Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 105|11 de abril de 2022
SINDICARNE-PR
SINDICARNE-PR aplaude operação da Policia Federal que desmantelou quadrilha que contrabandeava gado da Argentina
O Sindicarne-PR declarou apoio e elogiou a importância do trabalho integrado entre a Polícia Federal e as agências do Paraná (Adapar) e de Santa Catarina, na realização da operação “Boi Viajando” com a finalidade de conter o contrabando de gado vindo da Argentina
A operação da PF foi deflagrada na quinta-feira (7) pela manhã com cerca de 50 policiais federais cumprindo 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina e em Barracão, Bom Jesus do Sul e Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná, através de medidas judiciais expedidas pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu (PR). Foi identificado que, por meio de propriedades na divisa entre os dois países, cinco criadores de gado tenham introduzidos ilegalmente no mercado brasileiro cerca de 5,7 mil bovinos, avaliados em R$ 14,2 milhões. Os crimes investigados são de contrabando, associação criminosa, falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva, com penas máximas que somam 18 anos de reclusão. “Desde que o Paraná foi reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação, em agosto de 2021, foi criado um grupo de trabalho permanente de troca de informações sobre trânsito de animais entre várias instituições. Como contrabando é crime federal, só pode envolver a PF e a Receita Federal na ação, como ocorreu nesta operação. O grupo envolve a Adapar, a Secretaria de Segurança e a Secretaria de Finanças e, por isso, operações como esta serão cada vez mais rotineiras no Paraná”, destaca Allan Gabriel Campos Pimentel, Gerente de Trânsito Agropecuário da Adapar. Atualmente, o status sanitário da Argentina é de área livre de aftosa com vacinação, portanto inferior ao paranaense, de área livre de aftosa sem vacinação. Assim sendo, o gado argentino não pode ingressar no território paranaense, sob o risco de se perder o trabalho sério de muitos anos de esforços coordenados dos órgãos governamentais, produtores pecuários e indústrias da carne para erradicar a doença e finalmente conquistar o tão almejado status que garantirá à cadeia da carne do Paraná maior acesso e melhores preços no mercado internacional de proteínas animais. O Gerente da Adapar destacou também o trabalho do Sindicarne-PR junto aos seus associados, com o incentivo à implantação das melhores ferramentas de rastreabilidade nos matadouros frigoríficos, para que nas operações de aquisição de boiadas, se comprem apenas animais de origem comprovada. “Atualmente, os frigoríficos estão muito melhor equipados para detectar a origem dos animais graças as ferramentas ESG”, disse ele. Para o Presidente do Sindicarne-PR, Ângelo Setim Neto, “não é de hoje que solicitamos seja reforçado o monitoramento das regiões fronteiriças do estado contra a entrada ilegal de animais, requisito essencial para que o Paraná tenha sucesso em manter o nosso status sanitário, além de evitar a evasão fiscal e a concorrência desleal. Ações como a deflagrada pela PF e Adapar contarão sempre com o apoio incondicional da indústria da carne paranaense.”
CARNETEC/NOTÍCIAS AGRÍCOLAS
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Pressão de baixa na cotação da arroba continua
Na sexta-feira, entre as praças pecuárias cobertas pela IHS Markit, a baixa liquidez de negócios deu continuidade a pressão baixista sob os preços da arroba no mercado físico do boi gordo
A manutenção do movimento de baixa que avança neste mês de abril ainda deve repercutir nos próximos dias”, prevê a IHS, que compartilha de igual opinião manifestada pelos analistas da Scot Consultoria. Na região Norte e Nordeste do País, a chuva ainda castiga parte da infraestrutura logística em áreas situadas no Maranhão e no Pará, prejudicando os embarques e atrasando parte das programações das unidades de abate, informa a IHS. Nas praças de São Paulo, a IHS Markit registrou recuo nos preços da arroba do boi gordo. Segundo a IHS, o macho terminado sofreu baixa de R$ 5/@ na sexta-feira, em São Paulo, alcançando R$ 335/@. “Essa queda segue fundamentada pela maior cautela das indústrias paulistas em adquirir novos volumes de boiada gorda dentro do Estado, sobretudo os frigoríficos operam no mercado exterior”, relata a IHS. No mercado atacadista da carne bovina, caso haja uma reação na demanda no curtíssimo prazo (estimulada pelo pagamento dos salários), esse movimento será tímido, sem grandes mudanças, avalia a IHS. Um dos fatores que prejudicam a retomada do consumo doméstico de carne vermelha é a pressão inflacionária, que registrou o maior avanço para o mês de março desde o início do Plano Real, observa a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 335/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 301/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 295/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca R$ 280/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 2765/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).
PORTAL DBO
Exportação total de carne bovina em março ultrapassa 200 mil toneladas
As exportações totais de carne bovina no mês de março (somados os produtos in natura e processados) voltaram a superar 200 mil toneladas e são recorde para o mês, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base nos dados compilados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/DECEX), do Ministério da Economia. A receita também foi recorde para o mês, superando a US$ 1 bilhão
Em março, segundo a entidade, o país movimentou 203.494 toneladas obtendo uma receita de US$ 1,124 bilhão. Isso significou um aumento de 28% no volume em relação a março de 2021, com suas 159.422 toneladas, e de 57% na receita, com US$ 713,7 milhões em março do ano passado. Além do crescimento das exportações, os preços médios do produto subiram de US$ 4.415 no ano passado para US$ 5.319, computando-se os primeiros três meses do ano, segundo a Abrafrigo. No primeiro trimestre de 2022, as exportações de carne bovina já acumulam movimentação de 545.751 toneladas, quantidade 33% superior à registrada no primeiro trimestre de 2021, com 411.025 toneladas. A receita, no período, saltou de US$ 1,815 bilhão para US$ 2,903 bilhões, numa elevação de 60%. A China continua liderando as importações, com um total de 188.236 toneladas nos primeiros três meses do ano (+ 30,6% em relação a 2021). Na segunda posição vem os Estados Unidos, com 69.799 toneladas (+ 395%). O Egito está em terceiro lugar com o acumulado de 47.706 toneladas (+ 262%), enquanto que Hong Kong reduziu suas compras para 29.566 toneladas (-49%), ficando na quarta posição. No quinto lugar está o Chile, com 18.679 toneladas (+ 2,6%); em sexto Israel, com 14.663 toneladas (+ 44,4%); em sétimo os Emirados Árabes, com 13.011 toneladas. Na oitava posição vem as Filipinas, com 12.845 toneladas (-11,6%) e na nona posição está a Rússia, com 10.666 toneledas (+ 105%), no trimestre. No total, 96 países ampliaram suas importações no primeiro trimestre do ano, enquanto que 41 reduziram suas compras. Quando somadas às vendas para a cidade estado de Hong Kong, as exportações de carne bovina para a China totalizaram 275,3 mil toneladas e US$ 1,658 bilhão, refletindo uma participação de 50,45% e 57,11%, respectivamente, em relação às exportações totais do primeiro trimestre do ano. As exportações de março ficaram abaixo apenas da movimentação registrada em setembro de 2021 (218.529 toneladas e receita de US$ 1,198 bilhão) e de agosto de 2021 (211.833 toneladas e receita de US$ 1,175 bilhão.
ABRAFRIGO
SUÍNOS
Suínos: cotações estáveis na sexta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 93,00/R$ 105,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 7,70 o quilo/R$ 8,10 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (7), houve aumento somente em Minas Gerais, na ordem de 0,95%, chegando em R$ 5,32/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná, custando R$ 4,55/kg, R$ 4,73/kg no Rio Grande do Sul, R$ 4,57/kg em Santa Catarina e R$ 5,37/kg em São Paulo.
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína do Brasil caem 16% em março com recuo em compras da China
As exportações de carne suína do Brasil recuaram 16,3% em março, no comparativo anual, para 91,4 mil toneladas, na esteira de um menor apetite de compras da China, mostraram dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na sexta-feira
O resultado, que considera todos os produtos entre in natura e processados, também se compara a uma base elevada, visto que as 109,2 mil toneladas embarcadas em março de 2021 representaram o segundo melhor desempenho mensal da história. Com isso, a receita de vendas externas da proteína no mês passado caiu 27,3%, para 190,3 milhões de dólares. A China seguiu como principal importadora, mas adquiriu somente 34,1 mil toneladas de carne suína em março, volume 41,8% menor que o importado um ano antes. Hong Kong, segundo maior destino da proteína brasileira, diminuiu as compras em 44,2%, para 9,7 mil toneladas. Apesar das quebras, o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, afirmou em nota que a perspectiva é de recuperação da demanda chinesa. “A China deverá continuar comprando carne suína brasileira nos próximos meses. A esperada melhora da situação da Covid lá e o respectivo relaxamento das restrições ao trânsito de pessoas seguramente aumentarão a demanda pela carne suína importada de maneira geral”, disse ele. “A difícil situação de mão de obra em países concorrentes do Brasil também deverá possibilitar que o setor aumente seus volumes no curto e médio prazo”, acrescentou. Na ponta positiva, Filipinas foi destaque com 6,8 mil toneladas (+255,2%), seguida por Singapura, com 5,2 mil toneladas (+36,4%) e Argentina, com 5 mil toneladas (+71,5%). Neste cenário, os embarques de carne suína do Brasil chegaram a 237,5 mil toneladas no primeiro trimestre, número 6,3% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Em receita, o saldo do trimestre foi de 498,5 milhões de dólares, queda de 16,1%.
Reuters
Preço médio do suíno independente sobe 14 centavos no Rio Grande do Sul
A Pesquisa Semanal do Preço do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou aumento no preço médio do suíno independente
Na sexta-feira (8), a cotação registrada foi de R$ 5,62, um aumento de 14 centavos se comparado a última semana, quando o preço foi R$ 5,48. O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 90,33. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.646,97 e da casquinha de soja é de R$ 1.137,50, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). Agroindústrias e cooperativas – O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,02. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,10 (base suíno gordo) e R$ 5,20 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 09/02; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,10, vigente desde 09/02; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,20 (leitão), vigentes desde 10/02, respectivamente; BRF R$ 5,30, vigente desde 09/02; Estrela Alimentos R$ 4,10 (base creche e terminação), vigente desde 08/02, e R$ 5,15 (leitão), vigente desde 09/02; JBS R$ 5,30, vigente desde 18/01; e Pamplona R$ 5,10 (base terminação) e R$ 5,20 (base suíno leitão), vigentes desde 09/02.
Acsurs
FRANGOS
Frango: sexta-feira com leves altas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,70/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg; já no Paraná houve aumento de 0,35%, valendo R$5,73/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (7), a ave congelada teve ganho de 0,65%, alcançando R$ 7,70/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,49%, fechando em R$ 8,15/kg
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Demanda externa cresce; preços sobem no Brasil
A maior demanda internacional pela carne de frango motivou altas nos preços domésticos da proteína, segundo informações do Cepea
Com menor disponibilidade interna de muitos produtos, como peito e filé, vendedores seguem elevando as cotações, buscando garantir a margem frente ao custo de produção ainda alto. Além das exportações, o período de início de mês, com o recebimento do salário por parte da população, também favoreceu as altas nos preços. De acordo com dados da Secex, 385 mil toneladas de carne de frango foram exportadas em março, quantidade 13,3% acima da observada em fevereiro e ainda 4,8% maior que a exportada em março/21.
Cepea
INTERNACIONAL
China comprará mais carne suína para reservas estatais à medida que os preços caem
O planejador estatal da China disse na sexta-feira que comprará outras 40.000 toneladas de carne suína congelada para reservas estatais em sua quarta rodada de estocagem este ano para sustentar os preços
Os preços da carne suína no maior produtor e consumidor do mundo oscilaram em níveis baixos nos últimos meses, depois que a produção aumentou, enquanto as medidas para combater os surtos de COVID prejudicaram a demanda. Pequim já comprou 118.000 toneladas de carne suína em três rodadas anteriores de estocagem, uma pequena parte da produção do país. A China produziu quase 53 milhões de toneladas de carne suína no ano passado, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. Os suinocultores têm sofrido perdas significativas em suas vendas de suínos desde o início de janeiro, e os atuais bloqueios em todo o país destinados a conter os surtos de COVID estão prejudicando ainda mais a demanda. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse que a compra ocorrerá em um futuro próximo. Ele acrescentou que os preços dos suínos vivos estão baixos há muito tempo e há poucas chances de um declínio ainda mais acentuado.
REUTERS
EMPRESAS
Faturamento da Frísia cresceu 40% em 2021 e alcançou R$ 5,2 bi Apesar da alta de custos, segmento de leite teve avanço de 2,87% na cooperativa em 2021 s A Cooperativa Frísia, com sede em Carambeí (PR), informou que seu faturamento cresceu 40,1% no ano passado e alcançou o recorde de R$ 5,2 bilhões em 2021
Segunda cooperativa de produção mais antiga do país, fundada em 1925, a Frísia tem 971 cooperados no Paraná e em Tocantins que produziram 290,6 milhões de litros de leite, 895 mil toneladas de grãos, 89 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína no ano passado. O presidente da cooperativa, Renato Greidanus, disse que o resultado gera capitalização e crescimento do patrimônio líquido da cooperativa. Milho garante colheita recorde de grãos · Renato Greidanus, presidente da Frísia — Foto: Claudio Belli/Valor O avanço também foi marcado por maior rentabilidade na agroindustrialização, frente em que a Frísia atua em sistema de intercooperação com a marca Unium. Apesar da alta no custo de produção, o segmento de leite teve crescimento de 2,87% na cooperativa em 2021. No setor agrícola, a soja foi o carro-chefe dos cooperados da Frísia, acompanhada de milho, feijão, cevada, aveia e trigo. Já no ramo florestal houve crescimento tanto para absorver a produção para consumo interno da madeira e seus derivados quanto para comercialização do excedente dos cooperados para terceiros. O volume saltou de 75 mil toneladas, em 2020, para 89 mil no ano passado. A produção de suínos teve uma queda na margem líquida de quase um terço por cabeça devido à normalização do mercado chinês, que superou a peste suína africana ocorrida em 2020 e a alta no preço das commodities no segundo semestre do ano passado.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
FAEP apoia operação que coíbe contrabando de gado da Argentina
A FAEP manifesta apoio à operação “Operação Boi Viajante”, da Polícia Federal com contribuição da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que revelou o contrabando de bovinos da Argentina entrando pela região Sudoeste do Estado
A investigação aponta que cinco produtores teriam introduzido ilegalmente no Brasil cerca de 5,7 mil bovinos, com valor comercial superior a R$ 14 milhões. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Foz do Iguaçu, Barracão, Bom Jesus do Sul e Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná; e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. “A FAEP apoia firmemente as ações de fiscalização e controle da movimentação de animais, não somente entre países, mas também entre Estados. Trabalhamos intensamente nas últimas cinco décadas para obter o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal [OIE], que obtivemos no ano passado. Faz parte da manutenção desse status termos operações constante em uma vigilância ativa para mostrarmos que no Paraná levamos o assunto sanidade a sério”, aponta o Presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette. Segundo o gerente de Trânsito Agropecuário da Adapar, Allan Gabriel Campos Pimentel, para que o Paraná siga como área livre de febre aftosa sem vacinação é preciso que não entrem animais de outros Estados ou países com status diferentes (caso da Argentina e do Paraguai, por exemplo). “Se animais vacinados entrarem numa área sem vacinação, como é o nosso caso, isso tem potencial para impactar na manutenção do status. É preciso ser coibido”, salienta. As operações têm sido constantes, de acordo com Pimentel, envolvendo inclusive o Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa), Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP), Policia Militar (por meio da Patrulha Rural e BPFron) e Policia Civil. “Sempre que ocorre a identificação de animais vindos de outros Estados ou países que vacinam seus rebanhos, ocorre imediatamente o abate sanitário. Não se utiliza nada do animal. A carcaça é totalmente destruída. Ampliamos a questão da vigilância ativa na região, fiscalização nas propriedades no sentido de coibir qualquer movimentação irregular”, revela. O gerente de trânsito animal orienta ainda os produtores para que se atentem às normas sanitárias que preveem que o produtor só pode comprar animais para criação de Estados com mesmo status sanitário (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre). Outra questão é que o produtor tem que manter atualizado seu cadastro junto a Adapar e fazer a movimentação de animais sempre com GTA. “O caso que ocorreu agora de produtores burlando as regras foi uma exceção, nós sempre trabalhamos em parceria com o produtor de modo a garantir o status sanitário”, orienta Pimentel.
FAEP
Indústria paranaense cresceu 1,3% em fevereiro, aponta IBGE
No mesmo período, outros dez locais pesquisados pelo instituto apresentaram variação positiva. A média nacional ficou em 0,7%.
A indústria paranaense cresceu 1,3% em fevereiro deste ano. O comparativo é com janeiro deste ano. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na sexta-feira (8). No mesmo período, outros dez locais pesquisados pelo instituto apresentaram variação positiva. A média nacional ficou em 0,7%. Com esse índice, o Paraná alcançou crescimento acumulado de 7,5% nos últimos doze meses. É um comparativo de março de 2021 a fevereiro de 2022 em relação a março de 2020 e fevereiro de 2021, intervalo entre a chegada e os primeiros picos da pandemia. Esse é o terceiro maior aumento do País, atrás apenas de Amazonas (8,9%) e Minas Gerais (8%). A média nacional nesse recorte é de 2,8%. Setorialmente, os principais impactos positivos nesses doze meses foram produtos de madeira (20,5%), máquinas e equipamentos (44,8%), automóveis, reboques e carrocerias (28,6%) e produtos de minerais não-metálicos (8,9%). No mês, os principais motores foram fabricação de bebidas, veículos automotores e máquinas e equipamentos. Na comparação com fevereiro de 2021, a indústria paranaense apresentou recuo de 0,9%, dentro da tendência nacional, que registrou redução de 4,3%. Oito dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas. No acumulado do ano, o resultado estadual aponta recuo de 2,7%, ante queda de 5,8% na junção de todas as unidades federativas. A indústria paranaense cresceu 9% em 2021, em franca retomada do período da crise provocada pela pandemia, com um dos maiores indicadores do Brasil. Atualmente a produção mantém certa estabilidade, impactada pelas instabilidades nos insumos e inflação (11,3% nos últimos doze meses), com impacto direto sobre os custos das empresas. A produção industrial nacional registrou alta em 11 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal em fevereiro, após recuo de janeiro, ocasionado por férias coletivas, muito comuns para esse período do ano. O setor ainda permanece 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia. Também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Entre as atividades, as influências positivas em fevereiro vieram das indústrias extrativas e de produtos alimentícios.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Paranaguá vê queda na exportação de granéis no 2º tri com menor oferta de soja
Os terminais que operam no Porto de Paranaguá (PR) esperam carregar 6,57 milhões de toneladas de granéis sólidos agrícolas no segundo trimestre, queda de 1 milhão de toneladas ante o mesmo período do ano passado, principalmente pela menor oferta de soja após a quebra de safra no país
De soja em grão, as empresas que atuam em Paranaguá pretendem embarcar pouco mais de 2,98 milhão de toneladas. De farelo de soja, espera-se cerca de 1,5 milhão de toneladas no segundo trimestre. “A quebra na produção, devido às condições climáticas adversas na lavoura durante o desenvolvimento da soja, fez com que os terminais reduzissem a expectativa de movimentação do produto”, disse o Diretor-Presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, em nota. A previsão do porto é embarcar 2,19 milhões de toneladas por mês em média, de soja, farelos, açúcar e milho, segundo comunicado. Os volumes de milho e açúcar aguardados para os próximos três meses devem evitar um recuo maior nos embarques de granéis. Enquanto de abril a junho de 2021 não houve milho exportado pelo porto paranaense, neste ano os operadores devem embarcar 980 mil toneladas do produto, afirmou o porto.
“A expectativa para o período é de alta, também para os volumes embarcados de açúcar a granel”, afirmou Garcia. De acordo com ele, a alta esperada no açúcar é de quase 8%. No segundo trimestre de 2021, o porto exportou pouco mais de 1 milhão de toneladas do produto. A exportação de granéis sólidos pelo Porto de Paranaguá no primeiro trimestre teve acréscimo de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março, a exportação somou 5,7 milhões de toneladas de soja, farelo, açúcar e milho. “A alta na movimentação neste primeiro trimestre foi puxada, principalmente, pela exportação de soja em grão e farelo”, explicou. No ano passado, o país começou a temporada com menores estoques de soja da safra anterior, diferentemente de 2022, quando os embarques puderam ser maiores inicialmente com o uso de produto colhido em 2021 e uma colheita mais antecipada.
Reuters
ECONOMIA/INDICADORES
IPCA sobe 1,62% em março, maior taxa para o mês desde o Plano Real
A inflação deu o maior salto em 28 anos para um mês de março, sob o impacto da alta dos combustíveis e com disseminação generalizada por vários grupos de produtos e serviços, e atingiu 11,30% em 12 meses, acima do esperado pelo mercado e mais de três vezes a meta do governo para o ano
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,62% em março, maior taxa para o mês desde março de 1994, antes da implantação do Plano Real, e maior alta para qualquer mês desde janeiro de 2003 (2,25%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. O maior peso para o índice voltou a ser combustíveis, que tiveram alta de 6,70% --após um recuo de 0,47% no mês anterior-- depois de novo reajuste de preços da Petrobras no mês passado em meio à alta do petróleo no mercado internacional por causa do choque de oferta gerado pela guerra na Ucrânia. A leitura em 12 meses, de 11,30%, contra 10,54% do mês anterior, foi a maior desde outubro de 2003 (13,98%) e bem acima da meta de inflação para o ano, de 3,5%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Os dados de março também vieram acima da expectativa de analistas, que previam alta de 1,30%, acumulando em 12 meses avanço de 10,98%. A prévia do IPCA já havia surpreendido o mercado, com a maior alta em sete anos. O dado fechado do mês traz agora novas pistas sobre a possibilidade de o Banco Central manter estratégia já sinalizada de encerrar seu ciclo de aperto monetário em maio, com uma alta de 1 ponto percentual da Selic, que chegaria assim a 12,75%. Na quinta-feira, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, afirmou que a calibragem da política monetária dependerá da extensão dos choques e ressaltou que a inflação está descolando muito da meta e se disseminando. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março, liderados por Transportes, com alta de 3,02%. O grupo Alimentação e bebidas teve a segunda maior alta do mês, de 2,42%. O único grupo que apresentou variação negativa nos preços foi Comunicação, com -0,05%. "A gasolina puxou o IPCA e alavancou o índice como um todo. A inflação também ficou mais disseminada, está mais espalhada, isso é algo que vem acontecendo este ano", disse o gerente da pesquisa do IPCA no IBGE, Pedro Kislanov, ressaltando o impacto do aumento dos fretes sobre os preços de uma forma geral, e sobre os alimentos em particular. O índice de difusão da inflação, que mede a disseminação da alta dos preços, atingiu 76,1% no mês, maior patamar desde fevereiro de 2016 (77,2%). "Este dado do IPCA mostra claramente uma deterioração das perspectivas de inflação, o que evidentemente está surpreendendo o BC para cima", disse o banco Citi em relatório.
Reuters
Dólar cai nesta 6ª, mas tem maior alta semanal desde janeiro por Fed
A moeda norte-americana acabou fechando em queda após três altas consecutivas, com operadores realizando lucros e repercutindo algum ajuste de baixa na divisa no mercado externo.
O IPCA de março, que veio bem mais alto que o esperado, fortaleceu apostas de que o Banco Central terá de deixar os juros em patamares mais altos por mais tempo. Isso manteria o carrego positivo de deixar reais em carteira e, assim, jogaria a favor de uma queda do dólar. O dólar à vista fechou em queda de 0,61%, a 4,7118 reais. O alívio veio após três pregões seguidos de ganhos, nos quais a cotação acumulou alta de 2,89%. Apesar da trégua nesta sexta, a moeda ainda encerrou a alta com valorização acumulada de 0,96% --primeiro aumento em seis semanas e o mais forte desde a semana finda em 7 de janeiro de 2022 (+1,05%). Em abril, o dólar reduziu a queda para 1,07%, amenizando a baixa no ano para ainda expressivos 15,46%. Os cenários para o dólar com a moeda nos atuais patamares parecem mais difusos. O Itaú Unibanco passou a ver dólar de 5,25 reais ao fim de 2022, contra prognóstico anterior de 5,50 reais --ou seja, o banco melhorou o cenário relativo para o câmbio, mas segue vendo taxa acima da atual. "Seguimos esperando alguma depreciação em relação aos níveis atuais em virtude das incertezas externas e domésticas", disse em relatório. Em carta mensal divulgada nesta semana, a gestora de recursos Persevera se disse "com visão bastante positiva para a moeda brasileira", detendo posições que variam taticamente entre 10% e 15% da carteira. A casa citou redução da percepção de crise fiscal, diferencial de juros que "finalmente" parece ter começado a atrair de forma mais relevante fluxos para arbitragem com taxa de juros ("carry trade") e os elevados preços de commodities, que podem resultar em um superávit comercial superior a 80 bilhões de dólares em 2022.
Reuters
Ibovespa cai após inflação acima do esperado e interrompe série de altas semanais
MARFRIG ON cresceu 3,8%, JBS ON mostrou acréscimo de 3,1% e MINERVA ON fechou 3,3% no positivo
A bolsa de valores de São Paulo caiu na sexta-feira, pondo fim a uma sequência de três semanas de ganhos, influenciado pela inflação acima do esperado em março, que fez os juros futuros dispararem e as ações de diversos setores cederem. O Ibovespa caiu 0,45%, a 118.322,26 pontos, acumulando queda de 2,7% na semana. O volume financeiro da sessão foi de 26,3 bilhões de reais. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,62% em março, maior taxa para o mês desde 1994, antes da implantação do Plano Real, informou o IBGE na sexta-feira. O resultado superou a expectativa de analistas, de alta de 1,30%. "O principal fator foi o IPCA acima do esperado, que fez com que a curva de juros abrisse", disse Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos. Ele observa que as ações mais voltadas à economia doméstica, como de varejo e construção, costumam ter desempenho inversamente proporcional aos contratos de juros futuros, o que explica a queda desses papéis na bolsa na sessão. O efeito da inflação nos juros dá-se por ajustes por parte dos investidores nas apostas de até onde a Selic deve ir. O Banco Central já sinalizou que pretende encerrar o ciclo de alta da taxa básica de juros em maio, com uma elevação de 1 ponto percentual, mas parte do mercado esperava que dados mais altos de inflação fizessem a autoridade mudar seu cenário, ampliando a duração do aperto monetário. O time do Credit Suisse escreveu em relatório nesta sexta-feira que o dado corrobora a expectativa de que o BC terá de continuar a subir os juros depois de maio. O banco estima a Selic em 14% -- atualmente está em 11,75% ao ano.
Reuters
Taxas de juros futuros disparam com IPCA acima do esperado colocando em xeque fim do ciclo de aperto monetário
As taxas de juros futuros na B3 dispararam na sexta-feira, sobretudo no chamado miolo da curva, após o IPCA bem mais salgado que o esperado colocar em dúvida um cenário de fim do ciclo de altas da Selic entendido pelo mercado financeiro a partir das últimas comunicações do Banco Central
Os vencimentos médios sentem mais a pressão uma vez que seriam os maiores beneficiários de uma parada da alta da Selic. Com o ciclo de alta chegando ao fim, a expectativa seria de queda em algum momento a partir de 2023, movimento que reduziria os prêmios no próximo ano e em 2024. A inflação deu o maior salto em 28 anos para um mês de março, sob o impacto da alta dos combustíveis e com disseminação generalizada por vários grupos de produtos e serviços, e atingiu 11,30% em 12 meses, acima do esperado pelo mercado e mais de três vezes a meta do governo para o ano. A taxa mensal de março foi de 1,62% --acima das expectativas de analistas, que previam alta de 1,30% no mês e de 10,98% em 12 meses. Por alguns cálculos, a surpresa com o IPCA --a diferença entre a taxa real e a taxa esperada-- foi das maiores em décadas. De acordo com a LCA, a inflação pelo IPCA nunca esteve tão espalhada, com a parcela de produtos e serviços que tiveram aumento de preços em março voltando a bater recorde a 76,1%. Na curva de DI, o mercado passou a colocar 18% de chance de aumento de 125 pontos-base na Selic em maio. Até a véspera, havia inclusive apostas num aumento de apenas 75 pontos-base. O cenário central, contudo, segue de elevação de 100 pontos-base no próximo mês. A dúvida mesmo é se o BC consegue finalizar o ciclo já em maio. A taxa de janeiro de 2024 --um indicativo dos rumos da Selic entre hoje e o fim de 2023-- chegou a superar 12,4% ao ano, cerca de 60 pontos-base acima das mínimas recentes. O movimento sugere expectativa de que os juros tenham de permanecer mais altos por mais tempo.
Reuters
Produção industrial em fevereiro cresce em 11 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE
A produção industrial registrou alta em 11 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) em fevereiro, quando o índice nacional apresentou avanço de 0,7%, após recuo de 2,2% em janeiro devido. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Os principais destaques em fevereiro foram Pará (23,9%) e Pernambuco (10,2%). Amazonas (7,8%), Minas Gerais (7,3%), Ceará (6,0%), Região Nordeste (5,1%), Bahia (3,4%), Goiás (1,4%), Paraná (1,3%), Santa Catarina (1,1%) e São Paulo (1,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos no mês. Já Mato Grosso, com queda de 4,4%, teve o recuo mais intenso. Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o Pará se destacou principalmente pelo desempenho positivo do setor extrativo. “Trata-se de um movimento compensatório em relação ao mês anterior, uma vez que em janeiro houve grande volume de chuvas impactando a produção e o escoamento do minério de ferro. Esse crescimento do Pará é o mais intenso desde abril de 2019, quando chegou a 54,8% de alta. O estado vem de dois meses de resultados negativos com uma perda acumulada de 17,6%, agora eliminada com o crescimento de fevereiro” explicou. A alta em Pernambuco deve-se ao setor de alimentos, em especial o açúcar, e ao setor de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas. O estado também vem de dois meses negativos com perda de 7,6%. No Amazonas, o aumento é devido aos setores de bebidas e informática. O crescimento de São Paulo se baseia no desempenho dos setores de veículos e o de outros equipamentos de transportes. “São Paulo responde por aproximados 34% do parque industrial nacional, mas está 2,3% aquém do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 24,2% abaixo do patamar mais alto, atingido em março de 2011”, disse o pesquisador. No campo negativo, na passagem de janeiro para fevereiro, Mato Grosso lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%. No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). “Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. No início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, afirmou o analista da PIM Regional.
Agência Brasil
Preços de alimentos batem recorde em março, diz agência da ONU
Os preços mundiais de alimentos saltaram quase 13% em março para um novo recorde, com a guerra na Ucrânia causando turbulência nos mercados de grãos básicos e de óleos comestíveis, disse a agência de alimentos da ONU na sexta-feira
O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 159,3 pontos no mês passado, contra 141,4 pontos em fevereiro, segundo dado revisado para cima. O número de fevereiro foi inicialmente reportado em 140,7, o que já era então um recorde. A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de trigo, milho, cevada e óleo de girassol pelo Mar Negro, e a invasão de Moscou ao seu vizinho, que já dura seis semanas, interrompeu as exportações ucranianas. A FAO disse no mês passado que os preços de alimentos e rações podem subir até 20% como resultado do conflito na Ucrânia, aumentando o risco de aumento da desnutrição. O índice de preços de cereais da agência subiu 17% em março para um nível recorde, enquanto o índice de óleo vegetal subiu 23%, também registrando sua maior leitura até agora, disse a FAO. A interrupção no fornecimento de colheitas da região do Mar Negro exacerbou os aumentos de preços de commodities alimentares, que já estavam em alta de 10 anos no índice da FAO antes da guerra na Ucrânia devido a problemas de colheita global. Os preços do açúcar e dos laticínios também subiram acentuadamente no mês passado, disse a FAO.
REUTERS
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