Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 14| 23 de novembro de 2021
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
China libera LOTES de carne bovina do Brasil certificada antes do embargo
Após semanas de consultas técnicas, a China liberou a entrada de lotes de carne bovina do Brasil que haviam recebido certificação sanitária antes da suspensão das exportações brasileiras, anunciada no dia 4 de setembro. O anúncio foi publicado na terça-feira (23) pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês)
Entretanto, o embargo às exportações, que entrou em sua décima-segunda semana, continua em vigor. Uma vez que o processo de coleta de informações por parte dos chineses já passou por várias rodadas de consultas detalhadas, a expectativa no lado brasileiro é que as vendas possam ser retomadas em breve, mas ninguém arrisca cravar uma data. Ainda que essa incerteza continue a provocar ansiedade entre os produtores em relação ao maior mercado importador de carne bovina do Brasil, a liberação anunciada pela GACC nesta terça representa um alívio para os exportadores. Isso porque, sem o aval das autoridades chinesas os frigoríficos não sabiam o que fazer com cargas que já tinham a China como destino antes da suspensão, se deveriam esperar o veredicto final sem saber quando ele viria, encaminhá-las de volta para o Brasil ou desviá-las para outro mercado. Uma das dúvidas das autoridades chinesas era em relação à data da certificação dos lotes, mas o governo brasileiro garantiu que ela havia sido feita antes da identificação dos casos. Na estimativa da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) o volume total de carne bovina brasileira que se enquadraria nessa situação é de pouco mais de 100 mil toneladas. Mas o número talvez tenha mudado, pois a incerteza pode ter levado exportadores a alterar o destino das cargas. O impacto da suspensão para o setor foi significativo, resultando em uma queda de 43% nas exportações de carne bovina brasileira em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. A liberação anunciada pelo GACC nesta terça desperta otimismo em relação ao fim do embargo, pois indica “uma certa confiança” das autoridades chinesas no processo de fiscalização sanitária do Brasil, disse um exportador, pedindo para não ser identificado. A partir disso, é viável supor que a China poderá voltar a autorizar a entrada da carne bovina brasileira até o fim do ano, disse. De acordo com fontes do setor, diversos fatores contribuíram para tornar o fim do embargo mais difícil neste momento, entre eles as medidas sanitárias mais rígidas adotadas na China por conta da pandemia de Covid-19, o momento político sensível no país e pressões no mercado doméstico. Somando-se a isso, alguns apontam que as declarações contra a China feitas pelo presidente Jair Bolsonaro tampouco ajudam. O esforço diplomático para reabrir o mercado chinês incluiu uma carta da Ministra da Agricultura Tereza Cristina e uma conversa entre os chanceleres dos dois países, no mês passado. Essas gestões ajudaram a agilizar a troca de consultas entre os técnicos chineses, mas o nível de detalhamento exigido pelas autoridades chinesas tem surpreendido os brasileiros. O GLOBO
Boi gordo: semana começa com preços firmes da arroba em todas as praças pecuárias do País
Nas praças paulistas, cotação do macho terminado subiu mais R$ 2/@ na segunda-feira, chegando a R$ 312/@, segundo a Scot Consultoria; negócios a R$ 320/@ são cada vez mais comuns, reforça a Agrifatto
“De modo geral, a escassez de carne/boi gordo é o que promove a alta da carcaça casada no atacado”, afirmam os analistas da consultoria, que acrescentam: “o desafio agora é fazer a carcaça casada romper os R$ 20/kg em São Paulo, já que a demanda interna se mostra mais reticente em aceitar valores maiores”. Segundo apurou na segunda-feira (21/11) a Scot Consultoria, a cotação do boi gordo no mercado paulista teve elevação diária de R$ 2/@, chegando a R$ 312/@ (preço bruto e a prazo). “Há, porém, valores fechados acima dessa referência, dependendo das condições de negociação”, observa a Scot. Ainda nas praças de São Paulo, a cotação da novilha gorda registrou valorização de R$ 1/@ neste primeiro dia da semana, e agora vale R$ 298/@ (valor bruto e a prazo). Por sua vez, na região paulista, a vaca gorda ficou estável nesta segunda-feira, a R$ 298/@ (valor a prazo e bruto). No decorrer da semana passada, a cotação do boi gordo subiu R$ 12/@, a da vaca gorda R$ 10/@ e a da novilha gorda R$ 11/@. De acordo com a Agrifatto, a oferta continua escassa no mercado físico do boi gordo, o que mantém as escalas de abate encurtadas. “Essa retração no volume de animais prontos para o abate foi refletida em mais uma semana de alta, com os negócios a R$ 320/@ se tornando cada vez mais comuns na praça paulista”, relata a consultoria. Na bolsa B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para NOV/21 encerrou a sexta-feira em valorização, cotado em R$ 317,15/@, com alta de 1% no comparativo diário. Segundo levantamento realizado pela IHS Markit, boa parte das unidades brasileiras de abate optou por não “abrir preço” (para a compra de animais terminados) nesta segunda-feira, dando preferência por avaliar estoques de carne antes retornar ao mercado. “No acumulado de novembro, o preço pago no boi gordo subiu mais de 20% entre algumas praças, ao passo que o preço da carne bovina no atacado acumulou alta em torno de 18%”, compara a IHS. No atacado, os preços dos principais cortes bovinos abriram a semana firmes. O ritmo das vendas de carne bovina no mercado interno ainda segue consistente, enquanto a oferta continua bastante restrita, avalia a IHS. “Isso tem gerado suporte a firmeza dos preços da carne, já que distribuidores e varejistas seguem realizando reposição depois do aperto em seus estoques na semana anterior, quando houve feriado prolongado”, ressalta a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 286/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 288/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 279/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca R$ 286/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 309/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo).
PORTAL DBO
Exportação de carne bovina in natura recua 41,62% e chega a 58,7 mil toneladas na terceira semana de novembro
A Secretária Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, informou que o volume exportado de carne bovina in natura alcançou 58,7 mil toneladas na terceira semana de novembro/21, contra um total exportado de 167,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado
A média diária exportada ficou em 4,8 mil toneladas na terceira semana de novembro, recuo de 41,62% frente à média exportada no mês de novembro do ano passado, com 8,3 mil toneladas. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho dos embarques de carne bovina segue lento e o mercado continua aguardando a retomada das compras da China. “A nossa maior preocupação está nos estoques de carnes que estão parados nas câmaras frias. Com o ritmo lento das exportações, o estoque deve ser destinado ao mercado interno”, informou. Os preços médios ficaram em US$ 4.932 por tonelada, alta de 12,02% frente aos dados divulgados em novembro de 2020, com valor médio de US$ 4.402 por tonelada. A média diária ficou em US$ 24,1 milhões queda de 41,62%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, US$ 36,9 milhões. “Vamos entrar no terceiro mês com a China fora das compras e já deixamos de arrecadar no faturamento aproximadamente 1,5 bilhão de dólares por mês. A nossa estimativa aponta que os prejuízos em receita podem superar a cifra de 3 bilhões de dólares no último trimestre”, destacou Iglesias.
AGÊNCIA SAFRAS
Imea estima queda nos abates de bovinos em MT em novembro
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) disse na segunda-feira (22) que poderá haver uma queda nos abates de bovinos no estado em novembro, na comparação com outubro
“Para novembro, já é observada uma menor oferta de animais enviados para o abate, uma vez que o produtor tem retido boa parte deles no pasto na expectativa de melhora no preço da arroba, fator que pode resultar em queda no volume abatido em nov.21”, disse o Imea em relatório. Os abates de bovinos em Mato Grosso em outubro somaram 386,38 mil cabeças, alta de 17,93% em relação a setembro, segundo informações do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) citados pelo Imea. “Esse cenário de alta foi puxado, principalmente, pelo acréscimo de 32,03% no volume de machos abatidos no período, uma vez que animais oriundos de confinamento foram ofertados com mais intensidade”, disse o Imea. Os abates de machos de 12 a 24 meses aumentaram 52,5% em outubro para 114,29 mil cabeças. Já o número de animais originados em Mato Grosso e enviados para outros estados somou 6,96 mil cabeças, alta de 15,3%.
CARNETEC
SUÍNOS
Exportação de carne suína tem bom ritmo, mas preço da tonelada cai
Recuo no valor pago por tonelada de produto vem se repetindo há semanas, e a razão é a renegociação de contratos por parte da China
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na terceira semana de novembro tiveram queda no preço pago por tonelada. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços da carne suína seguem com recuo em função do que está acontecendo na China, que sofre com preços baixos para a carne suína produzida localmente e tenta renegociar contratos para a proteína importada. "O desempenho no total do ano, é muito positivo, mas com esse valor em queda, pode impactar nas decisões de frigoríficos e produtores, ainda mais em um ano de custos muito elevados", disse. A receita nos 12 dias úteis de novembro, US$ 116,9 milhões, representou 62,04% do montante obtido em todo novembro de 2020, que foi de US$ 188,5 milhões. No volume embarcado, 51.675 toneladas, ele é 67,8% do total exportado em novembro do ano passado, com 76.180,689 toneladas. A receita na média diária foi de US$ 9.747, valor 3,40% maior do que novembro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 11,5%. Em toneladas por média diária, foram 4.306 toneladas, houve aumento de 13,06% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 10,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.263 em novembro, ele é 8,54% inferior ao praticado em novembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, apresenta retração de 1,08%.
AGÊNCIA SAFRAS
Suínos: preços estáveis na segunda-feira
Para o Cepea/Esalq, as vendas de carne suína no mercado interno iniciaram novembro em ritmo lento, mas se aqueceram a segunda quinzena
As exportações brasileiras de carne suína também vêm em ritmo intenso neste mês. Diante dessa melhora das vendas, os preços do animal vivo e da carne estão em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 133,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,10/R$ 10,50 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), houve aumento apenas em São Paulo, na ordem de 2,96%, chegando em R$ 2,96/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, com R$ 7,48/kg, no Paraná, cotado em R$ 6,29/kg, no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 6,11/kg, e em Santa Catarina, fechando em R$ 6,49/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Exportação de frango em 12 dias úteis chega a 95% da receita total de novembro/20
Casos de gripe aviária na Europa e na Ásia podem abrir mais oportunidades para o Brasil nos próximos meses
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura na terceira semana de novembro seguiram a todo vapor com faturamento em alta. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne de frango em 2021 estão tendo excelente desempenho, e a questão dos surtos de gripe aviária na Europa e na Ásia podem, nos próximos meses, criar oportunidades para o Brasil. A receita obtida com as exportações em novembro, US$ 407,9 milhões, representou 94,9% do montante obtido em todo novembro de 2020, que foi de US$ 429,6 milhões. No volume embarcado, 230.581 toneladas, ele é 71,1% do total exportado em novembro do ano passado, com 324.176 toneladas. A receita por média diária nos 12 dias úteis de novembro, US$ 33.995, foi 58,26% maior do que a de novembro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve queda de 5,7%. Em toneladas por média diária, 19.215 toneladas, avanço de 18,55% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Em relação à semana anterior, baixa de 4,8%. No preço pago por tonelada, US$ 1.769 em novembro, ele é 33,50% superior ao praticado em novembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,9%.
AGÊNCIA SAFRAS
Frango: segunda-feira com preços estáveis ou em baixa
Para o Cepea/Esalq, a liquidez no mercado avícola, que já estava lenta desde o início de novembro, se enfraqueceu ainda mais com a entrada da segunda quinzena do mês
A demanda por carne por parte do atacado está menor, e, consequentemente, frigoríficos reduziram o ritmo de compras de novos lotes de frango vivo. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,40/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,85/kg. Na cotação do animal vivo, os valores não mudaram em Santa Catarina, valendo R$ 3,70/kg, em São Paulo, com preço de R$ 5,00/kg, nem no Paraná, fixado em R$ 5,95/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (19), a ave congelada cedeu 1,23%, atingindo R$ 7,24/kg, enquanto a resfriada desvalorizou 0,80%, fechando em R$ 7,47/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
DER entra com ação para que concessionárias garantam segurança nas praças de pedágio
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) ingressou na Justiça Federal com pedidos de liminar em Ações Civis Públicas para obrigar as concessionárias de pedágio do Anel de Integração a implantar a canalização do tráfego e reforço de sinalização nas praças de pedágio, "a fim de garantir a transposição livre e segura dos usuários" após o encerramento dos contratos, neste final de semana.
As concessões terminam nesta sexta-feira e sábado (dia 26 de novembro para os lotes 1, 2 e 3, às 23h59min; e dia 27 de novembro para os lotes 4, 5 e 6, no mesmo horário), sem que haja empresa substituta para assumir a sua operação, processo sob responsabilidade do Ministério da Infraestrutura. Com isso, a manutenção do pavimento e da faixa de domínio das rodovias federais retorna ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a das rodovias estaduais fica sob a administração do DER/PR. Pelo estabelecido nos contratos, encerrado o período de concessão os trechos rodoviários são devolvidos ao poder público. Não há nenhuma responsabilidade contratual estabelecida para as atuais concessionárias a partir do primeiro minuto do encerramento dos contratos. Sem previsão do prazo para que as empresas vencedoras dos próximos leilões assumam as rodovias e sem a conclusão do processo licitatório para a contração de empresas responsáveis temporariamente pelo serviço de operação rodoviária, o DER tentou acordo com as concessionárias para a realização da canalização das vias e a devolução gradativa dos bens. A finalidade é evitar que o usuário da via, a partir do primeiro minuto após o encerramento da concessão, chegue com seu veículo na praça de pedágio (que estará desativada) e se envolva em abalroamentos e colisões com outros veículos ou com a própria estrutura da praça de pedágio. O DER apresentou às concessionárias, nas últimas semanas, um modelo padrão de travessia nestes dispositivos, tendo como premissa a padronização de tráfego com o desvio pelas faixas laterais, onde não existem restrições de altura ou largura. Apenas a Econorte, que firmou acordo judicial com o Governo do Estado e vai prestar o atendimento nas rodovias por mais um ano, concordou, de antemão com esse acordo. Diante disso, o DER entrou com ação contra as outras cinco concessionárias. Na mesma ação, o Estado pede que a Justiça obrigue as concessionárias a estabelecer um cronograma em conjunto com as comissões do DER encarregadas de fazer o recebimento dos bens adquiridos com recursos da concessão. Esse segundo ponto atinge todas as concessionárias.
GAZETA DO POVO
REVISTA Amanhã: Cooperativas do Paraná se destacam no ranking das 500 maiores empresas do Sul
Cooperativas paranaenses dos ramos agropecuário, saúde e crédito marcam presença de destaque em mais um ranking. Desta vez, elas estão entre as 500 Maiores Empresas do Sul, levantamento feito pelo Grupo Amanhã em parceria com a PwC Brasil, com os resultados das empresas sediadas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, baseados nos balanços de 2020
Figuram na lista a Coamo, C.Vale, Lar, Cocamar, Copacol, Agrária, Castrolanda, Integrada, Frísia, Frimesa, Coopavel, Unimed Curitiba, Coasul, Copagril, Capal, Credicoamo, Unimed Londrina, Unimed Maringá, Unimed Cascavel, Coagro, Unimed Paraná, Unimed Ponta Grossa e Sicoob Ouro Verde. Na oportunidade, também foram premiadas as 100 maiores empresas por Estado e entre as maiores do Paraná estão as cooperativas Coamo, C.Vale, Lar, Cocamar, Copacol, Agrária, Castrolanda, Integrada, Frísia, Frimesa, Coopavel, Unimed Curitiba, Coasul, Copagril, Capal, Credicoamo, Unimed Londrina e Unimed Maringá. De acordo com os organizadores, apesar de tudo, as empresas do sul do país conseguiram elevar seus indicadores de desempenho no ano passado. Foram analisados mais de dois mil balanços. Juntas, as 500 empresas faturaram, em 2020, R$ 737,4 bilhões, valor 18,7% maior que o do exercício de 2019. A soma dos patrimônios das 500 alcançou no ano passado R$ 394,2 bilhões, um avanço de 22,2%. Também em 2020, o lucro líquido das 500 saltou 41,7%, para R$ 71,6 bilhões. Já o Paraná segue exibindo vantagem sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ainda que tenha perdido terreno em um dos principais indicadores de 500 Maiores do Sul. O ranking mostra que as 179 companhias paranaenses avaliadas nesta edição produziram cifras mais elevadas que as 185 gaúchas em vendas e em patrimônios (que são os três componentes do Valor Ponderado de Grandeza, principal indicador da lista). Assim como na edição anterior, a soma de receitas é o resultado mais vistoso das paranaenses: R$ 270,2 bilhões – valor 13,4% maior que a soma das representantes catarinenses (R$ 238,1 bilhões) e 17,9% maior que a das gaúchas (R$ 229,1 bilhões). Porém, as companhias paranaenses apresentaram soma de patrimônios inferior à das gaúchas. Nesta edição de 500 Maiores do Sul, o Paraná foi superado pelo Rio Grande do Sul em número de empresas: 185 contra 179. Santa Catarina tem 136. Rio Grande do Sul e Santa Catarina contam com duas empresas a mais em cada estado, enquanto o Paraná perdeu quatro representantes comparativamente à edição anterior.
revista Amanhã
Paraná tem 12 dos 100 municípios mais competitivos do país
Curitiba foi a única cidade do estado entre as dez cidades mais competitivas do país
O Paraná conta com 12 dos cem municípios mais competitivos do Brasil, de acordo com a segunda edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Gove e o SEBRAE. São eles: Curitiba (6º), Maringá (17º), Francisco Beltrão (31º), Londrina (37º); Cascavel (39º); Toledo (58º); Pato Branco (63º); Campo Mourão (77º); Paranavaí (78º); Umuarama (90º); Ponta Grossa (96º); e Foz do Iguaçu (97º). A edição 2021 da lista, que inclui apenas municípios com mais de 80 mil habitantes, foi divulgada na segunda-feira (22). Ao todo, 411 cidades do país foram avaliadas - 27 do Paraná. Entre os municípios que entraram no top 100, Curitiba e Pato Branco recuaram posições em relação à lista de 2021. A capital foi do 5º para o 6º lugar, enquanto a cidade do Sudoeste caiu 22 posições. Por outro lado, parte dos representantes do estado no topo da classificação chamaram a atenção pelo desempenho em pilares específicos. Toledo, por exemplo, obteve a primeira colocação no âmbito do Acesso à Saúde. Londrina, Curitiba e Francisco Beltrão obtiveram, nesta ordem, as melhores avaliações no pilar de Funcionamento da Máquina Pública. Outro destaque do ranking é o resultado do município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme o CLP, apesar de a cidade não ter conseguido entrar no top 100, ficando no 104º lugar, ela subiu 60 posições da primeira para a segunda edição da lista.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha abaixo de R$ 5,60 com fluxo e ajuste técnico
Contrariando o ambiente mais amplo lá fora, onde o a moeda americana se fortaleceu contra a maior parte das divisas, emergentes ou desenvolvidas, o real fechou o dia com ganhos
Sinais da entrada de dólares no país e também de ajuste técnico acabaram por deixar a moeda com viés de queda no Brasil durante praticamente todo o pregão na segunda-feira. O dólar fechou cotado a R$ 5,530, baixa de 0,57%. Segundo Ítalo Abucater dos Santos, Gerente de Câmbio da Tullett Prebon, o volume de contratos negociados pela Ptax na parte da manhã foi maior do que a média diária, o que indica que bancos podem estar tentando influenciar a formação da taxa para pagar mais barato pelos dólares ofertados por algum cliente - como um grande exportador ou investidor estrangeiro. No fim, a taxa para venda ficou em R$ 5,5912. "De restante não tem nada que possa apoiar essa queda do dólar no Brasil. Os pares estão operando no negativo, os rendimentos das treasuries estão subindo”, comentou. Para Fernando Bergallo, Diretor da FB Capital, existe também uma correção técnica após a alta de 2,75% do dólar na semana passada. Lá fora, o dólar se fortalece por uma combinação de euro mais fraco - na esteira de receios renovados sobre a covid-19 no continente -, e também pela notícia de que o Presidente Joe Biden indicou Jerome Powell para um novo mandato à frente do Federal Reserve. A recondução de Powell fortalece o dólar após semanas de especulação de que o nome de Biden seria a diretora Lael Brainard, considerada mais 'dove' (inclinada à manutenção dos estímulos) pelos analistas. Brainard foi indicada por Biden para a vice-presidência do Fed.
VALOR ECONÔMICO
Ibovespa cai com exterior e influenciado por incertezas domésticas
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, e soma agora cinco baixas nos últimos seis pregões, influenciado pelo cenário externo, diante queda da Nasdaq e do S&P 500, e pela manutenção das incertezas no front doméstico
Papéis de Banco Inter foram destaque de baixa, em meio à queda generalizada de fintechs e empresas de tecnologia. Do outro lado, Vale e siderúrgicas subiram, na esteira da valorização dos preços de minério e commodities metálicas. TIM também avançou após sua controladora Telecom Itália receber proposta de compra do fundo norte-americano KKR. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,74%, a 102.269,11 pontos. Na mínima da sessão, o índice tocou os 102.138,10, enquanto na máxima alcançou os 104.613,07. O volume negociado durante a sessão foi de R$ 19,6 bilhões.
REUTERS
Mercado reduz projeção para a alta do PIB do Brasil em 2022 de 0,93% para 0,70%
Segundo o Relatório Focus, do BC, a atividade econômica brasileira vai expandir 4,80% em 2021, contra 4,88% previstos na semana passada
A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira voltou a cair, de 4,88% para 4,80% em 2021 e de 0,93% para 0,70% em 2022, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (22) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2023, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se em 2,00%, assim como para 2024. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a mediana das projeções em 2021 subiu de 9,77% para 10,12%. Para 2022, também subiu, de 4,79% para 4,96%. Para 2023, foi de 3,32% para 3,42%. Para 2024, foi de 3,09% para 3,10%. A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,50, segundo o Focus. Para 2022, o ponto-médio das projeções para a moeda americana também ficou parado em R$ 5,50 entre uma semana e outra. Para 2023, permaneceu em R$ 5,30. Para 2024, foi de R$ 5,25 para R$ 5,28.
VALOR ECONÔMICO
MEIO AMBIENTE
Como bancos de couro de SUVs impulsionam o desmatamento da Amazônia
Comércio de couro mostra como os hábitos de compra do mundo rico estão ligados à degradação ambiental nos países em desenvolvimento
BURITIS - Certa manhã deste verão, Odilon Caetano Felipe, fazendeiro que cria gado em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia, se encontrou com um negociante e fechou um acordo para a venda de mais 72 animais engordados. Com uma simples canetada, Felipe limpou o registro de seu gado. E, ao vender os animais, ocultou seu papel na destruição da maior floresta tropical do mundo. Investigação do New York Times mostra que peles cruas de animais criados em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia chegam a compradores do mundo todo. No almoço, logo após a venda de 14 de julho, Felipe falou abertamente sobre o negócio que o enriquece. Ele admitiu que corta árvores da densa floresta amazônica e que não pagara pela terra. Também reconheceu que estrutura suas vendas para esconder as verdadeiras origens de seu gado, vendendo-o a um intermediário e forjando registros que mostram, falsamente, que seus animais vêm de uma fazenda legal. Outros fazendeiros da região fazem o mesmo, disse ele. “Não faz a menor diferença”, disse ele, se sua fazenda é legal ou não. Uma investigação do New York Times sobre a rápida expansão da indústria frigorífica no Brasil – um negócio que vende não apenas carne para o mundo, mas toneladas de couro por ano para grandes empresas nos Estados Unidos e em outros países – identificou lacunas em seus sistemas de monitoramento, o que permite que peles cruas de animais criados em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia passem sem detecção pelos curtumes do Brasil e sigam para compradores do mundo todo. A fazenda de Felipe é uma das mais de 600 que operam em uma área da Amazônia conhecida como Jaci-Paraná, uma reserva ambiental protegida onde o desmatamento é restrito. E transações como a dele são os pilares de um complexo comércio global que liga o desmatamento da Amazônia a um apetite crescente nos Estados Unidos por luxuosos bancos de couro em picapes, SUVs e outros veículos vendidos por algumas das maiores montadoras do mundo, entre elas a General Motors, Ford e Volkswagen. Um veículo de luxo pode exigir mais de uma dúzia de peles cruas, e os fornecedores americanos compram cada vez mais couro do Brasil. Embora a região amazônica seja um dos maiores fornecedores mundiais de carne bovina, cada vez mais para as nações asiáticas, o apetite global por couro acessível também significa que as peles cruas desses milhões de bovinos abastecem um lucrativo mercado internacional de couro avaliado em centenas de bilhões de dólares por ano. Esse comércio de couro mostra como os hábitos de compra do mundo rico estão ligados à degradação ambiental nos países em desenvolvimento – neste caso, ajudando a financiar a destruição da Amazônia, apesar de sua valiosa biodiversidade e do consenso científico de que protegê-la ajudaria a desacelerar as mudanças climáticas.
Para rastrear o comércio global de couro desde as fazendas ilegais na floresta tropical brasileira até os bancos de veículos americanos, o Times entrevistou fazendeiros, negociantes, promotores e reguladores no Brasil e também visitou curtumes, fazendas e outras instalações. O Times falou com participantes de todos os níveis do comércio ilícito na Reserva Extrativista Jaci-Paraná, área do estado de Rondônia que recebeu proteções especiais por abrigar comunidades de pessoas que, ao longo de gerações, viveram da terra por extração de seringueiras. Essas comunidades agora estão sendo expulsas por fazendeiros que querem terras para o gado. Na última década, os fazendeiros aumentaram significativamente sua presença na reserva e, hoje, cerca de 56% dela foi desmatada, de acordo com dados compilados pelo órgão ambiental estadual. O relatório também se baseia na análise de dados corporativos e de comércio internacional de diversos países e em milhares de certificados de transporte de gado emitidos pelo governo brasileiro. Os certificados foram obtidos pela Environmental Investigation Agency, um grupo de defesa em Washington. O Times verificou independentemente os certificados e obteve milhares de certificados adicionais em separado. A investigação possibilitou o rastreamento do couro de fazendas ilegais na Amazônia até instalações operadas pelos três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Marfrig e Minerva – e daí para os curtumes que eles abastecem. A JBS se descreve como a maior processadora de couro do mundo. Leia mais em:
The New York Times
Acordo global para redução de emissão de metano trará oportunidades para a agropecuária brasileira, diz ministra
Tereza Cristina disse que a agricultura tropical já tem práticas sustentáveis para a redução da emissão de gases do efeito estufa
A adesão do Brasil ao compromisso global para a redução das emissões de metano, durante a COP 26, em Glasgow, foi uma das principais conquistas da Conferência, na avaliação da Ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em coletiva de imprensa, a Ministra disse que o Brasil já desenvolve técnicas para a redução de gases de efeito estufa, como o metano e o carbono. Também participaram da coletiva o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e das Relações Exteriores, Carlos França. “Muito mais do que problemas, isso trará grandes oportunidades para nossa pecuária ser cada vez mais eficiente. A nossa agricultura tropical já faz a redução de vários gases, não só do metano e também do carbono. Temos muito a mostrar do que já vem sendo feito e o que mais vamos poder fazer, principalmente na pecuária, a partir das novas tecnologias que surgiram nos últimos anos”, disse. O Brasil levou para a COP26 vários temas em que já trabalha para a sustentabilidade na agricultura e na pecuária e levou cases de realidades que já acontecem no nosso campo. O Ministério da Agricultura apresentou a segunda etapa do Plano ABC+, com tecnologias de baixa emissão de carbono praticadas pela agropecuária brasileira e as metas para a próxima década. “Nós precisamos levar toda essa tecnologia e processos de produção, cada vez mais, principalmente para os pequenos produtores. O Brasil tem 6 milhões de propriedades rurais e nós precisamos democratizar e universalizar essas tecnologias para que os produtores rurais produzam de maneira cada vez mais sustentável”, destacou a Ministra. Ela explicou que o compromisso global de redução de 30% nas emissões é voluntário e que o Brasil já desenvolve várias ações que podem contribuir para essa meta. “Já temos uma série de processos que vão ser melhor quantificados por nós, para que o Brasil possa assumir qual será a sua meta dentro desses 30%”, disse. Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, que permite o abate precoce. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como taninos e óleos essenciais.
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