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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 195 DE 18 DE AGOSTO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 195 |18 de agosto de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Valor do boi-China recua para patamar próximo ao do boi gordo “comum”

Diante de escalas confortáveis e o avanço nas ofertas de gado de confinamento, a cotação dos bovinos com destino ao mercado chinês recuou R$ 5/@ no interior de SP, para R$ 305/@, informa a Scot Consultoria

Diante de escalas confortáveis e o avanço nas ofertas de gado de confinamento, os preços dos bovinos com destino ao mercado da China recuaram R$ 5/@ no interior de São Paulo, para R$ 305/@, informou a Scot Consultoria. Com essa queda, o valor do animal importado pelos chineses ficou mais próximo do boi gordo direcionado ao mercado doméstico, que atualmente vale R$ 300/@ – diferença de apenas R$ 5/@, de acordo com a Scot. O ágio dentre as categorias chegou a girar em torno de R$ 20/@ no mercado paulista. Segundo a IHS Markit, o mercado físico do boi gordo seguiu operando sob forte especulação baixista na quarta-feira, 17 de agosto. Nas contas das consultorias, as escalas de abate das indústrias brasileiras já adentram o mês de setembro, o que permite cadenciar melhor as compras de boiadas gordas. Segundo a IHS, as indústrias dispõem de ofertas de boiada gorda terminada no cocho, oriunda de parcerias com grandes invernistas ou de boiteis próprios. “Paralelamente, os pecuaristas confinadores que não estão com cobertura de contratos a termo acabam tendo que liquidar parte de sua produção, de modo a garantir margens mínimas e evitar maiores custos no cocho diante dos preços fragilizados”, relata a IHS. “Apesar da demanda doméstica registrar incremento neste início de mês, os movimentos de procura não são suficientes para absorver os grandes estoques”, observa a IHS. No mercado atacadista da carne bovina, a procura por reposição pela cadeia de distribuição e do varejo segue lenta, informa a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 30o/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 275/@ (à vista); vaca a R$ 260/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 262/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).

PORTAL DBO


Boi CEPEA: aumento na oferta de animais e fraco consumo interno pressionam preços

Atualmente, a referência, na média do Brasil, está em torno de R$ 300/@, mesmo com a forte demanda externa pela proteína, aponta o Cepea


O crescimento da oferta de boiadas no País e o fraco escoamento de carne bovina no mercado doméstico estão pressionando os preços do boi gordo no mercado físico, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório antecipado ao Broadcast Agro. Atualmente, a referência, na média do Brasil, está em torno de R$ 300/arroba, mesmo com a forte demanda externa pela proteína. O Cepea cita os dados preliminares divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam aumento de 4,07% no número de animais abatidos no primeiro semestre de 2022 ante igual período do ano passado, somando 14,28 milhões de animais. Segundo o Centro de Estudos, o volume está ligeiramente abaixo do acumulado de janeiro a junho de 2020, em 2,71%. “Mas já indica uma recuperação, o que, por sua vez, é resultado de investimentos em tecnologia realizados por parte de pecuaristas, sobretudo em inseminação artificial”, informa. No segundo trimestre deste ano, os números do IBGE mostraram que foram abatidos 7,32 milhões de cabeças. Quando desconsiderados os dados de 2021, o volume de animais abatidos de abril a junho de 2022 foi o menor desde 2011, quando somou 7,066 milhões. “Comparando-se os dados do segundo trimestre do ano atual com os de 2020 e de 2019, observam-se retrações na quantidade abatida, de 1,09% e de 7,76%, respectivamente”, avalia o Cepea. Segundo o centro de pesquisas, o cenário confirma o momento que a cadeia pecuária nacional enfrenta desde 2020, de restrição de oferta de animais no campo, seja pela questão de retenção de fêmeas, mas também pela condição de clima – seca dos pastos – e pelos custos elevados de alimentação para a engorda. “A recente recuperação na quantidade de animais abatidos foi acompanhada também por um crescimento no peso total da carcaça”, observa. De acordo com o Cepea, ainda citando o IBGE, no primeiro semestre de 2022 foram contabilizados 3,766 milhões de toneladas de carcaça bovina, número 4,08% maior que o de igual período de 2021 e 0,46% acima do de janeiro a junho de 2020.

O ESTADO DE SÃO PAULO


SUÍNOS


Suínos: preço do animal vivo sobe

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 141,00/R$ 145,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,50/R$ 10,90 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (16), houve aumento de 2,85% em São Paulo, chegando em R$ 7,58/kg, avanço de 1,96% no Paraná, custando R$ 6,77/kg, crescimento de 1,38% em Santa Catarina, avançando para R$ 6,62/kg, ampliação de 0,89% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,95/kg, e de 0,31% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,48/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango estável no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,39%, custando R$ 7,57/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,48/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (16), tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram baixa de 0,12%, custando, respectivamente, R$ 8,10/kg e R$ 8,12/kg.

Cepea/Esalq


Governo confirma decisão da África do Sul de suspender tarifa antidumping sobre frango congelado brasileiro

Medida valerá por até 12 meses


Os ministérios da Economia e das Relações Exteriores do Brasil confirmaram ontem, em nota conjunta, que a África do Sul suspendeu, por até 12 meses, as tarifas antidumping sobre as exportações brasileiras de cortes de frango congelados. O Ministério do Comércio e Indústria Sul-africano havia anunciado a decisão no começo do mês. No comunicado, as pastas afirmam que “mantiveram diálogo constante com as empresas brasileiras investigadas e com as autoridades sul-africanas, inclusive mediante manifestações técnicas relativas à investigação de dumping”. “O governo brasileiro seguirá atento ao caso na expectativa de que a suspensão temporária das tarifas antidumping se torne definitiva”, disseram os ministérios. Desde dezembro do ano passado, a África do Sul vinha aplicando tarifas antidumping, que variavam de 6% a 265,1%, direcionadas às exportadoras brasileiras de cortes de frango congelados. há 10 horas Agronegócios No ano passado, as exportações brasileiras para a África do Sul superaram US$ 1 bilhão, com 17% desse valor correspondendo as vendas de cortes de frango congelados.

VALOR ECONÔMICO


CARNES


Indústrias de aves e suínos projetam mais de US$ 800 milhões em negócios depois de evento Siavs

Realizado em São Paulo, teve 48 empresas expondo produtos e serviços em parceria de liderança do setor e a Apex-Brasil


Empresas de aves e suínos que participaram do Salão Internacional da Suinocultura e Avicultura (Siavs), na semana passada, em São Paulo, deixaram o evento com projeções de negócios superior US$ 800 milhões para os próximos 12 meses. O balanço foi divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor e realizou o evento. A projeção se refere à participação de 48 empresas, que expuseram seus produtos e serviços em uma parceria da ABPA com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). São companhias que têm negócios em carne de frango, pato, suínos, ovos e material genético. De acordo com o balanço da ABPA, foram concretizados durante o evento negócios que somaram US$ 544,3 milhões. Somando o que ainda há a expectativa de ser fechado depois do evento, o total pode chegar a US$ 880,3 milhões. O Siavs recebeu importadores de pelo menos 15 países. “Os números e as consultas mostraram que a promoção de negócios e o fomento à geração de receitas cambiais para as cadeias produtivas superou, e muito, as expectativas. O volume de negócios projetados e realizados nos corredores do Anhembi terá significativo impacto positivo na balança comercial da avicultura e da suinocultura do Brasil”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota divulgada pela entidade. Ainda segundo a associação, o evento, realizado entre os dias 9 e 11 de agosto, recebeu um público recorde: foram cerca de 21 mil visitantes de 53 países. A programação técnica do Siavs reuniu cerca de 2,3 mil congressistas e 80 palestrantes.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Camex torna definitivo corte de 10% de tarifa comum do Mercosul

Em vigor desde novembro de 2021, a redução em 10% da tarifa externa comum (TEC) do Mercosul tornou-se definitiva


A incorporação da medida à legislação brasileira foi aprovada na quarta-feira (17) pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia. A resolução entrará em vigor em 1º de setembro. A decisão não terá efeito prático sobre as alíquotas de importação brasileira. Isso porque, em maio, o governo promoveu uma redução adicional, também de 10%, para reduzir os impactos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Embora o Brasil e a Argentina tivessem fechado um acordo para diminuir a TEC em 10% em outubro de 2021, a medida só foi aprovada pelos outros países do bloco na reunião do mês passado, no Paraguai. A redução da TEC em 10% vale para cerca de 80% do universo tarifário e é a primeira ampla diminuição da tarifa desde a criação da taxa no Mercosul. Segundo o Ministério da Economia, a medida amplia a inserção dos países do Mercosul no comércio internacional e aumenta a competitividade e a integração das economias do bloco. O corte adicional de 10%, implementado pelo Brasil em maio, vigorará até o final de 2023. As negociações prosseguem dentro do Mercosul para aprofundar a redução tarifária do bloco. Em outra decisão, a Camex reduziu a tarifa de importação de sete produtos, que serão incluídos à Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec). Entre os itens beneficiados, estão airbags para proteção de motociclistas, proteínas do soro do leite, e complementos alimentares. Com a medida, as tarifas de importação desses produtos, que variavam de 11,2% a 35%, serão zeradas ou reduzidas a 4% a partir de 1º de setembro.

GAZETA DO POVO


Dois lados da Ponte da Integração se encontraram a partir da quarta-feira

Vão entre as duas partes foi fechado a partir da instalação da última aduela da ponte


Começou na quarta-feira (17) a instalação da última aduela da Ponte da Integração Jaime Lerner. É um trabalho de precisão que vai, pela primeira vez, conectar os dois lados da ponte que une as cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Franco. A expectativa do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), que toca a obra a partir das duas cabeceiras da ponte, é que o trabalho de construção da estrutura seja finalizado até dezembro de 2022. A instalação da aduela vai completar o vão de cerca de 6 metros que ainda havia entre as duas extremidades da ponte. A peça tem 28 toneladas, e o processo para colocá-la no lugar correto depende de condições climáticas favoráveis, como ausência de chuvas fortes e ventos intensos. Após esta etapa, devem ser instaladas as estruturas de guarda-corpo nas laterais da ponte. Na sequência, serão instalados os postes de iluminação e concluída a pavimentação da via. Mas os primeiros veículos só devem cruzar a ponte em 2023, uma vez que o funcionamento da nova Ponte de Integração está ligado à conclusão da nova rodovia perimetral leste em Foz do Iguaçu. De acordo com o DER-PR, a nova rodovia está com 16,5% das obras concluídas – a medição foi feita neste mês de agosto. A nova perimetral terá extensão de 15 quilômetros, ligando a Ponte da Integração e a rodovia BR-277. No trajeto estão previstos seis viadutos e duas novas aduanas, uma para a Argentina e outra para o Paraguai. O trecho entre a nova ponte e a rodovia BR-469 (Rodovia das Cataratas) deve ser finalizado até o final de 2022, aponta o DER-PR. Já o trecho restante da pista tem conclusão prevista para 2023. Segundo o DER-PR, a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná (SEIL) está buscando um acordo com a Receita Federal para que o trânsito na ponte seja liberado o mais breve possível. A proposta mais recente, e que atende as solicitações feitas pelos órgãos de controle aduaneiro, prevê a utilização temporária do trecho entre a ponte e a Rodovia das Cataratas para acesso de veículos de carga vazios e com fluxo exclusivo de saída do Brasil. Cercas devem ser instaladas para fechar as laterais do acesso, e estruturas precisam ser montadas na cabeceira da ponte para abrigar os agentes de segurança.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em alta de 0,54%, a R$5,1682

O dólar terminou em alta frente ao real na quarta-feira, colado no movimento da moeda no exterior e em dia de ata do Fed, que não sinalizou explicitamente continuidade dos super aumentos de juros em curso pelo banco central dos EUA


O dólar negociado no mercado interbancário subiu 0,54%, a 5,1682 reais. Ainda assim, a cotação deixou as máximas em torno de 5,18 reais vistas pouco antes da divulgação da ata do banco central norte-americano e tomou ainda mais distância do pico intradiário alcançado ainda pela manhã. Autoridades do Federal Reserve disseram no mês passado que o ritmo de aumentos da taxa de juros dependerá de dados, com alguns afirmando que os juros precisarão permanecer em um "nível suficientemente restritivo" por "algum tempo" para controlar a inflação, de acordo com a ata do encontro de 26 e 27 de julho. "No geral foi um documento mais 'dovish' (inclinado a amenizar a restrição monetária)", disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, que, no entanto, viu a ata como "datada". "O que vai fazer a diferença em termos de banco central americano é a próxima semana, quando haverá Jackson Hole. Lá, já com esses dados (de inflação e emprego) atualizados (eles) podem comentar sobre os próximos passos", completou, em referência ao famoso simpósio anual de banqueiros centrais organizado pelo Fed de Kansas City.

REUTERS


Ibovespa tem alta discreta

O Ibovespa fechou com um acréscimo discreto nesta quarta-feira, em mais uma sessão sem tendência definida, marcada pela ata do Fed e queda de braço entre as ações da Vale e da Petrobras.


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,29%, a 113.840,03 pontos, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, chegou a 114.146,23 pontos. No pior, a 112.482,58 pontos. Elétricas figuraram entre as maiores altas. Papéis de varejo, entre as maiores baixa. O volume financeiro somava 26,4 bilhões de reais, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

REUTERS


IGP-10 tem 1° recuo mensal desde final de 2021 com redução do ICMS e alívio de commodities

A redução do ICMS sobre os setores de energia elétrica e combustíveis seguiu fazendo efeito e o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) teve em agosto sua primeira deflação desde o final do ano passado, também refletindo queda nos custos de commodities importantes


Dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostraram na quarta-feira (17) que o índice caiu 0,69% neste mês, depois de subir 0,60% em julho. A deflação mensal foi a primeira desde dezembro de 2021 (-0,14%) e a mais intensa desde dezembro de 2018 (-1,23%). A expectativa era de queda de 0,60%, e, com o resultado do mês, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 8,82%, primeira leitura de um dígito desde julho de 2020 (+8,57%). O Índice de IPA (Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,65% em agosto, depois de subir 0,57% em julho. "Importantes commodities sustentam a queda do indicador (IPA), com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. Já o IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do índice geral, teve forte baixa de 1,56% no mês, contra alta de 0,42% em julho. Essa leitura ainda repercute a lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre vários setores econômicos, entre eles combustíveis e energia, explicou Braz, embora tenha alertado que seu efeito "deve perder força ao longo do mês de agosto". O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez subiu 0,74% em agosto, abaixo da taxa de 1,26% no período anterior. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

REUTERS


Melhoram as perspectivas para a produção das agroindústrias

Índice calculado pelo (FGV Agro) encerrou junho com variação positiva de 0,8% ante o mesmo mês de 2021


O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) encerrou junho com variação positiva de 0,8% em relação ao mesmo mês de 2021, mas na comparação com maio deste ano houve queda de 1%. Os resultados mostram que, em geral, a conjuntura econômica adversa continuou a limitar o ritmo das atividades no setor, mas as perspectivas são de resultados melhores neste segundo semestre. “O mercado interno deverá ficar mais aquecido até o fim do ano, seja devido à recuperação do mercado de trabalho, seja em decorrência das transferências de renda (direta ou indireta) promovidas pelo governo federal. No cenário externo, tem se observado uma redução dos custos de produção, com destaque para a queda do preço do petróleo e do valor do frete marítimo. A combinação desses fatores deverá aumentar a confiança do empresário industrial e dar fôlego adicional para a agroindústria”, avalia o FGV Agro. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a leve alta de junho foi sustentada por incrementos de 0,8% tanto no grupo formado por produtos não alimentícios, puxado por têxteis (3,2%), florestais (3,2% e fumo (2%), quanto no composto por alimentos e bebidas. Em relação a maio deste ano, contudo, houve retrações nos dois grupos - de 1,6% e 0,4%, respectivamente. Assim, o PIMAgro fechou o primeiro semestre deste ano com queda de 0,4% em comparação com igual intervalo de 2021. “Mas, apesar de manter a tendência de contração, a variação acumulada média entre abril e junho (-0,7%) foi significativamente inferior à média observada entre janeiro e março (-2,9%)”, realçou o centro da FGV. Aliado à tendência de melhora do cenário econômico, esse arrefecimento da curva de baixa no segundo trimestre abriu espaço para os ajustes feitos para o resultado do indicador no acumulado do ano. No cenário base, o FGV Agro passou a projetar variação positiva de 1,9% no PIMAgro em 2022 - o quadro pessimista aponta alta de 0,4%, e o otimista, avanço de 3,3%. No início do ano, o cenário base indicava avanço de 0,2%, e o quadro pessimista indicava recuo de 1,6%. Ou seja, na pior das hipóteses traçadas no momento, o indicador encerrará o ano no azul.

VALOR ECONÔMICO


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