Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 02| 04 de novembro de 2021
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado segue lento, à espera de uma sinalização maior da demanda interna e da volta da China às compras
Na avaliação da IHS Markit, entre algumas praças, a oferta de animais terminados começa a diminuir, o que pode neutralizar a pressão baixista nos preços da arroba. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 238/@ (à vista) SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo) MS-Dourados: boi a R$ 256/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista) MS-C.Grande: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cuiabá: boi a R$ 242/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista)
Com consumo de carne bovina ainda patinando no mercado doméstico e um cenário de oferta de animais relativamente confortável nos últimos dias – além da continuidade do embargo aos embarques à China, os frigoríficos continuam exercendo pressão de baixa na arroba. Na quarta-feira (3/11), o preço do boi gordo no mercado paulista ficou estável, a R$ 262/@, enquanto as cotações da vaca e novilha prontas para abater tiveram retração de R$ 2/@, atingindo R$ 250/@ e R$ 258/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo dados levantados pela Scot Consultoria. Segundo avaliação da IHS Markit, neste primeiro dia de negócios pós-feriado muitas indústrias frigoríficas não “soltaram preços”, uma vez que elas buscam avaliar melhor o efeito das vendas da carne bovina em seus estoques, para só depois traçar a estratégia de compra de gado gordo para a semana. Na visão da consultoria, entre algumas praças, a oferta de animais terminados começa a diminuir, o que pode neutralizar a pressão baixista nos preços da arroba. No Mato Grosso, diz a consultoria, o movimento de baixa na arroba também parece ter perdido força. Em Goiás, a fraca atuação dos compradores de gado mantém um quadro de fragilidade nos preços dos animais terminados. Na região Sudeste do Brasil, os negócios também não avançaram na quarta-feira, embora já se tenha relatos, ainda não confirmados, de negócios pontuais acima das máximas vigentes, informa a IHS. Na região Sul, os preços da arroba seguem estabilizados, apesar da baixa liquidez de negócios. No Sul, relata a IHS, os fluxos de embarque ao exterior estão fortes, com foco nos países do Oriente Médio e da América do Norte. Na região Norte do País, o mercado também mostra sinais de estabilidade e acomodação dos preços da arroba, relata a IHS. A oferta de carne bovina segue regular, alinhada à demanda vigente para o período.
PORTAL DBO
Boi: arroba fica estável, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a volta do feriado trouxe preços estáveis para a arroba no mercado físico brasileiro e fluxo inexpressivo de negócios
Os frigoríficos abriram cotações nos mesmos patamares da semana passada. Segundo o analista Fernando Iglesias, o movimento de queda da arroba dá sinais de que está próximo de um limite. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram um leve recuo e o mercado segue buscando novidades em relação às exportações. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 274,90 para R$ 273,40, do dezembro foi de R$ 291,05 para R$ 288,95 e do janeiro passou de R$ 300,00 para R$ 299,45 por arroba.
AGÊNCIA SAFRAS
Com A China fora das compras, exportação de carne bovina in natura fechou outubro/21 com 82,1 mil toneladas
Para o analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho das exportações foi muito fraco, tanto em volume quanto em negociação
“Isso mostra o quanto o mercado pecuário é dependente da demanda chinesa. Caso a China não retome os embarques devemos seguir com o volume exportado próximo de 80 mil toneladas nos próximos meses”, explicou. O volume exportado registrou queda de 57% frente ao total embarcado no mesmo período do ano passado, com suas 162,6 mil toneladas em 20 dias úteis. No comparativo mensal, o volume embarcado teve uma queda de 30,20% em relação ao mês de setembro, com em 187 mil toneladas. A Secretária Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia informou que a média diária exportada ficou em 4,1 mil toneladas em outubro, recuo de 49,48%% diante da média do mesmo período do ano passado, com 8,1 mil toneladas. Os preços médios em outubro ficaram em US$ 5.166 por tonelada, alta de 21,73% frente outubro de 2020, com o valor médio de US$ 4.2455,1 mil por tonelada. A média diária ficou em US$ 21,2 milhões, queda de 38,50%, na comparação com outubro do ano passado, com US$ 34,5 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
Preço da carne bovina sobe no país, mesmo com embargo chinês
No atacado paulista, cotações subiram mais de 5% em outubro, segundo a Scot Consultoria
A suspensão das vendas ao mercado chinês derrubou as exportações brasileiras de carne bovina em outubro. Dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o país embarcou 82,2 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada no mês passado, volume 49,5% menor que o de outubro de 2020. Segundo a AgResource Brasil, esse é o menor volume de exportações desde junho de 2018. A receita dos embarques diminuiu 38,5%, para US$ 424,62 milhões. Hoje, o embargo chinês completa dois meses. Mas, mesmo com a suspensão, a proteína está hoje mais cara no Brasil do que antes do início do embargo, tanto no atacado quanto no varejo. Levantamento da Scot Consultoria mostra que, na média que inclui cortes dianteiros e traseiros, os preços no atacado subiram 5,3% em São Paulo, a R$ 33,05 por quilo. No varejo paulista, o aumento foi de 2,7%, a R$ 44,04 por quilo. De acordo com a prévia da inflação (IPCA-15) de outubro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne estava recuando 0,31% no mês, o que seria a primeira queda desde maio de 2020. Porém, com a chegada do período de pagamento de salários, as cotações voltam a subir, reagindo ao aumento de demanda, afirma a analista Jéssica Olivier, da Scot. O IBGE divulgará o dado consolidado da inflação de outubro no dia 10. Mas as cotações estão em queda no início da cadeia, atingindo os pecuaristas diretamente. De acordo com a Scot, o preço do boi gordo acumula um recuo de 15,5% desde 4 de setembro, a R$ 258 por arroba, descontados os impostos, a prazo, na quarta-feira. Já o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/ USP) acumulou baixa de 15,9% até ontem, a R$ 256,65.
VALOR ECONÔMICO
SUÍNOS
Exportações de carne suína aumentaram em outubro
Mas é preciso atenção ao excesso de oferta e recuo dos preços na China, e diminuição das compras de outros parceiros comerciais
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura em outubro apresentaram aumento em relação a outubro/20, mas a dependência da China gera um ponto de atenção, uma vez que o mercado local tem excesso de oferta e preços baixos. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Brasil exportar cerca de 100 mil toneladas de carne suína/mês (somando in natura e processados), já é uma vitória. "Nesse caso, a China é o fiel da balança e sabemos que há uma crise por lá, com excesso de oferta de carne suína e preços baixos, além de já estar ocorrendo a diminuição de compras de grandes players, como Estados Unidos e países da União Europeia. Isso leva a crer que em algum momento eles vão começar a reduzir também as compras do Brasil", disse. A receita obtida, US$ 203,3 milhões, superou em 9,6% a de outubro de 2020, com US$ 185,4 milhões. No volume embarcado, as 88.722 toneladas, ele é 14,6% superior ao total exportado em outubro do ano passado, 77.405 toneladas. Em relação a setembro, o faturamento de outubro, US$ 203,3 milhões é 16% menor que US$ 242,3 milhões registrados naquele mês. No volume embarcado, 88.722 toneladas, ele diminuiu 13% em relação ao montante de setembro, 101.896 toneladas. Na receita por média diária, US$ 10.168, ela foi 60,10% maior do que outubro de 2020. No comparativo com a semana anterior, leve alta de 0,7%. Em toneladas por média diária, 4.436 toneladas, houve avanço de 14,62% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado a semana anterior, observa-se aumento de 1,38%. No preço pago por tonelada, US$ 2.292 em outubro, ele é 4,30% inferior ao praticado em outubro do ano passado.
AGÊNCIA SAFRAS
no início do mês, preços dos suínos seguem em queda livre
Na quarta-feira (3), o mercado de suínos registrou quedas generalizadas nos preços
Segundo o Cepea/Esalq, a demanda pela carne no atacado se desaqueceu, devido à diminuição na renda da maior parte dos consumidores, reforçada pela inflação elevada. Por sua vez, frigoríficos limitam a demanda por novos lotes de animais para abate. Em São Paulo, conforme a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF caiu 1,74%/2,50%, chegando a R$113,00/R$ 117,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 9,00/R$ 9,50 o quilo. No caso do animal vivo, com informações do Cepea/Esalq referentes à segunda-feira (1), houve recuo de 6,55% em São Paulo, alcançando R$ 6,28/kg, baixa de 6,49% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,48/kg, retração de 4,06/kg no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,67/kg, diminuição de 3,49% no Paraná, custando R$ 6,08/kg, e de 0,97% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,10/kg.
Cepea/Esalq
Novos suinocultores da China pretendem superar o ciclo de expansão na produção e queda de preços
O enorme setor de suínos da China está lutando com o excesso de produção depois que milhões de pequenos criadores de porcos, muitas vezes pela primeira vez, entraram no setor para capitalizar lucros recordes durante uma escassez relacionada à peste suína africana (PSA)
Agora, mesmo com os preços pairando abaixo do custo de produção e o governo exortando-os a abater seus rebanhos, muitos dos recém-chegados relutam em desistir, diminuindo as esperanças de que o mercado volte ao equilíbrio. "Perdemos 400.000 yuans (62.500 dólares) por mês desde julho. Mas tivemos lucro no ano passado, então vamos nos segurar", disse Wu Zhanhang, fazendeiro do centro de Henan, a principal província produtora de suínos da China. Wu, como muitos outros, entrou na criação de porcos pela primeira vez em 2019, depois que a liderança da China pediu uma recuperação urgente após um surto nacional do vírus mortal da peste suína africana que reduziu pela metade o rebanho de 447 milhões de habitantes do país. Os lucros inicialmente dispararam em linha com os preços mais altos da carne suína, a carne favorita do país. Mas o aumento da produção e as interrupções na demanda relacionadas ao COVID reduziram os preços em 70% este ano, causando grandes perdas aos produtores nos últimos três meses. Wu, que tem um negócio de comércio de produtos veterinários, gastou 6 milhões de yuans (US $ 935.000) em uma nova fazenda onde engorda cerca de 5.000 porcos de cada vez. No ano passado, ele estava ganhando até 3.000 yuans (US $ 470) por porco, três vezes o melhor dinheiro visto nos anos anteriores. Este ano, depois que os preços despencaram, ele vendeu porcos totalmente adultos engordados por menos do que os comprou como leitões desmamados. A mudança dramática na sorte atingiu até mesmo as maiores empresas de suínos e causou estragos em todo o setor e seus fornecedores. A fraca demanda também é um fator, disse Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank, em Xangai. "O mercado atual é causado pelo comportamento especulativo de milhões de agricultores em relação às expectativas de preços relacionadas à peste suína africana", disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.
REUTERS
FRANGOS
Embarque de carne de frango em outubro superou em 60% o faturamento obtido no mesmo mês de 2020
Pode ser o melhor outubro em cinco anos nas exportações da proteína
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, informou que as exportações de carne de aves in natura até ao final de outubro ultrapassaram em 60% a receita de outubro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Brasil deve atingir a movimentação de 380 a 390 mil toneladas de carne de frango, somando o produto in natura e industrializado. "Houve, sim, uma pequena redução no comparativo com setembro, mas não é nada preocupante, tendo em vista o que a gente vê em comparação com outubro do ano passado", disse. A receita obtida com as exportações em outubro, US$ 641,3 milhões, superou em 60% do montante obtido em todo outubro de 2020, que foi de US$ 400,6 milhões. No volume embarcado, as 362.175 toneladas, ele foi 22,2% superior ao total exportado em outubro do ano passado, com 296.241 toneladas.
Na comparação com setembro, o faturamento deste mês é 4,4% menor que os US$ 671,3 milhões registrados em setembro. O volume embarcado caiu em 6,88% em relação a setembro. A receita por média diária em 20 dias úteis de outubro, US$ 32.068, foi 60,10% maior do que outubro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve baixa de 1,67%. Em toneladas por média diária, foram 18.108 toneladas, houve aumento de 22,26% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. No preço pago por tonelada, US$ 1.770, ele é 30,95% superior ao praticado em outubro passado.
AGÊNCIA SAFRAS
Preços do frango ficam em campo misto na quarta-feira
Segundo informações do Cepea/Esalq, o poder de compra do avicultor paulista está mais elevado neste mês frente aos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja
Os preços médios do frango vivo estão estáveis em outubro frente ao mês anterior, ao passo que os valores dos insumos estão em queda. Em São Paulo, conforme a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,00/kg, assim como o frango no atacado, cotado em R$ 7,30/kg. No caso do animal vivo, houve queda de 8,33% em São Paulo, chegando em R$ 5,50/kg, alta de 11,89% em Santa Catarina, alcançando R$ 4,14/kg, enquanto no Paraná o valor ficou estável em R$ 5,91/kg. Com informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (1), o preço da ave congelada recuou em 0,13%, custando R$ 7,78/kg, e o da resfriada baixou 0,12%, fechando em R$ 8,09/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Presidida pelo deputado Evair de Melo (PP-ES), a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (03/11), parecer favorável ao Projeto de Lei 1.293/21, que dispõe sobre o autocontrole nas atividades agropecuária e agroindustrial
“Trata-se de uma das maiores e mais importantes reformas propostas pelo Executivo para desburocratizar o sistema e para que possamos continuar produzindo alimento e riqueza”, afirmou Evair, que é Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Ainda segundo ele, com esse projeto, “o Brasil chega a um grau de maturidade que permitirá aumentar as divisas externas e garantir a oferta de empregos, mantendo a segurança necessária em toda a cadeia produtiva”. O parlamentar também agradeceu as contribuições das entidades de classe que contribuíram para o aprimoramento do projeto, especialmente a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em nome do presidente Márcio Lopes de Freitas. “A contribuição das cooperativas para a continuidade dos trabalhos mesmo durante esse período de pandemia tem sido fundamental para manter o Brasil em pé”, completou. O relator na comissão, deputado Chistino Aureo (PP-RJ), destacou que a aprovação da proposta coloca o Brasil em condições de igualdade na competição internacional no que diz respeito as cadeias de produção e, especialmente, no processamento de proteína animal. “É um passo importante para que os agentes privados tenham cada vez mais responsabilidade diante dos produtos que colocam para consumo e na relação do poder público com empreendedores, com aqueles que trabalham no campo, na indústria e no mercado de exportações”, disse. O PL 1.293/2021 é fruto de um longo diálogo entre o governo e entidades do setor produtivo. Proposto pelo Executivo, a medida prevê a adoção de procedimentos de conformidade e de boas práticas aplicados na defesa agropecuária por produtores, cooperativas e agroindústrias, a partir da regulação responsiva, bem como a modernização das regras de controle sanitário do Ministério da Agricultura. Entre as condições fundamentais defendidas pela OCB para a aprovação do projeto estão a definição mais clara de conceitos contidos na lei, como o de análise de risco; a garantia de autonomia do setor privado na definição de programas de autocontrole; e o ajuste adequado do valor das multas para que fiquem dentro da realidade econômica. O projeto segue agora para a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.
OCEPAR
Em 26 de outubro foi realizado o lançamento do aplicativo Ágil Castrolanda. A nova atualização do app para associados otimiza o atendimento e acesso aos mais diversos serviços da cooperativa
O projeto, idealizado pela equipe do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), coloca em foco a transformação digital e leva novas facilidades para todos os envolvidos. Para o gerente de CSC da Castrolanda, Odivany Pimentel Sales, o objetivo é aproximar o cooperado, acompanhar as necessidades de prestação de serviços de forma rápida e segura, além de gerar uma onda de transformação digital. “Ao mesmo tempo que queremos atender o cooperado da melhor maneira possível e aproximá-lo da cooperativa, também queremos ser ágeis e fazer com que seja uma opção de ele estar ou não presente aqui dentro”, explica. A ideia faz parte de uma das diretrizes estratégicas que é ampliar a presença da Castrolanda no meio digital. “Nós temos percebido que a conveniência dos serviços é importante para todo mundo e tem também apelo muito forte nas novas gerações. Combinamos aqui a tradição da cooperativa e a modernidade que o mundo precisa”, comenta o Diretor Executivo, Seung Lee. Com mais praticidade ao associado, o Ágil é uma ferramenta que concentra todos os serviços digitais da empresa como, por exemplo, o recém-lançado “Ágil - Rações Castrolanda” e outras futuras novidades. A aplicação trará constantes atualizações para se adaptar a todas as necessidades das áreas de negócios e cooperados. O aplicativo está disponível para download no Google Play e na App Store.
OCEPAR
EMPRESAS
BRF quer chegar a quase 90% de energia elétrica proveniente de fontes limpas até 2024
A BRF firmou parceria comercial com a brasileira Pontoon para a construção de parque de energia solar nas cidades de Mauriti e Milagres, no Ceará, informou a companhia na semana passada. O empreendimento terá capacidade instalada de 320MWp (Megawatt pico), com geração média de 80MW, que serão comercializadas pelos próximos 15 anos
O investimento total é de R$ 1,1 bilhão, sendo que a BRF investirá de forma direta o valor aproximado de R$ 50 milhões ao longo do projeto. Somados a joint venture recém-anunciada com a AES Brasil para autoprodução de energia eólica, os aportes totalizam cerca de R$130 milhões em energia limpa. Com o atual portfólio de energia limpa da BRF e as parcerias, a empresa disse que atingirá 88% de energia elétrica proveniente de fontes limpas e renováveis no Brasil até 2024. Em 1.170 hectares, serão instalados 600 mil painéis solares, que permitirão que a energia gerada seja distribuída às unidades da BRF no Sul do país. Segundo a empresa, o começo das obras está previsto para 2022 e a construção do complexo solar deve ser concluída até o fim de 2023, com as operações iniciando-se em 2024. “Nossos investimentos em autoprodução de energia cobrem três importantes pilares de sustentação do nosso negócio: a sustentabilidade, pois vamos reduzir a emissão de gases do efeito estufa; o econômico, pois teremos valores de produção mais competitivos e potencial redução de custos de aproximadamente R$ 1,7 bilhão nos próximos 15 anos; e operacional, assegurando fornecimento para nossas unidades”, explicou o CEO Global da BRF, Lorival Luz, em nota. “Buscamos parceiros que oferecem o que há de melhor e mais moderno em tecnologia. Com a operação deste complexo solar e do parque eólico construído em parceria com a AES Brasil, será possível garantir a autoprodução de energia necessária para atender dois terços das necessidades de nossas unidades no Brasil, oferecendo energia limpa a custos mais competitivos”, disse o Vice-Presidente de Operações e Suprimentos da BRF, Vinicius Barbosa. “As parcerias com AES e Pontoon contribuem diretamente para o nosso desafio de ser net zero até 2040. Estes dois projetos nos ajudarão a avançar rapidamente em nossa meta de incrementar o uso de energia proveniente de fontes limpas em nossas operações no mundo todo, afirmou Grazielle Parenti, Vice-Presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BRF.
CARNETEC
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em queda de 1,45%, a R$5,5891
O dólar registrou a maior queda em um mês na quarta-feira, ficando abaixo de 5,60 reais ao fim de um dia que contou com avaliação de um Banco Central brasileiro mais duro e a confirmação de corte de estímulos pelo BC dos EUA, mas sem sinais de alta em breve dos juros por lá
O real galgou o melhor desempenho entre as principais divisas globais nesta sessão. O imbróglio em Brasília sobre a votação da PEC dos Precatórios seguiu no radar, mas dividiu atenções com notícias da política monetária aqui e lá fora. O dólar à vista fechou em baixa de 1,45%, a 5,5891 reais, após variar de 5,701 reais (+0,53%) a 5,5776 reais (-1,65%). A queda no encerramento é a mais intensa desde 1º de outubro (-1,47%). Lá fora, o dólar caía 0,22% no fim da tarde ante uma cesta com rivais de países ricos.
REUTERS
Produção industrial no Brasil cai 0,4% em setembro
IBGE informou registro nesta quinta-feira (4)
A produção industrial brasileira registrou queda de 0,4% em setembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (4). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 3,9%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 0,3% na variação mensal e de 4,0% na base anual.
REUTERS
Brasil tem menor superávit comercial para outubro desde 2015, a US$2 bi
A balança comercial brasileira teve superávit de 2 bilhões de dólares em outubro, dado mais fraco para o mês desde 2015 (+1,6 bilhão de dólares), obtido em meio à aceleração das importações, divulgou o Ministério da Economia na quarta-feira
A performance confirmou tendência vista nos últimos meses, com elevação das importações em ritmo mais forte que o observado na ponta das exportações. Em outubro, as importações somaram 20,516 bilhões de dólares, alta de 54,9% pela média diária sobre igual mês do ano passado. Isso ocorreu tanto por um aumento nos preços (+23,5%), quanto pelo volume comprado (+19,6%), informou o Ministério da Economia. Já as exportações tiveram alta de 27,6%, também pela média diária, a 22,5 bilhões de dólares. Neste caso, o crescimento foi guiado sobretudo pelo avanço dos preços (+26,3%), já que a quantidade de embarques ficou praticamente estável sobre outubro de 2020 (+0,7%). No acumulado de janeiro a outubro, o superávit da balança é de 58,6 bilhões de dólares, contra saldo positivo de 45,2 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado. Para 2021, a expectativa do ministério é de um saldo positivo de 70,9 bilhões de dólares, projeção que foi atualizada no início do mês passado e que representa um valor recorde para a série iniciada em 1989.
REUTERS
Citi piora projeções para crescimento do PIB do Brasil em 2021 e 2022 a 4,9% e 0,6%
O Citi reduziu suas estimativas para o desempenho da atividade econômica do Brasil neste ano e no próximo, citando expectativas de que o Banco Central endureça ainda mais sua política monetária e leve a taxa Selic a 11% no primeiro trimestre de 2022
O banco privado espera agora que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4,9% em 2021 e 0,6% em 2022, ante projeções anteriores de expansão de 5,1% e 1,5%, respectivamente. A revisão do Citi veio após a divulgação, na quarta-feira, da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, cujo tom foi interpretado como mais "hawkish" --ou inclinado a condições monetárias mais restritivas-- pelos participantes do mercado financeiro. O documento mostrou que o BC avaliou acelerar a alta da Selic para além do ajuste de 1,5 ponto percentual que adotou na semana passada. "A ata do Copom escalou o tom 'hawkish'", disseram especialistas do Citi em relatório divulgado na quarta-feira. "Desde a semana passada, quando mudamos nossa projeção de política monetária para condições monetárias ainda mais apertadas, adicionamos um viés significativamente negativo para nossas projeções de crescimento. Como a comunicação atualizada do Copom veio, aproximadamente, em linha com nossa perspectiva de médio a longo prazo para a política monetária, estamos agora mais confortáveis em reduzir nossas perspectivas de crescimento”, afirmou o Citi. O credor norte-americano manteve sua projeção de que a taxa Selic chegará a 11% ao ano em março de 2021.
REUTERS
IPC-S desacelera alta a 0,77% em outubro, diz FGV
Os preços de Habitação subiram com menos intensidade e o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou outubro com avanço de 0,77, de 1,43% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV)
Os dados divulgados na quarta-feira levaram o índice acumulado em 12 meses até outubro a um avanço de 9,73%. Segundo os números de outubro, a alta dos custos de Habitação enfraqueceu a 0,37%, depois de disparar 2,59% em setembro. Já os preços de Alimentação subiram 0,88% no mês, de alta de 1,09% em setembro.
REUTERS
Brasil perderá R$ 8,2 bi com alta no preço da energia neste ano, calcula CNI
Elevado custo da energia elétrica terá impacto econômico negativo em 2021 e em 2022, com queda no PIB, redução do emprego, do consumo das famílias e das exportações e aumento da inflação
O aumento no preço da energia elétrica resultará em uma queda de R$ 8,2 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, neste ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise energética. Para 2022, a previsão é de perda de R$ 14,2 bilhões. É o que mostra o estudo “Impacto econômico do aumento no preço da energia elétrica”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a CNI, neste ano, o consumo das famílias se reduzirá em R$ 7 bilhões, as exportações terão perdas equivalentes a R$ 2,9 bilhões, e o impacto no emprego será de menos 166 mil postos de trabalho. Os dados também mostram que, em 2021, o PIB industrial, que inclui indústrias extrativa e de transformação, serviços industriais de utilidade pública e a construção, deve se reduzir em R$ 2,2 bilhões em comparação ao que seria sem o aumento de custo da energia elétrica. Somente o PIB da indústria de transformação ficará R$ 1,2 bilhão menor neste ano.
CNI
LEGISLAÇÃO
STF derruba decisão e caminhoneiros seguem proibidos de bloquear estradas
Desembargadora do TRF-1 havia cassado liminares que impediam protesto nas rodovias; motoristas ficam sujeitos a multa
Uma decisão do Ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), adicionou novo episódio ao vaivém judicial envolvendo a paralisação que os caminhoneiros tentam fazer. Na tarde de quarta-feira (3), o Ministro revogou uma sentença do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) que autorizava o bloqueio de estradas federais por motoristas grevistas. Com isso, a ocupação e obstrução de rodovias voltam a ficar proibidas. No sábado (30), a Justiça Federal proibiu o bloqueio de estradas em diversos estados, com multas que variam de R$ 5.000 a R$ 1 milhão para pessoas físicas e jurídicas que descumprirem a ordem. Ao todo foram 29 liminares concedidas —em favor da União e de concessionárias de estradas—com o objetivo de impedir manifestações da paralisação de caminhoneiros anunciada para a última segunda-feira (1º). Apesar das decisões, a convocação se manteve, mas a greve acabou não tendo força. Rodovias federais ficaram liberadas ao longo de todo o dia e apenas manifestações pontuais e isoladas foram registradas na segunda e na terça-feira (2). Lideranças culparam as decisões judiciais como causa da baixa adesão da categoria. Na terça (2), a desembargadora federal Ângela Catão derrubou 11 liminares que proibiam a categoria de se manifestar nas vias. Catão atendeu a uma solicitação da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), mas sem considerar o mérito das paralisações. Em sua decisão, a desembargadora disse que a Justiça do Trabalho é o órgão competente para processar e julgar questões referentes ao direito de greve. A sentença foi assinada às 17h48 de terça e chegou a liberar protestos em estradas de nove estados —Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins. Contudo, na tarde de quarta-feira, Fux atendeu a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e suspendeu os efeitos da decisão. O Ministro concordou com o argumento de que a ocupação e obstrução de rodovias acarreta grave risco de prejuízos econômicos generalizados. Fux apontou "risco à ordem e à saúde pública consistente na possibilidade de desabastecimento de gêneros alimentícios e outros de primeira necessidade". A decisão foi compartilhada no Twitter pela página do Ministério da Infraestrutura. Na publicação, a pasta ressaltou que em nenhum momento o TRF-1 julgou o mérito das ações, apenas o entendimento da competência do tribunal para tratar do assunto. "Com a decisão do Ministro Luiz Fux, essa interpretação não poderá mais ser usada pelo TRF-1 e deve servir como diretriz para outros tribunais", diz o ministério.
FOLHA DE SÃO PAULO
MEIO AMBIENTE
Acordo do Metano na COP 26 desafia a pecuária brasileira
Novo compromisso exigirá mais investimentos e financiamento
Assinado na COP26, em Glasgow, o Acordo do Metano, que estabeleceu o compromisso de cortar em 30% as emissões do gás poluente até 2030, gera para a cadeia produtiva brasileira desafios que só não são maiores do que os problemas causados pelo gás. Esses desafios mantinham ministérios como o da Agricultura, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores resistentes ao acordo, mas mesmo assim representantes do governo brasileiro na COP26 negaram que houve pressão dos EUA para que o país aderisse. “Ninguém pressionou ninguém. O Brasil tem todo o interesse de participar e houve um chamado à adesão”, afirmou um representante do governo que participou das negociações. “Não tem o mínimo sentido ficar fora. Seria burrice”, afirmou. Uma das considerações feitas pelo Brasil, que ao aderir ao acordo foi ter acesso aos recursos financeiros para incentivar práticas despoluentes. A participação também evita a exposição a “boicotes” e imposição de barreiras não tarifárias por parte de países importadores como os europeus. Para o membro da comitiva brasileira, há incompreensão e ignorância sobre o impacto da agropecuária nas emissões de metano. Segundo ele, a adesão ao acordo vai fortalecer mecanismos nacionais de incentivo à pecuária de baixa emissão de gases, como a adoção de integração com lavoura e floresta, terminação intensiva e o melhoramento genético. “Se o Brasil não assinasse esse acordo, ficaria como pária ambiental do mundo”. Para a fonte, é “papo furado” que o país deverá diminuir o tamanho do rebanho bovino e o consumo de carne para mitigar emissões de metano. O Brasil espera que a COP26 proporcione avanços nas discussões sobre as metodologias de balanço das emissões e remoções de gases. “Se fala no quanto a pecuária emite, mas e quanto se remove? Precisamos ter o balanço entre o que é emitido e removido pelo setor. Temos que melhorar a metodologia, não está boa, porque justamente as remoções estão fora do balanço”. Em comunicado oficial, o governo federal reforçou que o compromisso global para a redução das emissões de metano e a declaração de florestas e uso da terra já fazem parte de iniciativas assumidas pelo país no âmbito do Compromisso Nacional Determinado (NDC) de mitigação de gases de efeito estufa, que inclui o fim do desmatamento ilegal. Em nota, os ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores reafirmaram que o Brasil é “parte da solução” para o enfrentamento das mudanças climáticas, mas não apresentaram números nem propostas para alcançar as metas individuais assumidas na conferência. A adesão ao Acordo do Metano, “demonstra que o país já possui programas que tratam do tema”. “Não há mais o que se falar de surpresa ou não com a adesão. A visão do setor é que temos que atender e cumprir esse esforço adicional. Mas para que haja o alcance, será fundamental o aporte de recursos financeiros e ferramentas de monitoramento”, disse Muni Lourenço, Vice-Presidente da CNA e chefe da delegação da entidade em Glasgow. Para Guilherme Malafaia, pesquisador da Embrapa Gado de Corte e Coordenador do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), de fato o Brasil precisará desenvolver, a partir do Acordo do Metano, uma pecuária mais intensiva e eficiente, de ciclo mais curto para abate, para reduzir emissões, e as novas exigências podem antecipar a exclusão de pecuaristas da atividade. Responsável por um terço do gás poluente liberado na atmosfera, a agropecuária deverá adotar mais tecnologia e capacidade de gestão para alcançar as metas impostas pelo acordo assinado em Glasgow. “A exigência de uma maior intensificação, aumento de produtividade e redução de ciclos produtivos irá impor uma maior necessidade de gestão e inteligência no negócio pecuário, talvez antecipando a tendência de exclusão de uma parcela significativa de pecuaristas que até 2040 não conseguirão acompanhar os avanços e as exigências socioambientais”, disse. “Teremos um forte impacto nos sistemas produtivos, pois as emissões provenientes de esterco e liberações gastroentéricas do gado são responsáveis por uma parcela considerável das emissões de metano das atividades econômicas, algo em torno de um terço. Nesse caso, não dá para apelar para o carbono compensando no solo”, acrescentou. Entre as megatendências apontadas pelo CiCarne para 2040, já estava a saída de produtores da atividade pecuária com impacto social relevante. Malafaia aponta, por outro lado, a existência de um portfólio de tecnologias disponíveis aos pecuaristas para atender tais demandas, como os sistemas integrados de produção, o melhoramento genético animal, o manejo e a recuperação de pastagens degradadas, os confinamentos e os aditivos.
VALOR ECONÔMICO
Compromisso eleva pressão sobre frigoríficos
Empresas ainda não têm metas específicas para diminuição das emissões de metano até 2030
A entrada do Brasil no Compromisso Global de Metano, no qual os países se comprometeram a cortar em 30% as emissões desse gás até 2030, deve aumentar a pressão sobre os frigoríficos brasileiros, que ainda não têm metas específicas para o poluente em sua cadeia de fornecimento para esse prazo. Praticamente todas as emissões de metano do país estão relacionadas à pecuária. A fermentação entérica, do arroto e da flatulência do gado, representou 92% do metano emitido em 2020, e dos dejetos animais, 6%, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima. Em 2018, o Brasil era o quarto maior emissor de metano no mundo, com 5% do total, segundo os dados mais recentes do Banco Mundial. Ao mesmo tempo, as emissões de metano da fermentação entérica cresceram relativamente pouco nos últimos anos se comparadas com o avanço da pecuária. Em 20 anos, a produção brasileira de carne bovina dobrou, para 7,8 milhões de toneladas em 2020, segundo o IBGE, e as emissões de metano por fermentação entérica cresceram 19%, a 13,3 milhões de toneladas em 2020, de acordo com o SEEG. A situação até atenuou-se recentemente. Nos últimos dez anos, a alta nas emissões de metano da fermentação entérica foi de apenas 1%. Ainda assim, no ano passado, elas foram a segunda maior da história, abaixo apenas de 2016. E, para atender a nova meta com a qual se comprometeu, o Brasil precisa voltar ao nível de 1990. Para garantir a meta, será preciso reduzir, e agressivamente, a taxa de emissão de metano por volume de produção. Afinal, o Ministério da Agricultura espera que, até 2030, o Brasil eleve sua produção de carne bovina em 17% em relação a 2020/21, a 9,7 milhões de toneladas, o que agora deverá ocorrer concomitantemente ao corte das emissões. Os frigoríficos brasileiros já divulgaram metas para a redução das emissões de gases-estufa em geral, sempre traduzidas em “carbono equivalente”, medida que inclui o gás carbônico e ainda “traduz” em carbono as emissões de outros gases, como o metano. No caso das metas de emissões neutras, como as de JBS e Minerva, os compromissos envolvem, assim, todos os gases de efeito estufa. No entanto, nenhuma empresa apresentou até o momento metas intermediárias específicas de metano, ainda que o gás esteja dentro das emissões de gases no escopo 3 do GHG Protocol. O compromisso do Brasil estabelece como prazo 2030, mas a meta de neutralidade de emissões de gases-estufa da Minerva é 2035, e da JBS, 2040. Em estudo recente, as organizações Changing Markets Foundation e Feedback alertaram que nenhuma das 20 maiores empresas globais de carnes e leite possui metas específicas de metano. Antes da entrada do Brasil no acordo, o Diretor de Sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, já havia dito que a companhia “provavelmente” terá meta específica para o metano. Diante do novo compromisso brasileiro, a empresa tem objetivo de reduzir 33% das emissões do escopo 3, incluindo metano, até 2035 (sendo 2019 o ano base), e metas submetidas à iniciativa Science Based Targets (SBTi).
VALOR ECONÔMICO
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
Kommentare