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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 191 DE 12 DE AGOSTO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 191 |12 de agosto de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


BOI: efeito nulo da entressafra

Os negócios do boi gordo seguem travados na maioria das praças brasileiras, informaram na quinta-feira, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário


Nas praças do interior de São Paulo, a cotação do macho terminado destinado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) já recuou R$ 4/@ ao longo desta semana, chegando a R$ 300/@ (valor bruto e a prazo), segundo dados da Scot Consultoria. No mesmo período de comparação, a cotação do boi-China, acumulou queda de R$ 5/@, atingindo R$ 310/@ no mercado paulista, informa a Scot. Os preços das fêmeas gordas também caíram durante a semana, e hoje são negociadas nas praças de São Paulo a R$ 278/@ (vaca) e R$ 292/@ (novilha), no prazo, relata a Scot. Os analistas do mercado também destacam a retração dos preços do boi gordo nas praças do Mato Grosso, o Estado com o maior rebanho bovino de corte do País. Nas contas da Scot, a referência média para o animal terminado nas regiões matogrossenses caiu R$ 5,50/@ ao longo da semana, “refletindo o impacto do anúncio de férias coletivas em três grandes plantas frigoríficas presentes no Estado”. Só nesta quinta-feira, as cotações do macho terminado e a vaca gorda recuaram R$ 2/@ nas praças do MT, chegando, respectivamente, em R$ 284/@ e R$ 268/@ (valor bruto e a prazo), informa a Scot, acrescentando que a novilha gorda ofertada na mesma região está cotada em R$ 276/@. Segundo a IHS Markit, em algumas unidades frigorificas espalhadas pelo Brasil, as programações de abate já avançam para até o fim de agosto. Na quinta-feira, a IHS Markit observou que indústrias de médio porte também iniciaram movimentos contidos de compras de gado para abate, seguindo, assim, o caminho atual traçado pelos frigoríficos de maior peso no mercado brasileiro. Além disso, continua a IHS, o desempenho mais contido das exportações de carne bovina brasileira neste mês de agosto (em comparação ao ritmo de embarques registrado em agosto/21) também fomenta a desaceleração da produção industrial da proteína. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 31o/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 275/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 262/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 263/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).

PORTAL DBO


Abate de bovinos cresceu 2,7% no 2º trimestre de 2022, diz IBGE

O abate de bovinos somou 7,322 milhões de cabeças no país de abril a junho, aumento de 2,7% ante igual período de 2021, segundo dado que consta nas “Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha: Primeiros resultados para o segundo trimestre de 2022”, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


Na comparação com o primeiro trimestre, o crescimento foi de 5,2% no abate de bovinos. O IBGE informou ainda que houve produção de 1,929 milhão de toneladas de carcaças bovinas no segundo trimestre. O volume representa uma alta de 2,3% frente ao segundo trimestre de 2021. Em relação ao primeiro trimestre, houve incremento de 5,1%. O instituto divulgou também dados sobre os curtumes investigados, que declararam ter recebido 7,41 milhões de peças inteiras de couro cru no segundo trimestre, com recuo de 2% em comparação ao segundo trimestre de 2021 e aumento de 4% em relação ao primeiro trimestre deste ano. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Suínos: preços se sustentam

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 135,00/R$ 140,00, enquanto a carcaça especial aumentou o preço em até 0,96%, valendo R$ 10,00/R$ 10,50 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (10), houve aumento de 0,28% em São Paulo, chegando em R$ 7,21/kg, e de 0,13% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,66/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná, custando R$ 6,48/kg, R$ 6,40/kg no Rio Grande do Sul e R$ 6,38/kg em Santa Catarina. Esta quinta-feira (11) se mostrou positiva para o setor da suinocultura independente, trazendo preços melhores nos principais Estados que comercializam os animais nesta modalidade.

Cepea/Esalq


Abate de suínos avança 6,6%

Entre abril e junho ante igual trimestre em 2021, o abate de suínos avançou 6,6% para 13,999 milhões de cabeças


Na comparação com o primeiro trimestre do ano houve aumento de 2,6%. O peso acumulado das carcaças de suínos chegou a 1,3 milhão de toneladas no segundo trimestre, com aumento de 6% em relação a igual período de 2021 e incremento de 4,5% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

VALOR ECONÔMICO


Suinocultura independente: preços em alta nas principais praças

Segundo o Cepea, o aumento das compras de novos lotes de animais para abate devido à maior demanda doméstica, e a oferta mais controlada têm impulsionado os valores


No Paraná, em relação a média semanal (entre os dias 03/08/2022 a 10/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta 3,16%, fechando a semana em R$ 6,52/kg. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,34/kg", informou. São Paulo registrou alta, saindo de 7,47/kg vivo para R$ 7,73/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço subiu de R$ 7,70/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo também aumentou, passando de R$ 6,76/kg para R$ 6,94/kg vivo.

AGROLINK


FRANGOS


Frango: mercado estável no PR E SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,39%, custando R$ 7,72/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (10), a ave congelada aumentou 0,87%, atingindo R$ 8,10/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,74%, custando R$ 8,12/kg.

Cepea/Esalq


Abate de Frango cai 2%

Foram abatidos no país 1,493 bilhão de frangos de abril a junho, o que representou quedas de 2% em relação a igual período de 2021 e de 3,4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano, conforme o IBGE


O peso acumulado das carcaças foi de 3,625 milhões de toneladas no segundo trimestre, com aumento de 0,6% em relação a igual período de 2021 e recuo de 3,7% frente ao resultado do primeiro trimestre de 2022. Ainda conforme o IBGE, a produção de ovos de galinha somou 992,4 milhões de dúzias no país de abril a junho, em queda de 0,6% ante igual trimestre de 2021. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, contudo, houve aumento de 1,6%.

VALOR ECONÔMICO


EMPRESAS


Marfrig dribla impacto de BRF e EUA e garante meio bilhão de dividendos

Companhia também aprovou um programa de recompra de ações que pode chegar a R$ 480 milhões


No primeiro balanço como controladora da BRF, a Marfrig Global Foods surge como uma gigante de R$ 140 bilhões em vendas anuais, o que a coloca entre as cinco maiores empresas do Brasil. Mesmo com o prejuízo da dona da Sadia, a firma de Marcos Molina fechou o segundo trimestre no azul e vai distribuir R$ 500 milhões em dividendos. Também aprovou um programa de recompra de ações que pode chegar a R$ 480 milhões. A Marfrig entregou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no trimestre, mas esse número não retrata o resultado operacional por incluir um efeito contábil de R$ 3,8 bilhões na mudança de tratamento do investimento na BRF, que passou a ser consolidada no balanço. Antes, os R$ 9 bilhões que a Marfrig investiu na dona da Sadia eram marcados a mercado pelo preço da ação. Desconsiderando esse efeito, a Marfrig teve um lucro de R$ 374 milhões. Esse montante é composto por um ganho de R$ 560 milhões na operação de carne bovina (na prática, a operação da companhia antes da consolidação) e um prejuízo de R$ 186 milhões na BRF, que reflete a fatia acionária da 33% que a Marfrig possui na empresa. Para uma comparação histórica que faça sentido, o lucro da Marfrig excluindo a BRF caiu 67% no segundo trimestre, saindo de R$ 1,7 bilhão no mesmo período do ano passado para os R$ 560 milhões. A queda reflete a normalização das margens da National Beef, que estava em níveis muito acima da média no ano passado. Como ocorreu com as demais empresas americanas de carne bovina, a National viu sua margem Ebitda recuar no trimestre, passando de históricos 24,3% a 13,4%. No trimestre, o Ebitda consolidado (que considera a BRF) atingiu quase R$ 4 bilhões, alta de 1,6%. Nesse caso, a inclusão da dona da Sadia ajuda. Só na National, o Ebitda caiu 49,6%, para R$ 1,9 bilhão. No negócio de carne bovina na América do Sul, o Ebitda aumentou 275% puxado pela maior oferta de gado e pelos preços maiores da carne exportada, totalizando R$ 678 milhões. “Se você olhar a média do mercado, nós vendemos acima dela”, disse o CEO da Marfrig, Miguel Gularte. Na região, 77% da receita veio da exportação. Em receita, a Marfrig cresceu graças à entrada da BRF nos resultados e à melhora dos negócios de carne bovina na América do Sul. Ao todo, o faturamento líquido aumentou 67,6% no trimestre, alcançando R$ 34,5 bilhões. Nessa mesma base de comparação, a receita da National Beef diminuiu 6,9% (para R$ 14,5 bilhões) ao passo que o negócio de carne bovina na América do Sul cresceu 41,6% (R$ 7,1 bilhões). A BRF contribuiu com R$ 12,9 bilhões, mas não há base de comparação já que a Marfrig não controlava a dona da Sadia no segundo trimestre do ano passado. Na estrutura de capital, a consolidação da BRF não arranhou tanto o índice de endividamento da Marfrig, que permanece em níveis considerados saudáveis pela empresa. Excluindo a BRF, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) teria aumentado de 1,36 vez para 1,67 vezes, o que é explicado pela queda do Ebitda da National Beef. Ao incluir a BRF, o índice de alavancagem passa para 2 vezes. Em entrevista coletiva, os principais executivos da Marfrig traçaram as perspectivas para os próximos meses. Nos Estados Unidos, a normalização das margens deve se tornar a tônica. “Não vemos uma grande mudança nas perspectivas de rentabilidade, a despeito dos efeitos sazonais”, disse Tim Klein, CEO da National Beef. Na América do Sul, por outro lado, o cenário é amplamente positivo, com a melhora das margens e a ampla oferta de gado no Brasil. “Tudo indica que vai continuar assim até 2024”, disse Gularte, fazendo coro às perspectivas positivas traçadas na véspera pela rival Minerva Foods. Para a Marfrig, também há o benefício da recuperação do food service.

VALOR ECONÔMICO


Lucro líquido da JBS caiu 9,8% no 2º trimestre

Resultado da maior empresa de proteínas animais do mundo alcançou R$ 3,9 bilhões


Na maior indústria de carnes do planeta, o efeito negativo da normalização das margens no negócio de carne bovina dos EUA começou a aparecer. No segundo trimestre, a brasileira JBS reportou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões, redução de 9,8% ante o mesmo período do ano passado. A magnitude da queda, no entanto, mostra a força que a diversificação regional e de proteínas tem para a JBS. Enquanto a Marfrig viu o lucro operacional cair 67%, o conglomerado dos irmãos Batista contou com os negócios de carnes de frango e suína nos Estados Unidos, e com a melhora das operações de carne bovina no Brasil e na Austrália, para aliviar o efeito. “Essa diversificação permite que a volatilidade do resultado seja muito menor, o que é uma vantagem competitiva tremenda”, disse ao Valor o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. Além da diversificação de proteínas (bovinos, frangos, suínos, cordeiros e aquacultura), a companhia produz no Brasil, na América do Norte, na Europa e na Oceania, posição sem paralelo no segmento de proteína animal. A receita da JBS cresceu 7,7% no segundo trimestre, totalizando R$ 921 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) — ajustado por itens não recorrentes — chegou a R$ 10,3 bilhões, queda de 11,5% (também um reflexo dos negócios de carne bovina nos EUA). Maior unidade de negócios da empresa, a JBS Beef North America teve uma receita líquida de R$ 5,5 bilhões no trimestre, alta de 2,7%. O Ebitda ajustado diminuiu 53,4%, para US$ 624 milhões, com a margem caindo 13,6 pontos, de 24,9% para 11,3%. Em contrapartida, as demais unidades de negócio melhoraram. Nos EUA, a Pilgrim’s Pride (de carne de frango) reportou um Ebitda de US$ 623 milhões, aumento de 67,7%. Por sua vez, o negócio americano de carne suína registrou um Ebitda de US$ 213 milhões, incremento de 33,8%. No Brasil, as duas divisões (Friboi e Seara) deixaram de ser penalizadas pela disparada de custos e contaram com a forte alta do preço das carnes de frango e bovina no mercado internacional para engordar as margens. No trimestre, a JBS Brasil (que inclui Friboi) teve uma receita de R$ 14,1 bilhões, avanço de 10,8%. O Ebitda chegou a R$ 803 milhões, praticamente dobrando. A margem do negócio de carne bovina no Brasil passou de apenas 3,4%, no segundo trimestre do ano passado, para 5,7%. No caso da Seara, a receita líquida aumentou 19,5%, chegando a R$ 10,7 bilhões no segundo trimestre. Nesse mesmo período, o Ebitda atingiu R$ 1,5 bilhões, aumento de 86,2%. Com isso, a margem chegou a 14,1%, aumento de cinco pontos percentuais. Em comparação, a BRF teve uma margem Ebitda ajustada de 10,6%. Financeiramente, a JBS manteve o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) em patamar confortável, afirmou Guilherme Cavalcanti, CFO do grupo. No trimestre, o indicador chegou a 1,64 vez, um ligeiro aumento em relação ao patamar de 1,36 vez registrado no fim de março. Esse aumento é um reflexo da dívida líquida maior. De acordo com Cavalcanti, a JBS chegou ao menor custo de dívida de sua história no segundo trimestre, de 4,4% ao ano. A melhora reflete a estrutura de capital da JBS, com as dívidas alongadas, e à conquista do grau de investimento conferido pelas três maiores agências de rating (S&P, Moody’s e Fitch). O executivo vê espaço para subir a nota de crédito da empresa em mais um nível, o que permitiria o acesso aos “commercial papers”, uma linha de crédito nos EUA que é 1 ponto percentual mais barata. Desde 2020, a companhia fez mais de R$ 11 bilhões em investimentos orgânicos (só no segundo trimestre foram R$ 1,5 bilhão) e R$ 12,3 bilhões em aquisições. Ao mesmo tempo, a JBS recomprou R$ 14,7 bilhões em ações e pagou cerca de R$ 11 bilhões em dividendos. Mesmo nesse ritmo, os números mostram que as ações da JBS continuam negociadas com um desconto relevante sobre a americana Tyson Foods. Enquanto os papéis da brasileira são negociados a um múltiplo (EV/Ebitda) de 3,1 vezes, a Tyson negocia a 6,7 vezes. Em doze meses, o Ebitda da JBS chegou a US$ 9,1 bilhões, e o da Tyson encostou em US$ 6 bilhões. Na bolsa brasileira, as ações da JBS caíram 15,2% de janeiro até agora, com os investidores já antecipando uma queda de margens no negócio de carne bovina nos Estados Unidos. A companhia está avaliada em US$ 69 bilhões.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Conab: estimativa aponta recorde para milho 2ª safra com produção superior a 87 milhões de toneladas

Os produtores de milho deverão colher na segunda safra do cereal 87,4 milhões de toneladas na temporada 2021/22, aponta o 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado na quinta-feira (11/08) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), redução de 1 milhão de toneladas em relação a previsão anterior


Com o bom desempenho das lavouras, a atual estimativa da Companhia para a produção total de grãos para esta temporada está em 271,4 milhões de toneladas, acréscimo de 6,2% ao colhido em 2020/21, ou seja, 15,9 milhões de toneladas. A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 79% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra de milho este valor representa a maior produção registrada na série histórica. O número já considera a redução de produtividade, quando comparado com o levantamento anterior, devido ao impacto da falta de chuva e ataques de pragas em importantes regiões produtoras, como o Paraná. Em relação ao ciclo anterior, o aumento na produção chega a 44%. Para o feijão, a segunda safra está praticamente finalizada restando apenas alguns talhões que devem ser colhidos ainda na primeira quinzena de agosto. Mesmo com as oscilações climáticas registradas durante o ciclo, a produção deve alcançar em torno de 1,36 milhão de toneladas, representando um incremento de 19,5% em relação à temporada anterior. Sobre a terceira safra da leguminosa, os técnicos da Companhia verificaram que as lavouras já foram implantadas, seguindo em plena evolução do ciclo. Houve redução na área plantada em comparação a 2020/21, especialmente em razão da grande concorrência com o cultivo de milho e trigo, cereais que expandiram suas áreas de abrangência neste ciclo. Ainda assim, a produção total do grão ficará próximo a 3 milhões de toneladas. Dentre os produtos de inverno, a semeadura das culturas foi finalizada em julho. Para o trigo, principal produto semeado, estima-se uma produção recorde de 9,2 milhões de toneladas. Esse aumento esperado na produção de 19,3% é reflexo de uma maior área plantada, com crescimento expressivo no Rio Grande do Sul – chegando a 18% no estado gaúcho se comparado com a safra passada –, aliado a uma expectativa de aumento na produtividade. Produtos de 1ª safra, as lavouras de soja e arroz têm produção estimada em 124 milhões de toneladas e 10,8 milhões de toneladas, respectivamente. O resultado da oleaginosa é reflexo da severa estiagem ocorrida no final de 2021 no Sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul. O clima também influenciou a produtividade do arroz, que, aliado a uma menor área plantada, teve a colheita reduzida em 8,4% em relação à safra passada. No caso do milho 1ª safra, a produção se manteve praticamente estável, em volume próximo a 25 milhões de toneladas.

CONAB


Crédito rural: recursos do pronaf no plano safra irão aumentar em 12%.

Em virtude da forte demanda por financiamentos de custeio no Pronaf, nesse início de safra, foi autorizada a destinação de mais R$ 6,54 bilhões de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional para financiar os agricultores familiares, o que representa um aumento de 12% (passando de R$ 53,6 bilhões para R$ 60,1 bilhões)


A maior parte, R$ 4,74 bilhões, virá de recursos novos a partir da alocação de mais R$ 126,8 milhões de recursos orçamentários em 2022 para o Plano Safra 2022/23. A outra parte, R$ 1,8 bilhão, será proveniente de remanejamentos no âmbito dos bancos públicos federais (Caixa, BNDES e do Banco do Brasil). Esses recursos serão destinados aos bancos que operam Pronaf Custeio e que já sinalizaram insuficiência de recursos para atender a demanda dos agricultores. Assim, R$ 6,07 bilhões serão encaminhados ao Banco do Brasil e R$ 474 milhões, ao BNDES. O BNDES será contemplado ainda com ampliação de recursos no Programa Agricultura de Baixo Carbono - ABC (R$ 287,5 milhões) e Programa de Construção e Ampliação de Armazéns - PCA (R$ 438,5 milhões). Com isso, a expectativa é que não haja interrupção na concessão de financiamentos, sobretudo de custeio, nesse momento em que a safra começa a ser plantada e no atendimento prioritário aos pequenos agricultores. Lançado em julho, o Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 340,9 bilhões para financiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Dos R$ 340,9 bilhões, já foram contratados R$ 30 bilhões, o que corresponde a 8,8% do total. Mais de 90% dos recursos estão disponíveis para contratação por meio das diferentes instituições que operam no crédito rural, nas modalidades de custeio, comercialização e investimento.

OCEPAR


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem maior alta em mais de 1 semana com mercado vendo juro mais alto nos EUA

O dólar deu um salto na quinta-feira, acompanhando de perto a recuperação da moeda no exterior e a piora em medidas de risco em meio a dúvidas sobre uma diminuição do ritmo de altas de juros nos EUA


A cotação à vista subiu 1,46%, a 5,1597 reais, maior alta percentual diária desde o último dia 2 (1,93%). Os menores níveis do dólar foram tocados ainda pela manhã, quando dados de preços ao produtor nos EUA surpreenderam com deflação em julho. O relatório veio apenas um dia depois de a inflação ao consumidor do país em julho ter ficado zerada na base mensal. Ambos ofereceram a investidores esperanças de que o Fed (o banco central dos EUA) pudesse amenizar a velocidade do aperto monetário. Contudo, autoridades do banco central jogaram água fria nessa expectativa, deixando claro que o Fed ainda está longe de declarar vitória contra a alta dos preços e que a inflação segue inaceitavelmente alta. O índice do dólar frente a uma cesta de moedas praticamente zerou toda a queda de 0,56% registrada mais cedo, à medida que as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano viraram para cima e as ações em Wall Street apagaram fortes ganhos de mais cedo. O índice Nasdaq --composto por empresas que sentem mais as altas de juros-- subiu 1,33% na máxima, mas sofreu uma virada e terminou o pregão em queda preliminar de 0,58%. "O dólar está no mundo em patamar mais alto, o movimento do Fed está mais forte, existe uma reprecificação na curva de juros dos EUA. (...) Na margem os vetores para o dólar aqui vêm mais lá de fora, por isso estamos em processo de revisão de cenário para o dólar", disse Arthur Mota, economista do BTG Pactual. O BTG espera, por exemplo, que a Fed fund alcance cerca de 4% ao fim do ciclo, contra expectativa geral do mercado em torno de 3,6%. O banco calcula uma alta de 0,50 ponto percentual no juro norte-americano em novembro, ante estimativas do mercado de 0,25 ponto.

REUTERS


Ibovespa sucumbe à realização de lucros e cai após 7 altas

O Ibovespa fechou em baixa na quinta-feira, encerrando uma série de sete pregões em alta, com BRF e Petrobras puxando o movimento de realização de lucros em sessão repleta de balanços corporativos brasileiros

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,28%, a 109.925,86 pontos, segundo dados preliminares. O volume financeiro somava 31 bilhões de reais. No melhor momento do dia, o principal índice da bolsa paulista alcançou 111.309,64 pontos, máxima intradia em mais de dois meses, o que chegou a ampliar a alta acumulada no mês a quase 8%. Nos sete pregões anteriores, o Ibovespa contabilizou ganho de 7,8%.

REUTERS


Setor de serviços do Brasil cresce 0,7% em junho, diz IBGE

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,7% em junho em relação ao mês anterior e teve alta de 6,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,5% na comparação mensal e de 6,1% na base anual.

REUTERS


Exportação/Cepea: receita com exportações do agro é recorde no 1º semestre

O forte crescimento da demanda mundial por alimentos e energia tem elevado os preços de produtos do agronegócio desde o início de 2021. Em 2022, a guerra na Ucrânia agravou o quadro de oferta e demanda, que já estava apertado por conta da pandemia, que, vale lembrar, levou à redução das operações entre os países produtores, com consequentes desarranjos nas cadeias globais de valor e aumento no frete marítimo


O cenário de preços em forte alta no mercado internacional garantiu ao agronegócio brasileiro, importante exportador mundial de alimentos e energia, sucessivos recordes de receitas nas vendas externas. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia), mostram que, de janeiro a junho de 2022, o volume exportado pelo agronegócio nacional recuou 1% frente ao mesmo período do ano anterior, mas os preços em dólar subiram 28%. O faturamento somou US$ 79 bilhões no primeiro semestre, sendo 26% acima do registrado no mesmo período de 2021 e um recorde. Mesmo diante de faturamento em dólar recorde, em moeda nacional, a receita real não apresentou o mesmo desempenho, devido ao processo inflacionário observado no Brasil ao longo do primeiro semestre de 2022. A alta do preço real em Reais no primeiro semestre de 2022 frente ao mesmo período de 2021 se limitou a aproximadamente 6%. Quanto aos produtos exportados pelo agronegócio nacional de janeiro a junho deste ano, os do complexo da soja continuam liderando o desempenho do setor. A soja em grão e seus derivados representaram quase 48% do faturamento externo do agronegócio no primeiro semestre de 2022, seguidos por carnes, produtos florestais, café e os do complexo sucroalcooleiro. Do lado comprador, o destaque foi a China, como esperado (representando 35% do faturamento externo do agronegócio), seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos (com 16% e 6,5%, respectivamente). Nos primeiros seis meses de 2022, a participação do agronegócio no saldo comercial do País foi de 48%, superando a participação obtida no mesmo período de 2021. Com esse resultado, a balança comercial do setor (exportações menos importações de produtos agrícolas) ficou positiva, em mais de US$ 70 bilhões, compensando o déficit comercial dos outros setores da economia brasileira e contribuindo para um superávit comercial de mais de US$ 30 bilhões. As atenções neste segundo semestre estão voltadas ao andamento da safra no Hemisfério Norte. A colheita nos Estados Unidos e a evolução dos embarques dos grãos ucranianos terão papel crucial na contenção da escalada dos preços dos alimentos – que, ressalta-se, já tem mostrado certa desaceleração.

Cepea


Safra 2022 baterá recorde e será 4% maior que a do ano passado, estima IBGE

Levantamento aponta produção de 263,4 milhões de toneladas na safra atual, 10,2 milhões de toneladas a mais do que em 2021


A safra agrícola de 2022 deverá totalizar 263,4 milhões de toneladas, alta de 4% em relação ao resultado de 2021, o equivalente a 10,2 milhões de toneladas a mais, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado na quinta-feira, 11, pelo IBGE. Se confirmada, será uma safra recorde. Em relação ao LSPA de junho, a projeção para a produção agrícola de grãos em 2022 foi ajustada para cima, com alta de 0,8%. Além disso, os produtores brasileiros deverão colher 73 milhões de hectares na safra agrícola de 2022, alta de 6,4% em relação à área colhida em 2021, o equivalente a 4,4 milhões de hectares a mais.

O Estado de São Paulo


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