Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 118 |02 de maio de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado físico em banho-maria com preços estáveis
Segundo levantamento da IHS Markit, na sexta-feira (29/4), o mercado brasileiro de boiadas gordas seguiu sem fluxos significativos de negócios, repetindo o ritmo lento observado ao longo da semana
“Neste último dia útil de abril, foi possível observar grande estabilidade nos preços entre as diversas regiões pecuárias brasileiras”, relata a IHS. Sobretudo no Pará, os bons volumes de chuvas que cobriram o Estado nas últimas semanas garantiram boas condições de pastos, trazendo possibilidade de retenção dos animais nas propriedades, à espera de melhores condições de preços. Este cenário também é visto nas regiões Norte e Nordeste do País, sobretudo no Maranhão, Piauí e Tocantins, informa a IHS. No entanto, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o período de estiagem chegou com mais força, relata a consultoria. Há regiões no Mato Grosso que registram mais de 20 dias sem chuvas e sol forte, castigando as áreas de pastagens. “Essas mesmas condições ocorrem em algumas áreas do Mato Grosso do Sul e de Goiás”, acrescenta a IHS. Assim, a oferta de boiada gorda em praças dessas regiões citadas acima cresceu consideravelmente nos últimos dias, pressionando os preços da arroba e abrindo margens para novos testes de queda por parte das indústrias. Além disso, as indústrias paulistas e outras regiões do País seguem preocupadas com relação à demanda chinesa, que recentemente suspendeu o embarque de carne bovina de algumas unidades brasileiras, alegando problemas relacionados ao vírus da Covid-19. As expectativas no mercado atacadista de carne bovina se voltam para o mês de maio e a possibilidade de alguma retomada na demanda, mesmo de forma gradual. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 327/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 282/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca R$ 275/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).
PORTAL DBO
Cadastro do rebanho paranaense começou dia 1º de maio
Os produtores precisam atualizar ou fazer o cadastro do rebanho de todas as espécies animais existentes na propriedade
A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2022 começou no domingo (1°) e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda). Os produtores podem fazer a atualização no sistema online pelo site da Adapar (www.adapar.pr.gov.br) e também presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras). A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail, etc.), o telefone para contato é (41) 3200-5007. Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 158 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 6,3 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais. O Gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou Dias.
SEAB-PR
SUÍNOS
Cotações no mercado de suínos fecham abril estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,70 o quilo/R$ 10,00 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (28), houve alta de 0,6% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,71/kg, e de 0,17% em Santa Catarina, custando R$ 5,77/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná, valendo R$ 5,94/kg, R$ 5,59/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 7,00/kg em São Paulo.
Cepea/Esalq
RS: preço médio do suíno independente registra leve alta
A Pesquisa Semanal do Preço do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou, na sexta-feira (29), a média de R$ 6,26 para o preço pago pelo quilo do suíno independente
O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 90,00. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.571,67 e da casquinha de soja é de R$ 1.070,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,02. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,10 (base suíno gordo) e R$ 5,20 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 09/02; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,10, vigente desde 09/02; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,20 (leitão), vigentes desde 10/02, respectivamente; BRF R$ 5,30, vigente desde 09/02; Estrela Alimentos R$ 4,10 (base creche e terminação), vigente desde 08/02, e R$ 5,15 (leitão), vigente desde 09/02; JBS R$ 5,30, vigente desde 18/01; e Pamplona R$ 5,10 (base terminação) e R$ 5,20 (base suíno leitão), vigentes desde 09/02.
Acsurs
FRANGOS
Ave viva sobe no PR e recuo para o frango no atacado paulista
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado cedeu 0,67%, chegando a R$ 7,45/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, e o Paraná registrou alta de 1,06%, custando R$ 5,70/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (28), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,95/kg e R$ 7,96/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Exportação elevada impulsiona preço da carne no BR; peito e filé renovam recordes
Mesmo com os recentes recuos dos preços da carne de frango, os altos patamares registrados no começo de abril garantiram aumento na média mensal
No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado registra média de R$ 7,90/kg na parcial de abril (até o dia 28), 11,2% superior à de março e a maior, em termos nominais, desde outubro de 2021. Para o produto resfriado, a valorização mensal é de 11,9%, com a média a R$ 7,91/kg neste mês. Para os corte e miúdos, o cenário também foi de alta no comparativo mensal, principalmente para o peito e o filé de peito comercializados no atacado da Grande SP, cujos valores renovaram os recordes nominais nas respectivas séries do Cepea, iniciadas em 2004. Para o filé de peito congelado, a média da parcial de abril está em R$ 15,55/kg, alta de 8,6% frente à de março. Quanto ao peito, a média mensal está em R$ 11,66/kg, forte aumento de 18,8%. Segundo pesquisadores do Cepea, um dos principais fatores que vem mantendo em alta o preço médio da proteína no Brasil é o contexto internacional. A oferta mundial de carne de frango tem sido limitada por casos de gripe aviária em importantes países produtores, como os Estados Unidos. Além disso, o conflito na Ucrânia interrompeu a produção do país, que é um grande player mundial. Diante disso, a demanda externa tem se voltado ao Brasil. Relatório preliminar da Secex aponta que, nos 14 primeiros dias úteis de abril, a média de exportação diária de carne de frango in natura foi de 22,8 mil toneladas, a maior da série histórica, iniciada em 1997.
CEPEA
EMPRESAS
JBS compra duas fábricas no Oriente Médio e anuncia CEO para a região
Negócio faz parte da estratégia da companhia brasileira de expandir a presença no mercado islâmico
A JBS anunciou a compra de duas fábricas de alimentos congelados no Oriente Médio, uma na Arábia Saudita e a outra nos Emirados Árabes. Junto com as aquisições, a companhia criou sua própria rede com três centros de distribuição próprios para levar produtos aos dois países, bem como ao Kuwait. Além do negócio, cujo valor não foi divulgado, a JBS nomeou Mohamed Mahrous como CEO (Presidente Executivo) da região. Segundo a empresa, o Mahrous tem mais de 30 anos de experiência e ocupou cargos de comando em empresas de alimentos locais. Os anúncios fazem parte da estratégia da companhia brasileira de expandir a presença na produção e distribuição de alimentos preparados para se tornar uma referência no mercado islâmico. No comunicado, Mahrous diz que o objetivo é ampliar as vendas no Oriente Médio e norte da África nos próximos cinco anos, dentro de uma estratégia de reposicionamento que envolve mudanças nas embalagens dos produtos, maior diversidade nas linhas premium, linhas de produção e novos canais de venda, incluindo o digital. Segundo Wesley Batista Filho, CEO do grupo líder no mercado de proteínas, a JBS já tem boa presença comercial no Oriente Médio por meio de exportações, mas decidiu fortalecer sua posição na região com uma "robusta" operação local.
O ESTADO DE SÃO PAULO
MEIO AMBIENTE
Fonterra usa algas na ração de vacas para reduzir gases de efeito estufa
Cooperativa neozelandesa é a maior exportadora de laticínios do mundo
A cooperativa Fonterra, da Nova Zelândia, maior exportadora de laticínios do mundo, divulgou que decidiu ampliar o uso de um suplemento de algas marinhas na ração de suas vacas como parte de seus esforços para redução das emissões de gases de efeito estufa. Pesquisas de laboratório mostraram que a alga Asparagopsis tem potencial para diminuir em 80% o metano expelido pelo gado, afirmou a central, em comunicado. A Fonterra vem fazendo testes com o suplemento em uma fazenda na Tasmânia desde 2020, e agora levará as pesquisas a mais fazendas na Austrália. “Nos últimos dois anos, 900 vacas leiteiras foram alimentadas com pequenas quantidades do suplemento de algas marinhas. Os resultados foram promissores em cada etapa”, disse Jack Holden, Gerente Geral de Sustentabilidade da Fonterra para a Ásia-Pacífico. A australiana Sea Forest é a fornecedora do suplemento. Segundo Holden, os testes com o suplemento passarão agora a ser feitos em escala comercial. "Precisamos descobrir se podemos usar o suplemento de forma segura para as vacas, segura para os consumidores e para garantir que não haja impacto no sabor ou na qualidade do leite”, diz. A Nova Zelândia quer reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030, mas sua dependência da atividade agropecuária, especialmente da criação de vacas e ovelhas, grandes produtoras de metano, representa um sério desafio. A Fonterra tem a aspiração de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050. Como parte desse trabalho, a cooperativa está explorando uma série de alternativas. Um desses projetos, batizado de Kowbucha, reproduz microorganismos que inibem a produção de metano no sistema digestivo das vacas. “Entendemos que as mudanças climáticas são um dos desafios mais prementes do nosso tempo. Ao longo de nossa cadeia de suprimentos, estamos continuamente procurando maneiras mais eficientes e ecológicas de produzir e distribuir nossos laticínios. Acreditamos que não haverá uma solução única para o desafio do metano, por isso estamos investigando várias opções diferentes”, disse a Fonterra. Segundo a cooperativa, o teste de algas marinhas da Tasmânia não causou problema algum com a qualidade do leite, a saúde dos animais animal ou a produção.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com menor desocupação desde 2015, Paraná se aproxima do pleno emprego
O Estado fechou 2021 com um índice de desocupação de 7%, o quinto menor do País
O resultado do ano passado foi melhor do que a média nacional, cujo índice de desemprego chegou a 13,2% no ano passado – atualmente está em 11,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Segundo a Pnad Contínua, das 6,2 milhões de pessoas com 14 anos ou mais que compõem a força de trabalho paranaense, 5,8 milhões estavam trabalhando no ano passado. A taxa de desocupação do Estado só não é menor que a de Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,8%). Desde o último trimestre de 2015 o Paraná não tinha uma taxa de desemprego tão baixa. Segundo a série histórica do IBGE, iniciada em 2012, o Estado fechou aquele ano com índice de desocupação de 5,9%. No trimestre seguinte, essa taxa subiu para 8,2%, fechando o ano de 2016 com esse mesmo índice de desemprego. Com os impactos da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho, a taxa de desocupação chegou a 10,1% no final de 2020, mas os números já começaram a ser revertidos nos trimestres seguintes. Nos três primeiros meses do ano passado, o índice caiu para 9,4%, reduziu para 9% no segundo trimestre, foi a 8% no terceiro, até chegar ao resultado consolidado de 7% no quarto trimestre do ano. De 2019 para cá, o número absoluto de pessoas de 14 anos ou mais ocupadas no Estado foi de 5,671 milhões (quarto trimestre/19); 5,598 mihões (primeiro trimestre/20), 5,422 milhões (segundo trimestre/20), 5,234 milhões (terceiro trimestre/20), 5,432 milhões (quarto trimestre/20), 5,486 milhões (primeiro trimestre/21), 5,355 milhões (segundo trimestre/21), 5,589 milhões (terceiro trimestre/21) e 5,814 milhões (quarto trimestre/21). Das 399 cidades paranaenses, 367 fecharam 2022 com saldo positivo na abertura de vagas, 91% do total. Curitiba foi a quinta no País com a maior geração de empregos, e outros três municípios – Maringá, Londrina e Cascavel – figura entre os 50 melhores do Brasil.
Agência Estadual de Notícias
Porto de Antonina investe R$ 45 milhões em seis novos silos para cevada, malte e trigo
O porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Litoral do Paraná, deverá inaugurar no segundo semestre deste ano seis novos silos verticais para o recebimento de cevada, malte e trigo. Cada silo terá capacidade estática para 6.700 toneladas, totalizando 40 mil toneladas
Ao todo, estão sendo investidos R$ 45 milhões na construção. As obras integram o projeto de ampliação do Porto e que também prevê a construção de um novo armazém para fertilizantes -- em área de 17 mil metros quadrados -- com capacidade para 120 mil toneladas. Atualmente, o Ponta do Félix conta com 65 mil metros quadrados de infraestrutura de armazenagem, com capacidade estática estimada em 270 mil toneladas - chegando a 2 milhões de toneladas de movimentação por ano. Para ampliar o recebimento de cargas, obras de expansão estão em andamento e, após todas as fases concluídas, a estimativa de capacidade estática sobe para 430 mil toneladas. Os novos silos atenderão preferencialmente dois clientes que já fecharam contrato de fornecimento de longo prazo, para os próximos dez anos. São as cervejarias Petrópolis, do Rio de Janeiro, fabricante de várias marcas de cerveja, entre elas Petra e Itaipava; e a uruguaia Barley, fornecedora de malte. Segundo informações do porto, outras cervejarias e maltarias também poderão ser atendidas, sempre respeitando a preferência destes dois clientes que já têm contratos firmados. O Porto Ponta do Félix, superou a expectativa de crescimento na movimentação de cargas, em 2021, com aumento de 70%. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento na movimentação de cargas. O porto Ponta do Felix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina - fundada em 1995. A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço. Em 2009, o Grupo FTS assumiu a gestão do TPPF e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e granel. Em 2019, o Porto de Antonina registrou o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros.
Porto de Antonina
Gás natural fica mais caro em maio; aumento pode chegar a 30% no Paraná
O gás natural, principal fonte de energia de várias indústrias do Paraná, vai ficar mais caro a partir de maio. O reajuste deve ser de, no mínimo, 14%, mas pode chegar a até 30%. Parte do aumento deve vir do repasse da Petrobras à Compagas pela variação do preço da molécula. Esse repasse acontece a cada três meses e impactaria em 14% no preço final do insumo
Mas, neste mês de maio pode acontecer também o ajuste na chamada conta gráfica, que recupera a defasagem acumulada referente à variação cambial e ao preço do barril de petróleo. “Se este ajuste também for computado agora, fala-se na possibilidade de um aumento de até 30%”, diz Fábio Germano, Presidente do Sindilouças, sindicato que reúne as indústrias de louça e porcelana do Paraná, um grande consumidor do gás natural. O Sindilouça e outros sindicatos industriais de setores como papel e celulose, embalagens e cerâmica, estão preocupados com a possibilidade de um aumento tão significativo. Eles se reúnem na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba, na terça-feira (3), para debater o tema e definir uma estratégia para tentar barrar a alta no preço. Também na terça-feira, o tema estará em pauta na sessão da Agência Reguladora (Agepar), que é quem aprova o aumento. De acordo com estudos da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), se o ajuste na conta gráfica acontecer também agora, o aumento no Paraná pode chegar, de fato, a 30%. “O débito gerado na conta gráfica acontece porque o preço do gás na tarifa foi menor que o preço de compra”, explica o diretor da Abrace, Adrianno Lorenzon. Segundo a Abrace, alguns estados brasileiros recorreram à Justiça para fazer valer o menor valor e tiveram liminar favorável. Foi o caso de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Espírito Santo. “O Paraná não recorreu”, informa o diretor da associação. O Gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, João Arthur Mohr, explica que a intenção é evitar esse ajuste na conta gráfica nesse momento. “Essa defasagem é devido à variação cambial e ao preço do barril do petróleo e isso pode se normalizar de acordo com o mercado, não sendo necessário o repasse”, observa Mohr. Segundo informações da Fiep, atualmente, o preço final do metro cúbico do gás natural (com impostos) para uma indústria que consome 10 mil metros cúbicos por dia (que é o volume médio consumido pelo setor industrial paranaense) é de R$ 4,98. É 19% mais caro comparado a São Paulo, 26% mais caro que o Rio Grande do Sul e 30% mais caro que Santa Catarina.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em leve alta de 0,07%, a R$4,9435
O dólar fechou em ligeira alta na sexta-feira, ao fim de mais uma sessão volátil que encerrou uma semana de forte instabilidade, a qual por sua vez concluiu um mês iniciado com otimismo e que termina com temor sobre a economia global e incertezas político-fiscais no Brasil
O dólar à vista registrou oscilação positiva de 0,07% nesta sexta, a 4,9435 reais. Ao longo do pregão, variou de alta de 0,41% (para 4,9607 reais) a queda de 1,64% (a 4,8592 reais). Na semana, o dólar valorizou-se 2,85%, maior alta no período desde outubro do ano passado. Em abril, a cotação saltou 3,79%, maior ganho mensal desde setembro de 2021 (+5,36%) e maior apreciação para o mês desde 2020 (+4,69%). Assim, o dólar reduziu as perdas no ano para 11,30%.
REUTERS
Ibovespa cai na sessão e tem pior mês desde março de 2020
O principal índice da bolsa brasileira recuou na sexta-feira, após reverter ganhos no meio da tarde diante de tombo das ações em Wall Street, e fechou o pior mês desde o período inicial da pandemia no país
Siderúrgicas e empresas ligadas ao consumo interno, como o Magazine Luiza e a Locaweb, cederam, enquanto Petrobras e outras petrolíferas subiram. Operadoras de shoppings centers também tiveram dia positivo em meio ao noticiário carregado do setor. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 1,38%, a 108.405,51 pontos, depois de duas altas consecutivas. O volume financeiro foi de 25,9 bilhões de reais. Ainda segundo dados preliminares, o índice recuou 2,4% na semana, quarta baixa semanal seguida, e encerrou o mês em baixa de 9,7%, depois de série de quatro meses de alta. A desvalorização de abril representa o maior recuo em um mês desde março de 2020, quando o índice perdeu 29,9%.
REUTERS
Brasil tem rombo de US$2,4 bi em transações correntes em fevereiro
O Brasil teve um déficit em transações correntes de 2,414 bilhões de dólares em fevereiro, impulsionado por um aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior, mostraram dados do Banco Central na sexta-feira
O saldo do mês veio pior que o rombo de 1,8 bilhão de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters. Com o resultado, o déficit em 12 meses ficou em 1,59% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,71% em janeiro. O dado do mês foi puxado para baixo principalmente pelo déficit na conta de renda primária, de 4,410 bilhões de dólares, ante rombo de 2,487 em fevereiro de 2021. Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 2,933 bilhões de dólares, ante 1,043 bilhão de dólares em mês equivalente do ano passado. A despesa líquida com juros, por sua vez, somou 1,5 bilhão de dólares no mês, estável na comparação anual. De acordo com Rocha, o volume de envio de lucros ao exterior reflete o desempenho da atividade econômica e uma ampliação da presença de empresas estrangeiras atuando no Brasil. Os investimentos diretos no país alcançaram 11,843 bilhões de dólares no mês, acima da expectativa no mercado de 10,160 bilhões de dólares. Em fevereiro de 2021, essa conta havia sido de 8,837 bilhões de dólares. "É um fluxo forte de investimento direto no país", disse o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. Segundo ele, o IDP observado em fevereiro foi o maior para o mês em toda a série histórica do BC, iniciada em 1995. O relatório da autarquia faz um recorte por magnitude desses investimentos. No mês, houve um total de 4,5 bilhões de dólares em transações de IDP com valores acima de 1 bilhão de dólares. Em fevereiro, o superávit da balança comercial foi de 3,508 bilhões de dólares, superior ao déficit de 357 milhões de dólares do mesmo mês do ano passado. O movimento foi impulsionado por um crescimento mais forte das exportações, de 43,6%, sob efeito da elevação de preços de commodities, enquanto as importações tiveram alta de 19,8%. Já o rombo na conta de serviços ficou em 1,777 bilhão de dólares, contra 1,416 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado. Os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a 445 milhões de dólares, de 28 milhões de dólares um ano antes, quando o mundo enfrentava restrições mais intensas por conta da pandemia de Covid-19. No mês passado, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram 1,8 bilhão de dólares em entradas líquidas. Apesar da elevação dos juros no país, o que torna mais atrativo o investimento em renda fixa, houve saída de 3,0 bilhões de dólares em títulos de dívida. Por outro lado, foi registrado ingresso de 4,8 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento.
REUTERS
IPPA/CEPEA: Com quedas para grãos, pecuária e HF e forte alta para café, IPPA se estabiliza no 1º tri de 2022
No primeiro trimestre de 2022 o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) avançou ligeiro 0,3%, em termos reais, frente ao mesmo período do ano anterior
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, esse cenário esteve atrelado ao equilíbrio gerado por quedas reais nos preços dos Índices de grãos, pecuária e hortifrúti e pela significativa valorização registrada para o café, que impulsionou o Índice formado por este produto e pela cana. No caso do IPPA-Grãos/Cepea, a baixa real foi de 2% na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, movimento que esteve atrelado às desvalorizações registradas para o milho (-2,8%), soja (-4,5%) e, sobretudo, do arroz (-40,4%). Quanto ao IPPA-Pecuária/Cepea, as quedas reais nos preços da arroba bovina (-3%), do frango (-1,7%), do suíno (-35%), do leite (-7,7%) e dos ovos (-5%) influenciaram a baixa de 9,4% do Índice no primeiro trimestre de 2022. O IPPA-Hortifrutícolas/Cepea recuou 2,5% entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2021, influenciado pelas desvalorizações observadas para a batata (-53,6%), a banana (-5,8%) e a laranja (-0,9%). Já o IPPA-Cana e Café/Cepea, por sua vez, avançou expressivos 44,4%, impulsionado sobretudo pela intensa valorização do café (76,7%) e pela alta da cana (de 33,7%). Pesquisadores do Cepea ressaltam que essa manutenção do IPPA/Cepea no primeiro trimestre de 2022 se trata de uma estabilidade em termos reais – os preços agropecuários apresentaram elevações nominais importantes, mas isso também foi verificado para o IPA-OG-DI produtos industriais, que avançou 17,62% na comparação entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022. Logo, os preços dos produtos agropecuários se mantêm em patamares elevados, e isso é reflexo das sucessivas altas verificadas especialmente a partir de meados de 2020. De modo geral, esse comportamento está atrelado à desvalorização cambial e ao ajustamento entre demanda e oferta globais de produtos agroalimentares, com a oferta limitada pelo clima desfavorável. No período mais recente, o panorama geral foi agravado ainda pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e a Ucrânia. Para os próximos meses, pesquisadores do Cepea indicam que ainda há grande indefinição, mas as condições de oferta e demanda e o cenário macroeconômico, em geral, apontam para a manutenção de patamares elevados dos preços.
CEPEA
Desemprego se desliga mais dos efeitos da PANDEMIA, mas tem cenário econômico desafiador
Especialistas destacam taxa de participação da força de trabalho, ainda relativamente baixa. Mao de obra "desperdiçada" no país fica em 26,8 milhões de pessoas, diz IBGE
Os últimos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua reforçam a leitura de que o mercado de trabalho brasileiro pode estar mais apertado do que parece, sugere o J.P. Morgan. Em relatório a clientes, o banco ressalta ainda o fato de que as taxas de demissão estarem subindo, ainda que a taxa de participação esteja estável desde o fim do ano passado. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país atingiu 11,1% no primeiro trimestre de 2022. O dado representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior (11,1%) e ficou abaixo do trimestre móvel encerrado em fevereiro (11,2%). Nas contas dos economistas do J.P., a taxa de desocupação com ajuste sazonal caiu a 10,9% em março, o menor nível desde o início de 2016. “O recuo foi resultado tanto de uma forte geração de emprego - que cresceu 0,7% na passagem do mês, com ajuste, no ritmo mais intenso desde setembro, e de alguma estabilização na taxa de participação”, afirmam. O relatório ressalta ainda que, fora do setor industrial, a renda média nominal segue crescendo, mas renda real segue prejudicada pela inflação em alta. “Estimamos que os salários estão crescendo a uma taxa de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado na construção civil e 10,2% no setor de serviços”, dizem os economistas do J.P. O desemprego no país também ficou abaixo da mediana das expectativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma taxa de 11,4%. O intervalo das projeções ia de 11,3% a 11,7%. A estabilidade da taxa de desemprego no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores surpreendeu, mas pode ser explicada pela manutenção do ímpeto da geração de vagas que era vista no fim do ano passado, bem como uma taxa de participação ainda relativamente baixa, diz o economista da Guide, Victor Beyruti. “Houve ainda queda da informalidade e da subocupação. Tudo isso contribui para uma melhora do rendimento nominal e do salário médio”, diz o analista. A renda média real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 2.548 no primeiro trimestre, um aumento de 1,5% frente ao quarto trimestre (R$ 38 a mais). Este é a primeira alta frente ao trimestre anterior desde setembro de 2020, segundo a Pnad Contínua. Apesar dos dados positivos, a Guide entende que a taxa de ocupação da economia deve permanecer baixa, à medida em que a taxa de participação se recupera apenas lentamente. “Com a normalização da pandemia, também devemos ver alguma diminuição desse ímpeto, levando em conta ainda a piora esperada da economia e o aperto monetário promovido pelo Banco Central. Já o rendimento real dos trabalhadores pode ver alguma melhora, já que a inflação deve desacelerar”, diz Beyruti. A Guide espera uma taxa de desemprego de 11,4% no fim do ano, com população ocupada de 95,5 milhões.
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