
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 100|04 de abril de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Arroba: frigoríficos aproveitam safra
Com escalas de abate mais alongadas, os frigoríficos abriram as compras ontem derrubando a cotação do boi, vaca e novilha gordos em R$2,00/@ no comparativo diário. Com isso, a referência para o boi gordo está em R$328,00/@, a da vaca gorda em R$290,00/@ e a da novilha gorda em R$326,00/@, preços brutos e a prazo
Os negócios para bovinos de até quatro dentes chegam até R$340,00/@. Minas Gerais - Sul Na região, a maior oferta de bovinos resultou na queda de R$3,00/@ para o boi e vaca gordos e R$2,00/@ para a novilha gorda no comparativo feito dia a dia. Assim, as cotações do boi, vaca e novilha gordos estão em R$302,00/@, R$284,00/@ e R$292,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Paraná - O mesmo cenário no estado, com destaque para a maior oferta de fêmeas, que contribuiu para que as escalas de abate andassem. Com isso, os frigoríficos abriram as compras ofertando R$2,00/@ a menos para todas as categorias. A cotação do boi gordo está em R$320,00/@, a da vaca gorda em R$287,00/@ e da novilha gorda em R$310,00/@.
Scot Consultoria
Boi gordo: tendência de queda na cotação da arroba é reforçada neste início de abril
Mercado testa patamares de preços mais baixos diante do volume de oferta de boiadas, que cresce devido aos riscos de queda na qualidade das pastagens
Na sexta-feira, 1º de abril, boa parte dos frigoríficos esteve fora das compras de boiadas gordas na maioria das praças pecuárias, informam as consultorias que acompanham diariamente o mercado. Porém, as indústrias que lançaram algumas ordens de compra de lotes terminados conseguiram reduzir os valores da arroba em algumas regiões do País. A IHS Markit observou recuo de preços do boi gordo na praça de Araguaína, TO, na sexta-feira, de R$ 295/@ para R$ 290/@. Nessa mesma região, o valor da vaca caiu de R$ 275/@ para R$ 270/@. Na região Centro-Sul, principalmente nas praças do Mato Grosso do Sul, Paraná e de São Paulo, cresceu a oferta de boiadas gorda neste final do período das águas, resultando em redução nos preços da arroba do boi gordo durante a semana. Outro fator que mantém o fraco volume de negócios é a preocupação com a manutenção do ritmo de exportações de carne bovina à China. O país asiático sofre nova onda de casos de infecção de Covid-19 e muitas regiões passam novamente por períodos de quarentena total, o que deve impactar no consumo e nas operações portuárias, observa a IHS Markit. No mercado atacadista da carne bovina, preços seguem estáveis após a redução nas cotações dos cortes observada nos últimos dias de março. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 340/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 285@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca R$ 290/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO- Araguaína: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista);
MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).
PORTAL DBO
Exportação de carne bovina in natura alcança 169,4 mil toneladas em março
Segundo a Secretária Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, os embarques de carne bovina in natura março foram de 169,4 mil toneladas
O volume significa um crescimento de 26,61% frente ao exportado no ano anterior, com 133,8 mil toneladas. Em relação a fevereiro deste ano, o volume movimentado teve um aumento de 6,47%. A média diária ficou em 7,7 mil toneladas, avanço de 32,3% frente à média exportada no mês de março do ano passado, com 5,8 mil toneladas. O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o preço médio pago pela China foi bem alto e isso acabou favorecendo os embarques. “O desempenho do primeiro trimestre das exportações de carne bovina foi impressionante tanto em volume quanto em faturamento. Porém, eu acredito que esse cenário deve dar uma esfriada em abril com o recuo do dólar e com a incerteza da demanda chinesa”, comentou. A receita ficou em US$ 999,4 milhões. Em março do ano passado ela foi de US$ 617,223 milhões. A média diária ficou em US$ 45,4 milhões, alta de 69,30%, frente ao observado no mês de março do ano passado, com US$ 26,83 milhões. Os preços médios foram de US$ 5.899 por tonelada, alta de 27,9% frente aos de março de 2021, com US$ 4.612 por tonelada.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Suínos: sexta-feira com baixa para o animal vivo em SC e SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,27%/1,22%, custando R$ 7,80 o quilo/R$ 8,10 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (31), houve recuo de 1,27% em Santa Catarina, chegando em R$ 4,67/kg, e de 0,55% em São Paulo, atingindo R$ 5,39/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, valendo R$ 5,47/kg, R$ 4,72/kg no Paraná e R$ 4,81/kg no Rio Grande do Sul.
Cepea/Esalq
Exportação de carne suína em março tem queda de volume e preço
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína em março (22 dias úteis) apresentaram baixo desempenho, com a China cada vez mais ausente do mercado
Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "o que mais preocupa é a queda do preço médio. O volume exportado tem caído, mas o preço preocupa mais", informa. Ele explica que este é um cenário que gera preocupação em um atual ambiente de muita dificuldade para a suinocultura brasileira, já que esta movimentação no mercado externo altera o comportamento do mercado interno. A receita de março, US$ 174, 3 milhões, representou 71,3% do valor de março de 2021, que foi de US$ 244,2 milhões. No volume, as 81.342 toneladas representaram 84% do total exportado em março do ano passado, com 96.795 toneladas. A receita na média foi de US$ 7.925 valor 25,4% menor do que março de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 13,2%. Em toneladas por média diária, 3.697 toneladas, houve redução de 12,1% no comparativo com o mesmo mês de 2021. No preço por tonelada, US$ 2.143, ele é 15,1% inferior ao praticado em março passado.
AGÊNCIA SAFRAS
Crise na suinocultura afeta também cooperativas e agroindústrias
Não dá para repassar alta do custo de produção para o mercado consumidor, diz diretor da Languiru
A crise da suinocultura brasileira que tem provocado protestos dos produtores independentes na região sul do país também afeta o faturamento das cooperativas e agroindústrias que são abastecidas pelos animais criados por seus produtores integrados. No modelo verticalizado, cooperativas e agroindústrias fornecem os leitões e assumem todo o custo de produção, que inclui a ração, medicamentos, assistência técnica e transporte. “A elevação do custo de produção afeta diretamente a cooperativa que, mesmo tendo abate próprio, não consegue repassar os custos para o mercado consumidor”, diz Décio Erri Leonhardt, Gerente de Suínos da Cooperativa Languiru, uma das maiores do Rio Grande do Sul, que possui 280 propriedades integradas e abate 1.700 suínos por dia. O Diretor diz que a cooperativa não compra suínos no mercado e só abate animais de seus produtores integrados, mas há muita oferta de suínos pelo crescimento da produção e dificuldade de escoamento. Cerca de 15% da produção da Languiru vai para o mercado externo. Na última quarta-feira, 30 de março, a cooperativa gaúcha anunciou em assembleia um faturamento recorde de R$ 2,27 bilhões no ano passado, mas, desta vez, não distribuiu sobras para os associados “devido às dificuldades impostas pela pandemia, estiagem e alto custo de produção”. Segundo o balanço apresentado, o custo com farelo de soja e milho subiu 44% no ano. O segmento de suínos representou 22,38% do faturamento, sendo ultrapassado apenas pela avicultura (28,68%).
Juliana Ferraz, analista do setor de suínos do Cepea, concorda que a crise da suinocultura afeta toda a cadeia, mas diz que o efeito é menor sobre cooperativas e indústrias porque, diferentemente do produtor independente, elas compram insumos em larga escala e ainda têm a vantagem de receber pelas exportações com câmbio valorizado, embora haja uma tendência de queda da moeda neste ano. O suinocultor integrado é menos afetado que o independente pela queda dos preços da carne porque recebe um valor fixo por animal que cria e devolve para o abate. O independente, além de bancar todos os custos, depende da variação de preços na hora de entregar o animal nos frigoríficos. Na região sul, a diferença atual entre o custo para produzir um quilo e o valor recebido na indústria, segundo as entidades de suinocultores, chega a R$ 3,30. “O produtor independente está operando com margens negativas há mais de um ano e não tem saída”, diz Juliana, do Cepea. “O produtor integrado sobrevive, mas não consegue investir”, resume Jacir José Dariva, Presidente da Associação Paranaense de Suínos. Cerca de 70% da produção anual de suínos, que atingiu 4,8 milhões de toneladas em 2021 (aumento de 8% em relação a 2020), fica no mercado interno. O consumo per capita subiu de 17,6 kg em 2020 para 18,7 kg no ano passado, segundo estimativas da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
GLOBO RURAL
FRANGOS
Frango: abril começa abril com leves altas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,45/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg; já no Paraná houve aumento de 0,53%, chegando em R$5,71/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (31) tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram aumento de 0,13%, custando, respectivamente, R$ 7,56/kg e R$ 7,85/kg.
Cepea/Esalq
Embarques de frango aumentam e fazem o melhor mês de março da história
Casos de gripe aviária na Europa, Ásia e Estados Unidos, além da pulverização do mercado externo, ajudaram a impulsionar as vendas
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia as exportações de carne de aves in natura até o final de março (22 dias úteis) tiveram o melhor resultado para um mês de março na história. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Brasil segue com ótimo ritmo de exportação, com volumes e receita superiores mês a mês. "Se somarmos estes números com a carne de frango industrializada, deve chegar a 400 mil toneladas, resultando no melhor mês de março da história para exportação de frango", afirma. A receita neste mês foi de US$ 701,4 milhões, 27,7% a mais que o montante obtido em março de 2021, com US$ 549 milhões. No volume embarcado, as 384.969 toneladas são 5,03% maiores do que o total exportado em março do ano passado, com 366.505 toneladas. Em relação a fevereiro, a receita ultrapassou em 19,1% o mês anterior. O volume é 13,3% maior que o de fevereiro deste ano. Por média diária, a receita foi de US$ 31.886,297 valor 33,6% maior do que março de 2021. Em relação à semana anterior, houve baixa de 10,8%. Em toneladas por média diária, foram 17.498 toneladas, alta de 9,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, queda de 12,3%. No preço pago por tonelada, US$ 1.822 ele é 21,6% superior ao praticado em março passado.
AGÊNCIA SAFRAS
CARNES
MPF aprova regras unificadas para auditoria do TAC da Carne
Documento, produzido pelo Imaflora, detalha as regras que terão que ser cumpridas
A 4ª Câmara de Coordenação e Revisão (Meio Ambiente e Patrimônio Cultural) do Ministério Público Federal (MPF) aprovou um protocolo unificado para orientar as auditorias dos compromissos ambientais dos frigoríficos na Amazônia. O documento, produzido pelo Imaflora, detalha as regras que as auditorias terão que cumprir para analisar fornecedores e compras de gado, que são as responsáveis por estabelecer quais compras realizadas pelas empresas estão em conformidade e quais não estão. Até então, os procedimentos de auditoria eram executados de formas distintas por cada companhia. Desde 2009, as principais companhias de carne são comprometidas com o TAC da Carne e outros termos estaduais e compromissos, que os obrigam a garantir que a compra de gado no bioma não está relacionada a desmatamento, invasão de terras indígenas e trabalho escravo. A perspectiva do MPF é que o novo protocolo de auditoria passe por ciclos anuais e seja implementado nos Estados da região amazônica no segundo semestre deste ano. Uma das regras presentes no TAC da Carne e no TAC-PA é a de que as empresas que atuam na Amazônia precisam identificar a origem do gado, ou seja, toda a cadeia de fornecedores indiretos dos animais. O novo protocolo também determina que as auditorias não devem aceitar evidências de compras de gado geradas com data posterior à aquisição efetiva do animal, ou sem referência temporal. Além das GTAs, também são essenciais para as auditorias a apresentação de listas de trabalho escravo, polígonos de desmatamento do Prodes e polígonos dos imóveis cadastrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Como o protocolo é novo, as compras de gado que tiverem ocorrido antes da implementação dos novos critérios de auditoria poderão ser registradas como operações conformes, desde que o parâmetro estabelecido esteja embasado em procedimentos documentados para atendimento aos compromissos que a empresa seja signatária. A justificativa é a de que a empresa poderia estar seguindo outros parâmetros de monitoramento e regras de bloqueio e desbloqueio, segundo o próprio documento do Imaflora. Depois que as auditorias são realizadas, as empresas precisam justificar eventuais irregularidades encontradas. Aquelas irregularidades que não são justificadas tornam-se não conformidades. Caso o frigorífico se depare com inconformidades, ele precisa elaborar um plano de ação. Segundo Lisandro Inakake de Souza, Coordenador de Cadeias Agropecuárias Responsáveis do Imaflora, “a unificação possibilita maior transparência e possibilidade de qualificar resultados comparáveis”. Com o documento, as empresas do varejo, do atacado, as instituições financeiras e a sociedade civil também poderão avaliar os frigoríficos, destacou o Imaflora.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
EUA registra número recorde de animais em confinamento em março
O último relatório sobre o número de animais colocados em confinamento nos EUA foi divulgado na última sexta-feira e relatou um nível recorde de gado em confinamento para a data de primeiro de março. O total de 1º de março de 12,16 milhões de cabeças subiu 1,4% acima do ano anterior e é o maior total desde o início da série de dados em 1996
As colocações em fevereiro de 2022 totalizaram 1,85 milhão de cabeças, 9,3% acima das colocações em fevereiro de 2021. É importante observar que fevereiro de 2021 foi único devido à grande tempestade de inverno que afetou os mercados de gado e limitou o transporte de gado, entre muitos outros impactos. As condições secas em muitas áreas de pastagem provavelmente contribuíram para que alguns bovinos de corte fossem colocados mais cedo do que o normal, especialmente quando combinados com preços mais altos. Olhando para o futuro, a expectativa de oferta mais apertada ainda está se aproximando, mas não está claro exatamente como ou quando essa oferta mais apertada será refletida nos totais de confinamento. As preocupações com a seca continuam sendo um fator crítico que paira sobre o setor pecuário. Isso é especialmente verdadeiro no Texas e em Oklahoma nas últimas semanas. Nos últimos meses, houve um aumento nas colocações provavelmente devido em parte ao fato de colocar o gado em confinamento mais cedo. Essa dinâmica não altera necessariamente o número total de bovinos disponíveis em 2022, apenas o momento de entrada no confinamento. Mas as condições de seca (e preços) influenciam o número de novilhas que entram nos confinamentos em vez de serem retidas no rebanho. Essas decisões teriam impactos na disponibilidade de gado de engorda em 2022 e também nas safras de bezerros nos próximos anos.
BEEF MAGAZINE
Gripe aviária aumenta perdas em 1/5 nos EUA
Mais de 1,6 milhão de perus morreram em surtos de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) em dois meses, disseram dados do USDA na quinta-feira. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) listou oito novos surtos, afetando 275.465 perus e aumentando o total dos EUA em 22%
No geral, cerca de 17,3 milhões de aves em bandos domésticos, quase todas galinhas ou perus, morreram na primeira aparição de HPAI em dois anos. As maiores perdas ocorreram nas granjas de ovos, onde 11,7 milhões de galinhas poedeiras morreram da doença viral ou no abate de bandos infectados. A Dakota do Sul foi a mais atingida pelo HPAI em fazendas de perus. Dezoito dos 23 surtos do país ocorreram em Dakota do Sul, afetando mais de 806.000 perus – metade do total dos EUA. O maior surto individual no país matou 240.000 perus em Meeker County, Minnesota. As fazendas dos EUA criaram 214 milhões de perus no ano passado. Minnesota foi o estado de maior produção de perus, com 40,5 milhões de aves. Mais de 50 milhões de galinhas e perus morreram em uma epidemia de HPAI em 2014-15, incluindo 12% das galinhas poedeiras do país.
AGROLINK
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com leilão previsto para o fim do ano, Nova Ferroeste promove audiências públicas ambientais
Audiências públicas buscam sugestões para mitigar o impacto ambiental da Nova Ferroeste
Nas próximas semanas, cinco cidades do Paraná e uma do Mato Grosso do Sul vão receber audiências públicas ambientais do projeto da Nova Ferroeste. O objetivo é ouvir a comunidade das regiões por onde passará o traçado da ferrovia para colher sugestões sobre compensações para mitigar o impacto ao meio ambiente. “As cidades ainda não estão definidas, passamos sugestões ao Ibama, que é quem dá a palavra final, informa o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. Segundo ele, a partir do retorno do Ibama, as audiências serão agendadas. “É um passo importante, que antecede a licença ambiental. Nossa expectativa é ter a licença em junho, o que nos permite ir a leilão", diz. A previsão do governo do estado é realizar o leilão no último trimestre desse. Será na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, em São Paulo. O edital já deve ser lançado daqui a um mês, aproximadamente. “Precisamos dar esse tempo para que os interessados estudem o edital e formulem suas propostas”, explica o coordenador do Plano Ferroviário. O investimento total previsto é de R$ 29,4 bilhões. Quem vencer o leilão desenvolverá o projeto executivo, construirá a obra e irá também operar a nova ferrovia ao longo de 30 anos de concessão. Os anos de 2023 e 2024 devem ser dedicados ao desenvolvimento do projeto executivo e encaminhamento da licença de instalação. Com isso, a construção começará só em 2025. A estrada será feita em etapas. “Em 2029, devemos ter concluída a ligação entre Cascavel e o porto de Paranaguá”, prevê Fagundes. A partir daí, se trabalha na extensão até Maracaju (MS) e nos ramais ferroviários (de Cascavel a Foz do Iguaçu, de Cascavel a Chapecó/SC, e de Maracaju a Dourados/MS). A conclusão da ferrovia em toda a sua extensão pode levar até 25 anos. A Nova Ferroeste vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR). Serão 1.304 quilômetros de trilhos. Desse total, apenas o trecho que liga Cascavel a Guarapuava, com 248 quilômetros, já está pronto. Todos os demais serão construídos. Os quatro ramais ferroviários previstos (Cascavel - Foz do Iguaçu, Cascavel – Chapecó, Dourados – Maracaju e Guarapuava - Paranaguá) já foram autorizados em dezembro pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Quando concluída, a ferrovia deve transportar no primeiro ano 38 milhões de toneladas de produtos. Depois de seis décadas, o volume chegaria a 85 milhões de toneladas/ano. O custo do transporte deve ser reduzido em 30% em comparação ao modal rodoviário, que prevalece hoje. Em Paranaguá, o investimento será de R$ 240 milhões para a construção de viadutos rodoviário e ferroviário. O Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) indicou a necessidade de melhorias na estrutura urbana da cidade para receber as locomotivas. A Serra do Mar, onde está Morretes, também deve receber a maior fatia das compensações e projetos ambientais. Da capital ao Litoral será construída uma nova descida. A definição do traçado levou em consideração a área de domínio da BR-277, indicada no EVTEA, e coincide com a solução apontada pelo Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral (PDS-L) há alguns anos. Entre as alternativas, à direita e à esquerda da rodovia, o trecho projetado é o que causa o menor impacto ambiental. Vão ser 55 quilômetros nesse trecho que envolve Morretes. Serão 18 quilômetros em viadutos e oito quilômetros em túneis para diminuir ao máximo a subtração de mata nativa. No restante, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) indica a instalação de passagens de fauna inferiores e superiores, além de guias a cada 500 metros para permitir a circulação dos animais de médio e grande porte.
GAZETA DO POVO
Cenário consolidado de 2021 mostra crescimento do cooperativismo do Paraná
O ano de 2021 encerrou com as 216 cooperativas vinculadas ao Sistema Ocepar registrando crescimento em vários itens: o faturamento chegou a R$ 153,7 bilhões, montante 32,8% superior ao de 2020
Mais pessoas também aderiram ao cooperativismo, sendo que o número de cooperados aumentou 10,5%, atingindo 2.741.270 no ano passado. O setor ainda abriu mais oportunidades de trabalho – ao todo foram 11.656 novos empregos. Assim, a quantidade de funcionários expandiu 9,9% e o exercício foi finalizado com o quadro social totalizando 129.585 empregados. Essas são algumas das informações que constam no cenário consolidado do cooperativismo paranaense, cujo levantamento foi feito pela coordenação da Monitoramento do Sescoop/PR, com base nos dados do fechamento de 2021. No Paraná, há cooperativas atuando em sete diferentes segmentos, divididas em: 58 do ramo agropecuário; 54 crédito; 36 saúde; 34 transporte, 16 infraestrutura, 14 trabalho, produção de bens e serviços e 4 consumo. O agropecuário se destaca por ter apresentado o maior crescimento de forma relativa, registrando o percentual de 34,7% e, também, é o que detém a maior parcela dentro da composição do faturamento do cooperativismo no estado: 87,75%, seguido do crédito (6,63%) e saúde (4,98%). Equivalência em dólar - De acordo com o levantamento, o faturamento do setor em dólar alcançou a cifra de US$ 27,6 bilhões, sendo 25,6% maior que o ano anterior. “O crescimento real apresentado, deflacionando-se o impacto do IPCA foi de 24,7%”, destaca o coordenador de Monitoramento do Sescoop/PR, João Gogola. “No comparativo de grandezas, o faturamento do setor relativamente equivale a 26% do tamanho do PIB do Estado”, acrescenta ele. Em relação às sobras, o resultado acumulado em 2021 foi de R$ 8,2 bilhões, sendo 38,2% maior que o de 2020. O ramo agropecuário representou 76,92% deste volume e o crédito 22,51%. Em 2021, o cooperativismo paranaense arrecadou para os cofres públicos R$ 3,9 bilhões, volume de impostos 10,7% maior que o de 2020.
OCEPAR
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em queda de 2,02%, a R$4,6668 na venda; na semana, moeda cai 1,69%
O dólar começou abril com fraqueza e caiu 2% frente ao real nesta sexta-feira, a uma nova mínima em dois anos, marcando uma quinta semana consecutiva no vermelho e aprofundando suas perdas no ano para mais de 16% diante da contínua percepção de ambiente doméstico atraente para investidores estrangeiros
A divisa norte-americana à vista caiu 2,02%, a 4,6668 reais na venda, maior desvalorização diária desde 30 de dezembro de 2021 (-2,12%) e menor cotação de fechamento desde 10 de março de 2020 (4,6457 reais). Em relação ao encerramento da última sexta-feira, o dólar perdeu 1,69%, marcando sua 11ª queda semanal entre as 13 semanas de negociação completas de 2022. No ano, a moeda acumula agora baixa de 16,27%, depois de na véspera já ter fechado seu pior trimestre desde 2009, com queda de 14,55% de janeiro até março. Em relatório, analistas do Bank of America disseram que as perspectivas tanto para o real quanto para o rand sul-africano "ainda parecem apoiadas e favoráveis, conforme os investidores em mercados emergentes buscam exposição a commodities, 'carry' e acesso razoável a liquidez". Os preços de produtos do petróleo ao milho dispararam desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Juros mais altos por aqui tornam o país mais atraente para estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo num país com taxas baixas e aplicação desses recursos num país de rendimentos mais altos. O investidor, dessa forma, lucra com o diferencial de juros. Por aqui, a Selic está em 11,75% ao ano. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, país de referência para os mercados internacionais, os custos dos empréstimos estão numa faixa entre 0,25% a 0,50%, após o banco central norte-americano ter iniciado no mês passado um ciclo de aperto monetário.
Reuters
Ibovespa avança e engata 3ª semana seguida de ganhos
O principal índice da bolsa brasileira subiu na sexta-feira para o maior fechamento desde agosto, com Vale e ações ligadas ao consumo doméstico alavancando seu desempenho.
Petrobras e setor bancário estiveram no lado oposto
De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,29%, a 121.552,81 pontos, no maior nível de fechamento desde 11 de agosto. Na semana, a alta foi de 2,1%, terceiro avanço seguido. O volume financeiro foi de 29,7 bilhões de reais.
Reuters
Balança comercial brasileira tem superávit de US$7,4 bi em março
A balança comercial brasileira registrou superávit de 7,383 bilhões de dólares em março, melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1998, informou o Ministério da Economia na sexta-feira
A pasta também apresentou projeção mais otimista para o resultado de 2022, em meio a um salto nas vendas de produtos brasileiros ao exterior. Apesar do recorde, o dado de março veio abaixo da expectativa de mercado, que apontava saldo positivo de 9,013 bilhões de dólares para o período, segundo pesquisa Reuters. O resultado da média diária do saldo comercial ficou 19,3% acima do observado em março de 2021, quando houve superávit comercial de 6,5 bilhões de dólares. O número do mês passado é resultado de 29,095 bilhões de dólares em exportações --uma alta de 25,0% na comparação com período equivalente de 2021 e o melhor desempenho para todos os meses da série histórica -- e 21,711 bilhões de dólares em importações, crescimento de 27,1%. No recorte dos fatores que influenciam o saldo, os dados mostram que a quantidade exportada cresceu 1,8% no mês, enquanto a importada caiu 7,1%, na comparação pela média diária. Ao mesmo tempo, os preços dos produtos vendidos ao exterior, que tiveram alta de 17,2%, subiram menos que os de importados, 29,5%. Em março, as exportações agropecuárias cresceram 36,8%, enquanto as vendas da indústria de transformação subiram 35,2%. A indústria extrativa, por sua vez, recuou 2,4% no período. No acumulado do primeiro trimestre, o Brasil teve saldo positivo de 11,3 bilhões de dólares, 37,6% acima do mesmo período de 2021. O resultado é fruto de 71,7 bilhões de dólares em exportações (+26,8%) e 60,4 bilhões de dólares em importações (25,0%). Ministério da Economia também revisou fortemente a projeção para o resultado da balança em 2022, impulsionada por melhor perspectiva para as exportações. De acordo com a nova estimativa da pasta, o saldo comercial do ano deve ficar positivo em 111,6 bilhões de dólares ante projeção de 79,4 bilhões de dólares feita em janeiro. No encerramento deste ano, a pasta projeta que o país terá registrado 348,8 bilhões de dólares em exportações (ante 284,3 bilhões previstos em janeiro) e 237,2 bilhões de dólares em importações (ante 204,9 bilhões de dólares). Em 2021, o Brasil teve um superávit comercial de 61,2 bilhões de dólares, maior valor da série histórica iniciada em 1989.
Reuters
IPC-S fecha março com inflação de 1,35%, diz FGV
A taxa é superior ao 0,28% apurado no mês anterior
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 1,35%, em março deste ano. A taxa é superior ao 0,28% apurado no mês anterior. Com o resultado, o IPC-S acumula inflação de 9,68% em 12 meses. Os transportes foram o grupo de despesa com maior alta de preços no mês (2,51%), devido aos aumentos de itens como a gasolina (5,08%) e as taxas de licenciamento e IPVA dos veículos (4,28%). Os transportes tinham apresentado inflação de 0,07% em fevereiro. Em seguida, aparecem os alimentos, que registraram taxa de 1,99% em março ante uma inflação de 1,20% em fevereiro. O tomate foi o produto com maior impacto na inflação, entre os itens de alimentação, com alta de preços de 22,21% em março. Outros três grupos de despesa apresentaram alta na taxa de inflação de fevereiro para março: habitação (que passou de 0,33% para 1,23%), vestuário (de 0,33% para 1,04%) e despesas diversas (de 0,08% para 0,39%). Dois grupos passaram de deflação (queda de preços) em fevereiro para inflação em março: saúde e cuidados pessoais (de -0,12% para 0,22%) e educação, leitura e recreação (de 0,51% para 0,19%). Entre os grupos de despesa, apenas comunicação teve queda na taxa, ao passar de inflação de 0,08% em fevereiro para deflação de 0,13% em março.
Reuters
Indústria brasileira encerra fevereiro 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia, diz IBGE
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, o setor apresentou alta de 0,7% no segundo mês deste ano
Apesar da alta de 0,7% em fevereiro, a indústria brasileira se mantém abaixo do que se encontrava antes do início da pandemia, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 1º de abril. O patamar de produção estava 2,6% inferior ao de fevereiro de 2020, dois anos antes e último mês sem impacto da crise sanitária no país. O nível da produção da indústria também se encontra 18,9% abaixo do nível recorde da pesquisa, alcançado em maio de 2011. Após uma recuperação inicial mais intensa após o período inicial da pandemia, no segundo semestre de 2020, a indústria enfrenta dificuldades para manter seu ritmo de produção. Em 2021, encerrou com alta de 3,9%, compensando apenas em parte a queda de 4,5% de 2020. Além disso, registrou alta em apenas quatro dos doze meses do ano, na série com ajuste sazonal (frente ao mês imediatamente anterior). Nos últimos quatro meses, a indústria registrou altas em três deles, embora ainda não tenha conseguido recuperar as perdas recentes e se mantenha abaixo do patamar pré- pandemia, segundo o Gerente da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), André Macedo. A pesquisa do IBGE apontou um crescimento de 0,7% em fevereiro, na série frente ao mês imediatamente anterior, que se seguiu a altas de 0,1% em novembro e 2,7% em dezembro e queda de 2,2% em janeiro. “Diferentemente do padrão observado do ano de 2021, que tinha comportamento predominante negativo, esses quatro meses têm um comportamento diferente, com frequência maior de taxas positivas, mas incapaz de reverter as perdas do passado. Mesmo com essa ligeira interpretação positiva, da trajetória ascendente desde novembro do ano passado, ainda o setor industrial está longe de eliminar perdas mais recentes”, afirmou, sendo categórico na avaliação. “Sem sombra de dúvida, principalmente quando se compara com perdas em sequência de 2021, esses quatro meses têm leitura melhor.” No resultado acumulado desses quatro meses – novembro de 2021 a fevereiro de 2022 -, a indústria teve alta de 1,2%. No mês de janeiro, com queda expressiva, houve impacto principalmente da indústria extrativa (-5,1%), por causa das chuvas que afetaram a extração de minério de ferro, especialmente em Minas Gerais. Das quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE, duas estão abaixo do patamar pré-pandemia. O pior desempenho é o da produção de bens duráveis, que está 6,2% abaixo de fevereiro de 2020. Também está no campo negativo o patamar de bens semi e não duráveis, 5,7% abaixo de fevereiro de 2020. Por outro lado, outras duas categorias estão com nível superior de produção em relação a dois anos atrás: bens intermediários (1,3%) e bens de capital (6,9%). Entre os 26 ramos pesquisados, a grande maioria (18) mostra patamar de produção inferior ao de antes do início da crise sanitária no país. A indústria de móveis (-23%) é a que está mais distante, seguida pela de couro, artigos de viagem e calçados (-21,1%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-19,6%). Outras cinco atividades têm perdas de dois dígitos frente ao pré-pandemia: confecção de artigos do vestuário e acessórios (-18%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,1%), produtos têxteis (-12%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-12%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,3%). São sete no campo positivo em relação ao patamar pré-pandemia, com destaque para a indústria de máquinas e equipamentos, que se encontra 12% de fevereiro de 2020, seguida por produtos de madeira (5,7%) e produtos de minerais não-metálicos (5,5%). A indústria de metalurgia está exatamente no mesmo patamar daquele momento.
Valor econômico
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
Comments