Nesta semana, a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo, encerrada em 11 de julho, revelou um cenário de valorização significativa para o setor. Conforme Valdomiro Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista de Criadores Suínos (APCS), foram negociados 18.100 suínos a um novo preço de R$150,00, equivalente a R$8,00 o quilo vivo. Essa cotação inclui condições Bolsa, posto frigorífico, com pagamento em 21 dias.
O ajuste no preço dos suínos é fortemente influenciado pelo mercado internacional. As exportações para destinos como Filipinas e China têm sido determinantes para essa elevação, resultando em um nivelamento dos preços em diferentes regiões do Brasil. Tradicionalmente, os estados do Sul apresentavam preços nominais distintos da região Sudeste, mas a demanda externa tem uniformizado os valores.
Impacto nos Insumos e Poder de Compra
Essa valorização do suíno vivo no início de julho aumentou o poder de compra dos suinocultores paulistas, principalmente em relação aos insumos essenciais da atividade, como milho e farelo de soja. Segundo levantamentos do Cepea, os preços do milho têm caído, proporcionando o melhor desempenho em termos reais (ajustados pelo IGP-DI de junho/24) desde novembro de 2020. Em contrapartida, as cotações do farelo de soja apresentaram uma leve alta de junho para esta parcial de julho.
Os frigoríficos, por sua vez, estão intensificando a compra de novos lotes de suínos para abate, impulsionados pela forte demanda por carne suína tanto no mercado interno quanto externo. Esse movimento reflete uma tendência de aquecimento do setor, com uma procura constante que beneficia os produtores.
Cotações da Semana
Comparando as cotações desta semana com a anterior, observamos uma tendência de alta em alguns estados:
Santa Catarina: R$ 7,45 (semana passada: R$ 7,32)
São Paulo: R$ 7,80 (semana passada: R$ 7,80)
Minas Gerais: R$ 7,80 (semana passada: R$ 7,80)
Paraná: R$ 6,90 (semana passada: R$ 6,90)
Rio Grande do Sul: R$ 7,25 (semana passada: R$ 7,21)
Fique de olho
O mercado suinícola brasileiro está vivendo um momento de valorização, impulsionado por exportações robustas e uma demanda interna aquecida. A alta nos preços do suíno vivo aumenta o poder de compra dos produtores, especialmente em um cenário onde o custo de insumos como o milho está em queda. A uniformização dos preços entre as diferentes regiões do país ressalta a influência do mercado internacional na formação dos valores internos.
Acompanhar essas tendências é essencial para suinocultores e frigoríficos, permitindo uma melhor adaptação às condições do mercado e a maximização dos lucros. Mantendo-se informados sobre os movimentos do mercado, os atores do setor podem tomar decisões estratégicas para garantir a sustentabilidade e o crescimento contínuo da suinocultura brasileira.
Confira
Fonte: Agrimídia
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