse Gabriel Cunha, especialista em mercados internacionais C6 Bank. "Se ele falar que o Fed terá de ir acima do nível neutro, como algumas autoridades do banco central já disseram, o mercado vai entender esse sinal como 'hawkish'", completou. O termo "hawkish" indica maior disposição dos formuladores de política monetária a restringir as condições financeiras visando controlar a inflação, ainda que a um custo econômico. O índice do dólar frente a uma cesta de divisas tinha leve queda de 0,18% nesta tarde, mas não longe de uma máxima em 20 anos alcançada em julho. Por aqui, embora as medidas de volatilidade implícita para a taxa de câmbio tenham amenizado --a medida para um mês recuou de um pico de 19,5% na segunda-feira para 18,7% nesta quinta--, a movimentação no mercado de opções ainda sugere maior demanda por compra da moeda norte-americana como proteção. A medida para um mês que compara a busca por contratos de opções de compra ("calls") de dólar e a demanda por "puts" (opções de venda) de dólar alcançou 1,2 nesta quinta, maior valor desde 5 de julho.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta antes de fala de Powell
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, favorecido por Wall Street, com agentes financeiros na expectativa de um discurso do chair do Federal Reserve na sexta-feira, que pode trazer mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária norte-americana
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,52%, a 113.486,08 pontos, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, no começo do pregão, chegou a 114.156,2 pontos. No pior, esteve em 112.768,19 pontos. O volume financeiro somava 21,9 bilhões de reais.
REUTERS
Confiança do comércio cai 1,8% em agosto ante julho Brasil com maior cautela no varejo, diz CNC
Índice registrou quedas nas condições atuais do empresário do comércio, nas expectativas e nas intenções de investimentos
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 1,8% em agosto ante julho para 124 pontos, primeiro recuo em quatro meses no indicador, informou na quinta-feira (25) a entidade. Na comparação com agosto do ano passado, no entanto, o indicador subiu 7,8%. Para a entidade, uma maior cautela entre varejistas, neste mês, levou ao resultado. Nos três tópicos usados para cálculo do Icec, todos tiveram queda em agosto ante julho, acrescentou ainda a CNC, em comunicado. É o caso dos recuos observados em condições atuais do empresário do comércio (-2,3%); expectativas (-2,4%) e intenções de investimentos (-0,5%). No entanto, os mesmos tópicos tiveram altas respectivas de 16,5%; de 1,2%; e de 9,9% ante agosto do ano passado, em agosto desse ano, informou ainda a CNC. Mesmo com redução das expectativas nas duas últimas pesquisas, a comparação dos meses de agosto nos últimos dez anos mostra que o comerciante está atualmente mais otimista com o futuro no curto prazo do que em anos anteriores. No recorte regional do indicador, a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, acrescentou ainda que as expectativas para o desempenho do comércio apresentaram queda entre comerciantes de todas as regiões do País em agosto. Isso, acrescentou ela, é uma situação que não era registrada desde período entre março e abril de 2021, quando o Brasil atravessava período mais agudo da pandemia, com segunda onda da covid-19. "A diminuição das expectativas desses lojistas para os próximos meses ocorreu mesmo com seus negócios situados nos Estados onde estão sendo pagos os maiores valores do Auxílio Brasil em comparação às demais regiões, que, conforme dados do mês passado do Ministério da Cidadania, foram em média de R$ 445 por beneficiado”, acrescentou ela, no comunicado sobre o indicador.
VALOR ECONÔMICO
Confiança do consumidor no Brasil avança em agosto com melhora das expectativas, diz FGV
A confiança dos consumidores brasileiros teve nova alta em agosto, devido a melhora nas expectativas para os próximos meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, embora tenha alertado para possível instabilidade política à frente
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve uma terceira alta consecutiva neste mês, de 4,1 pontos, chegando a 83,6 pontos, mostraram os dados. Esse resultado partiu principalmente do avanço de 6,0 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 92,6 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2020, embora o Índice de Situação Atual (ISA) também tenha subido, em 1,4 ponto, para 71,7 pontos, maior resultado desde novembro de 2020. "Existe uma visão mais favorável sobre o ambiente econômico no curto prazo, que pode estar sendo influenciada pela melhora do mercado de trabalho e desaceleração da inflação", disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens. "Isso contribui para o aumento do ímpeto de compras, que ocorre de forma mais intensa para as classes de renda mais alta." Apesar da melhora do ICC em agosto, "o cenário político ainda pode gerar turbulências nesse ambiente nos próximos meses", alertou a especialista. A corrida eleitoral ao Planalto começou oficialmente neste mês.
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