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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 19 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 1 | nº 19| 30 de novembro de 2021



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Cotação do boi gordo abre a semana firme, com registro de altas em algumas praças brasileiras

Nas praças paulistas, a referência de preços segue em R$ 316/@ para o boi gordo, R$ 295/@ para vaca gorda e R$ 305/@ para novilha pronta para abater, segundo as informações da Scot Consultoria


Segundo dados levantados nesta segunda-feira (29/11) pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, a referência de preços segue em R$ 316/@ para o boi gordo, R$ 295/@ para vaca gorda e R$ 305/@ para novilha pronta para abater (preços brutos e a prazo). “Com as escalas completas para a semana, os compradores avaliaram o mercado nesta segunda-feira e, portanto, poucos negócios foram reportados”, informa a Scot. De acordo com a IHS, as poucas unidades frigoríficas brasileiras que estiveram ativas durante o dia visaram preencher lacunas nas escalas de abate desta semana. “Com a programação feita até o começo da próxima semana, muitas indústrias saíram dos negócios e passam a aguardar a dinâmica do consumo de carne bovina durante esta virada de mês”, relata a IHS. Entre regiões acompanhadas pela consultoria, os preços da arroba do boi reagiram nos Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Maranhão. No Centro-Oeste, informa a IHS, as indústrias locais conseguiram fixar novos negócios por meio da elevação dos preços da arroba, o que permitiu a formação de escalas de abate até o dia 4 de dezembro. Em Minas Gerais, frigoríficos locais optaram pela aquisição de fêmeas com foco em preencher lacunas nas programações de abate desta semana. No Pará, lotes volumosos, com boa qualidade de acabamento e com boa localização (proximidade das plantas frigoríficas) geraram acréscimo diário de até R$ 300/@ nos preços do boi gordo. No Maranhão, compradores tiveram que operar com uma arroba a R$ 295/@ para fixar novos negócios, informa a IHS. Nas demais regiões brasileiras, os preços do boi gordo seguem firmes. Na bolsa B3, assim como na sessão anterior, o dia foi marcado por muita cautela entre os agentes e preços voláteis. Os contratos futuros com vencimento para o ano de 2022 estão operando acima de R$ 330/@, efeito da manutenção da oferta enxuta de animais terminados e da expectativa de retorno da China ao mercado comprador de carne bovina brasileira. No atacado, os preços dos principais cortes bovinos se mantiveram estáveis na segunda-feira, relata a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 296/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 315/@ (prazo) vaca R$ 296/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 288/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca a R$ 291/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 298/@ (prazo) vaca a R$ 288/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista).

PORTAL DBO


Oferta restrita de boi ainda sustenta preços da carne

É o que aponta novo levantamento da Scot Consultoria


A carne bovina no varejo de São Paulo está 6,2% mais cara do que antes do embargo da China à proteína brasileira - que começou em 4 de setembro, após a confirmação de dois casos atípicos de doença da “vaca louca”, em Mato Grosso e Minas Gerais. Nem a queda vertiginosa das exportações e a demanda interna limitada pela redução do poder de compra da população frearam as cotações, em boa medida sustentadas pela oferta restrita. Na última quarta-feira, a média dos cortes bovinos no atacado paulista ficou em R$ 36,56, avanço de 10% desde 3 novembro e de 16,5% em relação a 1º de setembro, segundo levantamento da Scot Consultoria. As carnes do dianteiro (como acém e cupim), que estavam mais baratas no começo deste mês do que antes da suspensão, subiram para R$ 23,50 e agora estão apenas 0,94% abaixo do patamar pré-embargo. Os cortes do traseiro (picanha e filé mignon) avançaram 21% na comparação, para R$ 41,46 por quilo, em média. No varejo de São Paulo, o quilo do produto atingiu R$ 45,46 na quarta-feira, em média, o que representa aumento de 3,45% em novembro e de 6,2% desde o início do embargo. Mas, vale reforçar, os volumes vendidos estão limitados pela baixa do poder aquisitivo. Essa firmeza dos preços da carne reflete o ciclo de baixa oferta da pecuária de corte. Na semana passada, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) ressaltou, em nota, que a oferta de animais caiu ainda mais em novembro por causa da melhora nas condições das pastagens. O regime de chuvas em outubro favoreceu o desenvolvimento do capim, e os produtores seguraram o gado no pasto para fazer frente ao recuo das cotações do boi. Segundo a Scot, descontados impostos e a prazo, a arroba caiu 15,5% entre 3 de setembro e 3 de novembro em São Paulo, passando de R$ 305,50 para R$ 258. A estratégia dos pecuaristas surtiu efeito e as cotações subiram 20% desde então, a R$ 311,50 ontem. O valor supera o praticado na data anterior ao embargo. As exportações brasileiras de carne bovina caíram 43% em outubro, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo).

VALOR ECONÔMICO


Mercado de carne bovina a pasto deve crescer mais US $ 6,3 bilhões na próxima década

Este ano, o mercado global de carne bovina produzida a pasto chegará a US $ 11,6 bilhões, de acordo com o último estudo divulgado pela Future Market Insights (FMI), mas haverá pelo menos 10 anos de crescimento acelerado. O mercado deve atingir US $ 17,9 bilhões, crescendo a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 4,4% durante o período de previsão de 2021 a 2031


Nos últimos anos, a carne para churrasco emergiu como uma tendência popular em todo o mundo, especialmente nos países ocidentais. De acordo com a revista Quick-Service e Fast Casual Restaurant (QSR), quase 95% da população dos EUA gosta de carnes grelhadas (churrasco), como filés, costelas e outros. A carne bovina é a carne preferida para churrasco devido ao seu sabor. As vendas de carne bovina produzida a pasto devem aumentar 3,7% CAGR em termos de volume até 2031. Com a tendência crescente para o consumo de produtos alimentícios de alta qualidade, os consumidores estão cada vez mais optando por produtos com certificações e rotulagem de garantia de qualidade. Como a carne bovina produzida a pasto é mais saudável e nutritiva do que os produtos convencionais de carne bovina e é considerada uma fonte rica em vitamina B6 e B3, selênio, carnosina e creatina e zinco, está ganhando imensa popularidade entre os amantes de carne. De acordo com o FMI, o setor de serviços de alimentação deve emergir como o segmento de uso final mais lucrativo no mercado global. A crescente demanda por molhos, glacê, marinadas, produtos assados ​​e outros feitos com carne de qualidade premium em hotéis e restaurantes está impulsionando o crescimento do segmento. “Os principais participantes estão enfatizando a obtenção de certificados de qualidade alimentar, como Kosher, Halal e Beef Quality Assurance (BQA) para capitalizar sobre a crescente demanda por produtos alimentícios de qualidade premium. Espera-se que isso seja um bom presságio para o crescimento do mercado”, disse o FMI analista. O consumo crescente de refeições prontas e a demanda crescente por produtos alimentícios embalados convenientes devem impulsionar as vendas de carne bovina processada produzida a pasto. Além disso, o aumento da demanda por carne congelada para exportação, devido à sua capacidade de permanecer fresco durante o transporte, está estimulando as vendas em todo o segmento de formato de carne congelada. Os principais participantes do mercado global, como JBS Foods, Tyson Foods, Australian Agricultural Company Limited, Hormel Foods Corporation, Cargill e Conagra Brands, devem responder por cerca de 30% a 50% da receita global até 2031.


Custo de produção mantém bovinocultura de corte em alerta

Pecuarista tem de focar na gestão eficiente da propriedade. Cenário foi apresentado em Comissão Técnica da FAEP


Os altos custos de produção e as dinâmicas de mercado devem continuar a pressionar as margens dos produtores dedicados à bovinocultura de corte nos próximos meses. As análises foram apresentadas na reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP, na segunda-feira (29) que contou com o especialista em gestão Luciano Araújo, da empresa Terra Desenvolvimento Agropecuário, e de Maurício Velloso, Presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon). “Muito se fala das turbulências que estamos vivendo agora. Vocês vão achar que esse momento foi ‘café pequeno’, coisa de pouca monta. As turbulências serão bem mais radicais. A nossa constante será a inconstância”, definiu Velloso. Por um lado, o Presidente da Assocon mencionou barreiras comerciais – “travestidas de barreiras ambientais, técnicas ou sanitárias” – como elementos que devem continuar interferindo de forma aguda na atividade. Por outro lado, Velloso projeta que o Brasil deva assistir, nos próximos meses, a inversão do ciclo pecuário, com maior oferta de animais de reposição, preços em queda e fêmeas colocas para abate. “Temos uma demanda interna que não é espetacular, mas é forte. E forte o suficiente para enxugar o maior segundo giro de confinamento que já tivemos. Mas esse estoque está acabando. É preciso que os animais novos tenham pastagem de qualidade e suplementação para serem terminados. E não vão ser terminados no primeiro semestre [de 2022]”, observou. “Nosso desafio reside na capacidade de produzir o melhor que pudermos em termos de custos”, destacou. Velloso também apresentou dados de mercado que expõe a compressão das margens do produtor. Na década de 1980, com a arroba negociada a uma média de R$ 407, o produtor obtinha um lucro líquido de R$ 779 por hectare. Essa relação foi piorando ao longo dos anos. Entre 2016 e 2020, a arroba esteve num patamar médio de R$ 248 e as margens despencaram para R$ 205. Araújo, por sua vez, ressaltou alguns indicadores de gestão em que o produtor não pode perder o foco. Dentre eles, o especialista destaca o ganho médio diário (GDM) e o desembolso com cabeça. Para que a atividade remunere o produtor, é preciso gerar um resultado mensal de cerca de R$ 2 mil por hectare e que esses rendimentos correspondam a uma média de 6,5% do patrimônio da terra e 25% do valor do rebanho. Paralelamente, ele reforçou a importância de o pecuarista fazer a gestão “da fazenda, como um todo”. “Mais do que pensar no bem produzido, o pecuarista tem que trabalhar os resultados da fazenda. Se meu negócio é a pecuária, meu principal ativo não é o boi, é a fazenda” afirmou. Ao mesmo tempo, ele reforçou a importância de o pecuarista fazer a gestão “da fazenda, como um todo”. Do total que o bovinocultor de corte empenha para manter a produção, em média, 23,7% devem ser destinados aos insumos do rebanho e 11,3% a pastagens e máquinas. Demais desembolsos se concentram em mão de obra (7,4%), administração e impostos (4,4%), manutenção da fazenda (5,3%) e outros (0,4%). O especialista também orientou os produtores a buscarem sempre o equilíbrio do que chamou de “três caixas”: dinheiro, rebanho e pasto.

FAEP


SUÍNOS


Suínos: mercado estável na segunda-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 140,00/R$ 145,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,40/R$ 10,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, segundo o Cepea/Esalq, com informações referentes à sexta-feira, (26), houve aumento somente em Santa Catarina, na ordem de 0,15%, chegando a R$ 6,73/kg.

Os preços não mudaram nas principais praças acompanhadas pelo órgão, com R$ 7,47/kg em Minas Gerais, R$ 6,57/kg no Paraná, R$ 6,34/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 7,73/kg em São Paulo.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango: segunda-feira tem cotações estáveis ou em queda

Segundo o Cepea/Esalq, o movimento de baixa está atrelado ao fraco ritmo de vendas da proteína no mercado atacadista


Agentes consultados pelo Cepea indicam que vendedores estão reajustando negativamente as cotações, no intuito de elevar a liquidez e evitar aumento de estoques. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,55/kg. Na cotação do animal vivo, os valores não variaram em Santa Catarina, com R$ 3,70/kg, e no Paraná, com R$ 5,77/kg, e também em São Paulo, com R$ 5,00/kg. Com informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (26), a ave congelada teve retração de 0,72%, atingindo R$ 6,85%, enquanto a resfriada cedeu 0,41%, fechando em R$ 7,26/kg.

Cepea/Esalq


França detecta gripe aviária altamente patogênica em granja avícola no norte

A França detectou um vírus altamente patogênico da gripe aviária em uma granja avícola no norte do país, disse o ministério da fazenda no sábado.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Assembleia Legislativa do Paraná promove audiência pública no PR sobre mudanças em normas em frigoríficos

O debate é sobre regras trabalhistas, com revisão do texto da NR 36 que está sendo aplicada há sete anos


A Assembleia Legislativa do Paraná promoveu, nesta terça-feira pela manhã, uma audiência pública com membros do Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público do Trabalho (MPT), representantes de empresas e sindicatos para discutir possíveis mudanças nas normas de segurança e saúde de funcionários de frigoríficos. O Brasil é o único país do mundo que possui uma norma específica para regular o trabalho no setor e vem reduzindo o número de acidentes de trabalho em frigoríficos: nos últimos anos passou do 250 lugar para o 1840 lugar. No Paraná, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação informou que foram registradas 4.000 ocorrências em 2020. Há mais de um ano o Governo e o Congresso promovem a discussão para “harmonizar” essa regra com novas tecnologias no setor, mas o debate tem apresentado posições antagônicas entre os representantes dos trabalhadores, governo e empresas. O principal receio do MPT é a possibilidade de haver “retrocesso” nas regras trabalhistas, com a revisão do texto da NR 36. O principal receio é alteração, com a eliminação de pausas periódicas na jornada de trabalho, que poderia prejudicar 550 mil funcionários do segmento no país. Só no Paraná e Santa Catarina são 179 mil pessoas atuando em empresas de abate e processamento de carnes e derivados. A revisão da NR 36 teve realizada a consulta pública encerrada em outubro e poderá ser publicada em breve. O ponto de atenção do MPT é o item que assegura pausas de recuperação psicofisiológica de 60 minutos diários, distribuídas em seis pausas de 10 minutos ou três de 20 minutos, em todos os setores produtivos desde a recepção de aves até a expedição. A proposta das empresas do setor é que as pausas somente sejam concedidas caso as análises ergonômicas das empresas apontem para a necessidade. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), representante do setor de frigoríficos, informou, por sua vez, que a "premissa apresentada" pelo MPT "é equivocada. O modelo defendido pela ABPA é o mesmo que rege todo o sistema normativo brasileiro de SST, em que as pausas e as demais medidas de proteção serão estabelecidas dentro de suas observâncias específicas, com base em análise técnica e científica. A entidade destacou também que o setor produtivo trabalha estritamente com foco na evolução dos processos, mantendo a indispensável proteção aos trabalhadores", posição com a qual concordam outros representantes do setor como a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

SINDICARNE-PR


Com o fim do pedágio, quase 8 mil começam a semana na fila do desemprego

Sem cobrança de pedágio, cancelas são desativadas e trabalhadores perdem o emprego


Um contingente de aproximadamente 8 mil trabalhadores começou a semana na fila do desemprego com o fim da cobrança de pedágio em 27 praças nas rodovias do Anel de Integração do Paraná. A tarifa deixou de ser cobrada no último final de semana. O número de desempregados é estimado com base nos empregos diretos e indiretos informados pelas próprias concessionárias (Rodonorte, Ecovia, Ecocataratas, Viapar, Caminhos do Paraná e Econorte). Juntas, elas mantinham 2.431 postos de trabalhos diretos e 5.634 indiretos. O desemprego atinge também os indiretos porque os contratos das concessionárias com as empresas terceirizadas, prestadoras de serviços, também foram encerrados, na maioria dos casos. “O governo e os políticos paranaenses poderiam ter feito mais para a preservação desses empregos”, disse o Presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral no Estado do Paraná (Sindecrep-PR), Valtair Marques. Segundo ele, se não fosse o atraso entre o contrato vigente e o novo, esses trabalhadores poderiam ser absorvidos pelas novas concessionárias porque são profissionais qualificados. O desligamento de pessoal só não foi total porque o governo do estado estabeleceu acordo com duas concessionárias: a Econorte e a Caminhos do Paraná. Pelo acordo, as empresas se comprometem a manter o atendimento nas estradas por mais um ano, mesmo sem a cobrança da tarifa. Os acordos foram homologados na Justiça e estabelecidos em função de pendências que as concessionárias têm com o estado devido a obras não realizadas. “Esses acordos são positivos, mas impactam pouco porque o número de postos de trabalho preservados é muito pequeno em comparação ao total”, observa Marques. Ele explica que o Sindecrep-PR representa apenas os funcionários diretos e o desligamento atingiu cerca de 2.400 deles. “A maioria dessas pessoas vive em cidades muito pequenas, onde a oferta de emprego é escassa. Terão bastante dificuldade de se recolocar”, lamenta. A tarifa deixou de ser cobrada e as canceladas foram abertas para a passagem livre dos veículos por conta do fim do contrato de concessão das empresas com o governo do Paraná, que durou 24 anos. O leilão para a nova concessão está previsto para ser realizado somente no último trimestre de 2022, de acordo com a estimativa do governo federal, que será o responsável pela nova fase de concessões.

GAZETA DO POVO


Touro de criador do PR tem a segunda melhor genética do mundo para gerar vacas leiteiras

Foi o que apontou a Associação Americana de Criadores de Animais


Lucas Rabbers, produtor rural do Paraná, tem o touro com a segunda melhor genética do mundo para gerar vacas leiteiras, segundo dados divulgados pela Associação Americana de Criadores de Animais (NAAB, na sigla em inglês). O touro Harm Jedi Alphabet 9908, da raça Holandesa P&B, apareceu na segunda posição no ranking mundial de touros genômicos. O ranking aponta quais animais possuem a probabilidade de produzir filhos acima da média de acordo com as condições genéticas. Na prova de agosto da lista “Top 200 PTA Milk”, que mede a genética de touros de acordo com a certificação internacional da Certified Semen Services (CSS), o animal foi classificado com o índice de 2.837, apenas 28 pontos atrás do melhor touro do mundo para a reprodução de animais de leite. Proprietário do animal e cooperado da Castrolanda, cooperativa de Castro (PR), Lucas Rabbers diz que a linhagem do animal é excelente, sendo que parte dela nasceu na própria fazenda. Qualidade na origem “A mãe e o pai são animais muito bons. Um touro como esse poderia ter nascido aqui ou em qualquer lugar do mundo, já que o sêmen adquirido para a reprodução veio dos Estados Unidos por meio de uma compra que fizemos. Ter este animal é como acertar na loteria”, afirmou, em nota. Apesar de o pai ser um animal dos Estados Unidos, a mãe é uma vaca criada na Agropecuária Harm, de propriedade da família. Atualmente, o touro está em uma empresa de inseminação genética de São Paulo, onde qualquer proprietário pode adquirir o sêmen para reprodução. “Ao invés de termos uma vaca nos dando lucro na cadeia leiteira, temos um touro”, conta Rabbers. O criador fica com uma porcentagem de todas as vendas provenientes do animal.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em alta de 0,27%, a R$5,6114

O dólar fechou em alta na segunda-feira, acima de 5,60 reais e no maior patamar em um mês, amparado por renovados temores fiscais no Brasil num dia de força da moeda norte-americana em todo o mundo


Os mercados globais de forma geral tiveram uma sessão de alívio, com a diminuição dos receios sobre uma nova variante do coronavírus patrocinando uma recuperação dos preços dos ativos. Porém, o dólar também ganhou terreno nesse contexto, uma vez que voltavam à mesa perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos. No fim da manhã a cotação no Brasil recebeu impulso após notícia da Reuters de que o governo não descarta possibilidade de ter que lançar mão do Orçamento de Guerra mais uma vez para conseguir viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil. O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a 5,6114 reais na venda, maior patamar desde 1º de novembro (5,6712 reais). A taxa variou de 5,5798 reais (queda de 0,29%) a 5,641 reais (valorização de 0,80%). Na sexta, a cotação havia subido 0,55%, a 5,5961 reais, na esteira do pânico global com a nova variante ômicron do coronavírus. Lá fora, o índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos subia 0,14%, com o mercado recolocando nos preços expectativa de aumento de juros nos EUA --o que tenderia a elevar os retornos oferecidos pelos títulos do Tesouro norte-americano, tornando, assim, o dólar mais atraente.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta com recuperação global após tombo por ômicron

O Ibovespa subiu nesta segunda-feira, em meio à recuperação dos mercados globais após temores sobre a variante ômicron do coronavírus na última sessão


Notícias sobre a situação fiscal do país também movimentaram o pregão, com o mercado atento à PEC dos Precatórios, esperada para ser votada na terça-feira em comissão no Senado. A alta do Ibovespa foi puxada, novamente, por Petrobras e Vale. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou em alta de 0,71%, a 102.954,08 pontos. O volume financeiro foi de 22,3 bilhões de reais.

REUTERS


Mercado passa a ver no Focus inflação no teto da meta em 2022

Segundo o levantamento semanal, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 4,78% este ano e 0,58% no próximo, de taxas de 4,80% e 0,70% esperadas antes


Especialistas passaram a ver a inflação no teto da meta em 2022, em um cenário ainda de piora forte da expectativa para o crescimento, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira. O levantamento realizado com uma centena de economistas mostra que a projeção para a alta do IPCA este ano e no próximo seguiu subindo. Para 2021 a conta aumentou pela 34ª semana seguida e foi a 10,15%, de 10,12% antes, bem acima do objetivo de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2022 a conta aumentou em 0,04 ponto e chegou a 5,0%, exatamente o teto da meta, já que esta será no ano que vem de 3,5%, também com margem de 1,5 ponto. Foi a 19ª vez seguida que a projeção aumentou. A contínua deterioração das perspectivas de inflação acontece em meio a projeções cada vez mais fracas para a economia. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve ser elevada em 1,5 ponto percentual na reunião de dezembro do BC e encerrar este ano a 9,25%. Mas a Selic, atualmente em 7,75%, deve chegar ao final de 2022 em 11,25%, sem alteração.

REUTERS


Governo prevê dívida bruta de 80,6% do PIB em 2021, fechando 2030 ainda acima de patamar pré-crise

O Ministério da Economia projetou na segunda-feira que a dívida bruta fechará 2021 em 80,6% do Produto Interno Bruto (PIB), frente ao patamar de 88,8% em 2020


Nos cálculos do Tesouro, a dívida bruta alcançará 76,6% do PIB em 2030. Apesar de ter classificado a trajetória como um retorno gradual ao nível pré-crise de Covid-19, o patamar ainda seguirá mais alto que o nível de 74,3% do PIB observado em 2019. Para a dívida líquida, a conta foi de que encerrará este ano em 58,3% do PIB, contra 62,7% no ano passado, mas seguindo trajetória crescente ao longo de todo o horizonte de estimativas, batendo em 68,2% do PIB em 2030. Em relatório semestral específico sobre o tema, o Tesouro afirmou que o comportamento decrescente visto para a dívida bruta decorre do crescimento do PIB nominal, e também do efeito da obtenção de superávits primários a partir de 2024. Para suas projeções, o Tesouro usou um superávit primário médio de 0,5% do PIB entre 2022 a 2030. Para aproximar a dívida bruta brasileira da média dos países emergentes até 2030, seria necessário que o superávit primário médio fosse bem superior: 1,9% ao ano. A dívida bruta média de economias de mercados emergentes e de renda média chegou a 64,0% do PIB em 2020, enquanto a dívida líquida foi de 44,7% do PIB, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) citados pelo Tesouro. Desde 2014 o Brasil fecha as contas no vermelho, com receitas insuficientes para fazer frente às despesas primárias, que excluem os gastos com pagamento de dívida pública. No relatório, o Tesouro fez um duro alerta sobre a importância de o governo prosseguir no caminho das reformas para a consolidação fiscal e o crescimento sustentado. "Em um cenário de juros mais altos e de menor PIB, de forma estrutural, o esforço fiscal necessário para reduzir a dívida será significativo e, em algumas combinações, até mesmo inviável na magnitude necessária", disse. Olhando especificamente para a dívida líquida, o Brasil precisaria obter superávits primários médios de 1,6% e 3,0% do PIB no período 2022-2030 para, respectivamente, estabilizar o indicador no nível de 2021 e para garantir sua convergência ao patamar dos países emergentes de renda média, afirmou o Tesouro. Diante da perspectiva de aumento na Selic para conter a inflação, o Tesouro calculou que o déficit nominal --que inclui o pagamento dos juros sobre a dívida pública-- subirá a 7,6% do PIB em 2022, de 4,9% do PIB este ano. Segundo o Tesouro, a tendência depois do próximo ano é que o déficit nominal passe a cair, até atingir 4,2% do PIB em 2030. Atualmente os juros básicos estão em 7,75% e, no mercado, a expectativa é de Selic em 9,25% ao fim deste ano e em 11,25% no final de 2022.

REUTERS


Confiança de serviços no Brasil vai em novembro ao menor nível em 5 meses, mostra FGV

O setor de serviços brasileiro mostrou menos otimismo tanto sobre a situação atual quanto futura em novembro, e a confiança caiu ao menor nível em cinco meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em dados divulgados na segunda-feira


Em novembro, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve perda de 2,3 pontos e foi a 96,8 pontos, menor nível desde junho deste ano (93,8 pontos). "A disseminação da queda sugere que o ritmo de recuperação perde um pouco de força no final do ano. Apesar do avanço do programa de vacinação, o ambiente macroeconômico frágil é que pode adicionar mais incerteza na continuidade da recuperação na virada para 2022", explicou o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota. A FGV informou que, em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, recuou 1,8 ponto, para 92,8 pontos, permanecendo ainda na região de moderado pessimismo (90-100 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, caiu 2,7 pontos, para 100,9 pontos, menor nível desde junho (99,1 pontos). Os dados mais recentes do IBGE mostraram que, em setembro, o setor de serviços brasileiro registrou queda inesperada de 0,6% no volume em setembro, após cinco meses de crescimento, pressionado pela maior queda em transportes em quase 20 meses diante principalmente do aumento das passagens aéreas.

REUTERS


Preços ao produtor recuam e IGP-M desacelera alta a 0,02% em novembro, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou o mês de novembro com variação positiva de 0,02%, depois de ter avançado 0,64% em outubro, diante do recuo na inflação ao produtor


O dado divulgado na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas informa que o índice passou a acumular nos 12 meses até novembro alta de 17,89%%. A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve queda de 0,29% no mês, depois de subir 0,53% em outubro. "Apesar dos aumentos registrados para diesel (6,61% para 9,96%) e gasolina (2,79% para 10,17%) na refinaria, as quedas nos preços de grandes commodities --com destaque para minério de ferro (-8,47% para -15,15%), soja (-0,18% para -2,85%) e milho (-4,52% para -5,00%) favoreceram a manutenção da inflação ao produtor em terreno negativo", explicou André Braz, Coordenador dos índices de preços. Para o consumidor houve em novembro algum alívio na pressão, já que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,93%, de 1,05% em outubro. A maior contribuição para a desaceleração do IPC partiu de Educação, Leitura e Recreação, cujo avanço enfraqueceu de 2,93% para 0,34% em novembro. Isso devido principalmente à passagem aérea, cujos preços subiram 1,62% em novembro, depois de uma taxa de 22,84% no mês anterior. Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve avanço de 0,71% no período, depois de subir 0,80% no mês anterior.

REUTERS


IBGE: desemprego recua para 12,6% no terceiro trimestre e atinge 13,56 milhões de pessoas

A taxa de desocupação recuou para 12,6% no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 1,6 ponto percentual frente ao segundo trimestre. Com isso, o número de pessoas em busca de emprego no país caiu para 13,5 milhões (-9,3%). Já os ocupados chegaram a 93,0 milhões, com crescimento de 4,0%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30/11) pelo IBGE


“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, diz a Coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. A população fora da força de trabalho é o contingente daqueles que não estão ocupados nem buscando emprego. Com o crescimento no número de ocupados, o nível da ocupação, percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho, chegou a 54,1%. No trimestre passado, esse percentual foi de 52,1%. Beringuy destaca que a informalidade responde por 54% do crescimento da ocupação. Entre as categorias de emprego que mais cresceram frente ao trimestre anterior estão os empregados do setor privado sem carteira assinada (10,2%), que somaram 11,7 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de trabalhadores domésticos chegou a 5,4 milhões, aumento de 9,2%, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Se considerados apenas os trabalhadores sem carteira, houve aumento de 10,8%, o que representa 396 mil pessoas a mais. “É um processo de recuperação que já vinha ocorrendo a partir de junho. A categoria dos empregados domésticos foi a mais afetada na ocupação no ano passado e, nos últimos meses, há uma expansão importante. Embora haja essa recuperação nos últimos trimestres da pesquisa, o contingente atual desses trabalhadores é inferior ao período pré-pandemia”, afirma. No primeiro trimestre do ano passado, 6,0 milhões de pessoas eram trabalhadores domésticos. Também houve crescimento no contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%). São 25,5 milhões de pessoas nessa categoria, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. Esse contingente inclui os trabalhadores que não têm CNPJ, que cresceram 1,9% frente ao último trimestre. Com isso, a taxa de informalidade chegou a 40,6% da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação. O aumento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades de comércio (7,5%), com 1,2 milhão de trabalhadores a mais, indústria (6,3%, ou 721 mil pessoas), construção (7,3%, ou 486 mil pessoas) e serviços domésticos (8,9%, com adição de 444 mil pessoas). Apesar do avanço no número de pessoas ocupadas, o rendimento real habitual foi de R$2.459, queda de 4,0% frente ao último trimestre e de 11,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já a massa de rendimento (R$223,5 bilhões) ficou estável nas duas comparações. De acordo com Beringuy, esses números indicam que o aumento da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, diz.

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