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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 128 DE 16 DE MAIO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 128 |16 de maio de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Desova de final de safra anula viés altista na cotação da arroba do boi gordo

A boa oferta de animais terminados em pasto permitiu que a pressão de baixa ganhasse força nos últimos dias, relatam as consultorias que acompanham de perto o setor pecuário


Segundo a IHS Markit, neste momento há um certo descompasso entre a oferta e a demanda, efeito do maior volume de boiada gorda (desova de final de safra) diante de uma procura mais contida por parte da indústria. Neste contexto, diz a IHS, as cotações dos animais terminados devem continuar fragilizadas no curtíssimo prazo, e fatores mercadológicos podem impulsionar condições de pisos menores aos vigentes atualmente. “Tal condição se dá pelo fato de muitas unidades de abate atuarem nas compras de maneira cadenciada, testando preços abaixo das máximas vigentes. Ao mesmo tempo, o período de estiagem que avança pelo País retira o poder de retenção de animais nas propriedades, forçando a liquidação dos lotes terminados a pasto”, resumem os analistas da IHS. Na sexta-feira a consultoria mostrou recuos de preços do boi gordo em algumas praças do País, motivados pela fraca atuação das indústrias frigoríficas locais. O valor do macho terminado e negociado na região de Goiânia (GO) caiu de R$ 293/@ para R$ 291/@, relata a IHS. Em Belo Horizonte (MG), o preço do boi gordo cedeu de R$ 283/@ para R$ 280/@, enquanto na praça do Triângulo Mineiro a queda foi de R$ 296/@ para R$ 290/@, acrescenta a IHS. Em linha com a opinião da Scot Consultoria, a equipe da IHS também prevê tendência de baixa na arroba no curtíssimo prazo. O lento consumo doméstico de carne bovina é um dos fatores que preocupam o setor industrial, observam os analistas da IHS. “A demanda interna ainda não apresentou o desempenho esperado pelas indústrias, o que ajuda a explicar o ritmo de cautela dos frigoríficos compradores, que visam garantir um relativo equilíbrio com a procura vigente, com foco em mitigar custos e obter margens operacionais positivas”, relata a IHS. Por sua vez, as exportações brasileiras de carne bovina continuam aquecidas. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 296/@ (à vista) vaca a R$ 271/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 271/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 286/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 286/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 274/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 268/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca R$ 271/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 335/@ (à vista) vaca a R$ 305/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 262/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Exportações de carne suína totalizam 89,7 mil toneladas em abril

Embarques do ano alcançam 327,3 mil toneladas, queda de 8,8%


Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 89,7 mil toneladas em abril, número 8,8% inferior ao registrado no quarto mês de 2021, com 98,7 mil toneladas. Em receita, o resultado das vendas do mês alcançou US$ 193,4 milhões, número 16,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2021, com US$ 232,3 milhões. No acumulado do ano (janeiro a abril), as exportações de carne suína alcançaram 327,3 mil toneladas, número 7% menor que o registrado no primeiro quadrimestre de 2021, com 351,8 mil toneladas. Em receita, houve retração de 16,3%, com US$ 692 milhões neste ano, e US$ 826,4 milhões no ano passado. De acordo com os dados levantados pela ABPA, a China é o principal destino das exportações realizadas entre janeiro e abril, com 118,6 mil toneladas (-35% em relação ao mesmo período do ano passado), seguida por Hong Kong, com 33,8 mil toneladas (-34,8%), Filipinas, com 23,2 mil toneladas (+281,3%), Singapura, com 20,1 mil toneladas (+43,9%) e Argentina, com 18 mil toneladas (+83,1%). “As vendas de abril retornaram para patamares próximos de 90 mil toneladas, que é a tendência de desempenho mensal esperada para este ano. As exportações de carne suína do Brasil, estão em processo de acomodação de níveis de embarques, se estabelecendo em patamares significativamente superiores aos que eram registrados antes da grande disrupção global da proteína, iniciada em 2018 e com efeitos mais sensíveis entre 2019 e 2021. A China tem perdido parte de sua influência sobre o desempenho total das exportações, sendo substituída por outras nações da Ásia e América do Sul”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA


CARNES


Custos de produção de aves e suínos caem em abril

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa registraram a primeira queda no ano em abril, segundo dados divulgados pela Cias na semana passada


O ICPFrango, que mede o custo de produção de frangos de corte, teve queda de 3,22% em abril, em relação a março, a 431,89 pontos, influenciado por redução de 3,35% nas despesas operacionais com alimentação. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, teve redução de R$ 0,19 em abril, a R$ 5,58. No acumulado do ano até abril, ICPFrango ainda sobe 7,03%. O ICPSuíno, que mede o custo de produção de suínos, caiu 5,20% em abril, a 428,55 pontos, também influenciado por uma redução de 5,86% nos custos de nutrição. O custo total de produção do suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina caiu R$ 0,41/kg no mês, a R$ 7,49. Nos primeiros quatro meses do ano, o ICPSuíno acumula alta de 7%.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Desemprego segue em queda no Paraná

Estado registrou desocupação de 6,8% no primeiro trimestre deste ano, enquanto no último trimestre de 2021, o saldo foi de 7%. Além da melhora nas taxas de desemprego, o resultado é bem melhor do que a média nacional, com índice atual de 11,1%.


Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná tem um dos maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado, com 81%, atrás apenas de Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%) e Rio Grande do Sul (81,1%). Outro dado relevante é a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada). No País, foi de 23,2% no primeiro trimestre. O Paraná tem a terceira menor do Brasil, de 14,0%. Com os impactos da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho, a taxa de desocupação chegou a 10,1% no final de 2020, mas os números já começaram a ser revertidos nos trimestres seguintes. Nos três primeiros meses do ano passado, o índice caiu para 9,4%, reduziu para 9% no segundo trimestre, foi a 8% no terceiro, até chegar ao resultado de 7% no quarto trimestre do ano. Agora já está em 6,8%.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Paranaenses têm quase R$ 1 bilhão para receber de volta da Copel

Procon quer mais transparência na conta de luz quanto à devolução de valores para os consumidores paranaenses


Nos últimos cinco anos, o consumidor brasileiro conseguiu duas importantes conquistas no Supremo Tribunal Federal (STF), ambas relacionadas à cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na conta de luz. A primeira decisão foi proferida em 2017 e prevê o fim da cobrança do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre o ICMS. A decisão ficou conhecida como a ‘Tese do Século’ pelo impacto em todas as atividades comerciais e industriais do Brasil, inclusive no setor elétrico, com as distribuidoras elétricas tendo o papel de repassar essa economia aos consumidores. Só que na prática o repasse desse desconto não tem sido notado pelos consumidores no Paraná. Ainda sem alterações na legislação pela União ou orientações da Receita Federal sobre a emissão de documento fiscal, a devolução dos valores pela Copel carece de maior transparência na conta de luz. De acordo com os balanços publicados pela Copel, a empresa conseguiu um ressarcimento inicial no valor de R$ 810 milhões, montante ajustado para R$ 940 milhões no terceiro trimestre de 2021. Ambos esses valores estão relacionados apenas à Cofins, com o crédito do PIS ainda pendente. A Copel em nota informou que tem aplicado desde agosto de 2020 redução média de 3,8% na tarifa de energia, com variação de 3,5% a 4,1% conforme a classe de consumo. Além disso, a distribuidora aguarda orientação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a distribuição aos consumidores dos valores obtidos pela empresa com a decisão do STF. “Se a distribuidora está alegando que está reduzindo, o correto e adequado é trazer essa informação na fatura. Então não é uma exclusividade da Copel isso, mas ela tem condições de repassar essa economia ao consumidor, e se alega fazer isso, é ideal que ela tenha maior transparência nas faturas”, explica a advogada e Coordenadora do Contencioso Tributário do Martinelli Advogados no Paraná, Leilaine Silva. A necessidade de maior publicidade e transparência quanto ao repasse do desconto à conta de luz dos consumidores paranaenses levou o Procon-PR a notificar a Copel no mês de abril deste ano. Até o fechamento dessa matéria não havia sido registrado qualquer avanço na questão.

GAZETA DO POVO


ICMS de 29% também deverá ser reduzido, decidiu STF

Em outra decisão importante do STF para o consumidor brasileiro, a corte decidiu no ano passado que a energia elétrica tem caráter de essencialidade no Brasil e, por isso, reduziu a alíquota fixa do ICMS na conta de luz de 29% do valor total para 18%


Para que Estados e municípios não sofram imediatamente com essa perda de arrecadação tributária, o Supremo determinou que o ajuste seja realizado até 2024, aplicando assim o conceito de modulação. Diferente da questão do PIS e da Cofins incidentes sobre o ICMS, essa execução fiscal será feita de forma automática pelas distribuidoras de energia, necessitando apenas da regulamentação de cada estado. “Agora nós estamos em um limbo, aguardando que os estados se organizem e recebam esse efeito do STF e renunciem essa parcela da Receita. Na prática, fica uma frustração para o contribuinte, porque privilegia uma prática abusiva dos estados de cobrar uma maior tributação e estimula os estados a criar novas normas com esse mesmo viés”, analisa Leilaine

GAZETA DO POVO


Redução do ICMS da energia no PR terá impacto de R$ 2,7 bilhões por ano

No Paraná, a Secretaria de Estado da Fazenda apontou em nota que “está trabalhando na avaliação dos dados e em um plano de contingência para minimizar as perdas com a arrecadação. A estimativa inicial é de perda de R$ 2,7 bilhões por ano, sendo R$ 2 bi de ICMS-energia e R$ 700 milhões para ICMS-comunicações


Além disso, o órgão avalia que essa redução na conta de luz irá provocar “impacto catastrófico não só para os estados e Distrito Federal, mas também para os Municípios, que recebem sua quota-parte do ICMS arrecadado, ressaltando que, para alguns deles, a receita daí decorrente é, senão a única, a mais representativa fonte de financiamento das políticas públicas”. Segundo levantamento da ABRACE (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia), os brasileiros pagaram nos primeiros cincos meses de 2022 mais de R$ 52 bilhões em encargos, impostos e subsídios na conta de luz. A entidade aponta que a expectativa é que até o final do ano essas taxas somem mais de R$ 144 bilhões. “Uma parcela grande dessa conta pode ser resumida em políticas públicas e subsídios que foram sendo colocados ao longo dos anos na conta de energia, justamente porque é uma conta que todo brasileiro paga. Ninguém deixa de pagar a conta de energia por muito tempo se não é cortada, sendo assim uma fonte fácil de arrecadação”, avalia o Diretor de Energia da Abrace, Victor Iocca. Dentro dos encargos reside uma das principais vilãs da conta de luz: a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Esse subsídio está inserido em diversas políticas públicas como o custeio da geração de energia com base em combustíveis fósseis nas Regiões Norte e Sul do Brasil, além do custeio da tarifa social e rural.

GAZETA DO POVO


Ibama começa Audiências públicas da Nova Ferroeste nesta segunda-feira

Equipes do Ibama vão coordenar os encontros e realizar vistorias técnicas no traçado proposto. Nova Ferroeste vai passar por 49 municípios do Mato Grosso do Sul e do Paraná

Nesta segunda-feira (16) começa a sequência de sete audiências públicas para apresentar os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Nova Ferroeste, idealizado pelo Governo do Paraná. Dourados, no Mato Grosso do Sul, recebe o diálogo dos técnicos envolvidos no projeto com a sociedade às 19 horas. O município fica a 90 quilômetros de Maracaju, ponto de partida da estrada de ferro que vai percorrer oito cidades do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná, até chegar ao Porto de Paranaguá, no Litoral. As audiências públicas são etapas do processo de licenciamento ambiental prévio do projeto. Para a primeira semana estão programados três encontros: Dourados (16), Guaíra (18) e Cascavel (19). Em seguida, acontecem as audiências de Paranaguá (23), São José dos Pinhais (24), Guarapuava (26) e Irati (27). As opções de contato passam por um número de 0800, mensagens por WhatsApp e o site oficial. Mais de 70% da procura ficou concentrada no site, onde estão disponibilizados os resultados que serão objeto de discussão nos encontros. A população dos 49 municípios do traçado também pode optar pelo transporte gratuito para ir até os locais previstos das reuniões. O maior volume de pedidos até o momento é para as audiências de Dourados (MS), Cascavel e Paranaguá. Como parte do processo de licenciamento, três funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desembarcam em Foz do Iguaçu no domingo (15) e também têm agendas no Estado na semana que vem. De lá eles partem de helicóptero para Cascavel e Guarapuava, onde realizam a primeira etapa de uma vistoria técnica.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fechou em queda de 1,65%, a R$5,0578

O dólar fechou em forte queda na sexta-feira e tomou distância dos 5,10 reais, conforme investidores realizaram lucros ao fim de uma semana de grande instabilidade nos mercados globais. A moeda brasileira teve o melhor desempenho do mundo nesta sessão


O dólar à vista caiu 1,65% na sexta, a 5,0578 reais. O patamar de fechamento é o menor desde o último dia 5 (5,0166 reais). Na semana, o dólar acabou caindo 0,31% --até a quinta-feira tinha alta de 1,36%. Em maio, reduziu os ganhos para 2,31% e ainda recua 9,25% no acumulado do ano. Dados da B3 mostram que, no mês, fundos locais e investidores estrangeiros têm atuado na ponta compradora de dólar, enquanto empresas financeiras (como bancos) fazem a contraparte. O mercado girou ao longo da semana em torno dos riscos de aperto mais forte da política monetária dos EUA e também dos efeitos sobre cadeias de produção decorrentes de novos fechamentos de negócios na segunda maior economia do mundo para conter surtos de coronavírus. A inflação global em alta --nos EUA a maior em 40 anos e na zona do euro em patamar recorde-- é muito associada a impactos oriundos ainda da quebra nas cadeias de suprimento causadas pelos bloqueios nas economias globais iniciados em 2020 para conter a pandemia. A isso somaram-se falas do chair do Fed, Jerome Powell, reiterando altas de 0,50 ponto percentual nos juros --sinalizando, portanto, que o ritmo de restrição monetária não será intensificado, como temem operadores. Mais uma vez um rali em Wall Street --o índice Nasdaq saltou 3,8%-- ajudou a melhorar o humor do mercado no Brasil. Uma medida do "medo" do investidor norte-americano despencou mais de 8% em dia de forte queda do dólar por aqui. Num indicativo de quão juntos têm andado os preços do dólar e o clima no mercado de ações em Nova York, a correlação de um mês entre a taxa de câmbio dólar/real e o índice de volatilidade VIX alcançou o maior patamar desde julho de 2016, de 0,82. O número é positivo uma vez que, se o VIX sobe, o dólar tende a se elevar também. Quanto mais próximo de +1, mais positivamente correlatos são os preços de dois ativos.

REUTERS


Ibovespa avançou com exterior

O principal índice da bolsa brasileira teve alta na sexta-feira e voltou a registrar ganho semanal após cerca de um mês e meio, ajudado por sentimento de apetite ao risco no exterior


O Ibovespa subiu 1,17%, a 106.924,18 pontos, na terceira alta seguida. Com isso, o índice fecha a semana com ganho de 1,7%, após cinco baixas semanais. O volume financeiro da sessão foi de 27,1 bilhões de reais. "Temos um pregão de recuperação bastante em linha com as ações globais, que passaram por uma semana bastante turbulenta e de volatilidade", diz Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos. Na véspera, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou intenção do banco central norte-americano em subir o juro em 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, diminuindo temores de um movimento de alta mais agressivo. Villegas apontou também a atratividade de algumas ações após depreciação recente e resultados do primeiro trimestre. "É mais uma correção técnica", disse ele, observando que temas como elevação de juros nos EUA, desaceleração da economia na China e inflação global seguem preocupando.

REUTERS


Novo índice da B3 de empresas ligadas ao agro vai estrear na segunda-feira

Carteira do IAGRO B3, que será revista a cada quatro meses, será composta por 32 ativos


A B3 informou que lançará nesta segunda-feira o novo Índice Agro Free Float Setorial (IAGRO B3), que vai acompanhar o desempenho de empresas ligadas ao agronegócio. A carteira do indicador, que valerá até 2 de setembro deste ano, será formada por ações e units de companhias listadas e categorizadas como de agronegócios por uma nova classificação setorial criada pela bolsa. “O objetivo do IAGRO B3 é refletir o desempenho médio dos ativos de empresas que fazem parte do agronegócio. Em sua composição, as ações são ponderadas considerando a média aritmética simples entre a ponderação pelo valor de mercado do free float e a ponderação setorial”, diz a B3, em nota. Nessa ponderação, continua a bolsa, os pesos são definidos por subsetor: primário (peso 4), insumos (peso 3), agroindústria (peso 2) e agrosserviços (peso 1). “Para participar da carteira do indicador, o ativo deverá atender critérios de liquidez, como, por exemplo, estar presente em 95% dos pregões dos últimos 12 meses e não ser classificado como penny stock (ou seja, ter preço médio superior a R$ 1)”, informa a bolsa. A carteira do IAGRO B3, será composta por 32 ativos, inicialmente nas seguintes participações: 1) JBS (JBSS3) - 7,439% (setor primário) 2) SUZANO (SUZB3) - 7,439% (setor primário) 3) AMBEV (ABEV3) - 6,220% (agroindústria) 4) COSAN (CSAN3) - 6,220% (agroindústria) 5) KLABIN (KLBN11) - 6,101% (setor primário) 6) BRF (BRFS3) - 5,614% (setor primário) 7) RUMO S.A. (RAIL3) - 4,933% (agrosserviços) 8) SAO MARTINHO (SMTO3) - 3,879% (setor primário) 9) MARFRIG (MRFG3) - 3,857% (setor primário) 10) SLC AGRICOLA (SLCE3) - 3,494% (setor primário) 11) DEXCO (DXCO3) - 3,266% (setor primário) 12) ASSAI (ASAI3) - 3,246% (agrosserviços) 13) MINERVA (BEEF3) - 3,182% (setor primário) 14) RAIZEN (RAIZ4) - 3,087% (agroindústria) 15) BRASILAGRO (AGRO3) - 2,821% (setor primário) 16) 3 TENTOS (TTEN3) - 2,660% (setor primário) 17) JALLES MACHADO (JALL3) - 2,644% (setor primário) 18) CAMIL (CAML3) - 2,644% (setor primário) 19) IRANI (RANI3) - 2,587% (setor primário) 20) BOA SAFRA (SOJA3) - 2,571% (setor primário) 21) CARREFOUR BRASIL (CRFB3) - 2,446% (agrosserviços) 22) AREZZO (ARZZ3) - 2,384% (agroindústria) 23) M. DIAS BRANCO (MDIA3) - 1,647% (agroindústria) 24) VAMOS (VAMO3) - 1,400% (agrosserviços) 25) PÃO DE AÇÚCAR - CBD (PCAR3) - 1,303% (agrosserviços) 26) ARMAC (ARML3) - 1,157% (agrosserviços) 27) HIDROVIAS (HBSA3) - 1,136% (agrosserviços) 28) GRUPO MATEUS (GMAT3) - 1,086% (agrosserviços) 29) RANDON PART (RAPT4) - 1,021% (agrosserviços) 30) KEPLER WEBER (KEPL3) - 0,981% (agrosserviços) 31) TUPY (TUPY3) - 0,910% (agrosserviços) 32) RECRUSUL (RCSL3) - 0,626% (agrosserviços).

VALOR ECONÔMICO


Quase 3,5 milhões de brasileiros estão sem emprego há mais de dois anos

No total, o Brasil tem 26,812 milhões de trabalhadores subutilizados, entre desempregados e pessoas que gostariam de trabalhar mais horas, mas não encontram oportunidades. A taxa de desemprego na média do País ficou em 11,1% no primeiro trimestre deste ano, mesmo resultado registrado no quarto trimestre do ano passado, segundo o IBGE


Apesar dos sinais positivos do mercado de trabalho no primeiro trimestre, o Brasil tinha quase 3,5 milhões de pessoas em situação de desemprego de longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente sobe a 5,009 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 13, pelo IBGE. Um total de 3,463 milhões tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais, o equivalente a 29% dos 11,949 milhões de desempregados existentes no período. Outros 1,546 milhão buscava emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 12,9% do total de desocupados. Mais 4,879 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 40,8% do total de desempregados, e 2,060 milhões tentavam uma vaga há menos de um mês, 17,2% do total. A taxa de desemprego foi considerada estatisticamente estável em 26 das 27 Unidades da Federação na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022. A única queda significativa (que supera o intervalo da margem de erro da pesquisa, segundo o IBGE) ocorreu no Amapá, -3,3 pontos porcentuais, de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre de 2022. A taxa de desemprego na média do País ficou em 11,1% no primeiro trimestre deste ano, mesmo resultado registrado no quarto trimestre do ano passado. Houve melhora em São Paulo, onde a taxa desceu de 11,1% no quarto trimestre de 2021 para 10,8% no primeiro trimestre de 2022, enquanto que o Rio de Janeiro mostrou piora, aumentando de 14,2% para 14,9% no período, uma das mais elevadas do Brasil. No primeiro trimestre, a taxa de desemprego foi de 9,1% para os homens, ante um resultado de 13,7% para as mulheres. Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 8,9%, muito aquém do resultado para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%). Ou seja, a taxa de desemprego dos pretos era 49,4% maior que a dos brancos, enquanto a dos pardos era 44,9% superior. No primeiro trimestre de 2022, 64,2% dos desempregados no País eram pretos ou pardos. A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,3%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,6%. O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 4,594 milhões de desalentados, pessoas em idade de trabalhar que não procuram emprego por acreditarem que não conseguiriam uma oportunidade, por exemplo. Esse montante respondeu por 55% da força de trabalho potencial no período, que reúne 8,354 milhões de brasileiros que não trabalham nem procuram vaga, mas que teriam condições de assumir um emprego. Se considerada toda a população subutilizada, que inclui também os desempregados (11,949 milhões) e os que trabalham menos horas do que poderiam e gostariam (6,509 milhões), faltou trabalho no primeiro trimestre para 26,812 milhões de brasileiros.

O ESTADO DE SÃO PAULO


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