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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 198 DE 23 DE AGOSTO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 198 |23 de agosto de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: mercado em marcha lenta

Na segunda-feira, 22 de agosto, poucos negócios foram registrados nas praças brasileiras, conforme levantamento realizado pelas consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário


Segundo dados apurados pela IHS Markit, a segunda-feira não registrou variações nas cotações da arroba entre as principais praças brasileiras. Dizem os analistas da consultoria, que o mercado do boi gordo ainda se mostra favorável aos compradores, já que as escalas de abate estão confortáveis e os frigoríficos operam com a maior parte de gado provindo de parcerias com grandes confinamentos e boitéis. Nas regiões do Brasil Central, onde há operações de engorda intensiva em boitéis, os custos com a diária rondam entre R$ 22 a R$ 24 por dia, o que significa um aumento médio de 40% quando comparado com a diária de confinamento na temporada de 2021, informou a IHS Markit. Já nas regiões Norte e Nordeste do País, o clima seco vem prejudicando as condições das pastagens, o que tem forçado a venda dos animais assim que atingem o peso ideal de abate, de modo a evitar perda de peso e potencial produtivo. Neste momento, informa a IHS, há relatos de plantas frigoríficas que estão operando com cerca de 50% de sua capacidade diária de abate e o mercado já mira as suas atenções para setembro. “Como geralmente ocorre, o início da semana começou devagar, com a maioria dos frigoríficos fora das compras”, disse a Scot Consultoria, referindo-se ao mercado paulista. As cotações dos animais terminados ficaram estáveis, com a referência para o boi gordo valendo R$ 295/@ em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha seguem cotadas R$ 274/@ e R$ 290/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), informa a Scot. Bovinos destinados à exportação, o chamado boi-China, estão cotados em R$ 305/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 30o/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).

PORTAL DBO


Receita com exportação de carne bovina pode superar US$ 1 bilhão em agosto

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o movimento das exportações de Carne bovina in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) indicam que se pode superar a receita de um bilhão de dólares até o final do mês


Fernando Iglesias, da Safras & Mercado, pondera que um ponto de atenção é que o frigorífico que opera somente no mercado interno não tem a mesma realidade. "A disparidade na formação de receita daqueles frigoríficos que exportam para os que operam apenas no mercado interno é grande e se forma, no médio e longo prazo, uma concentração de mercado. Para o ano deve ser recorde em volume em receita", disse. A receita obtida com as exportações de carne bovina até o momento, US$ 804 milhões representa 77,9% do montante obtido em agosto de 2021, que foi de US$ 1,031 bilhão No volume embarcado, as 128.548 toneladas, elas são 70,77% do registrado em agosto do ano passado, com 181.623 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 53.6 milhões e é 14,3% maior que a registrada em agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 3,9%. Em toneladas por média diária, foram 8.569 toneladas, houve avanço de 3,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparada a semana anterior, redução de 3,4%. No preço pago por tonelada, US$ 6.255, ele é 10,1% superior ao praticado em agosto do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,4%.

AGÊNCIA SAFRAS


SUÍNOS


Suínos: carcaça no mercado paulista cai R$ 0,10

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 141,00/R$ 145,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,96%/0,93%, valendo R$ 10,30/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), os preços não mudaram no Rio Grande do Sul e em São Paulo, custando, respectivamente, R$ 6,48/kg e R$ 7,58/kg. Houve recuo de 0,76% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,86/kg, baixa de 0,30% em Santa Catarina, caindo para R$ 6,63/kg e de 0,15% no Paraná, fechando em R$ 6,79/kg.

Cepea/Esalq


Exportações de carne suína tem alta no comparativo com agosto de 2021

Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "O Brasil está pouco a pouco conseguindo reduzir a dependência em relação à China, exportando para outros países da Ásia e também da América do Sul. Claro que a China ainda é o maior comprador, mas buscar outros mercados ainda é chave".


De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) tiveram bom desempenho em relação à agosto de 2021, mas registraram recuo em comparação à semana anterior. A receita obtida, US$ 145,9 milhões, já representa 74,5% do montante obtido em agosto de 2021, com US$ 195,6 milhões. No volume embarcado, as 62.041 toneladas são 76,2% do registrado em agosto do ano passado, com 81.417 toneladas. Na receita por média diária até a terceira semana do mês, de US$ 9.730, ela é 9,4% maior do que a de agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 15,6%. Em toneladas por média diária, 4.136 toneladas, houve avanço de 11,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Já no preço pago por tonelada, US$ 2.352, ele é 2,1% inferior ao praticado em agosto passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa recuo de 1,2%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Frango congelado ou resfriado cai 0,25%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,67%, custando R$ 7,37/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), tanto a ave congelada quanto a resfriada baixaram 0,25%, custando, respectivamente, R$ 8,09/kg e R$ 8,11/kg. Cepea/Esalq


Receita com exportações de carne de frango já são 86,4% da de agosto de 2021 Em 15 dias úteis

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de agosto (15 dias úteis) continuam se beneficiando de casos de influenza aviária no hemisfério norte e do conflito armado entre Rússia e Ucrânia


Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações brasileiras de carne de frango seguem indo muito bem tanto em volume quanto em receita porque "o Brasil tem uma fórmula quase infalível, já que exporta para mais de 100 países e tem uma presença muito forte no mercado halal, com uma capacidade de atender a este mercado específico que nenhum outro país tem. A influenza aviária é um fator muito importante, além do conflito Ucrânia e Rússia, que acaba tirando a Ucrânia do mercado. O câmbio é outro fator que também ajuda muito na conta das exportações. E assim como no Brasil, em muitos outros países o cenário de poder de compra do consumidor reduzido faz com que parte da população busque a carne mais acessível, no caso, o frango", argumentou. A receita obtida com as exportações de carne de frango até aqui, US$ 533,3 milhões, representa 86,4% do montante obtido em agosto de 2021, que foi de US$ 616,7 milhões. No volume embarcado, as 254.021 toneladas são 72,4% do registrado em agosto do ano passado, com 350.839 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 35,5 milhões, valor 26,8% a maior que o registrado agosto de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 12,8%. Em toneladas por média diária, foram 16.934 toneladas, houve crescimento de 6,2% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, observa-se diminuição de 12,12%. No preço pago por tonelada, US$ 2.099, ele é 19,4% superior ao praticado em agosto do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,86%.

AGÊNCIA SAFRAS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná registra relatos de perdas por geadas no trigo do sudoeste, diz Deral

Geadas atingiram o trigo do Paraná no sábado e resultaram em "relatos" de perdas em lavouras do sudoeste do Estado, onde a maior parte das áreas está em fases suscetíveis a danos pelo frio, afirmou na segunda-feira um especialista do Departamento de Economia Rural (Deral).


Geou na região de Francisco Beltrão, núcleo regional que tem a terceira maior área plantada com trigo na temporada atual, com 121,5 mil hectares. Nessa área, mais de 70% do trigo está em fases sujeitas a perdas, entre floração e frutificação, de acordo com dados do departamento do governo paranaense. O Estado havia sido atingido por geadas na sexta-feira, que foram mais fracas que as de sábado nessas áreas. No final da semana passada, o fenômeno climático também foi verificado no Rio Grande do Sul, afetando lavouras. Mas ainda é cedo para estimar perdas, que só começam a ficar mais claras após alguns dias, e avaliar o impacto para o país, um importador líquido do cereal. "Já temos relatos de perdas de trigo no Regional de Francisco Beltrão. Ainda é cedo para fechar algum número, mas acredito que as condições de lavoura a serem divulgadas amanhã (na terça-feira) devem dar um primeiro indicativo", disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral. Pela estimativa atual, que não considera eventuais prejuízos por geadas, o Brasil tem potencial de produzir uma safra recorde acima de 9 milhões de toneladas de trigo em 2022, após produtores aumentarem o plantio por conta de bons preços, especialmente no Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul, com safra estimada pela estatal Conab em 4 milhões de toneladas, 9% das áreas estão em floração e 1% em enchimento de grãos, fases em que as geadas provocam mais perdas, segundo a Emater. O Paraná tem safra estimada pela Conab em 3,9 milhões de toneladas, o que seria mais de 20% acima do visto na temporada passada. Mais de 10% da área do Estado está em fases sujeitas a perdas. "Além da possibilidade de geadas tardias, ainda podemos ter chuvas na colheita. Apesar dos eventos recentes, continuamos tendo possibilidade de superar a safra anterior, em uma análise preliminar. Esperar para ver, agora", acrescentou Godinho. A colheita de trigo no Paraná está em fase inicial no Estado. Além de ameaçar algumas lavouras de trigo, o frio intenso tem prejudicado os primeiros trabalhos de plantio de milho da nova safra (2022/23), segundo analistas. "Concentrada neste primeiro momento nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a semeadura (de milho) andou pouco devido à previsão de temperaturas próximas de 0ºC no fim de semana", afirmou em nota a consultoria AgRural, na segunda-feira. Segundo a empresa de análises, o plantio do milho verão havia alcançado na quinta-feira 1,8% da área estimada para o centro-sul do Brasil, com tímido avanço sobre o 1,6% da semana passada e atraso em relação aos 4,1% do ano passado. Sobre a colheita da segunda safra de milho deste ano, os trabalhos tinham sido realizados em 89,5% da área cultivada no centro-sul, contra 85,4% uma semana antes e 79,1% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da AgRural. O ritmo poderia ter sido mais acelerado, mas chuvas registradas em São Paulo, no Paraná e especialmente em Mato Grosso do Sul tornaram os trabalhos mais lentos, acrescentou a consultoria.

REUTERS


Ministro do Meio Ambiente conhece iniciativas sustentáveis da indústria do Paraná

Joaquim Leite visitou duas empresas na região de Curitiba e se reuniu com empresários no Campus da Indústria do Sistema Fiep


O Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recebeu, na segunda-feira (22), em Curitiba, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Ele esteve no Campus da Indústria, onde teve um encontro com industriais e executivos ligados à área ambiental de empresas e organizações paranaenses. O ministro visitou as fábricas da Volvo, em Curitiba, e da Renault, em São José dos Pinhais, que investem em pesquisas para desenvolver tecnologias para redução de emissões em seus veículos. “A gente veio ver tecnologias para as novas rotas, como as híbridas e as elétricas. E o Brasil é um país de todas as rotas”, justificou Leite. “Como ministro, gosto de vir ao local, conversar e ir para dentro das fábricas. O que eu vi aqui é uma indústria que olha para a sustentabilidade de uma forma bem clara, que traz soluções bastante inteligentes”, completou. Medida destacada pelo ministro foi o programa Metano Zero, que zerou os impostos federais para equipamentos utilizados em usinas de biogás e biometano. “O biometano pode substituir o diesel em veículos pesados, como ônibus, caminhões e tratores. E a redução desses impostos reflete em 11% no custo desses equipamentos. Esse é um belo exemplo de como a gente pode incentivar políticas na direção de uma nova economia verde e geração de emprego verde”, explicou. Outra área em que o ministério tem atuado é na regulamentação do mercado de créditos de carbono, uma tendência global considerada essencial para a redução e equilíbrio das emissões de gases de efeito estufa. “O governo editou um decreto que criou a certidão de nascimento do mercado de carbono regulado brasileiro. Criamos um mercado que tem uma plataforma única de registro para garantir transparência e não dupla contagem”, explicou. Segundo Leite, o mercado do país tem alguns componentes inovadores. “O primeiro mercado regulado do mundo que tem o agro dentro é o mercado brasileiro, porque nós temos oportunidade de ser exportadores de créditos de diversas fontes, como energias renováveis, indústria de baixa emissão e agricultura, em diversas formas”, relatou, acrescentando ainda que o Brasil já assinou um acordo bilateral com o Japão para exportação créditos de carbono, além de negociar com outros três países.

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fica perto da estabilidade apesar de rali externo da moeda

O dólar fechou em torno da estabilidade na segunda-feira, com taxas acima de 5,20 reais atraindo vendas conforme a moeda perdeu fôlego contra divisas de commodities em meio a uma tentativa de recuperação das matérias-primas


O bloco de moedas emergentes beneficia-se em parte de preços mais altos de commodities --que nos países desenvolvidos se traduz em mais inflação-- e de taxas mais altas de juros, que funcionam como um amortecedor a pressões cambiais. O dólar à vista terminou com variação negativa de 0,09%, a 5,164 reais. Já o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,73%, a 108,940. O Bradesco nota em relatório que a cautela predomina nos mercados por causa do simpósio de Jackson Hole, que reunirá nesta semana diversos economistas, políticos, empresários e autoridades monetárias de outros países. Os holofotes se voltam para as participações de dirigentes do Fed, especialmente do chair, Jerome Powell, que poderá trazer mais detalhes sobre a estratégia de condução da política monetária norte-americana nos próximos meses. Outro ponto de atenção é a China, que voltou a cortar taxas de juros. Estudo do Goldman Sachs mostra que o real é a moeda mais sensível a quedas nas expectativas para o crescimento econômico chinês e nos preços das commodities. A moeda brasileira está ainda entre as mais vulneráveis à queda do euro para 0,95 dólar e a um cenário de Fed duro no combate à inflação. Ainda que o real tenha escapado de uma depreciação neste começo de semana, algumas medidas de risco no câmbio seguem emitindo sinal amarelo. A volatilidade implícita em opções de taxa de câmbio para três meses --que inclui outubro, mês das eleições-- bateu novo pico em mais de dois anos nesta segunda-feira. E a expectativa de desvalorização da moeda voltou a impactar as taxas de FRA de cupom cambial na B3 --uma taxa de juros em dólar--, que caíram mesmo com a relativa estabilidade das cotações na sessão.

REUTERS


Ibovespa cai com exterior negativo de olho em juros dos EUA

O Ibovespa recuou na segunda-feira, acompanhando a tendência negativa de Wall Street, à medida que o mercado aguarda por discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta semana em Jackson Hole


Vale e Itaú Unibanco pressionaram o índice. Do outro lado, Petrobras se recuperou acompanhando a melhora do petróleo. Americanas disparou com anúncio de Sergio Rial para presidente-executivo. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 0,72%, a 110.693,45 pontos. O volume financeiro foi de 20,1 bilhões de reais.

REUTERS


Mercado reduz projeção do IPCA para 6,82% em 2022 e para 5,33% em 2023

Para o crescimento do PIB neste ano, a mediana das projeções do mercado voltou a subir, agora de 2,00% para 2,02%


A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2022 voltou a cair, agora de 7,02% para 6,82%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (22) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2023, as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) interromperam a sequência de 19 altas consecutivas das pesquisas anteriores, e recuaram de 5,38% para 5,33%. Para 2024, permaneceram em 3,41%. Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das estimativas manteve-se em 13,75% para o fim deste ano, 11,00% no de 2023 e 8,00% em 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic pela 12ª vez seguida, em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, na sua última reunião, nos dias 2 e 3 de agosto. A última vez em que a taxa havia ficado no patamar atual havia sido entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017. A próxima reunião do colegiado acontece nos dias 20 e 21 de setembro, para quando os diretores do BC informaram que avaliarão a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, agora de 2,00% para 2,02%. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) teve um leve ajuste para baixo, de 0,41% para 0,39%. Para 2024, permaneceu em 1,80%. A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre, em relação ao último do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de junho. O crescimento ficou em linha com o consenso das projeções de 82 analistas coletadas pelo Valor, mas a expectativa agora é que a economia enfrentará cenário adverso, com eleições, alta de juros e quadro internacional menos favorável. O PIB do segundo trimestre será conhecido em 1º de setembro. A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,20, segundo o Relatório Focus. Para 2023, o ponto-médio das estimativas para a moeda americana também ficou parado em R$ 5,20 entre uma semana e outra. Para 2024, permaneceu em R$ 5,10. A mediana das estimativas para o IPCA no fim deste ano manteve-se em 7,08% entre os economistas que mais acertam as previsões compiladas pelo BC para o relatório Focus, os chamados Top 5, de médio prazo. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a inflação oficial brasileira permaneceu inalterado em 5,42% entre eles. Para 2024, subiu de 3,10% para 3,35%. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Para o dólar, os campeões de acertos elevaram as estimativas de R$ 4,90 para R$ 5,10 no fim deste ano, e as deixaram paradas em R$ 5,00 no fim do ano que vem e no próximo.

VALOR ECONÔMICO


Índice de Clima Econômico volta a cair

ICE monitora tendências econômicas na América Latina. Brasil derruba o índice

O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil recuou 8,2 pontos no terceiro trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior. A queda veio depois de uma alta de 4,5 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2022. O dado foi divulgado hoje (22) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O ICE busca monitorar e antecipar tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A queda ficou abaixo daquela observada na média da América Latina, que chegou a 12,6 pontos. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, o Brasil ficou atrás de Paraguai (com alta de 9,9 pontos), Bolívia (1,7 ponto) e Equador (queda de 1,6 ponto). Com a queda, o ICE chegou a 54,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, um resultado abaixo da média da região (54,7 pontos). O Brasil teve o quinto pior resultado, ficando à frente de Argentina (25,8 pontos), Chile (36,2), México (48,7) e Peru (49,7). O resultado do Brasil no terceiro trimestre foi inferior aos registrados por Uruguai (122,6 pontos), Paraguai (101,1), Colômbia (72,6), Equador (70,5) e Bolívia (67,6 pontos). A queda do ICE no Brasil foi puxada pelo Índice de Expectativas, que busca mostra a opinião dos especialistas em relação ao futuro e que recuou 33,3 pontos. A pesquisa também questionou especialistas se eles consideravam que o Brasil estava enfrentando problemas de abastecimento de insumos e matérias-primas. Dos entrevistados, 13,3% disseram que sim, de forma grave, enquanto 66,7% responderam que sim, mas de forma moderada.

AGÊNCIA BRASIL


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