Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 16| 25 de novembro de 2021
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Dia de trégua no movimento de alta do boi gordo
Após concluir as programações de abate, preenchidas ao menos até o começo da próxima semana, muitas unidades frigoríficas saíram das compras de boiadas na quarta-feira, 24, quando o mercado brasileiro do boi gordo operou com preços mais acomodados
Dados levantados pela Scot Consultoria nas praças paulista apontam negócios para o boi gordo a R$ 315/@, enquanto a vaca e a novilha prontas para abater valem R$ 290/@ e R$ 302/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). “O mercado de São Paulo segue em ritmo de espera, com as escalas de abate relativamente confortáveis”, afirma a Scot, referindo-se ao desenrolar da decisão da China em liberar a entrada em seu país de cargas de carne bovina brasileira certificada embarcadas antes 4 de setembro, data do início do embargo chinês, ocorrido após a confirmação de dois casos atípicos de vaca louca no País. Segundo a IHS, as indústrias frigoríficas passaram a cadenciar o ritmo de compra de gado gordo à espera de mais consistência nas vendas da carne bovina. O objetivo dos abatedouros é conseguir repassar ao mercado consumidor os custos operacionais gerados pelas disparadas recentes da arroba. Porém, a oferta de boiadas gordas segue bastante restrita em todas as regiões do País, ainda mais depois da desova de animais terminados nos confinamentos. “O cenário ainda sugere firmeza aos preços da boiada gorda”, destaca a IHS. Algumas unidades estão postergando abate, pulando dia em suas escalas, utilizando lotes próprios, o que reforça o atual quadro de escassez de oferta, dizem os analistas da consultoria. O setor pecuário passa a aguardar a virada de mês, quando, teoricamente, o consumo interno de carne bovina tende a subir, estimulado pelo recebimento dos salários. Na B3, os ganhos computados também foram tímidos no fechamento da sessão passada. Na quarta-feira, entre as principais praças pecuárias brasileiras, os poucos movimentos de alta na arroba do boi gordo ocorreram nos estados do Mato Grosso e Goiás. Porém, mesmo com o avanço da arroba, os poucos negócios efetivados envolveram lotes pequenos, acrescenta a consultoria. Nas demais regiões, apesar da baixa liquidez, o ambiente é de preços firmes. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 296/@ (à vista) vaca a R$ 283/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca R$ 296/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 298/@ (prazo) vaca a R$ 283/@ (prazo).
PORTAL DBO
Liberação de carne retida pela China e demanda de final de ano elevam preços do boi
Valor da arroba sobe 23% no mês, atinge R$ 317 e se aproxima do recorde de julho
A arroba de boi vem ganhando sustentação neste mês no campo. Na quarta-feira (24), esteve em R$ 317 no mercado paulista, um valor 23% superior ao do final de outubro. Essa aceleração dos preços indica que o mercado se prepara para as próximas semanas, que terão demanda mais forte. A China, ao liberar a entrada no país das 110 mil toneladas de carne bovina paradas em seus portos, dá um novo sinal ao mercado. Essa carne não precisará mais ser deslocada para outros países, o que gera nova demanda de abates para esses mercados. Com a oferta de bois restrita, os preços sobem internamente. Com os aumentos dos últimos dias, a arroba de boi volta para o patamar próximo ao do recorde do ano, que foi de R$ 322, em julho, segundo acompanhamento diário do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A suspensão das exportações para a China pelo Ministério da Agricultura, devido aos dois casos atípicos de vaca louca, fez o preço da arroba despencar para até R$ 254 no final de outubro. As exportações, porém, ainda não se recuperaram, e estão à espera do retorno chinês. As vendas externas médias diárias recuaram para 4.896 toneladas, 42% menos do que em novembro de 2020. Os preços também não se sustentaram e voltaram a cair nesta terceira semana do mês para US$ 4.932 por tonelada, 0,4% abaixo do que na anterior. A queda nas exportações de carne bovina permitiu uma evolução das vendas externas das carnes suína e de frango. Esta última teve evolução de 19% neste mês, em relação ao mesmo período de 2020, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados na segunda-feira (22).
FOLHA DE SÃO PAULO
Embargo da China: liberação de carne bovina já habilitada não garante retomada das exportações
Analistas veem fôlego adicional para chineses, com governo do país se esforçando para conter a desvalorização da carne suína após investimentos para recuperação do plantel
Pelo contrário, avaliam analistas de mercado: com um volume que pode passar de 100 mil toneladas de carne entrando no mercado chinês às vésperas do ano novo lunar, existe a possibilidade da suspensão se alongar ainda mais. “É uma notícia boa? É. Vai gerar algo positivo em médio e longo prazo? Não sei”, resume o analista de pecuária da Stonex, Caio Toledo, ao destacar que a notícia também ajudou a desfazer o temor que pairava sobre o mercado, de que a carne bloqueada nos portos chineses e nos próprios frigoríficos brasileiros fosse destinada ao mercado interno. “Tinha frigoríficos que pareciam terminais portuários, tamanha quantidade de contêiner que tinha no pátio. Então, esse era um problema que precisava ser desenrolado o quanto antes e felizmente foi”, acrescenta o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Os dois acreditam que a decisão chinesa de aceitar a carne bovina certificada até o dia 3 de setembro pode ser lida tanto pelo lado positivo quanto negativo. O lado positivo é o da expectativa de avanço das negociações para o fim do embargo. O lado negativo é justamente o do aumento da oferta de carne bovina no país com um produto que já tinha o país como destino antes do embargo justamente em um período em que a demanda é maior, como o ano novo chinês. “Com esse volume de carnes que está chegando, a China se resguarda para o ano novo lunar e não precisa comprar carne bovina tão cedo, podendo manter esse embargo por um período ainda mais longo”, explica Iglesias, estimando um volume entre 100 a 150 mil toneladas, totalizando US$ 1 bilhão. Toledo, da StoneX, argumenta que, para tentar entender os próximos passos da China em relação a carne bovina brasileira será preciso acompanhar os efeitos dessa liberação sobre os preços da carne suína e a margem da suinocultura no mercado chinês. O fundamento é a preferência do consumidor chinês pela carne suína e os esforços do país para conter a queda de preços, após fortes investimentos na recuperação do setor. “Houve um refino das técnicas de manejo, uma profissionalização da atividade, com investimento em nutrição animal de qualidade, importação de genética. Tudo isso para melhorar a qualidade da suinocultura. E o governo chines não vai deixar esse dinheiro desperdiçado, já que os custos de produção na China também estão muito altos este ano”, observa Iglesias ao mencionar que Austrália e Irlanda também tiveram dificuldades para a exportar carne bovina para a China nos últimos meses. “A China fez uma série de estratégias e medidas para conseguir com que os preços da suinocultura começassem a reagir. E é isso o que estamos vendo nesse mês de novembro, os preços da suinocultura chinesa reagindo, embora ainda num patamar bem baixo. Por isso que, nas entrelinhas, temos imaginado que esse seja o grande motivo para esse embargo tão alongado assim”, comenta o analista da Safras & Mercado.
GLOBO RURAL
SUÍNOS
Suínos: preços em alta na quarta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 140,00/R$ 145,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,40/R$ 10,80 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (23), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, custando R$ 7,47/kg. Houve alta de 3,90% em São Paulo, alcançando R$ 7,73/kg, avanço de 2,02% no Paraná, atingindo R$ 6,56/kg, aumento d e1,20% em Santa Catarina, chegando em R$ 6,72/kg, e de 0,32% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,34/kg.
Cepea/Esalq
ABPA comemora novas habilitações de plantas de carne suína para a Rússia
A Associação Brasileira de Proteína Animal comemorou o anúncio feito pelo Rosselkhoznadzor (órgão sanitário da Rússia), da habilitação de nove unidades exportadoras de carne suína para a Rússia, aumentando de quatro para treze o número de plantas habilitadas
O anúncio acontece dias após o comunicado feito pelo governo russo sobre o estabelecimento de uma cota temporária de 100 mil toneladas de carne suína. Pelas estimativas da ABPA, considerando o atual preço médio de importações para o mercado russo, a cota disponibilizada tem potencial de geração de exportações de mais US$ 200 milhões - considerando, entretanto, que a cota pode ser acessada por todas as nações habilitadas a abastecer o mercado russo. De acordo com o Presidente da ABPA, Ricardo Santin, a reabilitação das plantas é um reconhecimento ao trabalho de excelência em qualidade e sanidade aplicado pela suinocultura do Brasil. A Rússia vem incrementando a importação de carne suína do Brasil este ano. Enquanto em 2020 as exportações ficaram em apenas 100 toneladas nos 10 primeiros meses, em 2021 os embarques alcançaram até aqui 3,8 mil toneladas, gerando receita de US$ 10,3 milhões. Com a expansão do número de plantas e a cota oportunizada pelo governo russo a ABPA espera um crescimento ainda mais expressivo nos próximos anos.
ABPA
FRANGOS
Frango: quarta-feira com cotações estáveis
De acordo com análise Cepea/Esalq, a liquidez no mercado avícola, que já estava lenta desde o início de novembro, se enfraqueceu ainda mais com a entrada da segunda quinzena do mês
A demanda por carne por parte do atacado está menor, e, consequentemente, frigoríficos reduziram o ritmo de compras de novos lotes de frango vivo. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado recuou 0,30%, valendo R$ 6,65/kg. Na cotação do animal vivo os valores não mudaram em Santa Catarina, valendo R$ 3,70/kg, em São Paulo, com preço de R$ 5,00/kg, e no Paraná, fixado em R$ 5,95/kg. Segundo informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (23), a ave congelada registrou recuo de 0,83%, atingindo R$ 7,18/kg, e a resfriada baixou 0,54%, fechando em R$ 7,43/kg.
Cepea/Esalq
Eslováquia relata surto de gripe aviária em aves
A Eslováquia relatou um surto do vírus altamente patogênico da gripe aviária H5N1 entre aves domésticas, disse a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris, na terça-feira.
REUTERS
Autoridades dos EUA confirmam caso de gripe aviária em Minnesota
Identificado em uma criação de perus durante testes de rotina, vírus H5 tem baixo potencial de causar a doença e não representa risco para humanos
O Conselho de Saúde Animal do Estado americano de Minnesota informou em 23/11 que identificou um foco de gripe aviária de baixa patogenicidade (LPAI, na sigla em inglês) do tipo H5 em uma criação comercial de perus no condado de Kandiyohi. A confirmação veio após testes de laboratórios realizados pelo Departamento de Agricultura do país (USDA). O órgão estadual localizou a doença durante testes de rotina em criações da região. “Testar as aves antes de irem ao mercado é o protocolo padrão em Minnesota porque, com isso, é possível verificar se as aves comercializadas estão saudáveis. E, se alguma doença for detectada, podemos segurar o lote e trabalhar rapidamente com os produtores para iniciar o tratamento”, disse, em nota, Beth Thompson, veterinária do conselho. A instituição informou ainda que os animais estão em quarentena desde segunda-feira. Eles seguirão sob observação, assim como criações que estejam dentro de um raio de 10 quilômetros. Segundo o órgão, o tipo H5 da gripe aviária não representa risco para a população e não há preocupação com a segurança alimentar dos consumidores. “Esse não é o mesmo vírus que foi a causa do surto de influenza aviária altamente patogênica (HPAI) em 2015”, reforçou o conselho, em nota.
VALOR ECONÔMICO
CARNES
Rússia divulga lista de frigoríficos brasileiros reabilitados a exportar a seu mercado
Produtos de unidades de BRF, JBS, Pamplona e Mercúrio voltaram a ser aceitas pelo país
O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) atualizou a lista de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar a seu mercado, com a inclusão das 12 plantas que tiveram a suspensão temporária retirada ontem. Os três frigoríficos de carne bovina e os nove de carne suína, no entanto, estão sujeitos ao controle reforçado da autoridade sanitária russa. Os dez primeiros lotes de produtos exportados por essas unidades passarão por amostragem obrigatória para verificação laboratorial, destacou a Representação Comercial da Rússia no Brasil. A medida preventiva ainda é adotada em função do risco identificado de presença do aditivo ractopamina nas cargas, motivo pelo qual as empresas tiveram as licenças de exportação suspensas em 2017. Esse é o último estágio antes da abertura sem qualquer restrição. Todos os itens devem ser produzidos a partir do dia 25 de novembro. Entre as nove plantas de carne suína reabilitadas, quatro são da BRF - em Rio Verde (GO), Lajeado (RS), Campos Novos (SC) e Lucas do Rio Verde (GO) -, uma da JBS, em Caxias do Sul (RS), e três da Seara, que é controlada pela JBS - em Três Passos (RS), Itapiranga (SC) e Seara (SC). A nona unidade é da Pamplona Alimentos, em Presidente Getúlio (SC). “A retomada da nossa atuação na Rússia, um dos maiores mercados consumidores de suínos, confirma a confiança do país na qualidade de nossos produtos”, afirmou Grazielle Parenti, Vice-Presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BRF, em nota. Também entraram na lista de liberações anunciada pela Rússia duas unidades de carne bovina da JBS, localizadas em Naviraí e Campo Grande, ambas em Mato Grosso do Sul. Completa a relação o frigorífico de carne bovina da Mercúrio Alimentos em Xinguara (PA). Na semana passada, a Rússia já havia habilitado um frigorífico da Minerva, localizado em Rolim de Moura (RO), e reabilitado a unidade da companhia em Mirassol d’Oeste (MT), que estava suspensa. Essas duas plantas não têm qualquer restrição ou controle aprimorado para vender carne bovina ao mercado russo. O Brasil tem 32 frigoríficos de carne suína habilitados a exportar para a Rússia. Desses, apenas cinco têm autorização para embarques sem qualquer restrição. Os nove constantes desta reabertura estão com controle aprimorado e outras 18 unidades continuam com as exportações suspensas desde 2017. A lista de empresas autorizadas a vender carne bovina é maior. São 57 frigoríficos brasileiros listados pelo serviço sanitário russo. Desses, 16 têm permissão para exportar sem qualquer proibição. Os três abatedouros constantes da reabertura mais recente estão com controle aprimorado e outros 46 estão com a licença de exportação suspensa, alguns desde 2014. Nove dos 12 frigoríficos listados hoje ainda sofrem restrições no fornecimento de membranas intestinais e matérias-primas intestinais.
VALOR ECONÔMICO
Mapa vai entregar títulos de adesão ao Sisbi para oito consórcios públicos municipais
O reconhecimento destes consórcios beneficiará 26 municípios do Mato Grosso do Sul, 40 de Santa Catarina, 29 do Rio Grande do Sul, 30 do Paraná e 17 de Minas Gerais
A Ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participa nesta sexta-feira (26) da entrega de Títulos de Adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) para oito consórcios públicos municipais que obtiveram o reconhecimento de equivalência ao Sistema. O evento acontece às 11h (horário local) em Iguatemi (MS). Com o reconhecimento, os produtos registrados pelos Serviços de Inspeção Municipal vinculados a estes consórcios podem ser comercializados em todo território nacional.
MAPA
EMPRESAS
Marcos Molina, da Marfrig, paga R$ 20,2 milhões para encerrar caso na CVM
Empresário era acusado de usar informações privilegiadas em meio à compra da National Beef pela Marfrig
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou o termo de compromisso proposto por Marcos Molina, Presidente do Conselho de Administração da Marfrig. O empresário pagará R$ 20,2 milhões para encerrar o processo em que era acusado por suposto uso de informação privilegiada. A proposta, aprovada ontem pelo colegiado da CVM, ocorre pouco mais de um mês após a CVM recusar uma proposta de R$ 5 milhões feita pelo empresário para encerrar o processo. Relator do caso, o Presidente da CVM, Marcelo Barbosa, destacou que o valor de R$ 20,2 milhões proposto por Molina equivale a três vezes o suposto benefício que o empresário teria tido com o uso de informação privilegiada. No entendimento de Barbosa, o valor “possui relevante efeito paradigmático e, consequentemente, tem potencial de desestimular práticas semelhantes, sendo compatível, portanto, com a finalidade preventiva do termo de compromisso”. Na acusação, a CVM entendia que o fundador da Marfrig utilizou informações ainda não divulgadas para comprar ações do frigorífico antes de a empresa anunciar a aquisição do controle da americana National Beef, em 2018. As compras ocorreram em nome de Molina e de sua esposa. O empresário sempre se defendeu das acusações, argumentando que as negociações para a compra da National Beef chegaram a ser encerradas por falta de um acordo de financiamento. Nesse intervalo, ele aumentou sua fatia na Marfrig. Posteriormente, a companhia conseguiu os recursos e retomou as negociações com a Leucadia para fazer a compra do National Beef.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Rodovias pedagiadas: Estado e PRFG organizam fluxo de veículos nas praças desativadas: veja como vai funcionar
Com o fim da concessão das rodovias do Anel de Integração do Paraná, um novo fluxo de tráfego será organizado, a partir deste final de semana, nas 27 praças de pedágios que serão desativadas até a implementação de um novo modelo. O objetivo é garantir a segurança do usuário e evitar a formação de filas
Ao transitar por esses locais, os veículos não vão mais passar pelas cancelas das pistas centrais, e sim pelas suas laterais — desviando da infraestrutura do pedágio em si. As pistas centrais, onde ficam as cabines, terão o tráfego bloqueado em ambos os sentidos. Para isso, será instalada uma nova sinalização. A nova canalização de tráfego será implantada pelas concessionárias e operada pelas Polícia Rodoviária Federal e Polícia Rodoviária Estadual, articuladas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. “Com isso, a gente pretende evitar qualquer tipo de acidente nas praças de pedágio”, explica o Comandante-Geral da PMPR, coronel Hudson Leôncio Teixeira. A mudança é válida a partir de sábado (27/11) nos pedágios de Jacarezinho, Jataizinho, Sertaneja (relativos à Econorte); Arapongas, Mandaguari, Presidente Castelo Branco, Floresta, Campo Mourão, Corbélia (relativos à Viapar); e São Miguel do Iguaçu, Céu Azul, Cascavel, Laranjeiras do Sul e Candói (relativos à EcoCataratas). A partir de domingo (28/11), a nova lógica também será aplicada para os pedágios de Prudentópolis/Relógio, Irati, Porto Amazonas, Imbituva, Lapa (relativos à Caminhos do Paraná); Balsa Nova, Palmeira, Carambeí, Jaguariaíva, Tibagi, Imbaú, Ortigueira (relativos à Rodonorte); e São José dos Pinhais (Ecovia). No momento em que a operação das concessionárias for encerrada, haverá equipes da PRF nas praças de pedágio das rodovias federais e da PRE nas praças das rodovias estaduais para coordenar a sinalização e organizar a canalização do fluxo. Os oficiais estarão verificando os primeiros momentos do trânsito sem concessão. Segundo Elton Scremin, Chefe de Operações da PRF no Paraná, haverá duas etapas de atuação do órgão com relação à canalização. A primeira, mais intensa, será realizada até o dia 9 de dezembro. “Haverá um reforço variável de cerca de 50% do efetivo, podendo chegar a 100% em locais de maior demanda”, aponta. A partir do dia 10, na segunda etapa, o reforço será em locais e momentos específicos conforme indicadores de fluxo de veículos como de ocorrência de acidentes. Também haverá um novo reforço no período das festas de fim de ano, período em que se espera um aumento de tráfego.
Agência de Notícias do Paraná
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar se mantém perto de R$5,60 em novo dia de força da moeda pelo mundo
O dólar à vista fechou em leve queda na quarta-feira, enquanto no mercado futuro a moeda chegou ao fim da tarde em alta, com o mercado de maneira geral refletindo um tom mais conservador em meio a um novo dia de rali global da divisa norte-americana com as atenções voltadas para os juros nos Estados Unidos
Vários formuladores de política monetária do banco central norte-americano disseram que estariam abertos a acelerar a conclusão de seu programa de compra de títulos se a inflação alta se mantivesse e também a agir mais rapidamente para aumentar as taxas de juros, mostrou a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). Redução antecipada dos estímulos indicaria maior chance de a rentabilidade dos títulos emitidos pelos EUA aumentar, atraindo, assim, recursos que poderiam estar direcionados antes a ativos de mercados emergentes, como o Brasil. Não por acaso, o dólar tinha mais um dia de rali pelo mundo, com a moeda em alta de 0,3% ante uma cesta de rivais, depois de renovar picos em 16 meses. Aqui, a cotação negociada no mercado futuro da B3 subia 0,37%, a 5,5965 reais, às 17h32 (de Brasília). Já o dólar interbancário caiu 0,25%, a 5,5942 reais na venda, após variar de 5,555 reais (-0,95%) a 5,6243 reais (+0,28%). O aparente descasamento ocorre porque, na véspera, o dólar futuro acabou fechando em queda de 0,28%, acelerando as perdas após as 17h, quando fecha o mercado à vista, no qual o dólar terminou a terça-feira em alta de 0,26%. A quinta-feira poderá ver a liquidez cair no mercado devido à ausência de negociações nos EUA, que celebram o Dia de Ação de Graças. Mas no Brasil o dia trará catalisadores como o IPCA-15 de novembro e contínuas discussões sobre a PEC dos Precatórios.
REUTERS
Ibovespa sobe com novo impulso de Vale
O Ibovespa subiu na quarta-feira, em sessão volátil, puxado por ações de empresas relacionadas a commodities, em especial a Vale, e de bancos
As discussões em torno da PEC dos Precatórios, além da divulgação da ata da última reunião de política monetária pelo Federal Reserve (Fed) e de dados macroeconômicos nos EUA, movimentaram a sessão. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,8%, a 104.490,16 pontos, o maior patamar de fechamento desde 12 de novembro. O volume financeiro foi de 25,2 bilhões de reais. Na máxima da sessão, o índice chegou a 105.041,16 pontos, enquanto na mínima desceu a 102.464,29 pontos.
REUTERS
Cenário da economia no terceiro trimestre do ano é de retomada da atividade em quase todas as regiões do país, de forma menos intensa. No SUL houve desaceleração
A recuperação está concentrada no setor de serviços, segundo análise do Boletim Regional, divulgado nessa quarta-feira (24/11) pelo Banco Central
Na região Sul, o Banco Central assinalou desaceleração do processo de crescimento, com indicadores da Producao industrial e do comércio abaixo do esperado. Com isso, o índice de atividade econômica no terceiro trimestre recuou 0,7%, após quatro intervalos consecutivos de alta. O setor industrial foi o que mais contribuiu para a retração da atividade econômica, em razão de problemas com a normalização da cadeia de suprimentos, além dos estoques reduzidos e custos elevados. O resultado do terceiro trimestre confirmou a recuperação do setor de serviços, que expandiu pelo quinto período em sequência, mitigando a retração da atividade econômica. Todos os segmentos registraram alta, sobretudo os destinados às famílias e os que envolvem contato pessoal. A avaliação é de que a trajetória deve persistir no final de ano. Segundo o boletim, a atividade econômica do Sul tem evoluído de forma assimétrica ao longo do ano, com destaques positivos para a indústria e Producao agrícola no primeiro trimestre e para o comércio e a construção civil no segundo. A avaliação é de que “a normalização da cadeia de suprimentos industriais, incluídos semicondutores para o setor automotivo e insumos agrícolas, especialmente defensivos, é essencial para garantir dinamismo adicional à economia do Sul.”
Agência Brasil
Ipea revisa projeção da inflação medida pelo IPCA de 8,3% para 9,8% em 2021
Revisão foi motivada pela expectativa de alta mais intensa tanto dos preços administrados quanto dos bens e serviços livres
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, na quarta-feira (24/11), a revisão da previsão para a inflação brasileira em 2021. A variação esperada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revista de 8,3% para 9,8%, enquanto a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 8,6% para 10,1%. O aumento das projeções do IPCA veio de uma revisão mais intensa dos bens livres e dos preços administrados, com previsões que passaram de 7,9% e 12,9% para 10,3% e 15,6%, respectivamente. A inflação esperada para os alimentos e para os serviços livres também foram revisadas para cima, passando de 8,9% e 5,0% para 9,8% e 5,5%. Outros fatores internos que contribuíram para esta alta mais intensa foram a desvalorização cambial de 8,6% ao longo do ano e a contínua aceleração da inflação de bens industriais, mesmo em um contexto de deslocamento de parte da demanda de bens para os serviços. Em relação às expectativas para o ano de 2022, mesmo diante de um cenário que prevê desaceleração da inflação em todos os segmentos, há uma perspectiva de que o descompasso entre a oferta e a demanda de matérias primas deva perdurar no primeiro trimestre. Além disso, é preciso considerar que o elevado nível da inflação corrente pode gerar algum tipo de inércia inflacionária nos reajustes do próximo ano. Com isso, as taxas projetadas para o IPCA e o INPC para 2022 foram revistas para cima, avançando de 4,1% e 3,9% para 4,9% e 4,6%, respectivamente. Essa previsão de redução das taxas de inflação em 2022 está ancorada em estimativa de acomodação dos preços do petróleo, ainda que em patamar elevado, combinada ao aperto monetário em curso, com a elevação das taxas de juros, à baixa probabilidade de efeitos climáticos intensos e à projeção de um aumento de 7,8% da safra brasileira, que devem gerar uma pressão menor sobre combustíveis, energia elétrica e alimentos. O texto ainda aponta que os riscos inflacionários para o ano que vem seguem associados a novos aumentos dos preços internacionais das commodities e à percepção de alguma fragilidade fiscal, além da instabilidade política, oriunda do processo eleitoral, com efeitos que podem desencadear um novo ciclo de desvalorização cambial no contexto interno.
IPEA
Confiança do consumidor no Brasil cai a mínima em 7 meses em novembro, diz FGV
A confiança dos consumidores brasileiros piorou a uma mínima em sete meses em novembro diante da inflação elevada, juros mais altos e aumento no endividamento das famílias, informou a Fundação Getúlio Vargas na quarta-feira
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV registrou em novembro queda de 1,4 ponto, a 74,9 pontos, seu menor patamar desde abril deste ano (72,5). O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção do consumidor sobre o momento presente, perdeu 2,1 pontos, para 66,9 pontos. Essa piora deveu-se principalmente à deterioração da situação econômica local e das finanças das famílias. Já o Índice de Expectativas (IE), que acompanha o sentimento em relação aos próximos meses, caiu 1,0 ponto, a 81,4, pressionado pelo indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar. "Apesar do avanço da vacinação, suas consequências favoráveis na redução de casos e mortes (por Covid-19) e flexibilização das medidas restritivas, o aumento da incerteza econômica diante de uma inflação elevada, política monetária restritiva e maior endividamento das famílias de baixa renda torna a situação ainda desconfortável e as perspectivas ainda cheias de ameaças", explicou em nota a Coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt. Dados referentes a outubro mostraram recentemente que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou 10,67% no acumulado em 12 meses, taxa mais acentuada desde janeiro de 2016 (+10,71%). Diante de indicadores de inflação persistentemente fortes, o Banco Central tem promovido um intenso ciclo de aperto monetário, o que é visto como um empecilho ao crescimento econômico, já que juros mais altos tendem a esfriar os gastos. A taxa Selic está atualmente em 7,75% ao ano.
REUTERS
Custo médio das emissões do Tesouro sobe em outubro ao maior valor desde início do governo
O custo médio das emissões do Tesouro subiu em outubro ao maior valor desde o início do governo, num reflexo da alta da Selic para combater à inflação e do movimento da curva de juros, que tem reagido às incertezas fiscais e à mudança no teto de gastos inserida na PEC dos Precatórios
Conforme dados divulgados na quarta-feira pelo Tesouro Nacional, o custo médio das emissões de dívida interna no acumulado em 12 meses chegou a 7,48% ao ano, sobre 6,91% ao ano em setembro. Segundo o Coordenador-Geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, este é o maior patamar desde janeiro de 2019 (7,49%), quando começou o mandato do Presidente Jair Bolsonaro. À época, a Selic estava em 6,5% ao ano, ante nível atual de 7,75%, sendo que a perspectiva para os juros básicos é de novo ajuste para cima na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em dezembro. "Quando a gente olha nos diferentes tipos de títulos, a gente vê que todos eles tiveram uma alta no custo de emissão. Basicamente isso é respondido por movimento de juros que a gente já tem visto, não só a taxa Selic como também o movimento de toda a curva de juros", afirmou. O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses foi na mesma direção, passando a 8% em outubro sobre 7,8% no mês anterior. Em relação aos detentores, a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna subiu a 10,46% em outubro, sobre 10,05% no mês anterior, com acréscimo de 12,5 bilhões de reais. Segundo Vital, do Tesouro, o aumento observado em outubro é considerado "bastante modesto" e ainda não atesta um movimento de retorno contundente dos estrangeiros como o que já foi visto no passado. No ano, o estoque em posse de não residentes subiu 93,3 bilhões de reais, mas Vital ressaltou que um fluxo maior ainda vai depender de avanços na agenda de reformas e no processo de consolidação fiscal. A dívida pública federal do Brasil caiu 1,29% em outubro sobre setembro, a 5,373 trilhões de reais, em mês marcado pelo volume expressivo de resgates. A dois meses do fim do ano, o estoque ainda não bateu no limite inferior da banda estabelecida para 2021 no Plano Anual de Financiamento, de 5,5 trilhões a 5,8 trilhões de reais. Segundo dados informados pelo Tesouro Nacional, as emissões de dívida mobiliária interna no mês foram as maiores desde maio, alcançando 146,4 bilhões de reais. Mas os 271,4 bilhões de reais em resgates --segundo maior valor da série histórica-- fizeram a dívida interna fechar o mês com resgate líquido de 125 bilhões de reais. Já a apropriação positiva de juros foi de 45,14 bilhões de reais no mês. Em nota sobre o resultado, o Tesouro chamou a atenção para a volta da emissão de títulos prefixados em volumes maiores: 45,4 bilhões de reais, frente a 17,9 bilhões de reais em setembro e apenas 7,8 bilhões de reais em agosto. Contudo, como houve vencimento de 267,71 bilhões em LTNs, os prefixados terminaram o mês com resgate líquido. Eles passaram a responder por 29,04% da dívida total, abaixo dos 32,58% de setembro e do intervalo de 31% a 35% estabelecido para o ano, conforme Plano Anual de Financiamento. Os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, aumentaram seu peso na dívida pública federal, a 36,15% do total, ante 33,95% em setembro. No PAF, a meta para o ano é de 33% a 37%. Já os papéis indexados à inflação elevaram a fatia sobre a dívida para 29,57% da dívida total, ante 28,48% em setembro, sendo que a referência para este ano é de 26% a 30%.
REUTERS
Arrecadação federal tem melhor outubro em 5 anos impulsionada por royalties de petróleo
A arrecadação do governo federal teve alta real de 4,92% em outubro sobre igual mês do ano passado, a 178,742 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal na quarta-feira, mas num desempenho fundamentalmente puxado pelo valor arrecadado com royalties de petróleo
O resultado foi o maior para o mês desde 2016 (188,425 bilhões de reais), conforme série da Receita corrigida pela inflação. No entanto, se considerada apenas a receita administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, a arrecadação ficou praticamente estável em outubro, com crescimento de apenas 0,23%, apesar da arrecadação extraordinária de 5 bilhões de reais com impostos sobre a renda das empresas.
Em contrapartida, as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, deram um salto de 91,99%. De janeiro a outubro, o crescimento real da arrecadação foi de 20,06%, a 1,528 trilhão de reais, desempenho mais forte para o período na série iniciada em 1995. Ainda que siga em patamar elevado, o desempenho no acumulado do ano tem desacelerado desde julho, quando marcou expansão de 26,11%. Em coletiva de imprensa, o Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que esse comportamento deriva do fato de que até julho do ano passado a economia ainda estava bastante afetada pelas medidas de mobilidade social. Depois disso, as atividades começaram a voltar à normalidade paulatinamente, o que, segundo ele, elevou a base de comparação. Por isso, em agosto, setembro e outubro o crescimento da arrecadação sobre iguais etapas de 2020 foi mais modesto do que o que vinha sendo verificado em meses anteriores. "Essa é a trajetória que a gente tende a ver inclusive a partir de 2022", disse Malaquias. "Base de comparação deixa de mostrar período duramente afetado pelas medidas de restrição da pandemia." Enquanto a receita administrada por outros órgãos subiu 50,32% de janeiro a outubro, a receita administrada pela Receita Federal teve alta de 18,80%, nos dois casos desconsiderando o impacto da inflação. Segundo o órgão, a melhoria na arrecadação com impostos é explicada principalmente por fatores não recorrentes: houve recolhimento considerado extraordinário de 36 bilhões de reais do IRPJ/CSLL (Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de janeiro a outubro de 2021, ao passo que na mesma etapa de 2020 esse valor foi de 5,3 bilhões de reais. Atuando no sentido contrário, de diminuir a arrecadação, as compensações tributárias cresceram 22,15% no acumulado do ano, a 178,879 bilhões de reais. Excluídos todos os fatores atípicos, o crescimento na arrecadação da receita administrada somente pela Receita Federal teria sido menor, com alta de 12,86% sobre igual janeiro a outubro do ano passado.
REUTERS
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
Comments