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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 164 DE 06 DE JULHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 164 |06 de julho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS

Boi gordo: negociações seguem lentas

Na terça-feira, 5 de julho, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo evoluiu a passos lentos. Os preços do animal terminado subiram em São Paulo e em praças localizadas em Mato Grosso e Minas Gerais, informa a IHS Markit


Segundo a IHS, as altas acumuladas na etapa final do mês passado favoreceram a formação de escalas de abate mais confortáveis, diminuindo a necessidade mais urgente de novas aquisições de boiadas gordas. Além disso, as exportações brasileiras continuam em ritmo forte, batendo, em junho, novo recorde histórico para o mês. “O comportamento cambial, associado ao aquecimento da demanda externa pela carne brasileira, deve manter o firme apetite comprador (de boiadas gordas) das indústrias exportadoras”, prevê a IHS Markit. Na terça-feira, o dólar subiu a R$ 5,38, a maior cotação desde o fim de janeiro. Apesar do fluxo moroso de negócios em âmbito nacional, ainda foi possível apurar alguns repiques de alta entre algumas praças pecuárias. No interior paulista, segundo apuração da IHS, os preços do boi direcionado ao mercado interno subiu para R$ 325/@ (valor bruto, a prazo). Em Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro, lotes oriundos de confinamento também foram negociados a preços mais altos, o que permitiu a evolução das escalas de abate dos frigoríficos locais, relata a IHS. Na região Centro-Oeste, acrescenta a IHS, destaque os avanços de preço do boi gordo nas praças de Mato Grosso, puxados pela presença compradora de algumas indústrias com foco no mercado externo. Segundo os dados apurados nesta terça-feira pela Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, o boi gordo está valendo R$ 317/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas em R$ 284/@ e R$ 304/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O preço do boi-China segue firme em R$ 330/@, informa a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 325/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 297/@ (prazo) vaca a R$ 277/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 295/@ (à vista) vaca a R$ 277/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca R$ 285/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Pequenas quedas para o suíno vivo

A reação mensal dos preços, que vem sendo observada em todas as praças acompanhadas pelo Cepea, é resultado da menor oferta de suínos, sobretudo de animais gordos, e do aquecimento da demanda por carne suína


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF oscilou com queda de 3,01% e alta de 2,22%, valendo R$ 129,00/R$ 138,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, custando R$ 9,40 o quilo/R$ 9,80 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (4), ficaram estáveis os preços no Rio Grande do Sul e São Paulo, cotados, respectivamente, em R$ 6,21/kg e R$ 7,25/kg. Houve queda no Paraná na ordem de 1,08%, chegando em R$ 6,42/kg, recuo de 0,32% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,30/kg, e de 0,14% em Minas Gerais, fechando em R$ 7,25/kg.

Cepea/Esalq


Brasil tem mais duas plantas aprovadas para exportar suínos ao Canadá

Após cinco habilitações de frigoríficos de suínos para o Canadá em junho e duas em julho o Brasil agora conta com sete frigoríficos de carne suína habilitados a exportar para o Canadá, todos localizados em Santa Catarina


Nesta semana mais duas plantas processadoras de carne suína de Santa Catarina foram habilitadas para exportar a proteína para o Canadá. Ambas estão localizadas em Santa Catarina: a Master Agroindustrial, em Videira, e a Pamplona Alimentos, em Rio do Sul. No mês passado, cinco unidades já haviam recebido o aval para exportação para o país norte-americano, todas elas também de Santa Catarina, sendo duas plantas da Seara Alimentos, de Itapiranga e de São Miguel do Oeste, uma da Cooperativa Central Aurora, de Chapecó, Pamplona Alimentos, de Presidente Getúlio, e da Cooperativa Central Aurora, de Joaçaba. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), "embora seja o terceiro maior exportador global de carne suína (em 2021, o país exportou 1,5 milhão de toneladas), o Canadá também é um comprador relevante no mercado internacional. Em média, o país importa 250 mil toneladas anualmente".

BROADCAST AGRO


FRANGOS


Frango: alta no atacado paulista

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado teve alta de 1,99%, chegando em R$ 7,70/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, custando R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, valendo R$ 4,26/kg, nem no Paraná, custando R$ 5,59/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (4), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de valor, custando, respectivamente, R$ 7,87/kg e R$ 8,03/kg.

Cepea/Esalq


Exportações de carne de frango crescem 8,8% em junho

Vendas do primeiro semestre aumentam 8% em volume


Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 432,5 mil toneladas em junho, volume que supera em 8,8% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 397,4 mil toneladas. Em receita, as vendas de junho totalizaram US$ 951,7 milhões, desempenho 46,3% maior que o realizado no sexto mês de 2021, com US$ 650,6 milhões. As exportações totais registradas ao longo do primeiro semestre alcançaram 2,423 milhões de toneladas, volume 8% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2021, com 2,244 milhões de toneladas - mantendo, neste ano, média mensal acima das 400 mil toneladas. Em receita, a alta do semestre é de 36%, com US$ 4,728 bilhões em 2022, contra US$ 3,476 bilhões em 2021. No ranking dos principais destinos de junho, destaque para a Arábia Saudita, com 39 mil toneladas (+69%), Japão, com 37,1 mil toneladas (+3%), Emirados Árabes Unidos, com 35,6 mil toneladas (+18%), Filipinas, com 21,1 mil toneladas (+9%) e Coreia do Sul, com 18,4 mil toneladas (+67%). As vendas para a China, maior importadora da carne de frango do Brasil, totalizaram 46,5 mil toneladas no mês (-18%). “A maior parte dos nossos principais clientes internacionais vêm aumentando o volume das compras. Neste contexto, destacam-se mercados do Oriente Médio como a Arábia Saudita, que recentemente reabilitou parcialmente plantas brasileiras, tendo voltado inclusive a comprar volumes nos patamares históricos. Também foram relevantes as altas de determinados mercados da Ásia como as Filipinas e a Coreia do Sul, que assumiram, respectivamente, o quinto e o sexto postos entre os principais importadores de junho. Além disso, os preços médios obtidos com as exportações também vêm evoluindo nos últimos meses, dentro de um contexto de necessidade em função dos custos de produção”, avalia Luís Rua, diretor de mercados.

ABPA


CARNES


RABOBANK: Consumo brasileiro de proteína tende a subir com envelhecimento do consumidor

Em 2050, a população brasileira deverá crescer em cerca de 38 milhões de pessoas em relação a 2010, com o consumo de carne bovina subindo em 996 mil toneladas, o de carne suína em 670 mil toneladas e o de carne de frango em 2 milhões de toneladas

O Rabobank espera um aumento no consumo de carnes e de proteínas alternativas no Brasil com o envelhecimento da população nas próximas décadas, segundo relatório divulgado na terça-feira (05). O Rabobank disse que uma maior participação da população economicamente ativa no consumo tende a elevar a demanda por carnes nas próximas décadas. As necessidades de consumo mudam com a idade e alguns hábitos das jovens gerações atuais deverão refletir-se nas vendas futuras de alimentos aos consumidores mais velhos. O aumento no consumo doméstico de carne bovina deve ser de 785 mil toneladas até 2030, em comparação com 2010, refletindo um aumento de 30 milhões de pessoas na população. O consumo de carne suína deve subir 530 mil toneladas e o de carne de frango em 1,5 milhão de toneladas, na mesma base de comparação, segundo o Rabobank. Em 2050, a população brasileira deverá crescer em cerca de 38 milhões de pessoas em relação a 2010, com o consumo de carne bovina subindo em 996 mil toneladas, o de carne suína em 670 mil toneladas e o de carne de frango em 2 milhões de toneladas. “Vale mencionar que, no mesmo período, o consumo de proteínas alternativas, como produtos de origem vegetal, também deve registrar aumento, principalmente por parte das gerações mais novas e flexitarianas (pessoas que limitam o consumo de produtos de origem animal), mesmo que em níveis incipientes em relação às proteínas animais”, disse o Rabobank. Os consumidores mais novos que estão comprando esses produtos de proteínas alternativas mais ativamente atingirão a maturidade econômica nos próximos anos, levando a um crescimento deste mercado em comparação com o seu tamanho atual. O consumo de proteínas congeladas à base de vegetais no Brasil subiu 52% em 2021 para 1,9 mil toneladas, segundo pesquisa da Nielsen IQ citada pelo Rabobank.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Empresas do Paraná têm até agosto para aderir ao Refis

Os empreendedores em dívida no Fisco estadual precisam ficar atentos ao prazo de adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que vai até agosto


O programa da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefa) permite a regularização do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) e de créditos não tributários inscritos em dívida ativa. O prazo de inscrição vai até 10 de agosto para quem vai parcelar o pagamento da dívida. Já quem vai pagar à vista pode aderir ao Refis até 12 de agosto. A adesão é feita pelo site da Sefa. No pagamento parcelado, o contribuinte deve indicar no momento da adesão todos os débitos que pretende pagar dessa forma. A primeira parcela deve ser paga até o último dia útil do mês da adesão. As demais parcelas devem ser quitadas até o último dia útil dos meses seguintes à adesão. O parcelamento pode ser em até 180 vezes de débitos tributários e não tributários. O valor máximo de cada parcela do pagamento é de cinco UPF/PR (Unidade Padrão Fiscal do Estado do Paraná), o que equivale a aproximadamente R$ 500. O prazo é o mesmo para simulação e adesão com a aplicação dos benefícios concedidos, respeitado o período de vigência de cada programa.

GAZETA DO POVO


Índice de confiança do comércio no Paraná fecha favorável em junho

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em junho no Paraná ficou 14,8% acima do registrado no mesmo mês de 2021, período marcado por um dos piores momentos da pandemia de Covid-19


No dado da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) na pesquisa em todo país da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o estado somou 122,3 pontos. Apesar de o índice ter ficado praticamente estável na variação em relação a maio, com crescimento de apenas 0,9%, o Icec de junho é considerado favorável. Isso porque os três subindicadores que formam o índice fecharam o mês passado acima dos 100 pontos. "O Icec paranaense está praticamente no mesmo patamar do índice nacional, que atingiu 122,4 pontos em junho, a maior pontuação desde o início da pandemia", avalia a Fecomércio em nota. Nos subindicadores que formam o Icec, o Paraná somou em junho 104 pontos nas Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec). Apesar da redução de 0,6% de maio para junho, o indicador ficou 42,3% acima do balanço de junho de 2021. Já a Expectativas do Comércio (Ieec) alcançou a maior pontuação dos três subindicadores, com 148,2 pontos. A elevação de maio para junho foi de 1,3%, enquanto que em comparação com o mesmo mês do ano passado foi de 1%. No quesito Investimentos do Empresário do Comércio (Iiec), junho fechou com 114,8 pontos. O crescimento foi de 1,9% em relação ao mês anterior e de 14,8 na comparação com junho de 2021.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar salta 1,2% e fecha perto de R$5,40, nos picos desde janeiro, com temor global de recessão

O dólar deu um salto na terça-feira e fechou no maior patamar em mais de cinco meses, chegando a operar acima de 5,40 reais, catapultado pela busca por segurança que ditou alta generalizada da moeda no exterior em meio à intensificação de temores de recessão global


Lá fora, um índice de dólar disparou a novas máximas em 20 anos, com o euro mergulhando a um piso desde 2002 e aproximando-se da paridade frente ao rival norte-americano. As preocupações foram exacerbadas pelo aumento dos preços do gás natural e por dados que na terça-feira mostraram forte desaceleração no crescimento da atividade econômica no setor privado do bloco monetário em junho. No fechamento, a cotação subiu 1,21%, a 5,3892 reais na venda, maior valor desde 28 de janeiro (5,3915 reais). A moeda emendou a quarta alta consecutiva, período em que somou ganhos de 3,82%. A série positiva é a mais longa desde a sequência de sete pregões seguidos de valorização encerrada em 14 de junho. O dólar à vista --que no ano chegou a acumular queda de 17,33% quando terminou em 4,6075 reais no dia 4 de abril-- agora reduziu a baixa no período para 3,31%. E o cenário de curto prazo para o dólar segue na direção de alta, segundo Nicole Kretzmann, economista-chefe da Upon Global Capital, que lembrou as divulgações da ata da última reunião de política monetária do banco central norte-americano (na quarta-feira) e do relatório mensal de empregos nos Estados Unidos fora do setor agrícola ("payroll", na sexta). "Porém, ainda que a ata venha mais 'dovish' (com menor indicação de alta forte dos juros) ou o 'payroll' decepcione, a narrativa predominante será de menor crescimento global, o que cria essa dinâmica de 'flight to safety' (busca por segurança) para o dólar, favorecendo a moeda norte-americana em relação às dos outros países", disse. Além das preocupações externas, temas idiossincráticos devem manter a taxa de câmbio sob atenção. "A elevação do risco fiscal... segue nos deixando menos construtivos para o real no curto prazo, que ainda deve seguir negociando consistentemente acima de 5,00 por dólar nos próximos meses", disse o BTG Pactual em cenário de câmbio para julho.

REUTERS


Ibovespa cai com tombo do petróleo derrubando Petrobras. BRF sobe 7,67%

A BRF ON valorizou-se 7,67%, apoiada por relatório de analistas do BTG Pactual, que elevaram o preço-alvo das ações para 20 reais, de 17 reais anteriormente, bem como avaliaram que a performance de curto prazo da companhia pode surpreender do lado positivo. Ainda assim, os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin reiteraram recomendação 'neutra'


O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, com recuo forte de Petrobras na esteira do tombo do petróleo no exterior, enquanto varejistas mostraram reação expressiva, com Magazine Luiza disparando quase 12%. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32%, a 98.294,64 pontos, após chegar a 96.499,42 pontos no pior momento, renovando mínima intradia desde novembro de 2020. O volume financeiro no pregão somou 23,1 bilhões de reais. Permanecem as preocupações com a elevação dos juros globalmente, bem como o eventual risco de recessão e estagflação, além das discussões políticas no Brasil, particularmente a PEC dos Benefícios, por causa do risco fiscal.

REUTERS


Indústria do Brasil cresce pelo 4º mês seguido em maio, mas fica abaixo do esperado

A produção industrial do Brasil seguiu apresentando crescimento moderado na metade do segundo trimestre, abaixo do esperado e sem recuperar as perdas do início do ano, ainda tentando pisar no acelerador em meio à inflação elevada e problemas persistentes de oferta


A produção da indústria teve em maio avanço de 0,3% em relação ao mês anterior, no quarto resultado positivo seguido, acumulando no período alta de 1,8%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. O resultado, entretanto, ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,7%, e mesmo com quatro meses seguidos de ganhos o setor ainda não eliminou o recuo de 1,9% registrado em janeiro. Na comparação com maio do ano passado, houve ganho de 0,5% da produção do país, também bem abaixo da expectativa de um aumento de 1,1%. A indústria brasileira vem apresentando seguidos resultados positivos, porém a taxas moderadas que evidenciam a dificuldade de superar obstáculos como a inflação e juros altos no país, bem como problemas persistentes nas cadeias de oferta em meio à guerra na Ucrânia. Além disso, os custos seguem elevados, e o setor está 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. "Ainda permanecem a restrição de acesso das empresas a insumos e componentes para a produção do bem final e o encarecimento dos custos de produção. Várias plantas industriais prosseguem realizando paralisações, reduções de jornadas de trabalho e concedendo férias coletivas, com a indústria automobilística exemplificando bem essa situação nos últimos meses", explicou a André Macedo, gerente da pesquisa industrial mensal do IBGE. Segundo ele, o sinal positivo vem se mantendo graças às medidas de incremento da renda implementada pelo governo, além da evolução do mercado de trabalho com redução da taxa de desemprego. O mês de maio apontou resultado positivo em três das quatro grandes categorias econômicas, registrando o maior salto em Bens de Capital, de 7,4%. Bens de Consumo Duráveis apontaram aumento de 3,0% na produção, enquanto os Bens de Consumo Semi e não duráveis tiveram alta de 0,8%. O resultado negativo veio de Bens Intermediários, cuja fabricação recuou 1,3% na comparação com abril. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de máquinas e equipamentos (7,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,7%), após recuos em abril.

REUTERS


Setor de serviços do Brasil tem forte expansão em junho apesar de inflação, mostra PMI

A expansão do setor de serviços no Brasil acelerou com força em junho e igualou o recorde da série histórica apesar das fortes pressões de preços, de acordo com pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global divulgada na terça-feira


O PMI saltou a 60,8 em junho, de 58,6 em maio, igualando a taxa mais alta na série histórica, vista em abril de 2007 --a pesquisa começou a compilar os dados em março daquele ano --, em meio à entrada quase recorde de novos trabalhos e com a demanda em expansão. A entrada de novos trabalhos acelerou em relação a maio e foi a mais forte desde maio de 2007, sustentada pela conquista de novos negócios, maior investimento e demanda forte. Os serviços ao consumidor registraram a maior alta nos novos negócios, seguidos de perto pelo subsetor de finanças e seguros. Esse aumento, associado a projeções de crescimento, garantiu a alta das contratações em junho, com a criação de vagas se estendendo para o 13º mês seguido, na taxa mais forte já registrada. Os empresários do setor mantiveram o otimismo forte em junho, com o sentimento sobre as perspectivas de crescimento numa máxima de quase três anos. As empresas também mostraram esperanças de resultado positivo da eleição presidencial de outubro, e passaram a ver aumento da produção ao longo dos próximos 12 meses devido ainda aos esforços de marketing e investimentos. O mês, entretanto, também foi marcado por aumento nos gastos das empresas, com os custos de insumo subindo a uma taxa mais lenta do que em maio, mas ainda a segunda mais forte na série histórica. As pressões vieram, segundo a pesquisa, da força do dólar e dos custos mais elevados de energia, alimentos, combustíveis e produtos de higiene. Diante disso e com a resiliência da demanda, os fornecedores de serviços elevaram seus preços de venda pelo 20º mês e à taxa mais forte já vista na pesquisa. "Apesar das agressivas altas de juros, o cenário da inflação não melhorou. Os custos de insumos subiram a um ritmo que só foi superado em maio", disse a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima. Com o forte resultado de serviços e a indústria também em crescimento em junho, o PMI Composto do Brasil subiu de 58,0 em maio a 59,4 no mês passado, no segundo ritmo mais forte de expansão da atividade empresarial desde o início do levantamento, em março de 2007.

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