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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 162 DE 04 DE JULHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 162 |04 de julho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Julho começa com preços da arroba do boi gordo firmes e expectativas de valorizações

Segundo apurou a IHS Markit na sexta-feira, no geral, o mercado brasileiro do boi gordo fechou a semana com um baixo volume de negócios


“O dia foi um reflexo do que se verificou ao longo desta semana, com fraco fluxo de negócios no mercado físico do boi gordo pela menor atuação dos players, que devem retomar as operações de compra nesta segunda-feira (4/7)”, observa a IHS. Na avaliação da consultoria, muitas indústrias frigoríficas brasileiras trabalham hoje com escalas de abate um pouco mais confortáveis, um reflexo das altas da arroba ocorridas ao longo de junho, o que garantiu volumes suficientes para atender algumas necessidades mais urgentes (até a primeira quinzena de julho). Segundo previsões dos analistas, é possível que as ofertas de animais terminados fiquem ainda mais escassas nas próximas semanas, o que pode repercutir positivamente nos preços da arroba. Com as expectativas voltadas para este início de julho, o mercado atacadista de carne bovina aguarda uma recuperação parcial do consumo doméstico nas primeiras semanas do mês, estimulada pelo recebimento dos salários aos trabalhadores. Tomando como referência a praça pecuária do interior de SP, o macho terminado subiu R$ 17,50/@ no acumulado de junho, fechando em 1º de julho a R$ 317/@ (preço bruto e a prazo), informou a Scot Consultoria. O preço do boi gordo que atende ao mercado interno subiu R$ 17,50/@ no acumulado do mês, fechando a sexta-feira (1º de julho) em R$ 317/@ (preço bruto e a prazo), informa a Scot. Essa referência de preço para o macho terminado não era observada desde meados de abril. Negócios envolvendo bovinos com padrão para exportação registraram acréscimo de R$ 10/@ somente na última semana, com negócios ocorrendo na casa dos R$ 330/@ em São Paulo. Ainda em relação ao mercado paulista, os preços da vaca e da novilha gordas fecharam a semana com estabilidade em relação ao dia anterior, valendo, respectivamente, R$ 284/@ e R$ 304/@ (preços brutos e a prazo), acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista) SP-Noroeste: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 277/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca R$ 285/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 292/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista).

PORTAL DBO


Exportação de carne bovina in natura é de 1 bilhão de dólares em Junho

Segundo a Secretária Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne bovina in natura alcançaram 1 bilhão de dólares em junho/22


A média diária do valor negociado ficou em US$ 49,6 milhões, alta de 43,3%, frente a junho do ano passado, que ficou em US$ 34,6 milhões. Os preços médios em 21 dias úteis ficaram em US$ 6.825 por tonelada, alta de 31,7% em relação a junho de 2021, com preços médios de US$ 5.181 por tonelada. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, no primeiro semestre deste ano a China teve quase 50% das compras brasileiras em volume e quase 60% da arrecadação. “O faturamento que tivemos em junho foi de 1 bilhão de dólares, eu diria que mais de 600 milhões vieram do mercado chinês, ou seja, além de comprar muita carne brasileira, pagam um preço médio alto”, afirmou. Para o analista da Safras & Mercado, isso justifica o comportamento dos frigoríficos na compra de gado, pois acabam pagando R$ 30 a mais em animais dentro das especificações deles. O volume exportado de carne bovina em junho foi de 152,6 mil toneladas. Isso representou um aumento de 8,77% frente ao mesmo período do ano passado, com 140,3 mil toneladas. No comparativo mensal, o volume embarcado registrou uma queda de 0,33% se comparado ao mês de maio/22 que exportou 153,1 mil toneladas. A média diária movimentada ficou em 7,2 mil toneladas, avanço de 22,2% frente à maio do ano passado, com 6,68 mil toneladas.

AGÊNCIA SAFRAS


SUÍNOS


Suínos: preços perto da estabilidade

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 129,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,40 o quilo/R$ 9,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (30), houve aumento de 0,28% em são Paulo, atingindo R$ 7,19/kg, e queda de 0,16% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,31/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), Paraná (R$ 6,48/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 6,23/kg).

Cepea/Esalq


Quilo do suíno vivo é de R$6,46 no Rio Grande do Sul

Pela terceira semana consecutiva, a Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou estabilidade no preço do suíno vivo pago ao suinocultor independente. A cotação é de R$6,46. A pesquisa é realizada pela Associação de Criadores de Suínos do RS – ACSURS


O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 88,67. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.666,66 e da casquinha de soja é de R$ 1.275,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). Agroindústrias e cooperativas – O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 4,98. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,10 (base suíno gordo) e R$ 5,20 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 09/02; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,10, vigente desde 09/02; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,20 (leitão), vigentes desde 10/02, respectivamente; BRF R$ 5,10, vigente desde 06/06; Estrela Alimentos R$ 4,10 (base creche e terminação), vigente desde 08/02, e R$ 5,15 (leitão), vigente desde 09/02; JBS R$ 5,10, vigente desde 23/05; e Pamplona R$ 5,10 (base terminação) e R$ 5,20 (base suíno leitão), vigentes desde 09/02.

ACSURS


Exportação de carne suína em junho é melhor do que a de maio, mas ainda inferior a junho/21

Há indícios de que os preços internacionais para a carne suína estão melhorando. Dentro da China, os preços da carne suína produzida localmente estão em curva de alta


Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura em junho (21 dias úteis) melhoraram em relação ao resultado de maio, mas ainda ficaram aquém do obtido em junho de 2021. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o que fica de destaque para a carne suína é um indício de melhora nos preços internacionais, já que o gigante asiático começa a apresentar preços maiores internamente. "Vemos também um horizonte com chance de que os custos de produção cedam um pouco no segundo semestre, com a entrada da safrinha de milho, mas o cenário na suinocultura interna é ainda complicado. A China segue comprando menos, e nós acabamos dependendo do Vietnã, Filipinas, Argentina e Chile, que vêm adquirindo bons volumes, para termos um desempenho melhor", disse ele. A receita de junho, US$ 202,9 milhões, representou 79,6% do montante obtido em junho de 2021, com US$ 254,6 milhões. No volume, as 83.536 toneladas são 86% do total exportado em junho do ano passado, com 97.655 toneladas. Na comparação com o mês anterior, as exportações de carne suína são 6,3% maiores do que a registrada em maio, com US$ 190,8 milhões. No volume, as 83.536 toneladas são 4,6% superiores às de maio. Na receita por média diária, de US$ 9.664, o valor é 20,3% menor do que junho de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 15,9%. Em toneladas por média diária, 3.977 toneladas, recuo de 14,5% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparadas a semana anterior, retração de 15,7%. No preço pago por tonelada, US$ 2.429, ele é 6,8% inferior ao praticado em junho passado. M relação a semana anterior, queda de 0,19%.

AGÊNCIA SAFRAS


Rebanho de matrizes suínas da China cai 8% em maio, diz ministério

O Ministério da Agricultura da China disse na quinta-feira que seu rebanho de porcas caiu mais de 8% em maio em comparação com um ano atrás, um declínio maior do que o estimado anteriormente


Um analista do ministério havia dito anteriormente que o rebanho reprodutor era quase 5% menor que maio de 2021. O tamanho total do rebanho reprodutor, de 41,92 milhões de cabeças, não mudou, segundo dados publicados no site do ministério, assim como a estimativa de aumento de 0,4% em maio em relação ao mês anterior. O ministério não pôde ser contatado após o horário comercial para explicar o motivo da mudança. O tamanho do rebanho de porcas da China é um indicador observado de perto para a produção de carne no maior produtor mundial.

REUTERS


FRANGOS


Frango: alta no atacado em São Paulo e no Frango vivo no Paraná

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado teve alta de 1,35%, chegando em R$ 7,50/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, custando R$ 6,00/kg.

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, valendo R$ 4,26/kg, no Paraná houve leve aumento de 0,18%, custando R$ 5,59/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (30) tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, cotadas, respectivamente, em R$ 7,79/kg e R$ 7,71/kg.

Cepea/Esalq

Exportação de frango em junho supera em 50% a receita de junho/21

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura em junho (21 dias úteis) ultrapassaram em 50% a receita total obtida em junho do ano passado


Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Brasil segue "nadando de braçada" quando o assunto é exportação de carne de frango. "Além da influenza aviária no hemisfério norte, há a questão do conflito entre Rússia e Ucrânia, que também acaba beneficiando o Brasil. Com o processo inflacionário e aumento do preço da carne bovina (ambos em escala mundial), a carne de frango acaba sendo mais acessível em vários países, e isso faz a diferença na hora da decisão de compra", explicou. A receita, US$ 880,7 milhões, foi 50,39% superior ao montante obtido em todo junho de 2021, que foi de US$ 585,6 milhões. No volume embarcado, as 399.961 toneladas, ele é 10,2% maior do que total exportado em junho do ano passado, com 362.946 toneladas. Na comparação com o mês anterior, alta de 5% sobre maio, com US$ 838.6 milhões. No volume, as 399.961 toneladas embarcadas representam queda de 0,19%. Na receita por média diária, US$ 41,9 milhões, ela é 50,4% maior que a registrada junho de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 7,8%. Em toneladas por média diária, 19.045 toneladas, incremento de 10,2% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, queda de 8,51%. No preço pago por tonelada, US$ 2.202, ele é 36,5% superior ao praticado em junho passado. Frente ao valor da semana anterior, aumento de 0,70%.

AGÊNCIA SAFRAS


CARNES


Frango/Cepea: Preço da carne cai e eleva competitividade frente à suína

Os preços da carne de frango seguiram enfraquecidos em junho, ao passo que os valores da suína subiram


Diante disso, a competitividade da proteína avícola frente à concorrente cresceu pelo segundo mês consecutivo. Em junho (até o dia 29), o frango inteiro resfriado foi comercializado no atacado da Grande São Paulo à média de R$ 7,44/kg, queda de 1,1% sobre a de maio. Segundo colaboradores do Cepea, apesar das vendas externas aquecidas, o baixo consumo interno pressionou as cotações da maioria dos produtos da avicultura de corte. Já para a carne suína, o período de inverno e festas tradicionais têm aquecido as vendas, ao passo que a oferta de animais em peso ideal de abate está menor, contexto que vem resultando em elevação dos preços. Em junho, a carcaça especial suína foi cotada, em média, a R$ 9,35/kg, avanço mensal de 1,1%. Diante disso, a carcaça suína esteve 1,91 Real/kg mais cara que o frango inteiro na parcial de junho, diferença 10,8% maior que a observada em maio, o que reduziu a competitividade da carne de frango frente à substituta.

Cepea


EMPRESAS


BRF aprova emissão de R$1,7 bi em debêntures

O Conselho de Administração da BRF aprovou uma emissão de debêntures no valor de 1,7 bilhão de reais, conforme ata de reunião do colegiado divulgada na véspera


A companhia de alimentos deverá destinar os recursos líquidos obtidos com as debêntures exclusivamente às suas atividades como produtora no agronegócio, segundo o documento.

As debêntures serão simples, ou seja, não conversíveis em ações de emissão da companhia.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Pesquisadores do IDR-PR cobram candidatos sobre futuro da instituição

Carta aberta endereçada aos postulantes ao Palácio Iguaçu pede que tema seja debatido em campanha


O Alerta Geada que ajuda os produtores rurais paranaenses a protegerem pastos e lavouras dos prejuízos causados pelo frio intenso, a instalação da agroindústria para processamento de suco de laranja nas regiões Norte e Noroeste do Estado e o registro da raça purunã, bovino genuinamente paranaense são apenas alguns dos feitos contabilizados pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), em 50 anos de existência, completados na quarta-feira. Fundado em 29 de junho de 1972, o órgão de pesquisa e tecnologia teve um papel relevante no desenvolvimento agropecuário do Estado e se hoje o Paraná se destaca no agronegócio, muito se deve aos estudos iniciados em seus laboratórios que resultaram em novas técnicas e tecnologias aplicadas no campo. Preocupados com o futuro da pesquisa agropecuária no Estado, pesquisadores ativos e aposentados do instituto elaboraram uma carta aberta endereçada aos candidatos ao governo estadual e pedem que o tema seja debatido durante a campanha eleitoral. No documento, eles enumeram os inúmeros avanços que o então Iapar representou para a agricultura paranaense. Além da importante contribuição à economia, com expressiva participação no PIB e no superávit da balança comercial, os pesquisadores destacam a consolidação da agricultura familiar, que congrega 85% dos estabelecimentos rurais, nos quais a inclusão produtiva e a inovação tiveram um significativo impacto social. Em produção de feijão e trigo, o Paraná ocupa hoje o primeiro lugar no ranking nacional. Em soja e milho, é o segundo colocado no país, o segundo em leite e mandioca e lidera as cadeias de proteína animal. "Contudo, essa posição destacada demanda uma permanente incorporação de inovações pelos agricultores, que surgem a partir do desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias", ressaltam os pesquisadores na carta aberta. Eles lembram ainda que ações de mitigação das mudanças climáticas, de preservação dos recursos naturais e de conservação da biodiversidade também demandam novas formas de produção agrícola e, nesse processo de transformação, a pesquisa tem um papel fundamental. No documento, os pesquisadores destacam que a continuidade do suporte estratégico ofertado pelo IDRPR só será possível com uma contrapartida do governo estadual ao instituto, financiamento e investimento adequados. Como reforço aos seus argumentos, os autores do documento lembram que números do balanço social no Brasil indicam que para cada R$ 1 investido nas instituições de pesquisa agropecuária, há um retorno econômico de R$ 12 a R$ 16 à sociedade. Os pesquisadores também falam em "desmonte" do órgão de pesquisa que, segundo eles, teria sido agravado pela falta de servidores nas diferentes áreas de conhecimento científico, comprometendo a entrega dos resultados. "Tal condição pode se agravar ainda mais caso seja aprovado o plano único de carreiras em trâmite administrativo no governo", alertaram. "O Estado do Paraná está descuidando disso. O Ratinho, em 2018, falava de inovação, dava sinais de que compreendia a importância do agronegócio, de contar com um órgão de pesquisa, mas já no começo (do mandato, em 2019) sinalizou a fusão de várias instituições", criticou o pesquisador do IDR-PR, Tiago Pellini. Finalizando o mandato, disse o pesquisador, o chefe do Executivo estadual não repôs funcionários e ainda fez um PDV (Plano de Demissão Voluntária) que reduziu ainda mais o quadro de pessoal. "Estamos passando um momento de falta de foco no futuro, no longo prazo, sem planejamento estratégico nas questões fundamentais. A sociedade precisa do estratégico, do planejamento e a única forma de ter um desenvolvimento econômico, gerar empregos e cuidar do meio ambiente é com instituições de pesquisa", afirmou Pellini.

FOLHA DE LONDRINA


ICMS dos combustíveis no Paraná deve baixar em julho, diz Fazenda

Lei federal que obriga redução passou a valer na sexta-feira (24)


No Paraná, a Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda) não tem nenhum estudo neste sentido, mas o entendimento é que o governo estadual será obrigado a baixar os preços em razão da sanção da lei complementar que considera essenciais bens e serviços relativos à comunicação, além de combustíveis, energia elétrica e transporte coletivo. O dispositivo veda a fixação de alíquota tributária em patamar superior ao das operações em geral, por serem serviços essenciais e indispensáveis. A redução imposta pela legislação federal deve entrar em vigor a partir de julho, mas a Sefa ainda não sabe quando a queda na alíquota será aplicada e nem o quanto irá aliviar o bolso dos consumidores, mas a assessoria de comunicação disse que deve ocorrer “em breve”. A secretaria também aguarda uma reunião entre o Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) e o STF (Supremo Tribunal Federal) que deve acontecer nesta semana. Na última quarta-feira (22), governadores de 11 estados entraram com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) na Suprema Corte contra a lei complementar 194/2022. Embora o governo do Paraná não tenha assinado a ação, uma decisão favorável ao Comsefaz pode impactar todos os estados. Na ação, os estados argumentam que o imposto é de competência dos estados e do Distrito Federal e que as mudanças impostas pela lei na cobrança do ICMS ferem "gravemente o pacto federativo e o princípio da autonomia dos entes subnacionais, sob vários aspectos". A Sefa calcula em R$ 6,33 bilhões a perda de receita do Paraná com a entrada em vigor da lei complementar 194/2022 e adianta que haverá desequilíbrio das contas públicas. Só em combustíveis, o Estado deverá deixar de arrecadar R$ 2,04 bilhões. Os repasses obrigatórios aos municípios e outros poderes também serão prejudicados. A redução da alíquota do ICMS implicaria o corte de R$ 1,18 bilhão da cota-parte do imposto para os municípios, além das perdas de R$ 1,4 bilhão para a educação e de R$ 566 milhões para a saúde. O Poder Legislativo deixará de receber R$ 236 milhões, o Judiciário terá um corte de R$ 448,4 milhões nos repasses e o Ministério Público, R$ 193,5 milhões. Segundo levantamento feito entre os dias 19 e 25 de junho pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do litro da gasolina comum no Paraná é de R$ 7,305, do diesel, R$ 7,382 e do etanol, R$ 5,211.

FOLHA DE LONDRINA


Como e quanto Renault, Volvo e Audi vão investir na modernização das fábricas no PR

A semana passada foi marcada por anúncios de três grandes investimentos na indústria automobilística do Paraná. Juntos, os aportes das montadoras Renault, Volvo e Audi em suas respectivas fábricas no estado vão movimentar quase R$ 2,91 bilhões


Só o aporte confirmado pela Renault na última quinta-feira (30) representa 68% dos três investimentos na indústria automobilística. A multinacional francesa vai injetar R$ 2 bilhões no Complexo Industrial Ayrton Sena em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O montante será aplicado na instalação da nova plataforma de produção CMF-B, além da fabricação de um novo modelo SUV e um novo motor 1.0. A plataforma será usada para que a Renault lance nos próximos anos novos produtos de ponta para o mercado brasileiro e latino-americano em geral. A previsão é de que o novo SUV produzido na nova plataforma já seja incorporado ao portfólio da Renault até o fim de 2023. A plataforma também vai permitir a eletrificação dos carros produzidos no Paraná. A Volvo também vai aprimorar a linha de montagem e desenvolver novos produtos na fábrica de ônibus e caminhões na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A montadora sueca anunciou também quinta-feira (30) o investimento R$ 881 milhões na planta paranaense. Com esse montante, a fábrica na CIC leva a maior parte do R$ 1,5 bilhão que a Volvo vai investir no Brasil até 2025. Na linha de montagem, a Volvo vai atualizar e intensificar a automação no conceito indústria 4.0. Já nos produtos, o Centro de Pesquisas em Curitiba vai trabalhar em projetos de motores elétricos.

A fábrica da Volvo na CIC tem 4,3 mil funcionários. A unidade é responsável por abastecer o mercado latino-americano, além de outros países, com os ônibus e caminhões da multinacional sueca. A Audi retomou quarta-feira (29) a produção de carros na fábrica de São José dos Pinhais com investimento de R$ 100 milhões. A planta ficou parada por dois anos pelo contexto econômico do país, principalmente pelo impacto da pandemia de Covid-19. Os R$ 100 milhões serão para modernização da linha de montagem. Serão instalados novos maquinários, ferramentas e equipamentos de controle de qualidade, além de sistemas de informação e infraestrutura logística. A reabertura já permitiu a criação de 200 empregos diretos. A Audi começou a produzir no Paraná semana passada a linha Q3, modelo mais vendido no mundo pela marca em 2021, com 260 mil veículos comercializados. Além do Q3 convencional, a fábrica paranaense vai produzir o Q3 Sportbach, com porta-malas maior. A meta inicial é produzir 4 mil carros por ano em São José dos Pinhais. A produção será em dois turnos com montagem das peças vindas da Hungria via Porto de Paranaguá.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar salta a R$5,3215 com demanda por segurança em meio a incertezas fiscais

O dólar disparou para o maior nível em quase cinco meses contra o real na sexta-feira refletindo incertezas fiscais domésticas após avanço de PEC de "bondades" no Congresso


A moeda norte-americana à vista avançou 1,73%, a 5,3215 reais na venda, cotação mais alta para um encerramento desde 4 de fevereiro (5,3249 reais). Na B3, às 17:23 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,29%, a 5,3645 reais. Por trás dessa movimentação estava também o receio de que a determinação dos principais bancos centrais do mundo no combate à alta dos preços prejudicará demais a atividade global, podendo empurrá-la para uma recessão. No Brasil, riscos fiscais exacerbavam o sentimento adverso vindo do exterior, depois que o Senado aprovou na véspera Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um estado de emergência para ampliar e criar novos auxílios sociais, com previsão de despesas fora do teto de gastos. A PEC --chamada por alguns participantes do mercado como "PEC das bondades" ou "PEC Kamikaze" por seu impacto fiscal negativo e possível efeito inflacionário de longo prazo-- ainda deve passar pela Câmara dos Deputados, mas a expectativa é de aprovação na Casa com amplo apoio. Sinal do clima doméstico arisco, uma medida do risco-país subiu para perto dos maiores patamares desde maio de 2020 nos últimos dias, enquanto a volatilidade implícita do real para os próximos três meses foi na quinta-feira ao maior nível desde outubro de 2020, e seguiu próxima dessa marca na sexta. Os ganhos do dólar à vista na sessão ajudaram a moeda a marcar uma quinta alta semanal consecutiva, de 1,33%%, configurando a maior sequência do tipo desde série da mesma duração finda em 8 de outubro de 2021. Isso se seguiu a uma performance forte do dólar tanto em junho quanto no acumulado do segundo trimestre, períodos em que avançou 10,03% --melhor mês desde março de 2020-- e 9,83%, respectivamente.

REUTERS


Ibovespa sobe com suporte de Petrobras, mas cautela persiste

A BRF ON avançou 5,08%, com o setor de proteínas na ponta positiva. A companhia também aprovou emissão de 1,7 bilhão de reais em debêntures. No setor, MARFRIG ON subiu 3,88%, MINERVA ON fechou em alta de 3,69% e JBS ON mostrou acréscimo de 0,41%


O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, com Petrobras entre os principais suportes, mas a cautela persiste uma vez que permanecem os receios com a magnitude da desaceleração econômica global e os rumos da situação fiscal no Brasil. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,42%, a 98.953,90 pontos. Na semana, subiu 0,29%. O volume financeiro no pregão da sexta-feira totalizou 24,8 bilhões de reais. Na quinta-feira, o Ibovespa caiu 1,08%, a 98.541,95 pontos, acumulando uma queda de 11,5% em junho, pior performance desde março de 2020, quando foi duramente afetado pelo alastramento da pandemia pelo Brasil. De acordo com o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, investidores estão começando julho cautelosos, buscando oportunidades em ativos descontados e ajustando as apostas para os próximos meses. "Foi uma sessão com investidores ainda incertos sobre os cenários para o segundo semestre", afirmou. Na visão da área de macro e estratégia do BTG Pactual, a segunda metade do ano não será menos intensa do que os seis primeiros meses de 2022, em um cenário que inclui desde eleição doméstica até desaceleração do crescimento global.

REUTERS


IPC-S acelera alta a 0,67% em junho com alimentos e habitação, mostra FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a alta a 0,67% em junho depois de subir 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira


Com isso, o índice passou a acumular avanço de 10,31% nos 12 meses até junho, de uma alta de 10,28% em maio. Os dados da FGV mostram que, em junho, o grupo que registrou a maior alta foi de Educação, Leitura e Recreação, de 2,06%, embora tenha enfraquecido após avanço de 3,12% em maio. Por outro lado, os custos de Habitação deixaram para trás a queda de 1,37% e passaram a subir 0,43% em junho, enquanto a alta dos preços de Alimentação acelerou com força a 1,30%, de 0,45%.

REUTERS


Governo corta projeção de superávit comercial em 2022 com gasto maior com fertilizante e combustível

O Ministério da Economia revisou para baixo a projeção para o resultado da balança comercial brasileira no encerramento de 2022, diante de um salto na estimativa para as importações


De acordo com a nova previsão da pasta, apresentada na sexta-feira, o saldo comercial do ano deve ficar positivo em 81,5 bilhões de dólares, ante projeção de 111,6 bilhões de dólares feita em março. De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a revisão foi causada principalmente pela alta nos preços de fertilizantes e combustíveis, produtos dos quais o Brasil depende de produtores internacionais. "Revisão é consequência de uma despesa maior (com importados) por conta de preços crescentes, em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia e de todas as disrupções que observamos nas cadeias de suprimentos", disse. Mesmo com a revisão, se confirmado, o saldo será 32,7% maior do que o observado em 2021, quando ficou positivo em 61,4 bilhões de dólares, resultado anual recorde. A mudança no cálculo foi impulsionada por um forte aumento na projeção para as importações, estimadas agora pelo governo em 268,0 bilhões de dólares, ante previsão de 237,2 bilhões de dólares previstos em março. Pelo lado das exportações, foi feita uma mudança sutil na conta, com a projeção passando de 348,8 bilhões de dólares para 349,4 bilhões de dólares no ano. De acordo com os dados do ministério, a balança comercial brasileira registrou superávit de 8,814 bilhões de dólares em junho. O dado veio abaixo da expectativa de mercado, que apontava saldo positivo de 9,994 bilhões de dólares para o período, segundo pesquisa Reuters. Os dados mostram que a quantidade exportada cresceu 0,1% no mês, enquanto a importada caiu 1,8%. Ao mesmo tempo, os preços dos produtos vendidos ao exterior tiveram alta de 14,6%, ao passo que os preços dos importados saltaram 34,6%. Em relação ao desempenho por setor, o valor total das exportações agropecuárias cresceu 30,4% em junho, enquanto as vendas da indústria de transformação subiram 38,5%. As vendas da indústria extrativa, por sua vez, recuaram 24,3% no período. No acumulado do primeiro semestre, o Brasil teve saldo positivo de 34,2 bilhões de dólares, ante 37,0 no mesmo período de 2021. O resultado é fruto de 164,1 bilhões de dólares em exportações (+19,5%) e 129,8 bilhões de dólares em importações (29,8%).

REUTERS


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