Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 176 |22 de julho de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: com escalas de abate alongadas, indústrias reforçam pressão de baixa na arroba
Desde o início de julho, os preços do macho terminado em São Paulo acumulam queda de R$ 6,50/@, chegando a R$ 310/@, informa Scot Consultoria
Em boa parte dos frigoríficos espalhados pelo Estado de São Paulo, as escalas de abate estão acertadas para este mês e parte de agosto. Na quinta-feira, 21 de julho, as cotações do macho terminado destinado ao mercado interno de São Paulo ficaram estáveis, após dois dias consecutivos em queda, relata a Scot Consultoria. Segundo a zootecnista Thayná Drugowick, analista da Scot Consultoria, na quinta-feira, o boi gordo paulista continuou valendo R$ 310/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 280/@ e R$ 302/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Paga-se hoje pelo boi-China R$ 315/@ em São Paulo, acrescenta a Scot. Pelos números levantados pela analista, desde o início de julho, os preços do boi gordo paulista acumulam queda de R$ 6,50/@. Segundo dados da IHS Markit, em âmbito geral, as indústrias frigoríficas brasileiras dispõem de escalas de abate confortáveis, o que limita uma procura mais ativa por gado gordo em todo o País. “O período de estiagem avança e há registro de regiões em que não chove há mais de um mês, característica típica do período”, relata a IHS. As pastagens já não apresentam volumes de suporte, consequentemente, os últimos lotes de animais remanescentes terminados em pasto sofreram redução no potencial de rendimento das carcaças, observam os analistas da IHS. A consultoria observa que, neste momento, ainda há relatos de algumas ofertas de boiadas oriundas do primeiro giro de confinamento. Na avaliação da consultoria, as quedas recentes nos preços dos grãos, sobretudo do milho, bem como os baixos preços do gado de reposição (em relação ao ano passado), deram suporte a um ambiente mais otimista para atividade de confinamento em relação às expectativas negativas de início do ano. “Assim, apesar do atraso na entrada desses lotes em sistemas de confinamento, esses animais devem ser ofertados ao mercado nas próximas semanas”, reforçam os analistas da IHS. No atacado, os preços dos cortes de dianteiro e ponta de agulha recuaram na quinta-feira. As variações negativas são reflexos do descompasso nos volumes de oferta de carne com osso, que seguem acima da demanda vigente, observa a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); GO- Goiânia: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca R$ 280/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 324/@ (à vista) vaca a R$ 272/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 263/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).
PORTAL DBO
Demanda por carne bovina segue enfraquecida
Diante da inflação elevada, grande parte da população brasileira apresenta restrição orçamentária
A demanda doméstica por carne bovina segue enfraquecida. Segundo pesquisadores do Cepea, diante da inflação elevada, grande parte da população brasileira apresenta restrição orçamentária. Assim, muitos consumidores passam a procurar proteínas com valores mais competitivos, como as carnes suína e de frango e ovos, em detrimento do produto bovino. Dados do Cepea mostram que, quando comparadas as médias de junho e de julho (até o dia 19), observa-se valorização de 1,73% para a carcaça casada bovina negociada no atacado da Grande São Paulo, a R$ 20,90/kg neste mês. E a maior demanda pelas concorrentes é evidenciada pelo movimento de alta um pouco mais intenso que é registrado para as carnes suína e de frango – também comercializadas no atacado da Grande São Paulo –, que apresentam valorizações de 5,04% e de 5,57%, respectivamente. Em julho, a carcaça especial suína é negociada à média de R$ 9,85/kg, e o frango resfriado, de R$ 8,15/kg.
Cepea/Esalq
SUÍNOS
Mercado de suínos com pequenas variações ou estável
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 129,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,30 o quilo/R$ 9,70 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (20), houve aumento somente para Santa Catarina, na ordem de 0,16%, chegando em R$ 6,42/kg. Em Minas Gerais e São Paulo, os preços não mudaram, cotados, ambos, em R$ 7,25/kg. Foi registrado queda de 0,94% no Paraná, atingindo R$ 6,29/kg, e de 0,16% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,42/kg. A quinta-feira (21) definiu os preços do suíno independente para até o final do mês nas principais praças comercializadoras do animal nesta modalidade. Em São Paulo e Santa Catarina as cotações se mantiveram, enquanto Minas Gerais e Paraná registraram queda.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: com a aproximação do final do mês, queda ou estabilidade nos preços
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 14/07/2022 a 20/07/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,37%, fechando a semana em R$ 6,25/kg. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 6,25/kg", informou
Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o preço ficou estável pela quarta semana consecutiva em R$ 7,47/kg. "Preço da carcaça muito disputado no atacado e no varejo, forçando a disputa entre os frigoríficos, e do outro lado os criadores com menor oferta de animais, mas sem conseguir reajuste positivo de preços devido à fragilidade dos valores da carcaça suína. Julho se foi, e assim vai passando o ano. Agora a expectativa é para agosto, com a primeira quinzena de perspectiva melhor para exportações para a China, coincidindo com a volta às aulas e Dia dos Pais", disse Ferreira. Santa Catarina manteve o preço em R$ 6,74/kg pela quarta semana consecutiva, de acordo com informações do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi. No mercado mineiro, após cinco semanas consecutivas com preço em R$ 7,30, na quinta-feira o valor caiu para R$ 6,80/kg com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
AGROLINK
ABPA vê recuperação da suinocultura com alta no consumo doméstico de carne suína
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) espera aumento no consumo de carne suína no Brasil em 2022, em comparação com o ano passado, como consequência do aumento da competitividade desta proteína em relação à carne bovina, disse a entidade na quinta-feira (21).
“Os investimentos em novas linhas de produtos pelas empresas têm favorecido a elevação de consumo da proteína”, disse a ABPA em comunicado. O setor de carne suína tem enfrentado desafios relacionados às altas dos custos de produção, mas a ABPA espera superação da crise enfrentada pelo segmento. Segundo a entidade, a suinocultura do Brasil entra, gradativamente, em um momento de estabilização e retomada, após experimentar um de seus momentos mais críticos na história recente. “Milho e farelo de soja, embora em preços levemente inferiores aos registrados em 2021, ainda mantêm forte pressão na conta final para as agroindústrias e produtores. Neste quadro, diesel, plástico, papelão e outros insumos acumulam forte alta, reforçando o desafio para produtores”, disse o diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua. “Entretanto, levantamentos recentes mostram que houve ligeira redução da pressão dos custos, com as perspectivas de boa oferta de insumos desta safra, além de uma melhora já observada no comércio com a China e outros mercados relevantes que traz novo alento para as nossas exportações no segundo semestre.” O Brasil registrou uma média mensal de embarques de 85 mil toneladas de carne suína até junho, comparada a 93,7 mil toneladas em 2021 e 79 mil toneladas em 2020.
CARNETEC
Relação de troca do suíno vivo por insumos tem 5ª redução mensal
A queda no preço do milho e a valorização do suíno vivo entre junho e a parcial de julho vêm sustentando, pelo quinto mês consecutivo, um cenário mais favorável ao produtor
A queda no preço do milho e a valorização do suíno vivo entre junho e a parcial de julho vêm sustentando, pelo quinto mês consecutivo, um cenário mais favorável ao produtor, à medida que mantém em recuperação o poder de compra do suinocultor frente ao insumo. No caso do farelo de soja, os valores registram avanço, mas de forma menos intensa que o animal vivo, contexto que também resulta em melhora na relação de troca ao produtor. No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, a colheita segue acelerada na maior parte das regiões, elevando a oferta e pressionando os valores. Em relação ao farelo de soja, ainda de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, o crescimento das demandas doméstica e externa pelo derivado contribuíram para a elevação dos preços, que registram alta mensal de 5,7%, enquanto para o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a valorização é de 11,4%.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: ave congelada e resfriada têm alta
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,66%, chegando em R$ 7,55/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,54/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (20), o frango congelado subiu 0,88%, atingindo R$ 8,02/kg, enquanto a ave resfriada teve ganho de 0,37%, fechando em R$ 8,07/kg.
Cepea/Esalq
A mais recente epidemia de gripe aviária pode ser a pior de todos os tempos na Europa
Desde o passado, quase 2.400 surtos de epidemia viária de alta patogenicidade agravou em rebanhos de aves europeus
Em uma avaliação recente da gripe aviária na temporada 2021-2022, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) descreve como a pior epidemia de todos os tempos na Europa. Entre aves comerciais e espécies selvagens, o vírus HPAI foi detectado em cerca de 5.300 locais em 36 países. Embora o relatório cubra o período de março a junho de 2022, a EFSA diz que a epidemia de HPAI ainda está em andamento. Além disso, a persistência do vírus H5 – principalmente o sorotipo H5N1 – indica que a infecção pode ter se tornado endêmica em aves selvagens. Isso significa que o risco à saúde dessa família de vírus HPAI é agora uma ameaça durante todo o ano para as aves, a vida selvagem e os cidadãos da Europa. No período de 16 de março a 10 de junho, a análise da EFSA indica 1.182 detecções de vírus HPAI em 28 países europeus. Destes, 750 foram em aves de criação, 410 em aves selvagens e 22 em aves comerciais. De acordo com a análise da EFSA, 86% dos surtos em aves de criação foram apurados. Em outras palavras, eles envolvem a transmissão de fazenda a fazenda. Antes da próxima temporada de gripe aviária no outono, a EFSA está solicitando a implementação de estratégias de mitigação adequadas. Entre as prevenções, a vigilância para detecção e a biossegurança. Visando mais adiante, a agência considera a redução da densidade de aves em áreas de alto risco de HPAI. Na temporada passada, houve poucas infecções confirmadas por influenza de origem A entre as populações humanas da Europa. No entanto, a EFSA apresenta marcadores de adaptação em animais selvagens como o Canadá, Estados Unidos e Japão indicam que o sorotipo H5N1 possui marcadores de adaptação em animais. Em 3 de julho, 1.766 surtos de HPAI foram registrados em toda a Europa até agora este ano, com base na última atualização do Sistema de Informação de Doenças Animais pela Comissão Europeia (CE). Até a epidemia, um ou mais surtos de dados em 20 países europeus durante este período. Para efeito de comparação, 1.752 foram registrados em 24 estados. No entanto, este último total para 2022 aumentou apenas desde a atualização anterior da CE em 18 de junho. O total da França aumentou para 1.344. O sistema de notificação da CE não abrange a Rússia nem o Reino Unido. Ambos os países garantiram novos surtos em aves.
AVICULTURA INDUSTRIAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Governo autoriza pagamento de equalização de taxas de juros do Plano Safra
Total de recursos equalizáveis disponibilizados para a atual safra soma R$ 115,8 bilhões O Ministério da Economia publicou na última terça-feira (19) a Portaria 6.454 que autoriza o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais, no âmbito do Plano Safra 2022/2023. O total de recursos equalizáveis disponibilizados para a atual safra soma R$ 115,8 bilhões
A Portaria permitirá que as instituições financeiras iniciem, de imediato, o atendimento da demanda dos produtores rurais por esses recursos, direcionados principalmente para investimentos, no âmbito dos programas de investimento, como por exemplo o Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+), o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), além do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), dentre outros. A Secretaria do Tesouro Nacional poderá, quando solicitado pelo Mapa, remanejar os limites equalizáveis entre as diferentes categorias de financiamento de que trata a Portaria. Lista das instituições financeiras contempladas: Banco do Brasil; Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. - Banrisul; Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE; Caixa Econômica Federal - Caixa; Credialiança Cooperativa de Crédito Rural - Credialiança; Credicoamo Crédito Rural Cooperativo - Credicoamo; Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito e Economia - Cresol Confederação; Banco Cooperativo Sicoob S.A. - Sicoob; e Banco Cooperativo Sicredi S.A. - Sicredi. O Plano Safra 2022/2023 terá R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Desse total, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos. Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,18 bilhões. O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na atual safra.
OCEPAR
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha na máxima em 6 meses e fica a 1,4% de zerar perdas do ano
O dólar fechou numa nova máxima em seis meses na quinta-feira, chegando a superar a barreira psicológica dos 5,50 reais, em meio à exibição de força da moeda norte-americana sobretudo em relação a pares emergentes, que têm sentido a pressão do aperto monetário em economias centrais
O dólar à vista subiu 0,66%, para 5,4966 reais, maior valor desde 24 de janeiro (5,5070 reais). Com a valorização da quinta, basta um aumento de 1,40% para o dólar zerar as perdas de 2022. Em 4 de abril, quando estava em 4,6075 reais, a divisa chegou a acumular queda de 17,33% no ano. Desde então, disparou 19,30%, o que deixa o real com desvalorização alinhada à vista em moedas como peso colombiano, peso chileno, lira turca e rand sul-africano, alguns dos pares mais próximos da moeda brasileira. No mesmo intervalo, o dólar subiu 7,7% ante uma cesta de rivais de mercados desenvolvidos. Os mercados emergentes em bloco têm sentido o baque do aperto monetário em economias como Estados Unidos, Reino Unido e, agora depois de 11 anos, zona do euro. Por isso, estão também em processo de elevação dos juros --África do Sul, México e Chile, por exemplo. O Brasil, por outro lado, caminha para o fim do ciclo, o que pode deixar o real mais vulnerável. "Sem dúvida a concorrência para o real aumenta", disse o gestor de um hedge fund em Nova York. "Outros países estão com juros em alta e com problemas parecidos com os do Brasil, mas em magnitude menor, como a inflação. Ou seja, o retorno real deles é maior", disse o gestor. Para ele, o risco político está na conta, mas ainda pode haver mais por vir. "O ambiente está polarizado e os riscos político-fiscais estão na conta, mas sabemos o histórico de impacto de ano eleitoral sobre a taxa de câmbio, então honestamente acho que essa aversão a risco tende a piorar."
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com apoio de Wall St e Vale
O Ibovespa fechou em alta pela quinta sessão consecutiva na quinta-feira, seguindo a performance dos pregões norte-americanos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,76%, a 99.033,17 pontos. O volume financeiro somou 18,7 bilhões de reais. Na visão da economista Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos, o Ibovespa acompanhou a virada do mercado em Nova York no começo da tarde, com a melhora das ações da Vale reforçando a recuperação na bolsa paulista. Em Wall St, o S&P 500 avançou 0,99%, também após titubear no começo da sessão, em dia de forte alta dos papéis da Tesla após resultados trimestrais mais fortes do que o esperado, que ajudou a compensar queda em telecomunicação e energia. Ainda no cenário externo, agentes financeiros também reagiram ao primeiro aumento de juros pelo Banco Central Europeu em mais de uma década, acima do esperado, a fim de controlar inflação desenfreada. Para a estrategista-chefe da Necton Investimentos, Bruna Marcelino, o mercado avaliou positivamente o movimento do BCE, que finalmente agiu para combater os preços altos na zona do euro, enquanto outros BCs já vinham elevando as taxas de juros. Com o desempenho da quinta-feira, o Ibovespa voltou a acumular alta no mês, de 0,5%. Mas, no ano, ainda mostra desvalorização de 5,5%. A temporada de resultados do segundo trimestre definirá se nos próximos meses o Ibovespa ficará acima ou abaixo dos 100 mil pontos. E um dos focos estará voltado para quem soube melhor gerenciar os custos relacionados à inflação.
REUTERS
Arrecadação tem alta real de 18% em junho, para R$ 181 bilhões
O resultado de junho é o melhor da série histórica, com início em 1995. O número acumulado do primeiro semestre também é o melhor da série
A arrecadação federal de impostos registrou alta real de 17,96% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a R$ 181,040 bilhões. A alta do recolhimento em junho deste ano “pode ser explicada, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos” de IRPJ e CSLL, segundo a autarquia. A arrecadação dos dois impostos alcançou R$ 34,27 bilhões no mês, alta de 37,47%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo período do ano passado. "Importante observar que houve pagamentos atípicos de, aproximadamente, R$ 6 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities”, disse a Receita. Com o desempenho do mês passado, o recolhimento no primeiro semestre atingiu a marca de R$ 1,089 trilhão, alta real de 11% contra o mesmo período de 2021. Os dados foram divulgados na quinta-feira pela Receita Federal do Brasil (RFB). Nos números atualizados pela inflação, o resultado de junho é o melhor da série histórica, com início em 1995. O número acumulado do primeiro semestre também é o melhor da série. Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 31,98% em junho contra o mesmo mês do ano passado, quando somou R$ 137,169 bilhões. Considerando somente as receitas administradas pela RFB, houve alta real de 17,12% no mês passado, somando R$ 174,302 bilhões, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A alta nominal ficaria em 31,05%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,024 trilhão, alta real de 9% e alta nominal de 21,31% Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 6,738 bilhões no mês passado, alta real de 44,73% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em termos nominais, essas receitas subiram 61,93% em junho em relação ao mesmo mês de 2021. No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 64,607 bilhões, o que corresponde a alta real de 56,73% contra o mesmo período de 2021. O governo federal deixou de arrecadar R$ 39,630 bilhões nos seis primeiros meses deste ano por causa de desonerações tributárias. Em 2021, o governo federal abriu mão de R$ 31,753 bilhões no mesmo período. Apenas em junho deste ano, as desonerações somaram R$ 10,057 bilhões.
VALOR ECONÔMICO
Brasil perdeu 2.865 empresas industriais em 2020 e voltou ao menor número em 10 anos, diz IBGE
País registrou a sétima queda consecutiva no número de empresas industriais em 2020
Em 2020, ano em que a pandemia começou, o país perdeu 2.865 indústrias, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que anunciou hoje a Pesquisa Industrial Anual (PIA): Empresa e Produto (2020). Naquele ano, o país tinha 303.612 empresas, ante 306.477 em 2019 - queda de 0,9%. Foi o menor patamar da série histórica desde 2010, quando o mesmo levantamento apurou total de 299.862 empresas. “Foi a sétima queda consecutiva”, afirmou a pesquisadora do instituto Synthia Silva, ao falar sobre os dados. Ela informou que, em 2020, foi detectado pelo instituto continuidade de perda de fôlego das empresas da indústria, no setor empresarial como um todo. Ainda de acordo com os pesquisadores do IBGE, no total de empresas em 2020, 6,3 mil eram do setor extrativo e 297,3 mil eram da indústria da transformação. Ao comentar sobre o sétimo ano de queda consecutiva em número de empresas, a especialista observou que, nesse período até 2020, as companhias brasileiras tiveram que lidar continuamente com uma série de turbulências, na economia. Ela lembrou da recessão de 2015 e de 2016, e notou que, em momento em que algumas companhias ainda não tinham se recuperado daquela crise, veio a pandemia em 2020, causando forte impacto negativo na economia brasileira. “Foi uma sucessão de crises”, resumiu ela. Em números não deflacionados, ou seja, não comparáveis aos anos anteriores, o IBGE informou ainda que, em 2020, o valor bruto da produção industrial desse total de empresas ficou em R$ 3,616 trilhões em 2020, com as indústrias extrativas respondendo por R$ 275,4 bilhões; e a indústria da transformação ficou em R$ 3,340 trilhões. Já os custos das operações industriais, no mesmo ano, ficaram em R$ 2,074 trilhões, com as indústrias da transformação respondendo pela maior parte, R$ 1,995 trilhão; e o restante, R$ 79 bilhões, com as indústrias extrativas. Por sua vez, o valor da transformação industrial – uma espécie de valor adicionado da indústria, diferença entre o valor bruto da produção e os custos -, ficou em R$ 1,541 trilhão, sendo R$ 196,4 bilhões referentes às indústrias extrativas; e R$ 1,345 trilhão das indústrias da transformação. A indústria brasileira teve produtividade por trabalhador de R$ 201,5 mil em 2020, informou ainda o instituto. Por fim, o investimento realizado em ativo imobilizado, em 2020, ficou em R$ 212,8 bilhões, sendo R$ 33 bilhões das indústrias extrativas e R$ 179,8 bilhões em indústria da transformação, segundo o IBGE.
VALOR ECONÔMICO
IGP-10 desacelera e variação recua de 0,74% em junho para 0,60% este mês
Indicador acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), registrou alta de 0,60% em julho. No mês anterior, o índice havia registrado variação positiva de 0,74%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses. Em julho de 2021, o índice subira 0,18% no mês e acumulava elevação de 34,61% em 12 meses. “A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Entre os alimentos, o leite industrializado foi o destaque registrando alta de 16,30%. Já entre os combustíveis, o destaque foi do Diesel com alta de 10,91%. A aceleração do IPA não foi mais intensa dada a queda dos preços de commodities importantes. Minério de ferro (de -2,86% para -5,93%), milho (de -0,31 para -3,31%) e algodão (de 6,32% para -9,15%) registraram recuos em suas cotações diante do risco de recessão global. Já no IPC, gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%) refletem parcialmente a redução do ICMS em seus números, o que favoreceu a desaceleração observada na taxa de variação do IPC”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços, em relatório. há 15 horas Brasil Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) registrou inflação de 0,57% no período. Na medição anterior, havia registrado taxa de 0,47%. Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) teve alta de 0,42% no IGP-10 de julho. Em junho, o índice havia registrado taxa de 0,72%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,45% para -0,41%), Educação, Leitura e Recreação (3,15% para 1,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,24%), Vestuário (1,83% para 0,80%), Comunicação (-0,25% para -0,79%), Despesas Diversas (0,66% para 0,22%) e Habitação (0,13% para 0,07%).] Por fim, com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 1,26% em julho. No mês anterior a taxa foi de 3,29%.
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