
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 145 |08 de junho de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
MERCADO ESTÁVEL EM SP
Segundo apuração da IHS Markit, escalas de abate das indústrias registraram recuo em algumas regiões quando comparadas às condições de volumes programados nas semanas anteriores
No entanto, há previsão de uma nova frente fria que avança do Sul para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com possibilidades de geadas. “Assim, muitos pecuaristas devem continuar ofertando os seus lotes remanescentes de animais terminados a pasto, de modo a evitar perda de peso”, prevê a consultoria. Na terça-feira, a IHS Markit observou avanço nos preços do boi gordo em Dourados (MS), com a arroba cotada em R$ 285, ante o valor de R$ 280 do dia anterior. Em Campo Grande (MS), a arroba do boi gordo foi de R$ 275 para R$ 280. Na praça do Rio Verde, em Goiás, a arroba do boi gordo subiu de R$ 270 para R$ 275. Em Belo Horizonte (MG), a arroba saltou de R$ 265 para R$ 270. Os analistas da IHS Markit observam que a guinada nos preços do mercado físico da arroba do boi gordo está atrelada fundamentalmente ao comportamento cambial e ao ritmo das exportações brasileiras de carne bovina. Segundo dados levantados pela Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, as compras de boiadas gordas desta terça-feira ocorreram paulatinamente, buscando preencher as escalas de abate da próxima semana. Apesar dos negócios calmos, diz a Scot, a recente pressão de baixa dá sinais de menor força e negócios abaixo da referência não foram reportados. Dessa maneira, os preços trabalharam estáveis em São Paulo. Boi, vaca e novilha gordos têm sua referência mantida em R$ 297,00/@, R$ 272,00/@ e R$ 292,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Os preços para o boi-China seguem firmes em R$ 305,00/@, informa a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 295/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 265/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 252/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 250/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).
PORTAL DBO
Fiscais agropecuários farão greve de dois dias na semana que vem
Categoria vai interromper as atividades na terça e na quarta para protestar contra o projeto de autofiscalização do setor produtivo
Em assembleia do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), a categoria decidiu hoje paralisar suas atividades por dois dias para protestar contra o projeto de lei 1.293 de 2021, que regulamenta a autofiscalização do setor produtivo. A greve de alerta ocorrerá na terça e na quarta-feira da semana que vem. Segundo o sindicato, o projeto prejudica o futuro da atividade. A paralisação deve afetar a liberação de cargas de origem animal e vegetal e as de insumos agrícolas e pecuários em portos e aeroportos brasileiros. Ela também comprometerá a fiscalização de abates em frigoríficos. Se não houver novos debates sobre a matéria, o sindicato afirma que vai considerar uma greve de maiores proporções. Parlamentares ligados à defesa agropecuária e ao direito do consumidor têm pedido que a discussão do projeto seja estendida a toda a sociedade, que seria, de acordo com o Anffa, a “maior prejudicada caso a proposta seja aprovada imediatamente, como deseja o Executivo”. O sindicato sugeriu 11 emendas para modificar e suspender artigos que afetam diretamente a saúde da população.
VALOR ECONÔMICO
SUÍNOS
Preços dos suínos em alta
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 8,00%/4,55%, chegando em R$ 108,00/R$ 115,00, assim como a carcaça especial que aumentou 3,70%/3,53%, custando R$ 8,40 o quilo/R$ 8,80 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (6), houve alta de 11,69% em Santa Catarina, chegando em R$ 4,97/kg, avanço de 12,64% no Paraná, atingindo R$ 4,90/kg, aumento de 6,25% em São Paulo, alcançando R$ 5,95/kg, incremento de 4,53% em Minas Gerais, valendo R$ 6,46/kg, e de 4,90% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 4,71/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango estável
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado teve alta de 1,14%, chegando em R$ 7,010/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,00/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, valendo R$ 4,18/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,55/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (6), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,68/kg e R$ 7,69/kg.
Cepea/Esalq
França suspende restrições à avicultura à medida que a crise da gripe aviária desaparece
O Ministério da Agricultura da França disse nesta terça-feira que removerá as restrições relacionadas à gripe aviária à avicultura em todo o país, citando a interrupção dos surtos após a pior crise de todos os tempos do vírus altamente contagioso levar ao abate de 16 milhões de aves.
O segundo maior produtor de aves da União Europeia afrouxou as restrições, incluindo manter as aves dentro de casa, em grande parte do país no início de maio, mas as manteve nas regiões mais afetadas. Desde então, houve apenas quatro surtos detectados em fazendas, e nenhum desde 17 de maio, levando o ministério a reduzir a avaliação do nível de risco para "insignificante" para todo o país, disse. "Isso basicamente significa que a crise ficou para trás", disse um funcionário do ministério. A propagação da gripe aviária em todo o mundo levantou preocupações entre os governos e a indústria avícola devido à sua capacidade de devastar os rebanhos, potenciais restrições comerciais e risco de transmissão humana. Depois que uma primeira onda levou ao abate de cerca de 4 milhões de aves no sudoeste da França, principalmente patos, o país enfrentou surtos mais ao norte na costa atlântica, que se acredita terem sido trazidos pelo retorno de aves selvagens. No total, a França registrou 1.378 surtos de gripe aviária desde o final de novembro. Pays de Loire, a segunda maior região produtora de aves da França, foi a mais atingida. O abate de milhões de frangos e galinhas poedeiras levou a uma queda na produção e a um aumento nos preços dos ovos. Algumas medidas sanitárias permanecerão em vigor nas áreas mais atingidas, disse o ministério.
REUTERS
Com 122% de aumento em volume, Turquia se destaca na importação de carne de frango halal no 1º quadrimestre
No mesmo período, Emirados Árabes permaneceu como principal destino da proteína halal
O Brasil é o maior exportador de carne de frango halal do mundo. De acordo com dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), no primeiro quadrimestre de 2022 o volume exportado foi de 623.112 toneladas e uma receita gerada de US$ 1,074 bilhão, receita que representa aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2021. No mesmo período, os Emirados Árabes mantiveram-se como o principal destino da carne de frango halal brasileira, com crescimento de 80% de aumento em volume e 123% em receita. O volume exportado neste quadrimestre foi de 164.586 toneladas e a receita de US$ 319,6 milhões. Ainda no 1º quadrimestre de 2022, destaque para a Turquia, que apresentou 122% de crescimento em volume na importação da carne de frango halal do Brasil e aumento de 223% em receita em relação ao mesmo quadrimestre de 2021. Foram exportados para a Turquia 14.312 toneladas da proteína. “A carne de frango halal é um produto consolidado das exportações brasileiras, tendo em vista a credibilidade e segurança nos nossos processos de certificação asseguradas a esses países consumidores. Mas ainda há muito espaço a ser conquistado não apenas junto aos países de religião islâmica, mas atende a todos os consumidores que desejam um produto com a segurança e rastreabilidade garantidas, por isso ainda há espaço para crescimento neste mercado promissor, que deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024”, destaca o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi. Ahmad ressalta que o processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína. CDIAL Halal - É a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria “N” para cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).
AGROLINK
Guiné relata primeiros surtos de gripe aviária H5N1 em fazendas
A Guiné relatou seis surtos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica, comumente chamada de gripe aviária, em fazendas na parte oeste do país, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na terça-feira
Os surtos foram os primeiros relatados na Guiné e foram encontrados principalmente em fazendas de galinhas poedeiras, disse o órgão com sede em Paris, citando informações das autoridades de saúde guineenses. Um total de 120.478 aves morreram ou foram mortas por causa dos surtos, disseram eles.
REUTERS
EMPRESAS
Expectativa de menor confinamento de gado no Brasil pressiona preço do boi, diz Minerva
O menor confinamento ocorre diante do aumento nos preços de insumos utilizados na ração animal
Os pecuaristas do Brasil devem diminuir o volume de gado que será enviado para confinamento no segundo semestre, fator que contribui para intensificar a queda da arroba bovina, já que mais animais serão levados ao abate, disse à Reuters o CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz. O menor confinamento ocorre diante do aumento nos preços de insumos utilizados na ração animal, como milho e farelo de soja. "Se espera ter menos confinamento no segundo semestre e isso adiciona pressão para os produtores venderem os animais nesse momento, que realmente é de uma queda nos preços (da arroba)", afirmou o executivo durante evento em Campinas (SP) promovido pela Syngenta. Segundo o presidente da maior exportadora de carne bovina na América do Sul, a pressão sobre a terminação intensiva é "justamente pelo custo da comida, da ração". Os preços dos insumos foram impulsionados pela alta nas cotações globais, em consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, houve também a quebra na safra de soja por seca no último verão e maior expectativa de exportações de milho, para cobrir uma lacuna deixada por grãos ucranianos. No fim de março, a companhia de nutrição animal DSM, que realiza um censo sobre confinamento, indicou que o viés era de alta para a terminação intensiva neste ano, mesmo diante da escala nos custos com ração. Para Queiroz, além do abate de animais que não serão confinados, a fraqueza na demanda do mercado interno por carne e a sazonalidade da safra de gado contribuem para pressionar as cotações da arroba. "Você tem um mercado interno sofrendo um pouco nesse momento, então parte da queda do boi é devido ao mercado interno que está comprando menos." As vendas de carne no mercado atacadista estiveram tão lentas em maio que a carcaça casada do boi (formada pelo traseiro, dianteiro e pela ponta de agulha) se desvalorizou 6,3% no acumulado do mês. Trata-se da maior baixa no acumulado de um mês desde janeiro de 2020, quando a retração foi de 8,16%, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Neste cenário, os preços do boi gordo (Indicador Cepea/B3, Estado de São Paulo) caíram 4% no acumulado de maio e fecharam a 321,40 reais por arroba. Neste início de mês a cotação baixou ainda mais, para 311,40 reais no fechamento de segunda-feira. O CEO da Minerva disse que a companhia continua otimista com a demanda da Ásia, especialmente da China. "O sudeste asiático, que sempre dependeu muito de Austrália está vindo mais ao Brasil... Esperamos que melhore o lockdown (na China), o que reativa o consumo, então estamos otimistas com este mercado", disse ele. Recentemente, concorrentes da Minerva como Marfrig e JBS tiveram unidades suspensas temporariamente para embarcar carne bovina à China, em momento de maior rigor na fiscalização contra o coronavírus entre os chineses. Queiroz avalia isso como um "movimento natural no mercado, sem benefício às demais empresas exportadoras".
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Fiscalização apreende mil litros de agrotóxicos contrabandeados no Paraná
Foi a primeira semana de atividade da Operação Ágata
Fiscais da defesa agropecuária do Paraná apreenderam mil litros de agrotóxicos contrabandeados e 1,5 quilo de agrotóxicos sem cadastro nos órgãos nacional ou estadual de defesa. A fiscalização foi realizada segunda-feira pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), na primeira semana de atividade da Operação Ágata. A apreensão aconteceu no sudoeste do Estado, que faz fronteira com Paraguai e Argentina. Além da Adapar, participaram da ação as forças armadas de segurança pública e agentes de fiscalização no combate aos crimes transfronteiriços. Segundo informações da Adapar, agrotóxicos eram de origem estrangeira e de utilização proibida no território brasileiro. Além dos agrotóxicos, os fiscais agropecuários da Adapar estão intensificando a fiscalização no transporte de fertilizantes, buscando apurar adulterações. Nos últimos anos, essa é uma das práticas que têm aumentado. Também há reforço na fiscalização à pirataria de sementes que, além de causar prejuízos ao comércio regular, traz riscos de disseminação de pragas e doenças na agricultura paranaense. Na área da saúde animal, a Adapar está reforçando a fiscalização da movimentação de rebanhos desacompanhada da guia de trânsito animal ou sem origem comprovadamente conhecida. A fiscalização dos insumos pecuários de uso não autorizado, tais como medicamentos e anabolizantes, que podem afetar toda a cadeia produtiva da proteína animal paranaense e brasileira se utilizados de forma irregular, também é alvo da atuação.
VALOR ECONÔMICO
Crédito rural: levantamento mostra que R$ 239,5 bilhões da safra 2021/22 foram repassados até maio
Dos R$ 251,2 bilhões anunciados pelo governo federal para a safra 2021/22, R$ 239,5 bilhões foram aplicados até o mês de maio, mostra o Informe de Crédito Rural, elaborado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil
A maior parte dos recursos, ou seja, 43%, teve origem na poupança rural; 22% em recursos obrigatórios; 21% em recursos com taxas livres; 9% em fundos constitucionais, 5% no BNDES equalizável e menos de 1% em outras fontes. Ainda de acordo com o boletim, no período que compreende os meses de julho de 2021 até maio de 2022, as cooperativas brasileiras captaram R$ 33,3 bilhões, sendo a maior parte destinados à industrialização, custeio, comercialização e investimento, nesta ordem de importância. Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 11,56 bilhões, representando mais de um terço dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos: industrialização e custeio. “Essa captação de recursos poderia ser ainda maior se existisse uma disponibilidade de recurso orçamentário do Plano Safra. Entretanto, apesar das adversidades impostas pelo cenário econômico, as cooperativas paranaenses acreditam que a agregação de valor, por meio de investimentos em industrialização, seja o fator diferencial para expandir mercado e suas margens de ganhos, consequentemente”, afirma o analista técnico da Getec, Salatiel Turra. O levantamento mostra também que a captação total de recursos na política do crédito rural, em maio da safra atual (2021/2022), apresentou um leve crescimento em relação ao acumulado do mês anterior. Mantendo-se próximo do acumulado no mês de maio das safras 2017/18, 2018/19 e 2019/20, ficando com uma margem significativa abaixo do acumulado de recursos aplicados na safra 2020/21.
OCEPAR
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em alta de 1,63%, a R$4,8741
O dólar teve a alta mais forte em um mês em meio ao recrudescimento de temores fiscais após propostas do governo para zerar imposto visando baixar os preços dos combustíveis
No pior momento do dia, ainda pela manhã, a cotação foi a 4,9354 reais, disparada de 2,91%. À tarde, a moeda perdeu um pouco de força e se acomodou em patamares mais baixos, também seguindo a melhora de humor nos mercados externos. Ainda assim, no fechamento o dólar à vista saltou 1,63%, a 4,8741 reais. A valorização é a mais expressiva desde 5 de maio passado (+2,34%), e o patamar de encerramento é o mais elevado desde o último dia 19 (4,9194 reais). O real amargou o pior desempenho entre as principais moedas globais, com lira turca (-1%) na sequência, mas a uma distância relevante da divisa brasileira.
REUTERS
Ibovespa fecha em leve baixa com investidores pesando possíveis riscos fiscais
O índice se salvou de uma queda mais dura graças às performances positivas de Vale e Petrobras
Enquanto Nova York conseguiu avançar na sessão de hoje, apesar da volatilidade, os ativos locais se descolaram e o Ibovespa fechou em queda. Com agentes monitorando os possíveis impactos fiscais das medidas anunciadas pelo governo para baratear o preço dos combustíveis, houve abertura na curva de juros locais, fraqueza do real ante o dólar e queda nas ações mais sensíveis aos movimentos de renda fixa. Após ajustes, o Ibovespa fechou em queda de 0,11%, aos 110.069,76 pontos. O volume financeiro negociado até o final do dia foi de R$ 16,5 bilhões. Lá fora, o S&P 500 subiu 0,95%, Dow Jones ganhou 0,80% e Nasdaq cresceu 0,94%. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro propôs ressarcir os Estados, caso os governadores aceitem desonerar integralmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel e o GLP (gás de cozinha). Além disso, o Executivo se comprometeu, por sua vez, a zerar o PIS, Cofins e a Cide incidentes sobre a gasolina e o etanol. O pacote é uma contrapartida para que o Congresso Nacional aprove o projeto que limita tributos estaduais (ICMS) sobre combustíveis, energia e telecomunicações em 17%. As desonerações e a compensação serão propostas por meio de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a ser editada pelo Executivo, com limite financeiro e temporal fixados no texto. O impacto fiscal das medidas, segundo fontes da equipe econômica, deve ficar em torno de R$ 40 bilhões. “Com o governo voltando a mostrar intenção de ‘empurrar o teto para cima’, o mercado também voltou a se preocupar com a saúde fiscal do país. Isso, somado aos temores de uma inflação mais persistente, afetou os mercados de juros e câmbio e, consequentemente, as empresas ligadas a consumo”, diz César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.
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