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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 173 DE 19 DE JULHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 173 |19 de julho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços da arroba recuam em SP e no MT, informa IHS Markit

Com escalas de abate confortáveis, frigoríficos brasileiros tiram o pé das compras de boiadas gordas, reforçando a pressão de baixa nas cotações


Na segunda-feira, apesar dos poucos negócios, a IHS Markit apurou retração nos preços do boi gordo nas praças de São Paulo e do Mato Grosso. Segundo a consultoria, as indústrias paulistas registram escalas de abate em torno de 8 dias, um quadro que permite aos compradores uma maior cautela nos negócios envolvendo boiadas gordas. Pelos dados levantados pela consultoria, a cotação do boi gordo paulista sofreu queda diária de R$ 5/@ na segunda-feira, saindo de R$ 325/@ para R$ 320/@. “A região do noroeste de São Paulo não registra volumes de chuvas significativos há mais de um mês”, relata a IHS, acrescentando que as fortes temperaturas prejudicam drasticamente a qualidade das pastagens, extinguindo a oferta de animais terminados em campo. Pela avaliação da equipe da Scot Consultoria, o mercado do boi gordo em São Paulo seguiu calmo neste primeiro dia da semana, com estabilidade nas cotações. “As escalas das indústrias paulistas atendem, em média, em torno de 10 dias e, diante de tal cenário, as indústrias locais aguardam uma posição do mercado para as ofertas de compra”, relata a Scot. Assim, pelos dados da Scot, o boi gordo direcionado ao mercado interno paulista segue negociado por R$ 313/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão valendo R$ 282/@ e R$ 304/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos destinados ao mercado da China são vendidos por R$ 320/@ em São Paulo, de acordo com a Scot. No Mato Grosso, Estado com o maior rebanho de corte do País, também ocorreram quedas nos preços do boi gordo nesta segunda-feira – houve ajustes negativos em todas as praças pecuárias do Estados cobertas pela IHS Markit. Em Cáceres, o macho terminado sofreu recuo diário de R$ 2/@, de R$ 295/@ para R$ 293/@. Em Tangará da Serra, caiu de R$ 295/@ para R$ 293/@. Em Barra do Garça, foi de R$ 297/@ para R$ 290/@, enquanto em Colíder/Sinop, recuou de R$ 290/@ para R$ 285/@. “As escalas de abate das indústrias localizadas no Mato Grosso operam entre 8 e 10 dias, retirando boa parte dos frigoríficos locais das compras”, informa a IHS. No mercado atacadista, as vendas de carne bovina no último final de semana foram fracas, relata a IHS. Segundo apurou a Scot Consultoria, a segunda quinzena do mês começou com a cotação em queda no mercado atacadista de carne com osso de São Paulo. “As escalas das indústrias no Estado estão alongadas e as vendas continuam enfraquecidas”, reforça a Scot. A carcaça casada de bovinos castrados está sendo negociada por R$ 19,25/kg, queda de 2,8% na comparação semanal, enquanto a carcaça de bovinos inteiros está valendo R$ 18,04/kg, baixa de 5,3% considerando a mesma base de comparação, informou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca R$ 285/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 272/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista).

PORTAL DBO


Média diária exportada de carne bovina cresce 7,7% e vai a 8,1 mil toneladas na terceira semana de julho

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, a exportação de carne bovina in natura alcançou 89,1 mil toneladas até a terceira semana de julho


A média diária exportada ficou em 8,1 mil toneladas, alta de 7,7%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, com 7,5 mil toneladas. Para o analista da Safras e Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a demanda chinesa segue contribuindo para os embarques de carne bovina e indústrias estão fechando novos contratos por conta do dólar em bons patamares. O preço médio em 11 dias úteis de julho foi de US$ 6.660 por tonelada, alta de 22,40% frente a julho de 2021, com US$ 5.442 por tonelada. Em valor, a média diária ficou em US$ 53, 9 milhões, crescimento de 31,80%, diante de julho do ano passado, com US$ 40,9 milhões. Para o analista, o faturamento deve ser o destaque no fechamento do mês em que pode novamente ultrapassar o patamar de 1 bilhão de dólares em julho. “Ao meu ver o grande destaque permanece na receita, na qual sinaliza para um preço internacional da carne bovina em nível bastante acentuado e o possível recuo em termos de volume não chega a ser uma preocupação”, comentou.

AGÊNCIA SAFRAS


SUÍNOS


Suínos: estabilidade nas cotações

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 129,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,40 o quilo/R$ 9,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (15), houve queda apenas em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando em R$ 7,25/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), no Paraná (R$ 6,36/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,28/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,36/kg).

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína continua crescendo em julho

Em volume e em receita, em 11 dias úteis, o Brasil já ultrapassou os 50% dos resultados obtidos em julho de 2021


Conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de julho (11 dias úteis) seguiram mostrando reação pela segunda semana consecutiva. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as boas vendas estão voltadas para países asiáticos como Vietnam e Filipinas, apesar de ainda haver algum volume embarcado para a China, que vem reduzindo suas compras. "O preço médio pago pela carne suína brasileira também está aumentando o que é algo positivo, para além da melhora no volume embarcado", disse. A receita obtida com as exportações de carne suína até o momento, de US$ 123,8 milhões, representa 53% do valor de todo julho de 2021, com US$ 231,4 milhões. No volume embarcado, 51.585 toneladas, ele é 55,6% do total exportado em julho do ano passado, com 92.734 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 11,2 milhões, valor 7% superior a julho de 2021. No comparativo com a semana anterior, queda de 0,2%. Em toneladas por média diária, foram 4.689 toneladas, houve alta de 11,3% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação a semana anterior, alta de 1,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.400, ele é 3,8% inferior ao praticado em julho passado. Frente a semana anterior, queda de 1,9%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Frango mostra estabilidade nos preços

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,39%, chegando a R$ 7,65/kg.

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (15), a ave congelada apresentou queda de 0,50%, atingindo R$ 7,97/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,88%, fechando em R$ 8,06/kg.

Cepea/Esalq


Canadá restringe importação de carne de aves e ovos de estados norte americanos devido a gripe aviária

A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) está atualmente respondendo a casos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica (HPAI, na sigla em inglês) em aves de criação em todo o Canadá.


"Se você comprar aves ou ovos nos Estados Unidos (EUA), certifique-se de ter prova de que eles são originários e comprados em uma região diferente daquelas sob restrição. Aves e aves (incluindo aves de estimação) originárias das zonas restritas nos estados abaixo estão sob restrição até novo aviso. Além disso, todas as aves vivas, incluindo aves e ovos para incubação, não podem transitar pelas zonas restritas ou por qualquer parte dos estados que são completamente proibidos" informou o órgão canadense. A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) implementou medidas para proteger os recursos avícolas do Canadá contra surtos de gripe aviária altamente patogênica relatados em aves nos seguintes estados: Colorado, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Maine, Maryland, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oregon, Pensilvânia, Dakota do Sul, Utah, Washington e Wisconsin.

Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá


CARNES


Custo de produção de aves e suínos segue pressionado no Paraná

Questão ocorre em decorrência da alta da inflação e da defasagem dos preços


Com isso, as margens de lucro não cobrem os custos com a manutenção da atividade. A análise consta em um levantamento semestral feito pela Federação da Agricultura do estado (Faep). Na avicultura, as despesas que englobam o custo variável, o operacional e o custo total superam o lucro dos produtores, que permanece no vermelho. De novembro de 2021 a maio deste ano, o saldo sobre o custo total da atividade foi negativo tanto para o frango griller quanto para o pesado. Em duas oportunidades desse período — maio de 2022 e novembro do ano passado —, o saldo negativo era menor. O prejuízo, porém, chegou a R$ 0,48 por ave entregue. Segundo a Faep, as margens vêm se estreitando a cada novo levantamento semestral. Na suinocultura, a conclusão do levantamento é de preços defasados. O custo total por cabeça alcançou R$ 66,04, enquanto que a receita do produtor foi de R$ 46,67. Ou seja: um prejuízo de R$ 19,17 por leitão. A receita também não é suficiente para cobrir os desembolsos em uma das principais atividades da pecuária paranaense. A Faep observa três eixos importantes para um segundo semestre menos pressionado: a abertura dos portos chineses; a entrada de novos mercados; aumento no consumo doméstico. A alimentação ocupa cerca de 70% dos custos totais na suinocultura. Na avicultura, a mão de obra, a energia elétrica e o aquecimento somam aproximadamente 70% da composição de custos de produção. “Subiu tudo. A maravalha que estava R$ 7 há 90 dias, agora está R$ 19. Diesel, mão de obra, energia elétrica estão mais caros”, avalia o avicultor Juarez Pompeu, que participou do painel da Faep em Chopinzinho, no sudoeste do Paraná.

CANAL RURAL


MEIO AMBIENTE


Brasil desmatou um estádio do Maracanã a cada dois minutos em 2021, aponta MapBiomas

Do total de alertas de desmatamento efetuados pelos vários sistemas e refinados pelo projeto, 97% tiveram como vetor de pressão a agropecuária


Em 2021, o desmatamento no Brasil chegou a 16.557 km². É um crescimento de 20% na cobertura vegetal nativa em relação ao ano anterior. O desmatamento cresce em todos os biomas brasileiros e é rápido: em um único dia foi desmatada uma área equivalente à mais da metade da cidade de Vitória. O país perdeu, no ano passado, 189 hectares de vegetação por hora. Dito de outra forma, o Brasil desmatou um estádio do Maracanã a cada dois minutos. De 2019 a 2021, o Brasil perdeu quase um Estado do Rio de Janeiro de vegetação nativa. Só na Amazônia, 18 árvores vieram abaixo, por segundo, em 2021. Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas. O estudo é o terceiro de uma série que analisa os alertas de desmatamento detectados nos seis biomas brasileiros. Os dados são produzidos a partir da validação, do refinamento e da geração de laudos para cada alerta de desmatamento no ano. A agropecuária é o principal vetor de desmatamento no país. Do total de alertas de desmatamento efetuados pelos vários sistemas com imagens de satélite dos biomas brasileiros e validados e refinados pelo projeto MapBiomas Alerta, 97% dos alertas tiveram como vetor de pressão a agropecuária. O garimpo, no total, respondeu por 0,5% da área desmatada no país, embora tenha exercido um papel forte no sudoeste do Pará. O dia em que o Brasil perdeu mais vegetação no ano passado foi 21 de julho. A estimativa é que 5.940 hectares foram desmatados naquele único dia – ou 687 m² por segundo. Desmatamentos com mais de 100 hectares se tornaram mais frequentes em 2021 e 107 deles superam os 10 km² – ou seja, mil hectares. A título de comparação, o Central Park, em Nova York, tem 3,4 km² e o Parque Ibirapuera, 1,6 km². “O aumento do desmatamento no Brasil não é um fenômeno exclusivo da Amazônia ou do Cerrado. Muitos biomas brasileiros estão subindo também”, diz Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. Foi na Amazônia que mais se desmatou. A região respondeu por 59% do desmatamento que aconteceu no país. Em segundo lugar está o Cerrado (30,2% da área desmatada no país). Jaborandi, na Bahia, teve o maior desmatamento detectado no Cerrado. O terceiro bioma que mais sofreu foi a Caatinga (7%). Depois vieram a Mata Atlântica (1,8%), Pantanal (1,7%) e o Pampa (0,1%). Amazônia e Cerrado são os biomas que somam 89,2% do total da área de desmatamento detectada. Embora o Cerrado tenha uma participação de apenas 9,9% no número total de alertas, a área desmatada no bioma representa quase um terço do total desmatado no país (30,2%). O Pará é o Estado com maior área desmatada segundo os alertas — 24,3% do que foi derrubado no país. Um dado novo é o desmatamento no Estado do Amazonas. Pela primeira vez o Amazonas superou o Mato Grosso e passou ao segundo lugar no ranking do desmatamento. Era o quarto em 2020. Em 2021, contudo, a área desmatada no Amazonas cresceu 50% em relação a 2020. O aumento acontece nos municípios ao Sul do Estado — em Humaitá (alta de 95,8%), Lábrea (37,4%) e Apuí (61%). “Avançou tanto o desmatamento no Sul do Amazonas, o que é muito preocupante porque ali é o último grande maciço verde preservado do bioma e está sob forte pressão no caminho da BR- 319”, diz Azevedo.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


PR, SP e MG anunciaram reduções de alíquotas de ICMS sobre etanol hidratado

Os governos do Paraná, São Paulo e Minas Gerais anunciaram na segunda-feira reduções do ICMS cobrado sobre o etanol hidratado, em uma medida que deve torná-lo mais competitivo nas bombas em importantes mercados para o biocombustível concorrente da gasolina


Em São Paulo, maior mercado consumidor e produtor de etanol do Brasil, a cobrança do imposto estadual caiu de 13,3% para 9,57%. Em Minas Gerais, o ICMS foi reduzido de 16% para 9% e, no Paraná, de 18% para 12%. Na sexta-feira passada, o governo de Goiás anunciou nova diminuição do imposto sobre o etanol para 14,17%, depois de já ter definido um corte para 17% no fim de junho. As reduções ocorrem após o Congresso Nacional ter promulgado na semana passada a Emenda Constitucional 123, que, dentre outras medidas, restabeleceu o diferencial tributário competitivo do etanol hidratado em relação à gasolina, que também deve suas alíquotas de ICMS reduzidas em vários Estados. A medida vale tanto para tributos federais e quanto para o ICMS, mas a sua obrigatoriedade, segundo o Ministério da Economia, ainda depende da edição de lei complementar ou de decreto. São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná são os quatro maiores mercados de etanol no Brasil. Do lado dos impactos aos Estados, a estimativa do governo paulista é de que o corte leve a uma queda de 17 centavos no litro do etanol nas bombas. A medida terá um impacto de 563 milhões de reais na arrecadação estadual até o final do ano, com uma renúncia de receita mensal estimada em 125,1 milhões de reais. "Fiquem de olho e acionem o Procon se o valor (do combustível) não cair", disse o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em nota. Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse no Twitter que a medida deve "seguir aliviando o bolso dos mineiros", ao mesmo tempo em que manterá a competitividade do biocombustível, "importante gerador de empregos em nosso Estado".

REUTERS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar inverte tendência do dia e fecha em alta, refletindo exterior

A inversão de sinal refletiu a piora do desempenho dos principais índices acionários de Nova York, além da redução das perdas da divisa americana lá fora


Depois de passar a maior parte do pregão operando no negativo, o dólar apagou as perdas e fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,4247. A inversão de sinal refletiu a piora do desempenho dos principais índices acionários de Nova York. Na máxima do dia, o dólar comercial foi a R$ 5,4282. Por volta das 17h40, o dólar futuro para agosto subia 0,30%, negociado a R$ 5,4480. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, operava em queda de 0,57%, aos 107,45 pontos. “Assim como de manhã, o mercado local está operando totalmente em função do exterior e lá piorou nitidamente agora no final de tarde”, comentou o diretor da FB Capital, Fernando Bergallo. No meio da tarde, os principais índices acionários de Nova York, que operavam em alta desde o início do pregão, viraram para o campo negativo. A reversão veio após relatos de que a Apple deseja desacelerar suas contratações no ano que vem. “Os investidores precisam recompor as posições lá, e isso penaliza o fluxo para emergentes. Esse movimento [do câmbio] desse final de pregão reflete isso”, acrescentou Bergallo, da FB Capital. Apesar da piora nos índices acionários, ainda no mercado internacional, os contratos de petróleo tanto Brent quanto WTI mantiveram seus ganhos e fecharam com alta de mais de 5% em meio à crescente preocupação com uma recessão, principalmente nos Estados Unidos. Os profissionais da Armor Capital afirmaram em relatório semanal que a perspectiva para o real segue negativa. De acordo com eles, de um lado, o plano externo segue adverso pelo fortalecimento do dólar e movimento de aversão ao risco e, de outro, o risco fiscal doméstico segue elevado pelos gastos extra teto expressivos às vésperas das eleições. "Ademais, a tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário também acaba por elevar os prêmios de risco e investidores estrangeiros sequem retirando recursos da bolsa brasileira.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em alta, mas distante da máxima com piora de NY

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira pelo segundo pregão seguido, apoiado particularmente no avanço de Petrobras, mas distante da máxima da sessão diante do enfraquecimento das bolsas norte-americanas


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,48%, a 97.010,53 pontos, de acordo com dados preliminares. Mais cedo, no melhor momento, chegou a 98.291,10 pontos (+1,8%). O volume financeiro somava 16 bilhões de reais, contra média diária do mês de 22,9 bilhões de reais e do ano de 29,6 bilhões de reais.

REUTERS


Monitor do PIB cai 0,8% após três meses de alta, diz FGV

De acordo com análise da pesquisa, a inflação e os juros elevados afetaram o poder de compra das famílias, refletindo no consumo de produtos menos essenciais


O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 0,8% em maio ante abril, após três altas consecutivas, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com maio de 2021, a atividade econômica teve expansão de 4,4% em maio de 2022. "Após três meses consecutivos de crescimento, a economia retraiu 0,8% em maio. A indústria, que havia crescido nos meses anteriores, após um início de ano ruim, voltou a apresentar queda. Outro importante destaque negativo foi o consumo das famílias", disse em nota a Coordenadora da pesquisa, Juliana Trece. Ela explica que, na atual conjuntura, a inflação e os juros em patamares elevados reduzem o poder de compra das famílias. Isso se reflete no consumo de produtos menos essenciais, como é o caso de semiduráveis e de duráveis, que perderam força e retraíram em maio, informa. O consumo das famílias recuou 2,1% em maio comparado com abril. Na comparação interanual, cresceu 4,7% em maio. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) apresentou crescimento de 1,6% em maio comparado com abril. Na comparação interanual, retraiu 2% no trimestre móvel findo em maio.

O ESTADO DE SÃO PAULO


IGP-10 tem alta de 0,60% em julho com alívio no varejo, mas preços ao produtor aceleram

Os preços ao consumidor arrefeceram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,60% em julho, contra 0,74% no mês anterior, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira


A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o índice subiria 0,46% no mês. Com o resultado de julho, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 10,87%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,42% no mês, depois de alta de 0,72% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, a desaceleração foi motivada por quedas nos custos de gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%), que refletiram parcialmente a redução do ICMS. Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 0,57% em julho, de 0,47% antes. A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços de alimentos e combustíveis, disse Braz, destacando as disparadas de 16,30% do leite industrializado e de 10,91% do diesel. De acordo com o especialista, a alta do IPA só não foi mais forte por conta da queda nos preços de commodities importantes --como minério de ferro, milho e algodão-- diante de temores internacionais de recessão. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% em julho, depois de avançar 3,29% em junho. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

REUTERS


Mercado passa a ver Selic mais alta em 2023 com maior pressão inflacionária, mostra Focus

O mercado passou a ver maior aperto monetário em 2023 em meio a projeções mais elevadas para a inflação geral e para os preços administrados, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira


A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou manutenção da perspectiva de que a taxa básica de juros encerrará este ano a 13,75%, mas para 2023 a conta para a Selic subiu a 10,75%, de 10,50%. Isso ocorre em meio a uma visão de maior pressão dos preços em 2023. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA no ano que vem passou a ser de 5,20%, de 5,09%, acima do teto da meta. O ajuste veio acompanhado de alta na estimativa para o avanço dos preços administrados em 2023, passando de 6,15% para 6,50%. Movimento contrário aconteceu no cenário para este ano. A estimativa para a alta do IPCA em 2022 caiu a 7,54%, de 7,67%, enquanto para os preços administrados a projeção de avanço foi a 1,74%, de 2,20%. Esses movimentos têm como pano de fundo medidas do governo para aliviar a inflação elevada neste ano, como a aprovação da lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. No entanto, ela não tem efeitos duradouros e analistas alertam que esses preços voltarão a pressionar a inflação geral no ano que vem. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2022 melhorou em 0,16 ponto percentual, passando a 1,75%, enquanto, para 2023, permaneceu em 0,50%.

REUTERS


Vendas no varejo cresceram 5,9% no Brasil em junho ante um ano antes, diz Cielo

As vendas no varejo brasileiro tiveram em junho um aumento de 5,9% ante o mesmo período de 2021, descontada a inflação, segundo dados da empresa de meios de pagamentos Cielo divulgados na segunda-feira


O avanço está relacionado à baixa base comparativa de junho do ano passado, período atingido pelas restrições ao funcionamento do comércio por causa da Covid-19, disse a Cielo em comunicado. Os efeitos de calendário tiveram pouca interferência no resultado do mês, de acordo com a empresa. "Eliminando os efeitos de aumento de preços no período, o varejo ainda se encontra abaixo do patamar observado em 2019, ano anterior ao do início da pandemia", afirmou Diego Adorno, Gerente de Produtos de dados da Cielo, no comunicado. O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) é apurado junto a 1,1 milhão de varejistas no país credenciados à companhia e distribuídos por 18 setores.

REUTERS


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